A morte do Washington Post

Os grandes jornais como o The Washington Post e o papel tradicional de outros jornais estão sendo substituídos pela cacofonia da internet sem nenhum tipo de filtro.

 
Em muitos aspectos, a história recente do Washington Post, como uma publicação de destaque, não era a da maioria dos grandes jornais americanos que estão envolvidos com financiamento de enormes fortunas para a sua manutenção.
 
Quando, no futuro, as histórias do século 20 forem reescritas, alguns jornais lendários tendem a ser vistos sob uma luz completamente diferente.
 
 
Os grandes jornais como o Washington Post e o papel tradicional de outros jornais estão sendo substituídos pela cacofonia da Internet sem nenhum tipo de filtro. 
 
Praticamente, qualquer pessoa, a qualquer hora, com qualquer falta de formação [ou talento] pode subir no seu próprio poleiro para esbravejar as suas idiossincrasias. [Um caso em questão: o meu próprio blog].
 
Pior ainda, os chamados “agregadores” coletam essas peças importantes de informação e de opinião ou a baba constante de assuntos irrelevantes.
 
Mentiras, exageros, preconceitos, equívocos são, desde sempre, o produto do dia.
 
Como sempre, a tecnologia é neutra, e assim é o incrível milagre da web em todo o mundo. 
 
Ela permite a pesquisa e a comunicação de uma forma não jornalística como jamais poderíamos ter sonhado há uma década. 
 
Mas, como nunca antes, a verborragia, muitas vezes se transforma em muito modestas contribuições para a cultura popular. 
 
Além disso, torna-se uma ferramenta para tudo, desde a extorsão ao terrorismo islâmico.
 
O leitor, é claro, assume uma postura escorregadia. 
 
A maioria das pessoas, com menos de 35 anos, nunca teve “o hábito diário”, ritualístico, de ler um jornal ou ouvir informações no rádio do carro.
 
O consumo frenético da produção musical contemporânea, de modo geral, substitui o processo de busca de informações sobre o que está acontecendo no mundo. 
 
É sintomático que o Twitter possa representar a descida final para o abismo do semianalfabetismo.
 
Considerando-se que estamos apenas no início da grande revolução digital, testemunhando o nascimento de novos modos de comunicação, o novo jornalismo pode representar o desenvolvimento de um formato que ninguém pode prever, agora, como poderá ser, radicalmente, transformado. 
 
Mas, o que parece ser um ponto desfocado no futuro distante, embora o mundo esteja se movendo cada vez mais rapidamente, não sabemos sequer se os jornais vão continuar oferecendo grandes benefícios para a nossa cultura, para a democracia e a governabilidade.
 
Trechos do artigo de Sol W. Sanders, editor colaborador do WorldTribune, East-Asia-Intel e blogs

via blog de Luis Nassif

Redação

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