A influência do monopólio midiático na produção cultural

Por Fabio (o outro)

Comentário ao post “Como os grupos de midia conquistaram o mercado de opinião

No texto a análise recai sobre o aspecto político dos efeitos da concentração da mídia.

Há também o aspecto devastador que esse monopólio exerceu sobre a produção cultural do país nos últimos 30 anos .

O que explica que as últimas manifestações relevantes na área musical ocorreram na década de 80, com as bandas de rock que então surgiram?

De lá pra cá nada mais apareceu de relevante. O país ficou mergulhado nos lançamentos de grupos musicais exclusivamente comerciais e descartáveis – axé, lambada, sertanejo, etc .

Quem quiser decolar na carreira tem que aparecer nas novelas da Globo e no Faustão. O resultado é que a produção musical no país morreu há 30 anos , dando lugar a uma porção de cantores descartáveis e de qualidade duvidosa .

Na literatura e no teatro , a mesma coisa!

 

Redação

23 Comentários

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  1. Aconteceu sim!

    “De lá pra cá nada mais apareceu de relevante..”

    Apareceu sim meu caro. Só que não é bombardeado pela mídia conservadora. Várias bandas, músicos, artistas surgiram, só que temos que ir atrás deles. A cultura ainda é pujante em pindorama. Não podemos é esperar que esses artistas apareçam na Globobo.

    1. O problema aqui é fazer

      O problema aqui é fazer sucesso !

      Ter que correr atrás desses artistas , não é o que se espera da produção cultural de uma nação . Espera-se que eles sejam dvulgados amplamente pelos grandes canais de comunicação , sejam acessíveis a todos. Imagine os americanos terem que correr atrás de Ray Charles.

      Quem , nos dias que correm , tem a estatura de Tim Maia , Djavan , Simone , Marina Lima , Ney Matogrosso , Roupa Nova , Ivan Lins , Guilherme Arantes , Marisa Monte , Cazuza , Renato Russo – ou até do Fabio Junior em início de carreira  –  …….. e tantos outros que já se foram ? ME diga quem , tirando os sobreviventes Chico e Caetano .

      É um tal de Tiaguinho pra cá , Naldo pra lá , e Claudia Leite , e Luan Santana , e Joelma . Nada contra . Mas essa turma não deveria ocupar hoje um espaço que no passado já pertenceu a artistas cujo talento era do calibre dos citados anteriormente .  

      Ou já não existem mais talentos como antigamente , ou a eles não se dá mais o devido lugar na grande mídia . Esse é o problema .

      1. MinC

        Concordo. Talvez por isso temos uma Lei ultrapassada que é a Lei Roaunet. Qual empresa vai colocar sua marca em um artista desconhecido, ainda que perceba renúncias fiscais? Temos o FNC – Fundo Nacional da Cultura que era justamente para equilibrar essa balança, infelizmente sei que não passa de “ação entre amigos”.

  2. Sempre comento isso entre amigos

    Talvez o lado mais danoso desse oligopólio midiático seja esse cerceamento do artístico.

    As expressões mais legítimas são obrigadas a trilhar carreiras obscuras voltadas a um pequeno público de felizardos ou a colher migalhas lançadas pelos grande bancos, grandes teles, etc.

    Mas, fábio, tem muita gente boa aparecendo sim. Um giro pelos programas musicais da TV Brasil mostra uma riqueza que não dá na globo nem toca nas rádios do oligopólio.

     

     

  3. MÍDIA DOMINANTE

    Mídia dominante onde?

    Informações sobre RIO e São Paulo  são sempre divulgadas.

    E afinal, existe vida no país fora do RIO e SÃO PAULO?????

  4. Concordo com o Klaus, tem que

    Concordo com o Klaus, tem que ir atrás, garimpar, que vai encontrar muita coisa boa…Na grande mídia só aparecem os medalhões antigos que tem contratos com as gravadoras e dos novos, muita música descartavel.

    Gosto músical é algo muito pessoal, más vai uma dica de um ‘novo’ bom som :

    Tibério Azul – Vamos Ficar Sol

    Se alguém tiver mais dicas de boas bandas e músicos nacionais, da geração atual, seria interessante se postassem aqui…

    1. Nova geração da MPB

      Amo música, sou uma cidadã comum, que prezo a nossa cultura. Tenho dicas de artistas  da nova geração, da melhor qualidade e não foi através das grandes mídias que conheci – essas estão interessadas apenas no sucesso imediato e passageiros de músicas descartáveis, volta e meio me pego pensando,será que eles não tem remorso pelo fazem a nossa cultura?

      Acontece que hoje, também temos que fazer a nossa parte, com todas as facilidades da internet para pesquisa, acessar alguns canais de tv e rádios aguerridas, divulgar nossas descobertas, enfim ajudar na medida do possível a diminuir a alienação de grande parte da população de todas as camadas culturais.

      Concordo que gosto músical é muito pessoal, mas eu gosto de ouvir, ouvir de novo, as vezes posso até não gostar do estilo, mas se for boa qualidade, costumo reconhecer o talento e sigo em frente atrás de outras pérolas.

      Atualmente tenho me deliciado com essa turminha, são jovens, inovadores, super preparados e estão aí em busca de um lugar ao sol.

      – Filipe Catto, cantor de voz incomum , compositor, instrumentista e  super intérprete (é viceral, já conferi ao vivo), fui tocada por um emoção que pretendo repetir toda vez que for possível. 

      – Blubell, cantora, compositora, jazz contemporâneo com humor, super refinada.

      – Léo Cavalcanti, cantor, compositor, instrumentista, suas canções fazem bem ao universo.

      – Pélico, cantor, compositor, um dos melhores poetas dessa geração.

      – Fugindo muito da MPB, gostaria de citar Adriano Grinemberg, + de 20 anos, espalhando o melhor do blues pelo Brasil, com seu teclado e performance maravilhosos,  muito pouco conhecido.

      – Tem outra artista que está camelando há anos, e muita gente não conhece, Cida Moreira, cantora, atriz, pianista, contemporânea, foi através das parcerias dela com jovens talentos que conheci muitos dos novos.

      Finalizando, é muito preocupante ver que os artistas citados e outros igualmente bons, em suas páginas no facebook, o número de curtidores não chega a 100.000, enquanto isso Anitta está na casa dos 7.751.184, quando alguem ler e possivel que ela já tenha ultrapassado os 8 milhões.

       

    2. Para engrossar o caldo das

      Para engrossar o caldo das indicações da Yáskara e  klaus, com um som mais “yang”. Duas bandas instrumentais, uma surgida em Sampa e a outra no Rio:

      Bixiga 70

      Abayomy Afrobeat Orquestra

      O Bexiga 70 vai estar se apresentando em sua casa (bairro do Bixiga em SP) em 30 de Março, no “Dia do Graffiti no Bixiga”, não perco por nada…!
       

  5. E não por acaso, vários desse

    E não por acaso, vários desse líderes das bandas dos 80, agora cinquentões, escrevem no pig, exatamente o que o pig quer que escrevam. Todos em uníssono processam o PUM do pig (pensamento unico midiático).

    Daí voce ver que a questão política se mistura a essa. Eu nem sabia, pois não leio jornalões, mas meu irmão que assina O Globo, me informou que agora, a Adriana Calcanhoto, de quem gosto, tem coluna no jornal. Já tinham também, Tony Belloto (Titãs), Fernanda Torres, Maite Proença, Nelson Motta e outros que esqueci. Todos dão pitacos em política. Devidamente orientados pelo Kamel, claro.

    O que voce tem então é um bando de artistas que precisam de espaço na mídia para divulgar seu trabalho. Em troca disso submetem-se a lavagem cerebral ideológico. Num legítimo toma lá da cá, no mais alto estilo PMDB/ governo(todos). Prática costumeira em nosso sistema presidencialista de coalisão que serve de alíbi para esses mesmos colunistas fazerem campanha de achincalhe aos políticos, partidos, e num crescendo à democracia. É o macaco que não olha para o próprio rabo. Típico de nossa classe média udenista hipócrita até a raiz dos cabelos

     

     

  6. Generalização

    Comentário genérico e estapafúrdio. Você não conhece a literatura nacional da atualidade (conto, romance e poesia) e duvido que conheça o teatro! Chega de generaliazar. Esse tipo de palpite é o mesmo que grande Vladimir Safatle disse sobre a arte brasileira contemporânea. Safatle é ótimo, eu respeito, mas deu um chute espantoso que revela como você Fabio e muita gente desconhece a arte do brasil de hoje.

    1. Ele deve estar se referindo à

      Ele deve estar se referindo à quase inexistente divulgação de produtos culturais de qualidade, daí a generalização. Realmente, a colocação dele não foi feliz, mas há muito sentido no que ele quer dizer.  A grande massa sabe da existência da literatura nacional atual? Quem deveria divulgar – mídia, escola – está fazendo isso? Não estamos falando daqueles poucos privilegiados que buscam e sabem onde buscar a boa cultura. Estamos falando do papel de divulgação que a grande mídia não está fazendo propositalmente. Haviam vários artistas populares que “sumiram” da mídia ao longo dos anos. Eram “comerciais” e, de repente, deixaram de ser? Veja a entrevista do Alceu Valença que apareceu aqui no Blog (acho que foi no final de fevereiro). Ele disse com todas as letras que houve um período que a gravadora pagava ele e não divulgava suas músicas. Desde quando empresário investe para não ter lucro? Existe sim uma política para “emburrecer” o povo, boa cultura lapida o senso crítico.

        1. Obviamente só dá para

          Obviamente só dá para responder de acordo com a minha opinião pessoal. A boa cultura é tudo o que nos eleva e nos diferencia dos outros animais, além da razão. A boa cultura nos traz o belo, pode instigar a reflexão ou apenas a admiração pelo talento do artista. Não tem nada haver com ser erudito ou não, cada um tem os seus “formatos” preferidos de expressões culturais. E é nessa vastidão de formatos possíveis que entra o entretenimento vazio travestido de opção cultural, entra os pancadões e as poposudas e a apelação pobre do instinto sexual, bem diferente da sensualidade natural

    2. Eu topo a provocação,

      Eu topo a provocação, Maurício (e também concordando em parte com Chris).

      O que está acontecendo na cena cultural atualmente, seja na literatura, seja no teatro, etc.? O que estão acrescentando? Eu realmente quero acreditar que não estão somente falando para os próprios pares de modo quase autista em torno de uma boa mesa regada a um “bom vinho” pagos com algum fundinho público. Sério, naõ falo por sarcasmo; eu realmente quero estar errado. Não entenda que estou dizendo que não há pessoas talentosas. Do meu ponto de vista é o sistema cultural brasileiro que está em colapso. Seja esse mercadão aí que está dominado por grupos de mídia e profissionais preconceituosos e de mal gosto que acham que o povo só admira porcarias e “histórias de sucesso” de “novos ricos”; seja esse do financiamento público, de critérios também pouco transparentes e que não exije nenhuma prestação de contas ou contrapartidas de quem está ao alcance de passar a mão nos recursos.

      1. Respondendo

        Mas se olharmos para o mais evidente, esse quadro que você aponta, ok. Mas nós precisamos sair do fla-flu desse tipo de critica. Precisamos gastar sola de sapato sim e ir atrás do que está acontecendo de maravilhoso na nossa arte e na nossa cultura fora desse maniqueísmo aí, desse mundo restrito de leis, prestações de conta e contrapartidas. Realmente, há uma dificuldade. Mas lembre, só pra citar o teatro, no que acontece na Praça Roosevelt em São Paulo, nos grupos como “Nucleo bartolomeu de depoimentos”, “Paralapatões”, “Cemitério de Automóveis”, “XIX”, “Vertigem”, “Grupo Tapa”, “Cia. do Latão”, “Pia Fraus”, “Lume” etc etc etc. Se isso não for riqueza artista, cultural, apesar de todos os sistemas falhos, eu não sei o que é. Mais te garanto que, com toda a certeza, temos sim uma cultura fortissima. Grande abraço e obrigado peloa oportunidade de debater essas ideias tão importantes para nós.

  7. Manguebeat

    Você esqueceu do Manguebeat em Pernmbuco. Movimento que revigorou Recife, Nordeste e Brasil de forma contundente, influenciando na musica, literatura e cinema feito em pernambuco, e por que não dizer, no Brasil também. 

  8. Discordo. Só para ficar no

    Discordo. Só para ficar no Rock/Pop, nos anos 90, tivemos as ótimas Chico Science e Nação Zumbi, Los Hermanos e Raimundos, que fizeram muito sucesso. Já em 2000, no mainstream, realmente caiu um pouco a qualidade (com CPM 22, Nx Zero, Restart, etc), mas no circuito alternativo surgiu e apareceu muita coisa boa. Teatro Mágico, por exemplo, é uma banda muito famosa, mas realmente não tem espaço na Globo.

    O que vem acontecendo com o mercado musical não é “privilégio” do Brasil não. Antigamente, os canais de divulgação eram restritos, e apostas eram feitas “para dar certo”. Não existia Youtube, não existia Grooveshark e outros sites para ouvir música via Streaming, então ou você caia nas graças de um produtor/gravadora, ou você ficava comendo grama.

    Assim, os “sortudos” tinham a disposição amplo merchandising (MTV, Rádios, Mídia, etcétera, etcétera) e podiam de maneira mais fácil se consolidar.

    Hoje em dia o negócio é diferente. O ambiente é mais “caótico”. Existem, no Youtube, bandas com clipes que contabilizam dezenas de milhões de visualizações e que nunca vimos. Hoje todo mundo, em suma, aparece, só colocar sua música na net e tentar a sorte.Como os jovens (grandes consumidores de música rock/pop) utilizam muito mais internet do que TV/Rádio, não dá para haver o direcionamento, que havia antes, a meia dúzia de bandas e cantores. E, pelo que se viu, tem muita gente boa aí (que antes não tinham chance). Assim, é muita coisa para se ouvir, muita banda boa no mercado, e creio que com isto faça ser mais difícil que antes erigir grandes medalhões.

    Só ver no mercado internacional: depois da leva das bandas que estouraram nos anos 90 (Nirvana, Pearl Jam, Red Hot Chili Peppers, Radiohead, Oasis, etcétera), que banda surgiu depois que hoje seja de conhecimento geral? Que esteja lembrando agora, apenas Coldplay. Surgiram depois inúmeras bandas famosíssimas, mas que não se tornaram medalhães (estilo The Killers, The Strokes, nessa linha).

    Então, esta explosão de “Naldos” e “Anitas” só acompanha uma tendência internacional. Com a facilidade de acesso que as pessoas têm a música, e com o tanto de material por aí, as pessoas não possuem mais paciência de ouvir CD’s inteiros, às vezes nem para clicar e ver um clipe de 4 minutos. Se “Sargent Peppers”, ou “Dark Side of The Moon” fossem lançados hoje, as pessoas não teriam paciência de ouvi-los do começo ao fim.

    Assim, o “investimento” das TV’s em artistas é muito mais direcionado, para os que têm imagem e façam música de fácil assimilação, música Fast-Food. Se a televisão não mostrar algo que seja muito chamativo em termos de imagem e grudento em termos musicais, o consumidor de hoje desliga a TV e vai ver algo na internet.

    Só observar que, quando alguma música se “viraliza”, em grande parte se deve ao vídeo no Youtube (exemplo é o do coreano Psy do “Gangnam Style”). Imagem é muito mais importante que a música em si nos dias atuais. Isto não tem nada a ver com concentração midiática. Nos anos 80 nossa mídia também era extremamente monopolizada, mais do que hoje aliás.

  9. A grande mídia não quer

    A grande mídia não quer artistas contestadores, quer bom mocismo. Também não quer uma rica produção cultural, quer produção que siga a lógica do consumo.

    Lobão é o símbolo do fracasso dos artistas ‘livres” capturados pelo Mainstream.

    Avenida Brasil foi um grande sucesso e merecido porque foi a melhor novela da Globo em uma década, uma emissora que todo ano (do final dos anos 60 ao início dos anos 2000) tinha boas novidades na teledramaturgia, mesma crise criativa ocorre em hollywood, ou seria emburrecimento forçado? Nos anos 80 e 90 havia uma cultura popular muito rica e dinâmica.

    Há bons exemplos de resistência aos monopólios e elevada qualidade cultural para serem seguidos: o atual cinema argentino e os atuais seriados americanos.

    O Brasil deveria mudar as lei de incentivos, deveria acabar com a lei Rouanet e voltar a antiga lei Sarney (ironia não), a lei Rouanet incentiva empresas a investirem em cultura (tremendo erro, pois as empresas investem em marketing). A lei Sarney incentivava o investimento direto nos artistas (seguindo a lógica do incentivo a indústria, agricultura), não seria difícil aprovar as mudanças, Sarney é do PMDB (que não votaria contra seu líder).

    1. Realmente… Concordo com vc

      Realmente… Concordo com vc plenamente, Brasil está passando por uma época negra musicalmente falando, e é triste.. Por que o Brasil e a cultura vai de mal a pior… 

  10. O “negócio” está nos Direitos Autorais

    Não existe músico bom o ruim, existe aquele que é ouvido ou aquele que não é ouvido. Aquele que é mais ouvido (tocado) gera mais direitos autorais ao proprietário daqueles direitos. Ainda, os “artistas” ou compositores de hoje são criados pelos grupos editores musicais, nascendo com os seus Direitos Autorais já hipotecados em favor do seu “criador”. Os grupos de difusão divulgam as suas próprias “criações” elevando a % de ratting medida pelo ECAD, gerando maior receita, na forma de um efeito bumerangue.

    Os EUA, abusando deste Direito Autoral, na sua versão internacional, esfoliam países em desenvolvimento sugando direitos autorais em seu favor. O fluxo da maré é somente em favor dos EUA (a produção musical que chega de lá e sempre maior que a que sai daqui, bloqueando a entrada de dinheiro na compensação bancária, no Banco do Brasil). Por isso, os bons brasileiros estão fora, editando seus trabalhos nos EUA e recebendo direitos que, aqui no Brasil, ficariam encalhados na compensação bancária. Tom Jobim, apenas para citar um exemplo, nunca pagou um único centavo de imposto dentro do Brasil, deixando tudo em Nova Iorque, na “Corcovado Music”, da sua propriedade.

    Na música, a qualidade não combina com os negócios, mas sim a quantidade e a repeteca de bobagens “próprias”, que engordam o cheque mensal do ECAD, hoje indo, na sua maior parte, para a Polygram Internacional.

    Enquanto isso, o Brasil, grande gerador de música de qualidade, observa, ouve e compra discos dos seus melhores artistas morando no exterior. Brasil paga aos EUA para ouvir musica brasileira de qualidade.

     

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