OGX e realização de lucros levam bolsa a cair 0,97%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Jornal GGN – A bolsa brasileira se descolou do ritmo internacional e registrou realização de lucros após a forte alta apurada na segunda-feira. Contudo, as ações da OGX voltaram a ser responsáveis por boa parte das perdas no dia.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) terminou a terça-feira em queda de 0,97%, aos 54.538 pontos e um volume negociado de R$ 6,016 bilhões. A bolsa acumula uma valorização mensal de 4,20%, e perde 10,52% ao longo do ano.

Segundo o analista Pedro Galdi, da corretora SLW, o mercado acabou registrando um desempenho mais pesado no dia após o avanço decorrente das ações da Petrobras no dia anterior. “Teve muito resultado financeiro, com efeitos pontuais em cada papel, mais o desempenho de Petrobras e OGX, que levaram à queda. É uma realização pontual, nada de excepcional”, diz.

O destaque negativo ficou com OGX. Perto do fim do prazo para o pagamento dos juros dos cupons de bônus emitidos, a empresa de Eike Batista anunciou que não obteve um acordo com seus credores, o que aumenta a possibilidade de os credores pedirem a falência da companhia. As ações da companhia chegaram a cair 24%, mas encerraram o dia com uma desvalorização de 20,69%, a R$ 0,23.

No setor externo, os mercados fecharam em alta. Nos Estados Unidos, a divulgação de dados ruins renovou as expectativas de que o Federal Reserve (o Banco Central norte-americano) não deve começar a cortar os incentivos tão cedo.

No câmbio, a cotação foi na contramão do avanço visto no exterior e fechou em queda de 0,05%, a R$ 2,1810. Segundo informações do serviço Broadcast, da Agência Estado, as negociações no balcão apresentaram margens bastante estreitas por conta de fatores externos e internos.

O Banco Central voltou a efetuar a rolagem de mais de 20 mil contratos de swap com vencimento programado em 1º de novembro, equivalente a US$ 989,6 milhões, além do leilão diário de 10 mil contratos de swap cambial (equivalente à venda de dólares no mercado futuro), que colocou US$ 496,3 milhões no sistema. A expectativa em torno da reunião do Federal Reserve também afetou as negociações, além dos dados abaixo das expectativas divulgados no mercado norte-americano.

Para quarta-feira, os agentes vão acompanhar o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) referente ao mês de outubro e o índice de preços ao produtor no Brasil. No exterior, destaque para a decisão do Federal Reserve, os preços ao consumidor e a variação de empregos no setor privado norte-americano, além dos preços ao consumidor na Alemanha, o índice de confiança do consumidor na Inglaterra e os números do índice de preços dos gerentes de compra do Japão.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador