A Globo não ataca o Governo, ataca o Estado nacional, por J.Carlos de Assis

Globo não ataca o Governo, ataca o Estado nacional

J. Carlos de Assis*

O noticiário da Globo é tendencioso. Ninguém que seja medianamente informado pensará diferente. Entretanto, não sei se as vítimas desse noticiário perceberam que no afã de denegrir o Governo, o que está perfeitamente dentro de suas prerrogativas de imprensa livre, a Tevê Globo, sobretudo nas pessoas dos comentaristas William Wack e Carlos Sardenberg, passaram a atacar o Estado brasileiro, o que sugere crime de lesa-pátria.

O Jornal da Globo de ontem, terça-feira, ultrapassou todos os limites da manipulação no sentido de execrar com a Petrobras através de uma análise distorcida de fatos e estatísticas. Os dois comentaristas tomaram por base valor de mercado, comparando-o com dívidas, para sugerir que a empresa está quebrada. É puro charlatanismo, economia de botequim, violação das mais elementares regras de jornalismo sério.

Valor de mercado não mede valor de empresa; é simplesmente um indicador de solvência de ações num dia no ambiente ultra-especulativo de bolsas de valores. O que mede o valor real de uma empresa é seu patrimônio comparado com seu endividamento. As dívidas que a Petrobras contraiu para suas atividades produtivas, notadamente do pré-sal, são muitíssimo inferiores a seu patrimônio, no qual se incluem bilhões de barris medidos de óleo do pré-sal.

Evidentemente que os dois comentaristas da Globo torcem para que o petróleo fique por tempo indefinido abaixo dos 45 dólares para inviabilizar o pré-sal brasileiro. Esqueçam isso. É uma idiotice imaginar que a baixa do petróleo durará eternamente: a própria imprensa norte-americana deu conta de que os poços em desenvolvimento do óleo e do gás de xisto, os vilões dos preços baixos, tem um tempo de vida muito inferior ao que se pensava antes.

É claro que o preço baixo do petróleo tem um forte componente geopolítico a fim de debilitar, de uma tacada, a economia russa, a economia venezuelana e a economia iraniana – e muito especialmente a primeira. Mas o fato é que atinge também empresas americanas que entraram de cabeça no xisto, assim como países “aliados” que produzem petróleo. No caso do pré-sal, ele só se tornaria inviável no mercado internacional com o barril abaixo de 45 dólares.

Os ataques dos dois comentaristas da Globo à Petrobras têm endereço certo: é parte de uma campanha contra o modelo de partilha de produção  do pré-sal sob controle único da Petrobras, contra a política de conteúdo nacional nas encomendas da empresa e contra a contratação das grandes construtoras brasileiras para os serviços de construção de plataformas e outras obras civis, principalmente de refinarias.

Esses três pontos foram assinalados no discurso de Dilma como inegociáveis. É uma decisão de Estado, não apenas de Governo. Sintomaticamente, os dois comentaristas da Globo sequer mencionaram esses pontos. Preferiram dar destaque maior ao noticiário pingado da Lava Jato, que, cá pra nós, já está ficando chato na medida em que não tem nada realmente novo, mas simples repetição à exaustão de denúncias anteriores.

P.S. Talvez os dois comentaristas teriam maior simpatia pela Petrobras se parassem para dar uma olhada nos anúncios televisivos sobre a performance vitoriosa da empresa,  e que ela está pagando para serem exibidos na Globo, para mim de forma absurda e injustificável.

J. Carlos de Assis – Economista, doutor pela Coppe/UFRJ, professor de Economia Internacional da UEPB.

Redação

50 Comentários

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  1. Salvar o fígado

    Ainda bem que não tenho necessidade  de saber o que estas duas cavalgaduras mal intencionadas da decadente Globo pensam, necessidade que comentaristas políticos têm. As vantagens da minha circunstância são me permitir não ser desinformado por uma empresa desavergonhadamente chapa-branca (o salamaleque subserviente ao juiz Moro, que mal dissimula tentativa de corrupção para obtenção de vantagens indevidas, é, ele sim, coisa de chapa-branca) e me permitir preservar meu fígado.

    1.      Enquanto o geverno for

           Enquanto o geverno for Petista, os militares e outras categorias conservadoras querem que essa “raça se f555” , mesmo que represente a queda da nossa pricipal empresa.

  2. Ela faz isso porque pensa

    Ela faz isso porque pensa como voce Assis.

    Voce tambem jamais atacaria o governo e sempre atacaria o tal PIG

    Não vejo porque voce fica tao cismado com esse tipo de comportamente 110% parcial

    Mas como se fala, dois bicudos nao se beijam né? 

    1. Se eu li o mesmo texto que tu leste,

      não vejo razão para esta tua acusação. E pelo que tenho lido dos textos do Assis, ele não é um marionete do governo, como tu sugeres. O Assim é bem crítico a algumas ações do governo. Leonidas, bem sabes que não se quer uma imprensa chapa branca, o que se quer é que se jogue às claras. Que a grande mídia tem lado, quase todo mundo sabe, o que se deseja é que declare o seu lado e não continue a manipular a opinião pública. Se quer defender o capital estrangeiro, se quer estimular a entrada de empresas estrangeiras no mercado ou modificar o sistema de partilhas da Petrobrás ou outro qualquer tipo de entreguismo, que o diga e assuma a sua posição. Mas que não fique posando de isenta, imparcial, quando sabemos que não é. É isso que se quer ou não se quer, Leonidas, e que eu saiba, bicudo só tem de um lado e todos sabem que se chama tucano.

      1. Infelizmente, assim é…

        Assim é a percepção das pessoas anti-governo quando reclamamos da mídia brasileira.

        Difícil fazer entender este pessoal que não queremos uma mídia bajulando o governo. Queremos uma mídia crítica a TODOS os partidos (é só ver como a mídia trata a falta de água em SP, martelando todo dia que o povo deve economizar água, mas não citando o maior responsável pela calamidade que SP atravessa). E no caso em tela, que o apresentador inicie sua esplanação já informando que “a rede globo não é a favor do atual sistema de partilha da Petrobras”.

  3. Petróleo do pré-sal

     “…são muitíssimo inferiores a seu patrimônio, no qual se incluem bilhões de barris medidos de óleo do pré-sal.”

    Prezado, o petróleo do pré-sal não faz parte do patrimônio da Petrobrás. Todos os recursos minerais no Brasil pertencem à União e são explorados sob regime de concessão. A Petrobrás, e qualquer empresa não é dona do recurso mineral que descobriu. Tudo pertence à União.

      1. Nada a ver. É sempre da

        Nada a ver. É sempre da União, concessão não transfere propriedade, concessão é o direito de explorar mas não é uma venda de ativos.

        1. “Concessão é o direito de

          “Concessão é o direito de explorar” Falou e disse. Não é isso que fazem as concessionárias de TV e Rádio. Tem a concessão e assim, o direito de explorar e  manipular não só o governo, mas todo o povo do país, como se dona fosse! Não pense que não entendi, simplesmente não resisti. kkkk

    1. Pré sal

      No regime de concessão é a empresa que é dona do poço, no regime de partilha é o governo o dono. No caso da Petrobras foi reservado 6 bilhões do pré sal. Por isso o PSDB defende a concessão para entregar tudo a Exxon.

      1. A Exxon não tem o mais remoto

        A Exxon não tem o mais remoto interesse em exploração arriscada, aliás a historia da Standard Oil Co.of New Jersey, hoje Exxon, é de aversão à exploração, eles gostam do domstream, transporte, refino, marketing, petroquimica, isso há 150 anos. Quem historicamente gosta de exploração é a Shell, que já está no pre-sal, campo de Libra.

    2. E complemento…

      E complementando o Sr. Geraldo, o regime do pré sal é o de “partilha” e não “concessão”. O regime de partilha prevê, ainda, que a estatal tenha participação de, no mínimo, 30% em todas as áreas licitadas, ou seja, ela tem e terá que alavancar um capital enorme para investimentos. Tem muita gente endinheirada torcendo para ela não conseguir. Duro é ver uma parte do povinho classe média, que não tem empresa da área nem tem ações, acreditar e achar que com venda total das ações do governo (ela é uma das petrolíferas de capital aberto), os preços dos derivados diminuiriam, quando na realidade subiriam…

       

  4. O ataque a Petrobras

    Minha sensação as assistir o tal telejornal foi de repugnância. O apresentador sequer escondeu suas feições de contentamento jocoso, dignas de aspirantes ao Projac, ao inferir as “perdas do dia”.

    O desmanche nacional para sugestionamento de uma solução ultraliberal seria o sonho dourado dessa espécie de “editorial” antinacional que se aproveitando de uma concessão pública denigre dia e noite, sem nenhum pejo ou equilíbrio, a maior empresa brasileira, infectando o ambiente econômico em prol da jogatina especulativa do dia seguinte.

    Propositalmente não separam a empresa, construída com o sangue e suor de gerações de brasileiros, dos maus servidores e maus empresários, tudo no intuito de fazer render o assunto até as próximas eleições, infectar as mentes incautas, e jogar lama para todos os lados. Dá nojo!

    Parabéns J. Carlos de Assis pela tempestividade e lucidez do seu post!

     

     

  5. Acho que a partir do momento

    Acho que a partir do momento em que a petrobras prova que há mentiras no noticiário, ela poderia deliberadamente suspender publicidade na Globo atendo-se a outras emissoras. 

    Não se trata de dar informação tendenciosa. Trata-se de mentir deliberadamente. Crime.

    Se é para fazer a limpeza, que se faça em tudo.

  6. O articulista J. Carlos de

    O articulista J. Carlos de Assis deixou patente seu viés fascista, que é típico ao confundir governo com Estado. Quem for contra o governo, passa a ser contra o país. Os jornalistas da Globo não disseram que a empresa está quebrada, porque não está. Passa, sim, por dificuldades, está endividada e com queda de credibilidade, por culpa da presidente Dilma, que não fez o óbvio ululante: substituir toda a direção da empresa, independentemente de comprovação de culpa nos desvios.

    1. É serio isso? voce chama o

      É serio isso? voce chama o colega de fascista e depois diz que tinha que demitir mesmo se não for culpada pelos desvio? e eu pensei ter lido de tudo…

      1. O prezado colega não entendeu

        O prezado colega não entendeu onde eu quis chegar. A credibilidade da empresa ficou arranhada, as investigações e o julgamento vão arrastar-se por meses, talvez anos. Mesmo que a diretoria não tenha furtado a empresa, ela é culpada por omissão, por não prever procedimentos internos que impedissem tamanha bandalheira. A substituição da diretoria traria, pois, maior confiança ao mercado, composto por acionistas e credores dentro e fora do país (inclusive os candidatos a credores).

      2. É sério isso?

        Nao tem culpa? Incompetencia tb é culpa, se fossem desvios de pequeno porte, Ok! Mas estamos falando de 88 bi (até agora). Quando ocorre uma fatalidade em uma empresa (morte por acidente do trabalho), vai do gerente ao responsavel direto de seguranca do trabalho embora, por incompetencia, nao é necessario que eles empurrem alguem até a morte para que saiam. Esse foi o caso, um fatalidade, e a responsabilidade é da Dona Foster e toda direcao, agora, como esta mantida no cargo, a responsabilidade por qq coisa que aconteca de agora em diante é da Dona Dilma.

    2. É serio isso? voce chama o

      É serio isso? voce chama o colega de fascista e depois diz que tinha que demitir mesmo se não for culpada pelos desvio? e eu pensei ter lido de tudo…

    3. Não é melhor disfarçar um

      Não é melhor disfarçar um pouquinho, sr. Caetano? Ou logo saberemos qual é a sua meta ou a do seu patrão. Não precisa escancarar tanto assim. “Ouça um bom conselho, que eu lhe dou de graça. Inútil dormir que a dor não passa”….

  7. A HORA É DE ATACAR OS PROBLEMAS: AS FALTAS DE ÁGUA, DE GESTÃO E

    A HORA É DE ATACAR OS PROBLEMAS: AS FALTAS DE ÁGUA, DE GESTÃO E DE INFORMAÇÃO

    A maior vítima da indigestão tucana de São Paulo é o povo. E quem a maior parte do povo culpa? O PT e o Governo Federal. Por que? Porque não denuncia devidamente a situação. Porque não se comunica diretamente com a população; Porque não faz a Lei de Medios. Porque apanha calado.

    PELO FIM DOS ATRAVESSADORES DA NOTÍCIA. INFORMAÇÃO INDEPENDENTE! O Governo precisa substituir os “atravessadores da informação”, ou seja, a mídia tradicional, como canal para informar o povo. Fortalecer a internet, investir nos jornais e boletins de classe, jornais de igrejas, associações, etc. Enfim, pulverizar os meios de se dirigir ao Brasil. O texto abaixo reflete sobre o tema. Recomendo a leitura!

    http://reino-de-clio.com.br/Pensando%20BR2.html

    PELO FIM DA LIBERTINAGEM DE IMPRENSA. LEI DE IMPRENSA JÁ!

    A reforma mais urgente para o Brasil é a reforma dos meios de comunicação. A versão tupiniquim da Ley de Medios dos hermanos argentinos. Como deve ser essa reforma? Em nossa opinião, deve ser radical. Desconcentrar a posse da mídia, realizar concorrências públicas para concessão, exigir conteúdo local ou regional em 60% da grade, garantir o imediato direito de resposta, punir rigorosamente as falsas reportagens e acusações, etc. E você? O que acha? Nossa reflexão sobre o tema está no texto do link abaixo:

    http://reino-de-clio.com.br/Pensando%20BR7.html

     

    [email protected]

  8. A Imprensa é contra o estado

    A TV brasileira ainda é a maior fonte, de costumes, diversão, educação, saúde, maldades, alegrias, entreterimento e revolta para maioria da população, e os canais Globo, Record, SBT e Band, as maiores, sabem muito bem usar esse magnetismo para usurpar as mentes de seus telespectadores, e essa tática está funcionando como nunca desde o primeiro dia do governo Dilma, simplesmente porque somos um povo formado por corruptos e escórias de todo o mundo; apenas agora com a chegada do PT no poder, passamos a ver com maior nitides nossas mazelas e como tem muita gente que se vê amendrontada, pois quase todas, ou em sua maioria tem haver com a justiça.

  9. Sim, sobre esses canalhas e

    Sim, sobre esses canalhas e suas canalhices sabemos todos há anos. Mas, cadê o PT e seus presidentes? Foram eleitos para se agachar, sentar na bancada do jn, fazer omelete com o louro josé, aplaudir festa de jornal que emprestou carros para torturadores? Cadê a coragem para enfrentar essas máfias? 

  10. A globo não ataca o governo, ataca o estaddo nacional

    A Globo, agindo assim, ela quer se intitular lº poder, sem participar pelo sufrágio universal.

  11. Crimes econômicos contra o Brasil e demais acionistas .

    Concordo plenamente com o artigo de J C Assis, entendo que toda veiculaçao de notícias inverídicas feitas no sentido de injuriar a Petrobras lezam o Brasil e acionistas privados da Petrobras causando perdas irreparáveis além da queda no valor de suas ações. Estes crimes tem continuidade desde a fundação da mesma.

  12. O valor comercial da Globo

    O valor comercial da Globo está derretendo. O clã Marinho talves esteja complementando sua renda com um “bolsa familia” pago pela Embaixada dos EUA. Talvez até esteja destruindo a imagem da Petrobras para forçar uma baixa no preço das ações da companhia para poder comprá-la e ter lucro quando as ações inevitavelmente subirem. Todo traidor tem um preço. O preço dos Marinho não deve ser baixo. 

  13. Valor de mercado

    Tomando-se como referência uma empresa privada cujo valor de uma ação na bolsa vale 1 real.Este é o valor de mercado. O que é valor de mercado?

    O Valor de mercado, em economia, refere-se ao valor que um produto atinge no mercado, baseando-se na concorrência de mercado e lei de oferta e procura. Costuma-se contrapor o valor de mercado ao valor real do produto.

    Nas transações capitalistas valor de mercado e valor real se contrapoem de acordo com as circunstâncias.O primeiro pode ser maior do que o primeiro ou vice-versa. O Google tem valor de mercado maior do que  o  seu valor patrimonial. Se e quando se inverter esta posição  no caso desta corporação, ela estará falida. Ou não?

  14. Em situações como a Lava Jato, por questões estratégicas, os EUA

    Em situações como a Lava Jato, por questões estratégicas, os EUA  sempre fizeram vista grossa para a roubalheira, para salvar suas empresas, sua engenharia, enquanto que por aqui o imperador Moro quer destruir o Brasil, nosso parque industrial, quero ver é o Moro dar de comer a milhões de brasileiros, quero ver esse engomadinho com seu falso moralismo udenista pegar tucanos como o Franchischini, Álvaro Dias e outros bicudos, que não seja somente os mortos da oposição (Eduardo Campos e Ségio Guerra) a levarem a culpa,,enquanto isso o povo americano agradece pela caça às bruxas tupiquim ao mesmo tempo em que eles mesmo souberam separar o joio do tirigo ( http://www.josecarloslima85.blogspot.com.br/2015/01/a-questao-nacional-na-operacao-lava.html )e se não fosse assim os EUA não seriam o que são hoje e sim uma republiqueta qualquer, enfim, depois da Globo, o Tio Sam vai premiar Moro como aquele homem que “faz a diferença”…hum…então tá…

    1. VOCE está faltando com

      VOCE está faltando com respeito ao juiz ao chamá-lo de Imperador, ele é mais do que isto, ele é AKHENATON, e por certo deve ter bem empregada a sua NEFERTITE . . . . . haouuuuummmmmmmmmmm horus falou e disse . . . .

  15. É meus caros……

    É meus caros….

    E tudo isso porque um dos poderes no BRASIL não funciona para os ricos: a justiça /mp(com minúsculo mesmo). Se funcionasse nossa mídia teria mais disciplina e sofreria alguma consequencia na divulgação de mentiras e na destruição de reputações.

    E também porque o outro poder, o legisltivo (com minúsculo mesmo) está quase que totalmente mancomunado com o dinheiro/mídia/política.

  16. Quanto seria o “valor de

    Quanto seria o “valor de mercado” da Sabesp, principalmente depois daquele regabofe na Bolsa de NY? Gostaria de fazer essa pergunta aos dois urubulinos. Outra conta que me interessa é quanto da verba publicitária da Petrobrás tem no salário dos dois 

  17. grande srtigo-denúncia.
    a

    grande srtigo-denúncia.

    a trairagem seguiirá impune?

    se a globo trai a nação com suas trairagens  

    e ajuda nas privatizações escandalosas e

    criminosas,

    trai o estado, não é mesmo?

     

  18.  
    “O costume de fumar

     

    “O costume de fumar cachimbo deixa a boca torta”. Toda vez que ouço falar na industria automotiva brasileira, lembro de minha avó ralhando comigo. Bastava dizer uma besteira, tipo, ter cometido algum erro de pronúncia, ou, alguma  imprecisão qualquer. Lá vinha D. Rosa, dendo em riste, vociferando!…” Não é industria brasileira! Eh industria de automóveis NO Brasil!…Quantas vezes terei que repetir??”

    Vez por outra, ainda me refiro às empresas que comercializam noticias e entretenimento no Brasil, como se estas pocilgas terceirizadas fossem de fato empresas brasileiras. Se D. Rosa ainda estivesse por aqui, continuaria a me repreender.

    Orlando

  19. O que importa para a Globo é
    O que importa para a Globo é que a Petrobrás voltou a irrigar o mercado com suas propagandas. A Globo ataca a Petrobrás pela frente e recebe a grana por trás….
    Quem é o diretor de marketing da Petrobrás? Esse pode fazer o quiser pois jamais será atacado.
    Vida mansa e tranquila.

  20. A Globo é pragmática, e, obviamente, não luta sozinha

    Para mim, está claro que a Globo, juntamente com outros grupos, empresas, empresários, líderes políticos/partidários/”caciques”, investidores nacionais, “supranacionais”, grandes representantes de outros setores e de uma diversidade de interesses, enfim, sabem exatamente que:

    * NO ÚLTIMO PLEITO NACIONAL (últimas eleições, portanto), O QUE EXATAMENTE ACABOU SENDO UM DOS PRINCIPAIS FATORES DETERMINANTES PARA QUE O GOVERNO DE SITUAÇÃO CONSEGUISSE PERMANECER NO PODER (mesmo sendo por muito pouco e a muuuuuuito custo), FOI QUE AS FONTES FINANCISTAS DAS CAMPANHAS FORAM DECISIVAS PARA O RESULTADO FINAL;

    * Tais fontes, OFICIALMENTE, ora colaboraram para ambos os lados, ora colaboraram até MAIS para o lado governista (e é difícil fiscalizar, ainda mais quando não se está na situação…, de modo que, maginem se grande parte delas colaborou por fora, e muito, para o lado govenista?);

    * Dentre estas fontes “irrigadoras”, como de certa maneira diz e bem lembra o amigo Assis no post, estao MUITAS das empresas e grupos financiadores de campanhas;

    * Vocês imaginem a influência que estes grupos tiveram, lutando contra TODO este poder financeiro/financista/econômico, nacional e internacional (que atualmente é a mesma coisa, neste caso)!

    Focar, ATACAR, mirar, investir contra a Petrobras, portanto, é quase uma panaceia… Uma múltipla ferramenta.. É impressionante os ricocheteios que uma mesma bala dá, matando tantos coelhos de uma vez…

    Sao as fontas irrigadoras e toda sua cadeia de empresas e setores que estavam em franco crescimento, é o próprio governo, as instituições, a opinião pública influenciada, grandes concessionárias e projetos, o próprio PAC, etc.etc..etc..

    E do lado que também ri à toa, tooooodos os que torcem contra (o país) e os que querem retomar o poder… Os gupos de mídia em sua maioria, empresas multi, bancos multi, países com outros interesses (mais uma vez, redundante), investidores, políticos, lobies, lobies, lobies, representantes e líderes de outros setores, enfim.. etc..etc..etc..

    Senhores… SE NHO RES… Com uma Petrobras e sua cadeia na mão, MAIS um país em desenvolvimento e com tantos milhões de pessoas sendo beneficiadas por suas políticas, é muito fácil ou no mínimo, já estaria muito bem encaminhada uma estratégia para o sucesso novmente em 2018.. MESMO que este caminho seja o único e o melhor para o país.. Mesmo ele não sendo “apenas” para ‘manter o poder pelo poder”…

    (Obs.: Não esqueçam: – Gilmar…, por favor, devolve Gilmar… Por que não mudarmos estes sistema de financiamento de campanhas Gilmar…???)

     

  21. Cristo!

    Professor, professor… O valor de mercado é SIM o valor da empresa. Isso é tão óbvio que é difícil explicar. Falar que o valor da empresa é o valor das reservas menos a dívida soaria ofensivo para qualquer aluno de primeiro período de administração, contabilidade ou economia. Pois isso pressupõe que a empresa pode dar liquidez imediata às reservas e pagar as suas dívidas.

    Pode-se até argumentar que, em um cenário volátil como o atual, o preço da Petrobras flutue muito abaixo do que seria razoável dado o desempenho da empresa (que aliás não tem sido uma maravilha). Mas isso não invalida a premissa elementar de que o valor de um ativo SEMPRE é o valor de mercado dele. Pelo reles motivo de que o valor de mercado é o valor atribuído por quem está comprando e vendendo esse ativo.

    O resto é bruxaria.

  22. Será ?

     As dívidas que a Petrobras contraiu para suas atividades produtivas, notadamente do pré-sal, são muitíssimo inferiores a seu patrimônio, no qual se incluem bilhões de barris medidos de óleo do pré-sal.

     

    Será que o nobre professor não sabe que no regime de partilha o óleo que está lá embaixo continua sendo da União ?

    Acho que ele sabe, mas se contasse, seu texto ficaria mais chinfrim ainda.

    Então ele age exatamente como aqueles que seu texto pretende criticar. Conta uma mentirinha básica.

    1. Claro que as reservas do

      Claro que as reservas do subsolo são da União. Mas como a União transforma isso em valor de mercado, a não ser através da Petrobrás, operadora única no modelo de partillha? Não é isso o equivalente a um patrimônio real gigantesco?

  23. Decisão de Estado?

    Outra coisa engraçada é tratar a política de conteúdo nacional, o modelo de partilha e a preferência à contratação de empreiteiras brasileiras como “políticas de Estado” e não “políticas de governo”.

    Truque retórico ridículo para mascarar que essas foram decisões tomadas única e exclusivamente pelo governo de plantão e que estão se revelando um desastre.

    Falar isso não é ser fascista, golpista, nem nada do gênero. Não estamos na Arábia Saudita onde é proibido discutir as idiossincrasias dos palhaços no poder.

    Aprenda a viver com quem pense diferente de você, professor. Isso devia ser pré-requisito para trabalhar numa universidade, mas no Brasilzão tá valendo tudo…

  24. A Globo só faz a cabeça do povo na cabeça de jornalistas

     

    J. Carlos de Assis,

    Penso muito próximo de você, mas não chego a tanto. No início de sua carreira, embora concordasse e considerasse de valor superior os seus trabalhos de jornalismos investigativo, eu achava exagerado a crítica que você fazia aos processos de corrupção no período da ditadura militar. Tinha seus livros como importantes para entender a realidade brasileira, mas considerava que você não aceitava o Estado como instrumento do sistema capitalista. E ai aqueles esforços para se criar grandes empresas nacionais eram vistos por você como uma grande fonte de corrupção.

    A minha crítica a esse tipo de raciocínio é que se essa conclusão de que para se tornarem grandes as empresas corromperam funcionários públicos for possível, cabe ao Ministério Público apurar. E só depois de uma sentença condenatória é que é possível afirmar que houve a corrupção. É bem verdade que em “A chave do tesouro” você não chega a acusar ninguém, apenas mostra todo o desenrolar de cada caso contado.

    De todo modo depois dos Quantitative Easing, que pode ser até outra forma de expressão para a chave do tesouro, eu que já não dava importância a essa discussão passei a considera-la própria do que eu chamo de cabeça oca. O mínimo de conhecimento sobre corrupção permite concluir que em qualquer país democrático a tendência dela é diminuir, o tamanho dela é normalmente um décimo das estimativas mais comedidas e mesmo em valores exagerados, é evidente que a corrupção causa menos problemas econômicos do que se imagina, como o Quantitative Easing está a demonstrar. Eu então não dou muita importância para essas acusações de corrupção que não tenham chegado a uma sentença condenatória transitado em julgado. E em relação às sentenças que chegaram ao seu término, há que se dá toda a força ao Estado para que elas sejam cumpridas.

    E em relação a este seu post “A Globo não ataca o Governo, ataca o Estado nacional, por J.Carlos de Assis” de quarta-feira, 28/01/2015 às 07:33, aqui no blog de Luis Nassif e de sua autoria, eu apontaria a minha divergência com você em relação a dois pontos. Primeiro eu não dou a importância que você dá a mídia na formação da cultura popular e segundo eu não acho que seja absurdol o governo fazer propaganda nos grupos que fazem campanha contra o governo.

    A cultura popular deturpada já existe, Não é a mídia que a forma. Existe uma grande tarefa para ser cumprida e que é ensinar o funcionamento da democracia, do sistema capitalista e do Estadop. A mídia por questão de audiência não pode ir contra esta cultura popular a não ser por imposição. Talvez fosse necessário ter uma espécie de “hora do Brasil” em todas as mídias dedicada a instruir a população, principalmente via debates com três ou quatro pontos de vistas diferentes para se falar sobre o Estado, o orçamento público, a democracia representativa, o capitalismo, e muitos outros que precisam ser mais bem entendidos pelo público.

    Sobre esta questão da cultura popular eu transcrevo o seguinte parágrafo do post “A cegueira branca do Estado e o gigante iluminado” de quinta-feira, 20/06/2013 às 16:10, aqui no blog de Luis Nassif e com texto de mesmo título e de autoria de Rafael Araújo Professor da Escola de Sociologia e Política de São Paulo e da PUC-SP. E o parágrafo a que eu me refiro é o seguinte:

    “É verdade que as manifestações revelam um descontentamento da população e uma falência do sistema de representação política. Há uma crise de racionalidade pelo fato do Estado de direitos não ser capaz de cumprir com aquilo a que se propõe. Os articulistas têm repetido isso como um mantra, mas até que ponto trata-se de uma crise exclusivamente brasileira? Até que ponto podemos associar o descontentamento do povo ao descaso e à corrupção? Esse é o raciocínio de superfície que estrutura os meios de comunicação tradicionais e que está por toda parte: nas músicas, filmes e novelas, nos sermões e discursos políticos, nas conversas de bar e de família, nas fábricas e escritórios, nas ruas e praças. Se todo o público que consome notícia pensa dessa forma rasa, como esperar que a velha mídia se comporte de outra maneira? São empresas que precisam de anunciantes, dizem e escrevem o que o espectador quer ouvir e ler. O jogo é esse. As fontes de informação dizem aquilo que se quer ouvir, assim garantem a audiência. Afirmar isso tem um fundo de perigo, principalmente quando estamos em um período de desequilíbrio como agora, porque essa afirmação significa ampliar as responsabilidades também para os receptores”.

    O endereço do post “A cegueira branca do Estado e o gigante iluminado” é:

    https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/a-cegueira-branca-do-estado-e-o-gigante-iluminado

    Como você e Luis Nassif foram, no seu caso, e são, no caso de Luis Nassif, jornalistas, vocês põem fé de que os meios de comunicação podem mudar o mundo. É uma pretensão descabida. As invenções do homem mudam o mundo e os meios de comunicação foram uma invenção humana, mas imaginar que William Waack e Carlos Sardenberg consigam mudar a direção da mão em uma rua na Barra é querer demais.

    Quanto ao segundo ponto em que nós divergimos, eu creio que você não é coerente com suas idéias. Você não é um economista de visão impregnada pelo pensamento dos austríacos. E você também não é um radical que quer destruir de imediato o capitalismo. Se somos parecidos nas idéias, embora você tenha toda a bagagem acadêmica que eu não tenho, é de se supor que você seja a favor da superação do capitalismo. Nesse sentido você preconiza que o capitalismo seja aperfeiçoado. Por exemplo, o capitalismo concentra a renda e você defende mecanismos que possam reduzir a desigualdade que o mero desenvolvimento do capitalismo acarreta. Assim, a cada momento o capitalismo estará em patamar superior de desenvolvimento.

    Expresso essas idéias como sendo suas, em razão do que tenho acompanhado dos seus escritos aqui no blog de Luis Nassif e em especial faço referência ao post “O manifesto de André Lara Resende, por J. Carlos de Assis” de segunda-feira, 30/01/2012 às 11:36, aqui no blog de Luis Nassif com um texto seu para fazer crítica a proposta de André Lara Resende de que o mundo deveria contentar com o crescimento zero. O endereço do post “O manifesto de André Lara Resende, por J. Carlos de Assis” é:

    https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/o-manifesto-de-andre-lara-resende-por-j-carlos-de-assis

    Pois bem, qual é o modelo que permite o aperfeiçoamento do capitalismo: um modelo como preconizado pelos austríacos, com um capitalismo pulverizado e diluído em pequenas empresas em competição constante ou um modelo como a proposta do comunismo em que se tem grandes empresas? É só observar o que ocorre em pequenos países, mas que se desenvolveram bastante, e menciono aqui a Suíça e a Holanda. São países minúsculos e o que existe lá: são pequenas empresas ou grandes empresas?

    Então o Brasil deveria fazer agora e sempre é incentivar a formação de grandes empresas como a ditadura militar tentou fazer na década de 70, financiando a formação de grandes conglomerados nacionais.

    Recentemente, indo no blog de Matias Vernengo Naked Keynesianism, no post com o título “On the blogs” de sábado, 24/01/2015, com links para assuntos diversos em outros blogs ou sites eu fui chamado atenção para o artigo “Alexander Hamilton’s Comeback” de 22/01/2015 às 04>59 pm no site BloombergView e de autoria de Justin Fox. Com a ajuda do Google tradutor, transcrevo os quatro primeiros parágrafos do artigo “Alexander Hamilton”s Comeback”. Disse lá Justin Fox:

    – – – – – – – – – – – – – – – – – –

    Qual é a chave para o sucesso da economia nacional? Em um ponto de vista, vamos chamá-lo, o Hamiltoniano, grandes empresas e governo trabalham em conjunto para alcançar a prosperidade nacional e grandeza. No outro, o Jeffersoniano, o governo que governa melhor é aquele que permanece fora do caminho de – e ocasionalmente ajuda – corajosos pequenas empresas.

    Há outros pontos de vista também, é claro, mas nos EUA, estes têm sido os dois grandes. A taxonomia é emprestada de Michael Lind, que a descreve perto do início de seu livro, “Terra das promessas: Uma História Económica dos Estados Unidos,” antes de corajosamente afirmar que:

    “Tudo o que é bom sobre a economia americana é em grande parte o resultado da tradição desenvolvimentista Hamiltoniana, e o que é ruim a respeito dela é em grande parte o resultado da escola producerista Jeffersoniana”.

    Eu sou cético em relação a essa afirmação – parece que a interação entre os dois tem sido uma força em si – mas eu provavelmente deveria ter passado o primeiro capítulo do livro de Lind antes de chegar a quaisquer conclusões. Eu li vários comentários de “Terra da Promessa” quando ele saiu em 2012, mas só comprei ele (em formato digital) ontem à noite, logo depois que eu cheguei em casa de ver uma apresentação do novo musical de Lin-Manuel Miranda, “Hamilton. “

    – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

    O endereço para o artigo “Alexander Hamilton”s Comeback” é:

    http://www.bloombergview.com/articles/2015-01-22/alexander-hamilton-economic-growth-and-lin-manuel-miranda

    Transcrevi todo o texto para reforçar a minha crítica a sua censura de o governo financiar via propaganda da Petrobras a Globo que faz tanta crítica ao governo na esteira do escândalo da Petrobras. Eu não vejo razão para se preocupar com a Globo. Ela faz a cabeça de uns três ou quatros já com a cabeça feita. Pode ser que a história da corrupção demore a chegar no final, mas o mais provável no final da história é que se acabe descobrindo que a presidenta Dilma Rousseff e a presidenta da Petrobras Graça Foster não tem nada a ver com o imbróglio, e as duas vão se transformar em uma espécie de heroínas nacionais.

    Além de não se preocupar com o que a Globo diz, penso mesmo que o governo Brasileiro deveria financiar umas 10 grandes empresas de comunicações no Brasil (O grupo O Globo, o grupo Folha de S. Paulo, o grupo “O Estado de São Paulo”, o grupo “Diários Associados”, dois grandes grupos no Nordeste e dois grandes grupos no Sul e mais dois outros). Seriam grandes grupos televisivos, editoriais. Haveria alguma regulação para que um não sufocasse o outro e para que também pudessem surgir pequenos grupos, mas a ajuda para formar grandes grupos é vital até para que o Brasil possa ganhar repercussão internacional.

    E quando o brasileiro for mais instruídos personagens como William Waack e Carlos Rosenberg só existirão em programas humorísticos.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 28/01/2014

    1. Caro Clever,
      Concordo com

      Caro Clever,

      Concordo com muitas críticas que você faz, inclusive em relação às minhas próprias críticas do hamiltonianismo do Governo miliar. Contudo, em relação à influência da mídia, acho que você está enganado. Mídia significa intermediário, e é ela que intermedia a apreensão da notícia e da opinião pelas pessoas. Quando ela distorce os fatos funciona como um manipulador eficaz. Abr, JC.

  25. Agradecimento

    Obrigado por se manifestar com tanta verdade. Se propor em ser a voz de milhões pessoas, que não querem cometer erros e apostam em candidatos que estão mais próximo do que é bom para a coletividade. Muitos padres católicos, pastores de igrejas cristãs  tambem tentaram nos persuardir. não só o poder das grandes emissôras e revistas com seus jornalistas devedores e submetidos às mentiras.  Desculpe a carolice , mas este texto nos chama a uma reflexão de libertação. O UNIVERSO precisa de voce.  Obrigado.

     

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