Cenário: Semana tem Tombini no Congresso e indicadores internacionais

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Embora o vencimento de opções não tenha ajudado o pregão no começo desta segunda-feira, a bolsa ganhou fôlego ao longo do dia e encerrou as operações com valorização próxima de 1%. O que pode ser um bom sinal, em uma semana que contará com a divulgação de muitos indicadores no setor externo e com pronunciamentos importantes.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores de São Paulo) encerrou o dia em alta de 0,97%, aos 55,7 mil pontos e um volume negociado de R$ 10,691 bilhões.

“O vencimento de opções acabou diminuindo um pouco o volume das negociações, e as ações da Vale e da Petrobras foram um pouco comprometidas”, comenta o analista Gabriel Ribeiro, da Um Investimentos. As ações da mineradora brasileira apresentaram melhora depois das notícias vindas da China, uma vez que o governo traçou perspectivas mais otimistas quando a sua perspectiva de investimento – e como os chineses são grandes compradores de minério brasileiro, tal percepção ajudou a melhorar o comportamento das ações.

Com o final do período de divulgação de resultados corporativos no Brasil, os agentes do mercado irão acompanhar a agenda de indicadores econômicos. Na semana, teremos dois eventos importantes: o primeiro é o discurso do presidente do Fed (o Banco Central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, cujo tema será cenário econômico nos EUA. Aguarda-se uma eventual sinalização do que irá ocorrer na programação do terceiro trimestre fiscal norte-americano – em especial, uma redução no ritomo do programa de afrouxamento fiscal mantido pelo Fed. O pronunciamento está programado para a próxima quarta-feira, quando também será divulgada a ata do FOMC (Federal Open Market Committee, o Copom norte-americano) referente à sua última reunião.

De acordo com Ribeiro, esse é um ponto a se acompanhar devido a expectativa em torno das informações de recuperação no longo prazo por parte da economia norte-americana. Os agentes também devem acompanhar a divulgação de indicadores norte-americanos importantes, como venda de casas novas e da situação do mercado de trabalho. Além disto, ficará no radar uma reunião de cúpula de líderes da União Europeia e o discurso do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, programado para sexta-feira.

Por aqui, os destaques da agenda ficam com o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15), com divulgação programada para quarta-feira, além dos dados de mercado de trabalho por parte do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). São esperados também os números mensais do Banco Central referentes ao setor externo, mercado aberto e operações de crédito. Em relatório, os analistas também pontuam a expectativa em torno da próxima reunião do Copom, que irá ocorrer nos dias 28 e 29 de maio, em particular de uma confirmação dos sinais de uma evolução mais significativa na taxa Selic.

Por conta dessa sinalização, a participação do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, em audiência pública da Comissão Mista de Orçamentos e Fiscaiização da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, na tarde desta terça-feira (21) será acompanhada com atenção pelo mercado – segundo Ribeiro, o presidente do BC pode reforçar a sinalização de que “o governo vai combater a inflação de forma intensiva”, e tal pronunciamento pode (ou não) reforçar os sinais da postura a ser adotada para a próxima reunião do Copom.

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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