A denúncia em off da Veja

Antes, Veja soltava uma denúncia. Imediatamente a matéria era reproduzida pelos seus próprios blogueiros. Espalhava-se como um raio pela Internet. Na maioria das vezes, era desmontada também que nem um raio pela blogosfera, seja por falta de verossimilhança, seja por falta de evidências, por menores que fossem e por falta de consistência jornalística

Agora, mudou.

Sai a nova denúncia sobre o suposto encontro da ex-Secretária da Receita Federal Lina Vieira com a ex-Ministra Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Vai-se até o site da revista, e nada. Não está disponível no site nem nos blogs de seus blogueiros. A informação é de que novas edições da revista só estarão no site (na edição digital) a partir de sexta-feira da semana seguinte. 

A revista conseguiu subverter um princípio universal de mídia: quem assinar o impresso tem direito a acessar o online na frente dos outros. Agora, não. A razão é simples: dar uma sobrevida aos factóides. Em vez de durar um dia, as denúncias ganham uma sobrevida de cinco dias de baixa repercussão.

Pelo que se lê por aí (não li a edição impressa, por estar fora de São Paulo) a testemunha é um sujeito que diz ter existido uma gravação do dia do encontro. Estaria negociando as informações com quem pagasse mais. Mas tem apenas seu testemunho individual, nenhuma prova.

Ou seja, um sujeito que vende seu testemunho, para a revista mais vendida.

Luis Nassif

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