Rui Daher
Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor
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A dúvida da Folha de S. Paulo

Por Rui Daher

Pouco mais de R$ 500,00, pagos em seis vezes, me custariam para renovar a assinatura da “Folha”. Creio que assino o jornal há quase 40 anos.

Depois de receber carnês, cartas e mensagens, respondo, por e-mail, que não serei mais assinante. Desconsiderem-me, como o fizeram e fazem há tantos que, antes, encontravam na publicação algo de atrativo.

Telefonam-me querendo saber o motivo de decisão tão atabalhoada, sobretudo, considerando a prepotência e o “se achar” de quem a publica.

Beirando os 70 anos, tenho me dado ao direito da preguiça diante de indagações também preguiçosas:

– Mas como, vocês ainda não sabem? Não perceberam?

– Não. É o leitor que deve nos dizer, dar sua opinião.

– Ah, já sei! Vão expor no “Painel do Leitor”, logo abaixa de opinião dizendo que a “Folha” é o melhor jornal do país, a neutralidade pura e nua.

– Não se trata disso …

– Meu caro, deixo de assinar o jornal, pois mais do que a “Folha” diz estar o Brasil em crise, estou eu em profunda crise econômica. Quinhentos reais me farão muita falta. Tem mais: o jornal também não deve andar muito bem das pernas. Cada vez menos páginas, a seção de esportes não passa de uma folha, bons articulistas foram desarticulados, excrescências contratadas, e de repente percebi que no jornal só estava lendo três colunas, Jânio de Freitas, Clóvis Rossi e Juca Kfouri. Vez ou outra, a do Torres Freire, quando ele deixava de exercer seu internacionalismo Oxford-MIT-Harvardiano, sobre nós pobres vira-latas. Você não acha esta uma relação custo-benefício cruel?

– Pensei que o senhor iria mencionar a linha editorial.

– Pra quê? Dar-lhe oportunidade de justificar minha retirada por ser petista? Aliás, nunca consegui identificar uma linha editorial. A do Planeta Malévolo?

– Bem, o senhor tem certeza de sua decisão? Não pretende mais ler o jornal?

– Não foi isso o que eu disse. Apenas não serei mais assinante. Para ler o que me interessa, já citado, recorrerei a empréstimos, lobbys de hotel, recepções, transferências pela internet. Quando não der, sempre poderei ir até a banca de jornal, comprar um exemplar, ler o que há de bom, e verificar se estão melhorando (de tão baixo o nível, é até possível). Mais importante: ajudarei o dono da banca, um microempresário que ficará muito agradecido e ainda poderá bater um papo “não-telemarquítico” comigo.

– Obrigado, senhor. Nossa conversa foi gravada.

Notapercebo que para ter um blog com alguma audiência no GGN será essencial eu escrever sobre política ou economia, o que não pretendia, fazendo-me apenas um modesto cronista. A exceção de hoje é, também, para lembrá-los de que aos domingos ou segundas-feiras, sei lá, continuo matutando o “Dominó de Botequim”. Para quem não percebeu, o episódio número 6 foi publicado domingo aqui no blog, sob delirantes aplausos (Até tu, amigo Raí, não me acompanhas mais!). 

Rui Daher

Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor

37 Comentários

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  1. Como a Folha ainda pode ter dúvidas?

    Caro Rui, 

    No meu caso, o divórcio se deu no dia histórico de 21 de abril de 2000, dia em que Brasília completava 40 anos. Marquei a data por causa de um episódio relacionado à “linha editorial” do jornal. Feriado, levantei tarde, saí de casa com a intenção de tomar uma gelada no Bar do Mané Português, no Cambuí, em Campinas. Passei na banca antes e comprei a Folha. Sentei-me na mesinha na calçada, uma Brahma e uma porção de sardinha portuguesa escabeche feita pela patroa do português, famosas em Campinas. Na página 2, editorial, colunistas falando de suas experiências exóticas de quando chegaram a Brasília. Tudo ia bem – afinal ainda era governo FHC – até que chegou na página A-5, onde se via um vistoso anúncio, matéria paga, com a reprodução da coluna do Cláudio Humberto, ex-porta voz do Collor. A nota reproduzida e mandada publicar e paga POR ALGUÈM (1)(quem? quem? quem?) era pura malícia, maledicência, falava da então separação da então prefeita de São Paulo Marta Suplicy(2), que tinha ocorrido há poucos dias. Fui tomado por um assomo de fúria, amassei todo o jornla, levantei e joguei na lixeira mais perto. Foi a última vez que o Otavinho viu meu dinheiro. E tinha sido assinante por muitos anos. 

    (1) Quem sempre foi o queridinho da Folha, que almejava a cadeira de prefeito, para mandar publicar a coluna do Cláudio Humberto, que era puro ataque à prefeita Marta? 

    (2) nada obstante, virou colunista da Folha

    1. fernando rodrigues

      Lembro-me creio que nessa mesma edição “comemorativa” da coluna de Fernando Rodrigues.

      Ele desancava Brasília. Não que não mencionasse fatos em si verdadeiros, como algo sobre a falta de calçadas e o estado deplorável das existentes (ainda hoje é verdade). Mas o que me deixou pasmo era que um articulista do patamar dele falasse de um marco no projeto civiizatório brasileiro como é a capital, e na data que comemorava 40 anos, daquela forma (curiosamente, pela mesma época no NYT saiu uma reportagem que era toda elogios ao projeto original e aos prédiso majestosos e esteticamente inovadores). Era uma manifestação avant la lettre mas nem por isso menos explícita do que mais tarde Paulo Nogueira Batista cunhou complexo de vira-latas.

      Foi por aqueles dias que encomendei um livrinho interessante do Carlos Lessa: Auotestima e Desenvolvimento Nacional. 

       

    2. Retificação

      Confiar na memória é isso que dá, onde se lê 21 abril 2000, leia-se 21 abril 2001, 41 anos de Brasília, portanto. 

  2. Tenho um técnica infalífel

    Tenho um técnica infalífel para evitar o assédio do telemarketing.

    Se me ligam oferecendo a Folha, digo que sou assinante do Estadão.

    Se me ligam oferecendo o Estadão, digo que sou assinante da Folha.

    Minha felicidade é, contudo, não assinar nem um nem outro. Minha cabeça não é privada nem será privatizada pelos barões da mídia. 

  3. Já tive este gosto de recusar

    Já tive este gosto de recusar uma assinatura da Folha.

    Entretanto, devem ter, internamente, me tachado de petista.

  4. Rui, admiro você, pois ainda

    Rui, admiro você, pois ainda viu algo de importante neste jornal até este ano. Eu não consegui já a partir de 2002, quando depois de 15 anos parei com minha assinatura. Assinei um jornal local na minha cidade e continuei por mais 10 anos, mas hoje não consigo ler mais nada que sai na imprensa escrita e diária. Infelizmente, pois, acredite, sou apaixonado por jornal. Porem não existe opção de pluralidade e quando penso nos pitbulls que hoje escrevem por aí, prefiro ficar em casa com meus livros e para me atualizar gastar minha retina nas telas. É triste, mas ….Forte abraço

  5. Rui, eu leio você aqui, ali, acolá

    Escreva o que quiser…

    Agora, este dito jornal acabou pra mim há muitos anos. Foi quando deixei de assiná-lo.

    Imagine que em outros tempos fiz parte até de um grupo que fazia leitura crítica do jornal; eu o fazia aos domingos, eles me telefonavam querendo obter as críticas e depois as publicavam, as minhas e as de outros, diariamente, em gráficos etc. etc.

    Imagine se tivesse que fazer isso hoje. Não foi à toa que cancelaram há muito este expediente.

    No mais, passei pelo mesmo constrangimento com uma atendente.

    E já faz anos. Foi no outro século, aliás. 

  6. Aconteceu comigo

    Há vários anos deixei de assinar a Veja. Mais de dez anos, eu morava em Belém ainda! Mas continuaram me ligando e oferecendo a revista por anos. Na verdade só pararam mesmo ano passado.

    Numa das ligações me questionaram exatamente isso, o que me levou a deixar de assinar a revista. Dei um exemplo pra atendente: quando as chuvas provocaram enchente e morte em São Paulo a capa da Veja veio com um guarda-chuva e uma piedosa explicação, “por que chove tanto”, colocando a culpa no clima (edição 2151, de 10/02/2010). O governador de São Paulo era o José Serra, que disputaria a eleição presidencial naquele ano.

    Aí 2 meses depois choveu no Rio de Janeiro e teve deslizamento de terra, a capa da Veja foi o Cristo Redentor chorando e a acusação contra a “inércia dos governantes”, decretando que culpar as chuvas era demagogia (edição 2160, de 14/04/2010). O governador do Rio era Sérgio Cabral, aliado de Lula/Dilma e candidato à reeleição naquele ano.

    Aí arrematei: “então quando chove e dá problema no Rio a culpa é do governador, quando chove e dá problema em São Paulo, estado vizinho, a culpa é de São Pedro?”.

    A atendente ficou muda e a ligação caiu…

  7. pois desisti de todos…

    Pois bem, a minha história de abrir mão de assinaturas é muito maior: já assinei o Jornal do Brasil, a Veja, a Isto É , o Globo, a Folha de São Paulo e até o UOL. Já tive o desprazer de cancelar todas elas, ao longo dos ultimos 12 anos.  Para alguns, cheguei a escrever carta declarando as razões do cancelamento. Para outros, simplesmente cancelei e pronto. Não valia a pena escrever uma linha, brandir um protesto, fazer uma reclamação. Foi o caso do O Globo e da Folha. Certo, assinar O Globo, o que se poderia esperar? Foi de fato um contrato de altíssimo risco, que fiz logo após cancelar a assinatura da já citada Folha de São Paulo. Coisa de masoquista, não parece? Mas como se vê, não posso ser acusado de não tentar. Agora, fico com a internet, com os blogs “sujos”, na verdade limpíssimos – definitivamente, a sujeira está na grande midia.

  8. O fim da imprensa ruim

    Trabalhei durante mais de 35 na imprensa e em 2014, depois de aposentado, finalmente consegui me abster dos três jornais que assinava. Além de serem um maria-vai-com-as-outras das mentirosas Folha, Veja e Globo, estavam cada vez mais ultrapassada pela internet. Tentei então os portais destas empresas, pior ainda que os impressos. Resolvi meus problemas de atualizaçãodo noticiário acesando uns 20 blogs, que além de serem muito mais isentos que os perversos acima me informam muito antes e quase online.

  9. Que é isso companheiro

    Rui,

    Sempre leio seus escritos, mas confesso, nunca olhei seu blog pessoal, para ser sincero, nem sei como fazê-lo. Tão ignorante que sou das facilidades interneticas. Logo, não discrimino só vc mas todos os bons escribas que possuem blogs pessoais aqui no GGN.

    Leio seus escritos quando os vejo nas publicações diárias.

    Valeu pelo puxão de orelhas.

     

  10. Não assino, não compro em
    Não assino, não compro em banca, não leio e nem financio a canalha, nisso que a maior parte da imprensa oligopolista se transformou.
    E torço para que junto dos grupos globo e abril esse conglomerado folha-uol vá à falência o mais breve possível.
    Eventuais artigos interessantes escritos pelos poucos jornalistas de caráter que restaram nessas empresas de prostituição política, como os citados, são via de regra republicados em sites ou blogs de qualidade, e acessíveis a leitura.

  11. “Para ler o que me interessa,

    “Para ler o que me interessa, já citado, recorrerei a empréstimos, lobbys de hotel, recepções, transferências pela internet.”

    Ouvi dizer que pode ir nas escolas da rede estadual e pegar um exemplar que as diretoras dão, hehehe..

    Aqui no Rio eu recebo ligações do jornal o globo. Quando identifico respondo logo: ih, isso não é jornal, não, menina. Não tem a menor credibilidade; é um panfleto ridículo de propaganda e fofoca. Você não deveria ler essa porcaria também não, héim! Tchau. Bom dia, boa tarde e boa noite.

    Lembro de uma bienal do livro, no Riocentro, ainda no início da década de 90. Uma promotora da Abril me abordou oferecendo assinatura da Veja. Eu respondi: “isso não é jornalismo, não, menina: é tudo propaganda e fofoca.”

    Ela ficou perplexa: “nãããooo! É a Veja; informaçãããooo”

    Eu repeti serenissimamente: “é dela mesmo que eu estou falando: não é jornalismo, não; é propaganda e fofoca.”

    Ela respirou fudo e de olhos arregalados ficou balançando a cabeça quase freneticamente procurando palavras, até que eu resolvi interromper a aflição dela: “tchau, boa sorte aí; bom trabalho!”

  12. Cronista!

    Rui, este Blog é um espaço tão plural que leva um tempo até que todos façam mentalmente as trilhas e percorram todos os caminhos localizando tesouros escondidos.  Navego bastante por aí, e exorto a todos os comentaristas e articulistas a fazerem o mesmo!

    Como sempre, te parabenizo pela exposição.  Este assunto fala ao coração de todos nós que lamentamos que uma possibilidade real de leitura tenha se transformado num fantasma lamentável como ocorreu com esta Folha.  Já fui assinante do jornal também e é lamentável que hoje não se possa ler, nem mesmo on-line. 

    Por favor, estamos te aguardando no Domingo, com mais um Dominó!!!

    Abraço!

     

  13. Decisão acertada

    Fez a coisa certa. Esses jornais viraram panfletos de direita e manipuladores da opinião pública. Lendo blogs você consegue mais pluralismo e menos manipulação.

  14. Só a literatura salva

    A Folha vive me enchendo o saco depois que cancelei a assinatura dela há 5 anos atrás. Me liga, eu não atendo. Deixa recado na secretária eletrônica. Manda cartas dizendo que terei um mês de assinatura gratuita. Uma única vez que atendi a ligação, anos atrás, logo depois de ter cancelado a assinatura alegando que eu morreia em um mês de câncer (só para a criatura do outro lado da linha não vir com argumentos babacas), rpeti a justificativa e mesmo assim me vieram com aquelas mensagens padronizadas e lidas pelo atendente como se um robô fosse… afe!

    A revista Veja, que jamais assinei, também vive tentando me vender uma droga de assinatura com mil vantagens; recebo e-mails dando 20.000 pontos no Smiles e outros mimos. Nunca retorno. Mas eles insistem, é do jogo, mas isso já denota um tanto de desespero de quem alegava possuir milhões de assinantes, logo stava numa boa.

    A mídia brasileira, exceções de praxe, não vale um cetil. A estrangeira, é verdade, também não. Quanto a Internet, precisamos filtrar muito. 

    Bom mesmo são os livros.

  15. Sem hipocrisia, muito menos

    Sem hipocrisia, muito menos cinismo, da minha parte: tenho dó da crise por qual passa a imprensa brasileira. 

    Em momentos de desespero, não raros, saliente-se, chego a propugnar pela sua desgraça tal a indignação com referências ao desespero em fazer valer sua “missão” em depreciar para varrer do cenário político um partido e seus líderes. Para tal mister, todos os limites: éticos, do bom-senso e do respeito aos próprios leitores de visão política distinta, foram ultrapassados.

    Exemplos como esse que serviu de tema para o post há aos milhares. Este escriba é um deles. Parece-me que as alegativas dos que se negam a contratar ou renovar assinaturas em vez de servir de reflexão faz mais é agudizar esse ódio pelos adversários políticos. Talvez pensem que por trás das recusas estão as “paixões” políticas pelo PT. Descuram ou fazem de conta que não entendem as mudanças ocorridas no perfil dos usuários 

     

    Mas voltando às lamentações: não sinto prazer nem me ufano por esse ocaso. Desejaria que eles internalisassem que nos bastaria um jornalismo sem a parcialidade afrontosa.

     

     

  16. deste encosto me livrei

    Rui, eu também nos setenta menos um e como muitos dos que comentaram o teu relato, percorri a mesma “via crucis”.

    Sempre estou apaixonado pelas noticias em papel, nunca terei o tal de Kindle.

     Morar e trabalhar nos cafundós, fiel assinante a receber a folha com até dois dias de atraso da data da publicação, aos poucos os meus silenciosos diálogos com os jornalistas incrédulos e desconfiados. Comentários e opiniões por vez de cunho pessoal a se transformar em desconforto.

    Começa a fase de critica e contestação e a cada afirmação deles a minha pergunta; “quid prodest?”.

    Iniciei a seleção do que valia a pena ler e aos poucos quase nada sobrava, o custo/beneficio não mais compensava.

    Naquela famosa pergunta da não renovação da assinatura a minha resposta: falta de credibilidade e sobra de arrogância.

  17. RIP, Folha.

    Deixei de ler a Falha no dia seguinte da posse de Luíza Erundina (1989). As manchetes contra o PT desde então nunca mais abandonaram aquelas páginas tenebrosas.

    Deixar de assinar mesmo, só deixei um ano depois, quando a minha cachorra morreu.  

  18. Jornalistas são mesmo esquisitos

    Alguns são masoquistas, gostam só de apanhar. 

    Enquanto o tal do Ali Kamel e outras figuras processam o Nassif por qualquer coisa, a Folha continua usando o nome do Nassif para vender assinatura, afirmando que ele ainda escreve no jornal.  A cópia da oferta de assinatura na internet que posto é de hoje, 27/05/2015.  Mas já faz anos que denuncio isso aqui no blog e nem o Nassif nem ninguém da edição explica.

    Nassif, gostaria de saber, a bem da transparência, por que a Folha pode continuar fazendo propaganda com seu nome?

  19. Interessante

    A Folha ainda é um jornal importante. Que o diga todos os blogs e todas redes sociais que publicam suas páginas sobre os mais variados assuntos. Quanto a questão  de ser ou não assinante, cada caso é um caso. Leio  o jornal eletrônico (assinante UOL) , de papel na biblioteca do município onde moro e leio aqui no blog os comentários sobre matérias da Folha aqui publicadas. Muitos admiradores do jornal sentirão sua falta. Os desafetos comemorarão a queda de um dos pilares do PIG.

  20. já li. hoje não consigo, dá nojo.

    Já li e gostei. Hoje me provoca nojo, e raiva, porque não tenho quase o direito de ler. Queria notícia, debate, informação, e isto é tudo que não tenho. Eles escrevem aquela sujeira para quem?

    Outro dia li que uma ministra do tsf dizia do absoluto direito da mídia de publicar o que ela quer. Fiquei chocado. Ela lê a folha, lê estado de minas? E eu que quero ter o direito de ler e não tenho? Direito saber das coisas e notícias. Lá deformam tudo.

    Um outro aspecto importante é que estes jornais bandidos são idiotas porque além de expulsarem os leitores espulsam também os anúncios, porque só idiota anuncia nestes lixos que promovem a crise e o caos por rabo preso.. 

    Estado de minas, arg! como pode ser um jornal tão ruim? Já morreu, so falta enterrar.

  21. Só agora? Cancelei minha

    Só agora? Cancelei minha assinatura do O Globo em 2006. Só leio os “ombudsman” no pig, os blogueiros sujos. Sinto-me um dos caras mais informados que conheço.

    PS: 500 Reais? A Folha “de grátis” é caro

  22. Cancelei minha assinatura da
    Cancelei minha assinatura da Folha há 20 anos. Há cerca de um ano não acesso mais o Portal UOL, a não ser muito esporadicamente, tipo uma vez a cada 2 meses. Faço o mesmo com o restante do Pig.
    Os caras não entregam o que prometem. Não pago, nem dou audiência para quem não tem respeito com o cliente.
    Os benefícios têm sido ótimos. Igual ou melhor que parar de fumar. Up geral na qualidade de vida.

  23. O atrevimento deste jornaleco

    O atrevimento deste jornaleco não tem limites… Minha mulher, que é jornalista, e assinava (apesar de meus protestos…) a Folha exclusivamente por causa da Ilustrada, também cansou e cancelou a assinatura e teve que passar pelo mesmo “vestibular” que o articulista acima. Segundo ela, o tom da pessoa do outro lado da linha era arrogante e meio que obcecado em saber ela era petista. Uma barbaridade… 

  24. Em tempos de internet… quem

    Em tempos de internet… quem precisa de jornal impresso?

    Todos vão acabar, é só questão de tempo.

     

    Quando acontecer é que se dará a verdadeira democratização dos meios porque os custos vão diminuir muito.

    Jornais brasileiros ainda não se deram conta que espaço na internet é ilimitado… e que tem que produzir mais conteúdo.

    Perceba ou morra!

  25. Bem-vindo ao clube, Rui!

    Larguei mão desse atraso de vida em 2007, se não me engano. Sou jovem há menos tempo que você, mas também faço parte de uma geração que cresceu achando que estava se informando pelos jornais. A Internet acabou com o oligopólio da empulhação e permitiu, pela primeira vez, que milhões pudessem se informar de verdade, conhecendo o outro lado da notícia. Dos jornais, às vezes, só dá para confiar na data de publicação. O resto é propaganda e marketing.

    Mas sinto falta do ritual que era ler o jornal bem cedinho, tomando o chafé da manhã.

  26. A realidade é uma só – FSP e

    A realidade é uma só – FSP e similares OESP / GLOBO, por questões de saúde pública, não prestam sequer para embrulhar verduras e legumes em feiras e bancas de mercado, também mesmo uso para peixes em peixarias.

    O fato claro é que, hoje estes jornais ditos “imparciais”, carregam em suas tintas, o odor e ardor daquilo que pior produzem o canal retal de colunistas e editores, colocando ainda como suspeita, uma última utilização possível, talvez como cama de excreções de animais de estimação em nossas casas. Esta última opção, claro com entrega diária na porta de nossas casas, evitaria a compra de reciclados, e expormos nossos animais a algo pior que venha com reciclados e não, talvez até e por garantias adicionais, viesse exigir até opinião balizada de veterinário para eliminar dúvidas das opções.

  27. Fantástico estilo, parabéns.

    Fantástico estilo, parabéns. Encantado com a expressão “preguiça de responder a perguntas preguiçosas”.  Lembrou um pouco o estilo do saudoso Apicius, que não lhe incomode a comparação. Vamos ler o Rui!

  28. Muito boa a crônica, Rui.

    Muito boa a crônica, Rui. Atualmente é difícil publicar textos dessa natureza por uma razão bem simples: a mídia comercial  e os jornais impressos, sobretudo, se transformaram em panfletos de uma oposição sem propostas, que destila ódio, mentiras e meias-verdades. Como contraponto a essa mídia partidarizada, os artigos críticos precisam ser mais francos e diretos, para desmascarar a manipulação diária. A baixa qualidade do leitorado de hoje exige, também, textos mais diretos. As crônicas terão espaço nos blogs e portais progressistas em tempos de calmaria, o que definitivamente não vimemos desde 2013. Quanto à insistência de jornais e revistas e impressos, isso só prolonga  agonia; em TODO o mundo está ocorrendo a queda do nº de leitores e o envelhecimento destes; jornal suja as mãos, se desmancha com a chuva, quando chega às mãos dos leitores, as notícias já estão envelhecidas, há os custos de impressão e distribuição, etc. Não há NENHUMA razão objetiva e técnica que justifique a permanências dos semanários e diários impressos, depois da disseminação da internet. Escrevo isso com a experiência de quem foi, no passado, assíduo leitor de jornais e revistas. Bons livros certamente continuarão a existir em papel. Mas jornais e revistas creio não terem sobrevida de mais 15 anos.

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