Por Haroldo Werneck
Acabei de ver uma manchete no site da Veja sobre o “decreto bolivariano” que instituiu a Política Nacional de Participação Social. Vai de encontro à posição tomada pelos partidos como o DEM e PSDB que pretendem proibir o decreto. E lembrei de uma entrevista incomum que ouvi na CBN na última sexta-feira.
Perdi o início da entrevista, mas ficou claro o mal estar da repórter com a defesa do projeto. O entrevistado reforçou que os conselhos tem apenas caráter consultivo, e citou como exemplo de benefício a proposta pública que sugeriu uma legislação para proibir os políticos fichas sujas. O mal estar ficou evidente, tanto que ao final a repórter agradeceu ao “Jorge” pela entrevista, sem citar o nome completo e instituição, como é normal neste tipo de entrevista. Ao pesquisar no site da CBN, encontrei um link com a entrevista original com o Sr. Jorge Abraão, do Instituto Ethos.
A excelente entrevista – isenta – esclarecendo os pontos positivos do “decreto boliviano” deixou a repórter sem perguntas. A entrevista pode ser escutada no link:
Da CBN
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Essa não entendi. Porque
Essa não entendi. Porque cargas d´agua a CBN deveria apoiar isso? Qual a estranheza?
A questao nao eh apoiar ou
A questao nao eh apoiar ou deixar de apoiar caro Motta. Eu sei que vc co sua ideologia tbm tem um pouco de ojeriza a expressoes do tipo partcipacao popular e afins, mas vamos combinar, a questao eh mais pelo desconserto em passar uma informacao nao mentirosa, desinformativa. Esse eh o problema.
É que o tiro saiu pela culatra
É que o tiro saiu pela culatra.
Chamaram o entrevistado para malhar a medida e ele na realidade a elogiou, fugindo completamente do script definido pela CBN e organizações Globo. Isso só demonstra o despreparo deles para o verdadeiro contraditório, exceto quando ensaiado e combinado entre os participantes – caso em que logicamente deixa de ser contraditório.
Quando eu ainda ouvia a CBN eu também ouvi acontecer, na época do acidente com o vôo da TAM que caiu em Congonhas. A entrevistadora encheu tanto a paciência do convidado para botar palavras na boca dele – um especialista em segurança aérea e investigação de acidentes – até que, uma hora, ele se encheu. Bufou e disse que “nem asfalto grooving nenhum faria um avião com aquela velocidade parar”. A entrevistadora ficou sem saber o que dizer e encerrou rapidamente a entrevista.
De resto Andy, se essa é uma lei tão “bolivariana” (Eita! Ugh!), por que na Califórnia os cidadãos podem requerer plebiscito para qualquer questão mais polêmica? E na Suíça também? No caso deles isso é democracia e participação popular e nunca vi você questionando esses institutos; no nosso caso – em que os conselhos nem são executivos e sim consultivos – não é?
Povo x Mídia.
É assim desde
Povo x Mídia.
É assim desde sempre. Infelizmente.
O Presidente do Sindicato dos
O Presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo,, lider desta greve ilegal, seria elegível como representante dos Movimentos Sociais, juntamente com a Sininho e o Stédille?
Talvez fossem, talvez não.
Talvez fossem, talvez não. Todo poder emana do povo, lembra? Os que não tem voto vivem a esquecer,,,
Perefeito, quem nao tem voo
Perefeito, quem nao tem voo caca de Joquim Barbosa pra baixo.
Voto na base do Decreto
Voto na base do Decreto Lei?
Decreto -Lei? Existe não
Decreto -Lei? Existe não existe mais no nosso arcabouço legal Mauro B.
veja, psdb e pefl tem a mesma
veja, psdb e pefl tem a mesma opinião. Digno de nota seria se eles estivessem em posições opostas.
Simon Bolivar!
Quanto elogio faz a Veja, afinal, bolivariano vem de Simon Bolivar, grande líder, estadista, defensor do povo e da integração sul-americana!…..O que a Veja deve ter saudade é de um Decreto mediciano!…
A Rainha da Inglaterra propos
A Rainha da Inglaterra propos que 10 % dos eleitores podem cassar o político que tiver um comportamento indevido ou inadequado com as funções a le delegadas.
Se tal fato ocorrese no Brasil seria uma Deus nos acuda .
A Inglaterra aprovou a lei dos Médios.
Será que eles são Bolivarianos?Ditadores?Aparelhadores do Estado?Censores?
Em Junho do Ano passado ocorreram inúmeras manifestações clamando,entre tantas outras demandas,pela Reforma Política
A Constituiçào de 1988 estabeleceu a participação popular.
Em 2003 criou-se uma lei para regulamentar esta participação.
E agora vem o Dem,psdb e mídia vendida combater esta prática.!!!!!
Em tese a iniciativa de
Em tese a iniciativa de ampliar e formalizar os canais de escuta com a sociedade é positiva. Isso tem um caráter ameaçador para os donos do poder, pois tem o potencial e reduzir sua influência nas prioridades e decisões dos governos. Mas vejo que a mídia, como porta-voz desses grupos, se num primeiro momento combate o decreto, uma vez que ele se concretize deve mudar de estratégia. Como ocorrido em outros momentos, se a primeira tentativa é tentar impedir algo, a segunda é cooptá-lo. E a midia, como difundidora e manipuladora de ideias, travestidas de fatos, deve tanto tentar influenciar esses conselhos, quanto o acolhimento de suas recomendações. Basta criar uma pauta de notícias, novelas, comentários, e por aí vai, que crie o clima de comoção necessário para defender uma posição ou bloquear outra. Espero que a consciência sobre o papel manipulador da midia, visto largamente ano passado nessas manifestações, esteja presente nesses conselhos e na sociedade para identificar essas jogadas, caso ocorram.
Putz, como foi mal-educada e
Putz, como foi mal-educada e grosseira ao finalizar a entrevista !!
Diria que foi um flagrante, que deixa transparecer um perfil de profissionais que não combina com debate democrático e participativo.
Ser contra processos de participação é típico de tomadores de decisão com perfil ultrapassado, retrógrado, que não escuta sua equipe, não compartilha decisões, centralizador. Não tem a menor dos novos processos de governança corporativa. Acham qualquer consulta um saco, demorado, tem que escutar opinião de todo mundo… Perfil muito comum à direita do espectro…rs.
Para falar a verdade, não vi
Para falar a verdade, não vi nada de mais. Ela fez duas perguntas, com base no que se discutia “nas redes sociais”, e deixou ele rebater os argumentos da maneira que quis. Não tentou interromper nem colocar palavras na boca dele (no estilo Globonews).
E se despediu como começou, tratando ele pelo primeiro nome. Mesmo porque, se entendi bem, ele costuma falar para a rádio regularmente.
Críticas aonde cabe, mas encrencar por encrencar diminui o poder da justa reclamação.
Não adianta: tudo o que
Não adianta: tudo o que contiver as palavras ou expressões soberania popular, povo, social, conselhos, sociedade, comunidade, comunitário, assembléia, e similares, causa comichão nessa gente. Em contrapartida, soa como música nos ouvidos deles: mercado, gestão, contenção de gastos, redução do Estado, livre iniciativa, gerenciamento, competências, e outras de igual teor.
Povo, população, gente, é apenas detalhe.