Petrobras puxa desempenho da bolsa de valores

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Embora o resultado trimestral da Petrobras tenha ficado abaixo das expectativas do mercado, o anúncio de uma nova proposta para precificação da gasolina fez com que as ações da companhia disparassem, puxando consigo o índice oficial da bolsa.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) encerrou a segunda-feira em alta de 1,70%, aos 55.073 pontos e um volume negociado de R$ 6,841 bilhões. No mês, o índice acumula ganhos de 5,23%, ao passo que a desvalorização anual é de 9,64%.

“O Ibovespa terminou o primeiro pregão da semana em alta, dia em que as principais bolsas norte-americanas fecharam sem uma tendência definida, com os indicadores mistos nos Estados Unidos alimentando esperanças de que o Federal Reserve (o Banco Central do país) irá manter inalterado o programa de compras de ativos na reunião de dois dias do FOMC que terá início nesta terça-feira”, diz o analista Nataniel Cezimbra, do BB Investimentos.

No Brasil, a Petrobras foi o destaque do dia. Segundo fato relevante divulgado ao mercado, a diretoria executiva da estatal “deliberou sobre uma metodologia de precificação a ser praticada pela companhia, através da qual se tenha maior previsibilidade do alinhamento dos preços domésticos do diesel e da gasolina aos preços internacionais”. Em reunião realizada na última sexta-feira (25), o Conselho determinou a elaboração de simulações adicionais, e a decisão final deve ser tomada no dia 22 de novembro.

A notícia impulsionou as ações da companhia – Petrobras ON (PETR3) chegou a subir 9,48%, e Petrobras PN (PETR4) avançou 7,08%, configurando-se assim nas duas principais altas do dia. “O fato de as duas ações subirem tanto por si só já destoa o desempenho da bolsa como um todo no dia”, explica o analista Marcelo Varejão, da corretora Socopa. “Por conta da assembleia, o papel vai repercutir a questão do aumento de preços que a Petrobras pode fazer, para equiparar com os preços do setor externo: como vai ser, quais os parâmetros a serem usados. A alta foi bastante expressiva, dificilmente vamos ver repetição no pregão”.

Por outro lado, as ações da OGX (OGXP3) despencaram mais de 20% – esta semana termina o período de carência de 30 dias para que a empresa de Eike Batista finalize as negociações de reestruturação da dívida junto a detentores de bônus, evitando assim um calote.

No câmbio, a cotação do dólar encerrou o dia em queda de 0,32%, a R$ 2,1820. Em um dia de negociações contidas, a retomada dos leilões de swap para rolagem dos contratos com vencimento programado em 1º de novembro puxou a cotação para baixo.

Segundo informações do serviço Broadcast, da Agência Estado, o Banco Central realizou a rolagem de 20 mil contratos com vencimento em 1º de novembro, em um total de US$ 989,5 milhões. Esta foi a quarta rodada de negociações para rolagem dos vencimentos, e mais duas operações estão programadas para amanhã e quarta-feira. Contudo, não se sabe se o BC efetuará a rolagem da totalidade dos swaps, equivalente a cerca de US$ 8,9 bilhões. Caso os valores sejam mantidos, ainda sobrarão aproximadamente US$ 2,9 bilhões que podem sair de circulação. Além disso, a autoridade monetária vendeu 10 mil contratos de swap cambial (equivalente à venda de dólares no mercado futuro), colocando assim US$ 496,2 milhões no sistema.

Para terça-feira, a agenda macroeconômica brasileira destaca a divulgação da balança orçamentária do governo central brasileiro, além dos números de crédito do Banco Central. No exterior, foco para os preços ao produtor, adiantamento das vendas no varejo, estoques de empresa e o índice de confiança do consumidor nos Estados Unidos, além da confiança do consumidor na França e a produção industrial do Japão.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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