Petrobras ajuda bolsa de valores a fechar a semana em alta

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A bolsa brasileira foi puxada pelo aumento de demanda de ações mais líquidas, em especial Petrobras, no meio das negociações. As expectativas quanto a um acordo entre as autoridades norte-americanas quanto ao Orçamento do país animaram os investidores no exterior, e esse ânimo teve algum impacto no mercado paulista, embora o índice não tenha voltado ao patamar de 53 mil pontos.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) encerrou a sexta-feira em alta de 0,68%, aos 52.349 pontos e um volume negociado de R$ 5,094 bilhões. Com isso, a variação no mês chega a 0,98%, e o total no ano aponta perda de 13,29%.

As negociações começaram com um ritmo mais fraco, mas passaram a acompanhar o ritmo favorável das bolsas norte-americanas durante a tarde, chegando a virar a curva e a subir. O estrategista Luis Gustavo Pereira, da Futura Corretora, explica que o mercado não apresentou uma direção muito definida. “Existe uma certa cautela por parte dos investidores com a aproximação do prazo das negociações do teto da dívida, contrabalanceando com a expectativa de acordo no curto prazo entre republicanos e democratas, apesar dos sinais negativos do Congresso”.

Embora tenham sido divulgados dados mais favoráveis em termos de atividade econômica, o destaque do dia ficou com a não divulgação do payroll, os dados do mercado de trabalho norte-americano, já que a agência responsável pela elaboração dos cálculos está com suas atividades paralisadas devido ao impasse com o Orçamento.

“Se não se chegar a um acordo, com a aproximação da data limite para a negociação do teto da dívida, existirá um aumento da volatilidade. Com isso, por sermos um mercado emergente, podemos ter uma volatilidade maior e sofrer com a questão. Os investidores estarão atentos ao mercado externo”, diz Pereira.

Em busca de uma solução para o caso, os democratas definiram um plano que force a votação e faça com que o governo volte a funcionar, sem condições atreladas, em uma operação que exigiria o voto de pelo menos 17 republicanos, que tiram de abrir mão de suas exigências em torno da reforma da saúde – ponto que tem travado o debate do Orçamento.

No câmbio, a cotação do dólar à vista no balcão subiu 0,45% ante o real, chegando a R$ 2,2110. Segundo informações do serviço Broadcast, da Agência Estado, a moeda voltou ao seu patamar máximo na reta final dos negócios, depois de uma tarde de pouco fluxo, com os investidores mostrando pouco vigor para as compras. A sinalização de progresso no debate entre as autoridades nos Estados Unidos para a resolução da questão fiscal também afetou os negócios.

O Banco Central realizou seu leilão de linha semanal e, segundo operadores consultados pelo Broadcast, a autoridade monetária vendeu o lote integral, que era de até US$ 1 bilhão, mas apenas no segundo leilão – o que pode ser uma sinalização de que o mercado queria prazos mais longos.

Os debates envolvendo a questão fiscal nos Estados Unidos seguirão na ordem do dia para os investidores. Vale lembrar que o país tem até o dia 17 deste mês para resolver a questão do teto da dívida. Na agenda macroeconômica, a segunda-feira terá poucos dados, como o relatório Focus no Brasil, os números de crédito ao consumidor nos Estados Unidos e o PMI do setor de serviços na China.

“Teremos a volta do mercado asiático, uma vez que a China não negociou na última semana e o país vai repercutir os dados divulgados (…) Com o mercado chinês, as negociações e a aproximação do prazo para o teto da dívida nos Estados Unidos, talvez a semana seja mais volátil. Vamos ver qual vai ser o impacto”, pontua Luis Gustavo.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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