
O pensamento acima é uma reflexão de João Paulo II em sua Carta Encíclica “Centesimus Annus”. Com a devida autorização do autor, colhi do artigo do ex-procurador-geral da República, Claudio Fonteles – “Perdemos Todos“. Foi escrito em contraponto ao artigo com o mesmo nome do jornalista Ricardo Noblat. Sua leitura me trouxe à mente as insistentes notícias de processos e investigações que estão sendo movidos contra Luis Inácio Lula da Silva e tentados contra Dilma Rousseff.
No caso, arrisco a dizer que a manipulação imposta “pela força de uma bem orquestrada insistência”, nas palavras de João Paulo II, entre nós não é fruto apenas da imprensa. Mas, também, e principalmente de policiais, procuradores e juízes. Eles têm consciência de como jogar com jornais e jornalistas, para, manipulando informações, criarem um clima que favoreça seus objetivos.
Da forma como o noticiário é veiculado, parece que apenas Lula cometeu possíveis crimes e somente as contas eleitorais de Dilma Rousseff – no caso na companhia de Michel Temer porque não conseguiram separá-los, apesar de tentarem – são suspeitas de irregularidade. Quanto aos demais políticos, as notícias e denúncias surgem e desaparecem.
caso, a persistência nas acusações, a facilidade na abertura de processos em estreitos lapsos temporais, bem como a realização de operações em datas pouco usuais, como ocorreu nesta terça-feira, durante o recém-iniciado recesso do judiciário só contribuem para fomentar o clima descrito pelo ex-papa “da manipulação pela força de uma bem orquestrada insistência“.
Mais grave ainda é o fato de o espaço destinado à defesa não guardar qualquer semelhança com o usado nas acusações. Em geral, na mídia tradicional, trata-se de mera formalidade em uma tentativa de evitar acusações de parcialidade, quando esta parcialidade já é tamanha que perceptível por uma grande parte dos eleitores/leitores. Pelo que advogados denunciam, a mesma formalidade/parcialidade se repete nos inquéritos e processos. Tudo leva a crer que se cria um clima que culminará com a condenação.]
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autodefesa intelectual
“nós podemos nos referir a um objeto com uma palavra, mas, com outra palavra, podemos colorir essa referência.e -também através da linguagem- podemos dar uma dimensão maior, menor, ou neutra a alguma coisa.é importante prestar atenção à escolha das palavras.‘guerra cirúrgica’… ‘dano colateral’… ‘bombas inteligentes’… ‘fogo amigo’… ‘guerra justa’…é extraordinário!”Normand Baillargeonhttp://homeromattosjr.blogspot.com.br/2014/08/blog-post.html
Coisa estranha…
Que confusão esse post.
Mistura artigos e opiniões, repete textos, muda de um autor pra outro…
Esse post merecia uma análise/comentário do Wilson Ferreira