Abominação ética em Alexandre Garcia, diz aluno da UNB

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – “Temos que pensar na qualidade do ensino. Aqui no Brasil ele é todo assim por pistolão, empurrãozinho, ajuda. A tradução disso é cota. Aí põe lá um monte de gente… só 67%, você viu aí, passaram por mérito. Estão aprendendo como é a vida, a concorrência, sem nenhuma humilhação de receber empurrãozinho. O mérito é a base”, foi o comentário do jornalista Alexandre Garcia, em noticiário local da Globo em Brasília.
 
A declaração gerou repercussão entre alunos e professores da rede pública. Entre eles, um estudante da Universidade de Brasília, João Marcelo, relembrou os ensinamentos do escritor Darcy Ribeiro para responder ao jornalista, em artigo: “Darcy Ribeiro, fundador da UnB e um dos maiores antrópologos brasileiros, teve ocasião de asseverar que o maior problema do Brasil é sua elite”.
 
Em seu texto, o estudante lembra que “ao contrário do propalado pelos intelectuais da Casa Grande”, a Lei de Cotas nas Universidades não precarizou o ensino superior público, mas “segundo dados científicos apurados na avaliação dos 10 anos da implementação do sistema de cotas na UnB, o rendimento dos estudantes cotistas é igual ou superior ao registrado pelos alunos do sistema universal”.
 
Leia o artigo completo:
 

A abominação ética em Alexandre Garcia

João Marcelo

Os comentários de Alexandre Garcia nos telejornais da TV Globo são sempre um festival de impropérios, invariavelmente de cunho elitista. Porém, sua declaração recente em que acusa os alunos ingressos à UnB pelo sistema de cotas de “não possuírem méritos para ingressar na Universidade” revela em sua personalidade um pendor de senhor de escravo, um calejamento próprio de uma classe dominante infecunda e profundamente perversa.

A Lei de Cotas nas universidades completou três anos no ano passado. Fruto da mobilização dos movimentos sociais, logrou colaborar no ingresso de mais de 111 mil alunos negros. Ao contrário do propalado pelos intelectuais da Casa Grande, sua efetivação não precarizou o ensino superior público: segundo dados científicos apurados na avaliação dos 10 anos da implementação do sistema de cotas na UnB, o rendimento dos estudantes cotistas é igual ou superior ao registrado pelos alunos do sistema universal. Outras análises, em dezenas de instituições como Uerj e UFG, coadunam com o diagnóstico.

Os argumentos contrários ao sistema de cotas carregam o signo de uma ideologia que fez com que o País vivesse o colonialismo, a escravidão e a própria ditadura. Está no DNA da classe dominante brasileira buscar impedir à emancipação dos oprimidos, por esses constituírem ameaça ao seu domínio. Para esse fim, ocultam os saqueios e opressões que os povos colonizados foram e são submetidos, ao mesmo tempo em que procuram domesticar o imaginário dos oprimidos a partir de mentiras repetidas à exaustão nos meios de comunicação em massa.

Darcy Ribeiro, fundador da UnB e um dos maiores antrópologos brasileiros, teve ocasião de asseverar que o maior problema do Brasil é sua elite. Segundo ele, as elites brasileiras se apropriam unicamente do poder para usurpar à riqueza nacional, condenando seu povo ao atraso e a penúria (ver O livro dos CIEPS, 1986:98). Por isso, carregamos a inglória posição de terceiro país mais desigual do mundo.

Alexandre Garcia é um conhecido bajulador das hostes oficias. Foi aliado de Ernesto Geisel e porta-voz do ditador João Batista Figueiredo. Foi exonerado após postar seminu numa revista masculina. Apoiou a candidatura de Maluf no Colégio Eleitoral. Foi um dos artífices da cobertura global que favoreceu a ascensão de Fernando Collor de Mello e Fernando Henrique Cardoso. É, pois, co-participe da tragédia social, política, econômica e ideológica da sociedade brasileira.

A TV Globo, que abriga essa triste figura, é a principal aliada de todas as causas abomináveis patrocinadas pela elite contra o povo brasileiro. Sustentou o golpe de 1964, franqueou amplo apoio ao regime militar, deu sustentação aos governos conservadores após a redemocratização. Seu jornalismo sempre perseguiu os movimentos sociais e lideranças populares, cuja expressão mais retumbante foi o herói da pátria Leonel de Moura Brizola.

Quando insulta os alunos da rede pública egressos pelo sistema de cotas, o jornalista vê nisso paternalismo e esmola. É compressível. Quem ascendeu na carreira com favores e migalhas dos plutocratas só pode enxergar nos outros os vícios que carrega. Felizmente, o povo brasileiro não permitirá que a direita apátrida coloque suas mãos sujas de sangue em seus direitos mais caros, para a tristeza do jornalista e seus correligionários.

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

57 Comentários

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  1. Em um jornal sério, esse

    Em um jornal sério, esse moço, no máximo, estaria redigindo biografias resumidas, para a coluna dos que já se foram.

    Sem direito a dar opinião pessoal. É um perigo. É um transviado moral.

    Nas poucas vezes que tenho o infortúnio de vê-lo falando esta a dar “conselhos morais”.

    Logo quem? O anão moral…

  2. Tradução mais simples do

    Tradução mais simples do pensamentos desses racistas e preconceituosos.

    São uns babacas !!!!

    E vale para todos que aqui coadunam com o pensamento dele.

  3. E na televisão essa “triste

    E na televisão essa “triste figura” ainda se segura. Precisam ver na rádio itatiaia aqui de minas…Se tivéssemos um ministério da justiça de verdade, estaria processado e preso. 

  4. Anencéfalo Moral da Casa Grande

    Há um bom tempo o anencéfalo moral da Casa Grande vem merecendo uma resposta à altura.A Globo continua fiel aos princípios  que nortearam o apoio dela à ditadura instalada no BrasiL em 1964. 

     

  5. A elite brasileira odeia

    A elite brasileira odeia pobre mas o maior temor é perder as mamatas e privilégios que o jornalista representante da globo acha que a classe endinheirada tem direito divino a desfrutar.

     

  6. Mas para essa turma não tem

    Mas para essa turma não tem problema nenhum o Estado através dos impostos dos mais pobre financiarem a educação superior de seus filhos, normalíssimo.

  7. O merito de uma a Universidade está nos alunos que forma.

    Esta frase de Alexandre Garcia questiona o seu mérito como jornalista. Como jornalista deveria opinar em cima de fatos, mas sem opinião  ecoa o que os seus chefes querem, ou libera suas opiniões preconceituosas e infundadas em suma ignorantes.  

    O sistema de vestibular não é um sistema que mede conhecimentos, isto questiona  a noção de mérito . Governos passados do Brasil acabaram com o mérito quando transformaram o vestibular num processo  classificatório . Em nossos vestibulares alunos podem tirar notas baixissimas e ainda assim entram na universidade , pois não se exige um conhecimento mínimo, mas apenas uma nota superior a de seus concorrentes.  Este sistema veio substituir um exame de conhecimentos mínimos, porque a quantidade de alunos que passavam era superior ao número de vagas. Na década de 60 eram chamados de excedentes. Sem abrir novas universidades resolveram culpabilizar os alunos e criaram o sistema classificatorio e seletivo que é o vestibular de hoje. Com o aumento da população de jovens, ao invés de aumentarem as escolas publicas e dotá-las de boa estrutura e pagamento digno aos professores, definiram que a universidade era apenas para  20 % . Obviamente aqueles que podiam pagar em escolas privadas ou cursinhos uma boa preparação para o vestibular levaram vantagem. Isto no entanto não signifca de fato uma melhor educação. Educação não é treino para prova. Isto não melhorou e de fato piorou a qualidade do ensino médio.  Durante um grande  período não se  criaram universidades publicas, e não criaram  opções fora da Universidade ,como por exemplo  Escolas Técnicas.  Isto só mudou durante os governos do PT,com a criação de dezenas de novas Universidades e centenas de Escolas Técnicas.

     Eu como professor universitário lecionando para cursos de engenharia e Física numa das grandes universidades do sul do pais. observo há anos que os alunos chegam fracos a universidade. Este não é um fenômeno novo, este é um fenômeno antigo devido ao nosso sistema de educação.Isto bem antes das cotas.Basta ver o número de reprovações nos primeiros anos.  Mas por outro lado eu fico muito orgulhoso quando vejo que diversos alunos que entraram na universidade sem saber o que é fração, ou que é uma função, ou escrevendo num português muito ruim, hoje são mestres e doutores  contribuindo para a docência e para a criação de conhecimento. Alguns destes  estão hoje  fora do país fazendo pesquisas em grandes universidades. Tiveram uma chance e superaram uma realidade adversa. 

    Obviamente que espero ardentemente que o ensino fundamental e médio  se transforme pagando bem seus professores, dando a eles tempo para se aperfeiçoar e se tornarem grandes educadores. Isto é crucial , mas não vai ocorrer do dia para a noite  e toda uma geração não pode esperar para ter esta oportunidade. Meu testemunho é que alunos cotistas pegam esta chance como um faminto pega um pedaço de carne. e lutam para superar todas as dificuldades. E acrescento que em sua maioria já tem um mérito muito grande por chegarem onde chegaram.  E além disto eu digo que  o mérito de uma Universidade está nos alunos que forma  e não nos que entram.  O nosso trabalho é pegá-los e dar eles  instrumentos para construir um novo país. Espero que sejam mehores médicos, fisicos engenheiros e com certeza  melhores jornalistas  do que este Alexandre Garcia.

  8. quem é alexandre garcia?
    Esse é o tipo de jornalista que envergonha a classe.
    Esta onde esta por puxar o saco do patrão.
    Não era esse que foi uma especie de porta-voz do collor?

  9. se ele tivesse…
    Se esse “jornalista” tivesse decencia deveria sim lutar por uma melhoria do ensino publico,questionando o sr alkmim e richa, por exemplo.

    Duvido que o faça.

  10. O elo entre a ditadura e a Globo

    Acho que o Figueiredo deixou ele de herança para a Globo, que demonstra assim quem ela representa.

    Se a Globo ainda permite a esse ser de emitir opiniões que em qualquer país realmente democrático teriam causado suas demissões aos gritos, significa que ele representa os patrões e seus pensamentos.

    Mas… este é Brasil que não quer esquecer a Casa Grande e a Senzala.

  11. Avaliação

    Só para registro a Fundação do Carlos Chagas avaliou recentemente os alunos da UNB e confirmou uma grande diferença de desempenho no curso de biologia e nas engenharias. Em apenas cinco cursos não houve diferença significa.

    1. E daí!!!

      Isto só significa que estes cursos precisam fazer um melhor trabalho com os alunos que entram. Apenas isto.Além disto seria interessante que voce colocasse onde encontrou esta pesquisa, pois na UNICAMP os resultados foram diferentes. Na UFSC , os resultados também foram diferentes. Por sinal , há que se entender que, este tipo de   avaliação  para acompanhamento não é para a entrada mas sim a avaliação é para aperfeiçoar a formação e a  saida. Como já disse o mérito da universidade está nos  alunos que forma. Além do mais se de fato há esta  diferença isto é um diagnóstico que  não somos ainda  um país de oportunidades iguais . Est resultado portanto fortalece a necessidade de cotas . Obviamente também fortalece a necessidade de melhorias no ensino médio. Mas como já disse, a geração que está ai não pode esperar por estas melhorias. Elas vão ter que superar durante a sua graduação.  

  12. Alexandre Garcia, o Banco do Brasil e a teta dupla

     Alexandre Garcia é aposentado pelo Banco do Brasil, com uma belíssima aposentadoria paga pela PREVI. Na época, anos 70, havia uma situação esdrúxula, abominável, típica daqueles tempos apelidada de “teta dupla”, que consistia no seguinte. O cara estava lá no BB em Brasília, daí através de um “pistolão”, era convocado por um órgão público, e o funcionário era cedido para um ministério, por exemplo (Maílson da Nóbrega é outro exemplo), no chamado “interesse do serviço, com ônus para o Banco”. O nome “teta dupla” se aplicava porque o cedido acumulava os dois proventos. O BB cedia o funcionário com ônus, isto é, ele continuava na folha de pagamentos e contando tempo de serviço normalmente. Posteriormente isso acabou, agora se o funcionário for cedido ele opta pelo salário do novo órgão ou fica com o salário do BB, porém os custos são repassados. Aposentou-se no topo da carreira, como se tivesse exercido altos cargos por mais de 30 anos. Se passou uns 2 ou 3 anos no BB foi muito.

     

    1. bem lembrado

      Bem lembrado e eles são sempre contra tudo que ameaçe seus previlegios.

      falta-lhes decencia para ficarem calados.

      Quando  alguem dessa categoria  me vem falar de merocracia me dá uma vontade…

       

  13. O emprego na iniciativa

    O emprego na iniciativa privada esta cheio de mérito, nos governos do psdb lotados de méritos, tanto mérito que nem fazem concurso publico. No caso da iniciativa privada é uma privida mesmo emprego bom é emprego com uma boa indicação, o resto é conversa fiada. Emprego mais democrático é concurso público, as regras estão lá o resto é conversa para boi dormir

  14. Louvor aos blogs

    Graças  Nassif e outros blogueiros podemos conhecer boas respostas às frequentes cretinices emanadas de nossa mídia oligárquica, retrógrada e servil a inresses escusos (pig). Boa oportuna resposta João Marcelo.

  15. Ainda não inventaram uma

    Ainda não inventaram uma palavra para definir com precisão o caráter do Alexandre Garcia, um dos piores frutos que esse pais já produziu.

  16. De novo esse imbecil.
    Nenhuma

    De novo esse imbecil.

    Nenhuma novidade. É o perfi dele.

    Não vai ser depois de velho que ele vai se redimir.

    Água suja descendo pelo ralo.

  17. Alexandre Garcia falando de

    Alexandre Garcia falando de mérito parece piada do casseta e planeta. Isso é coisa que nunca passou pela carreira desse senhor. Um dos maiores baba-ovo do jornalismo.

     

  18. Aponta o dedo, mas…

    Parei de ver esse senhor quando ele vociferou diante das câmeras que a “a culpa da crise econômica é sua também, você aí mesmo que votou na presidente eleita. Então, agora não adianta reclamar”! Por que vou dar audiência a quem se julga no direito de achincalhar meu voto e me ofender? Não sou masoquista. Meu controle remoto é programado para mudar de canal quando ele aparece na telinha…

  19. o texto do joão marcelo é

    o texto do joão marcelo é muito bom, bota no chinelo

    qualquer ideia precocebida desse incompetente.senhor alexandre garcia,

    histórico puxa-saco da ditadura, cobra criada do autoritarismo.

    esse garcia não merece nenhuma consideração nem como jornalista…

  20. Alexandre “Lêche cul” Garcia

    Não vejo porque contestar o ridículo “jornalista”.

    Ele só cumpre sua trajetória de indivíduo sem nenhum caráter e sem nenhuma personalidade.

    Estamos fazendo o combate errado. Ela só é a boca da Globo.

    Os donos da voz se chamam marinho.

  21. E que mérito é esse que o

    E que mérito é esse que o Alexandre Garcia fala? Os alunos não cotistas que passavam nos vestibulares tradicionais já tinham um bônus de uns 80%, aulas de inglês desde criancinhas, matemática particular nos anos finais do fundamental, cursinho em paralelo com o ensino médio, sem falar que praticam esportes, tem alimentação saudável e não têm que se preocupar com nada além de jogar no computador, ir ao cinema, sair com amigos e estudar.

    Realmente há muito mérito envolvido. O sistema de cotas equipara a disputa, nivelando na hora de entrar, quando saem o sistema continua pendendo para o lado dos não cotistas, o mundo é ainda de quem tem QI-Quem Indica, e assim, os melhores empregos são deles.

    Vai dizer que ninguém nunca notou que nas grandes corporações as mulheres de cabelos lisos e brilhosos e pernas alongadas, assim como os homens com mais de 1,80m e sorriso de novela são os mais competentes?

    Pois é, além de terem tido o privilégio de nascerem em berço de ouro, e de terem uma genética física privilegiada (por terem excelente alimentação, exercício físico frequente e mais nenhuma preocupação), eles também têm as mentes mais brilhantes, a melhor capacidade para seja qual for a vaga, desde que de alto escalão.

    Isso sim é a tal meritocracia que o Alexandre Garcia tanto fala.

  22. A elite brasileira continua a

    A elite brasileira continua a mesma, não mudou nada desde Cabral, pensa de forma absolutamente equivocada e arrogante que as cotas universitárias são um favor, vejam, a lei das cotas não é um favor praticado pelo estado brasileiro, ela é apenas um exercício de justiça fiscal, não tem nada de ação solidária, de ação afirmativa, basta fazer um raciocínio analítico, simples e elementar, sobre a destinação final das fontes de financiamento dos recursos alocados no orçamento da União e dos estados para a educação superior pública quanto ao perfil dos seus beneficiários no modelo de educação anterior às cotas e veremos a perpetuação de um forte subsídio às classes mais ricas, por meio da elitização e concentração das profissões liberais formadoras de opinião e detentoras das maiores rendas.

    Os recursos alocados no OGU para a educação superior são carreados dos impostos pagos por cada um dos brasileiros de todas as classes sociais, sendo que os mais pobres pagam proporcionalmente mais impostos, pois destinam a maior parte da sua renda para o consumo de itens básicos, não tendo nenhuma sobra para investimentos especulativos. Assim, as elites brasileiras usando o dinheiro dos impostos pagos por toda a população ao longo vários séculos formaram seus filhos em medicina, em engenharia, em direito e nas demais profissões liberais em universidades públicas, com raríssimas exceções, para os casos jovens das classes baixas que ingressavam nestas áreas de formação por serem muito privilegiados intelectualmente.

    Agora, imaginemos quanto custa um médico ao longo seis anos de formação? Vamos tomar como referência o custo de uma universidade particular em torno de R$ 6.000,00 mensais, ao final da conclusão da formação desse profissional teremos um custo total de mais de R$ 500.000 que, no caso da universidade pública, é pago pelo contribuinte. O mesmo raciocínio vale para os engenheiros, os advogados e outros profissionais liberais de elite.

    Então, resta evidente, as classes dominantes sempre tiveram esse subsídio do estado garantido no orçamento para perpetuar a elitização das profissões liberais de estirpe, ao mandarem seus filhos para as escolas mais caras do país dando-lhes todas as ferramentas para ingressar nos cursos de ponta, essa gente sempre garantiu o controle do establishment econômico, político e intelectual do país utilizando vultosos recursos públicos do povo por meio das universidades públicas, sem que o povo mais pobre JAMAIS tivesse acesso aos cursos de elite para seus filhos.

    Está aí a explicação para o ódio às cotas, a lei das cotas significou repartir o orçamento da educação superior com os estudantes de baixa renda das escolas públicas, negros e índios, antes concentrado para dar formação aos filhos dos mais ricos ou da classe média “por mérito”, mérito, neste caso, construído por máquinas de passar no vestibular, escolas particulares caríssimas, então não se pode esperar reação diferente da direita nessa matéria, é uma reação de classe e de disputa por recursos do estado, antes integralmente à disposição dos filhinhos de papai.

  23. Alexandre quando fala não

    Alexandre quando fala não deixa dúvidas que parece um jumento pastando, entretanto quando fica calado parece um sábio pensando.

  24. Esse biltre falar em

    Esse biltre falar em meritocracia, qual era a meritocracia que ele tinha quando foi porta-voz do regime de opressão? Dizem que se chutassem as partes baixas de algum mílico, tinha-se a certeza de quebrar os dentes desse super capacitado, haja ‘mérito e capacitação’…

  25. Uma Revolução Negra
    Enquanto ficarmos perdendo tempo e energia em embates acadêmicos com capitães-do-mato das elites fascistas, o racismo, o machismo, a homofobia e a exterminação dos povos indígenas não cessarão.E preciso entender que o racismo, assim como o machismo, antes de se caracterizarem como preconceito, são, antes de tudo, métodos utilizados pelo poder econômico para diminuir, humilhar e dominar um determinado contingente de mão-de-obra, visando obter uma força de trabalho com a mesma produtividade dos trabalhadores homens e brancos a um custo bem menor.Por outro lado, é preciso ter um exército de reserva para pressionar para baixo os salários dos trabalhadores ocupados. O racismo e o machismo servem por um lado para “enquadrar” a mão-dr-obra negra e feminina e, por outro lado, para aqueles que não se “enquadrarem”, servem para extirpá-los do mercado de trabalho, Existem, portanto, duas opções para negros e mulheres: ou se “enquadram” e aceitam condições desiguais no mercado de trabalho ou não se “enquadram” e vão formar parte do exército de reserva.É a luta de classes, estúpido!Então, não resta alternativa a não ser aceitar a guerra proposta pelas elites.No Brasil, a única alternativa para enterrar o racismo é uma Revolução Negra.O estudante João Marcelo deu o primeiro passo.O passo adiante é a organização do povo negro e pardo com o objetivo de realizar  imensas manifestações de rua.Só assim o povo negro e pardo terá visibilidade e será ouvido.                                                      A REVOLUÇÃO NEGRA Até quando negros e negras, pardos e pardas e suas lideranças vão ficar sem agir, objetiva e efetivamente, para eliminar o racismo e o holocausto de jovens de nossa raça.

    Os apartheides racial e social, aí incluindo os brancos pobres, não podem prosseguir. Precisam ser extirpados logo, antes que um tsunami social imploda o país, afetando seriamente sua economia e o seu desenvolvimento, prejudicando toda a sociedade brasileira

    Avançamos nos últimos 13 anos, mas este avanço é claramente insuficiente para evitar a explosão social que virá, inevitavelmente.

    O empoderamento do negro e do pardo não vai se realizar através do atual sistema político-eleitoral que privilegia os ricos, os brancos e os homens.

    Também, não poderá surgir em decorrência de manifestações violentas, de ações de guerrilha e similares pois se deslegitimará imediatamente perante a própria opinião pública negra e parda e a opinião pública branca esclarecida, progressista e, obviamente, antiracista.

    O que fazer, então ?

    Recentemente, tivemos em Brasília uma manifestação de mulheres negras e pardas, reunindo 20.000 pessoas, comemorando o Dia da Consciência Negra.

    A imprensa oligárquica televisiva, auditiva, escrita e digital praticamente a ignorou. Mas, foi um passo adiante, não há dúvida.

    Mas, isto não basta e, de novo, é claramente insuficiente.

    Somente imensas e repetidas manifestações pacíficas de massas, de negros e negras, pardos e pardas conseguirão dar visibilidade e empoderamento políticos a negros e pardos.

    Temos que colocar 2 milhões de negros e negras, pardos e pardas, na Av. Atlântica e descer até o Leblon, passando por Ipanema

    + 1 milhão na av. Paulista

    + 3 milhões no Farol da Barra em Salvador

    + 1 milhão nas pontes do Recife

    + 1 milhão no centro de Belo Horizonte

    + 1 milhão na av. Beira Mar em Fortaleza +++++++ e, assim, por todo o país.

    E tantas vezes quantas forem necessárias.

    A primeira manifestação Alckimin vai tentar impedir, da segunda em diante, Pezão, Alckmin, Rui, Câmara, Pimentel, Camilo, etc vão liberar as catracas dos metrôs e dos ônibus.

    Somos 54% da população brasileira: 108 milhões de habitantes negros e negras, pardos e pardas.

    Não temos toda a fôrça, mas temos um pouco mais da metade dela..

    O racismo no Brasil e o assassinato massivo de jovens negros, pardos e brancos pobres tornaram-se intoleráveis, Filhos, irmãos, tios, primos, pais, amigos são as vítimas diárias do racismo contra negros e negras, pardos e pardas.

    Essa história de preconceito é uma falácia. O racismo é um método de dominação de classe utilizado pelos que detém o poder econômico para manter os negros e negras, pardos e pardas como mão-de-obra submissa e barata.

    Assim como o machismo. Por que a mulher tem que ganhar em média 70% do que ganha um homem, quando ambos desempenham a mesma função ? E ainda mais quando a mulher tem a dupla jornada em casa e no trabalho ? E ainda tendo que aguentar assédio sexual no trabalho, nas ruas e no transporte coletivo ?.Ora, o machismo, óbvio, é um método para diminuir a mulher, dominá-la e explorar sua mão-de-obra com menores salários.

    Negros e negras, pardos e pardas: temos que sair às ruas pacíficos mas coléricos como as últimas manifestações de mulheres contra o corrupto Eduardo Cunha.

    Não adianta posarmos de vítimas do racismo, pois é exatamente isto que o poder econômico e o seu corolário político querem: a vitimização que leva a inação, a paralisação.

    Não pensem que o Congresso e o Judiciário brancos vão ceder espaço para os negros e negras, pardos e pardas sem luta, muita luta

    É preciso fazer uma Revolução Negra no Brasil. As nossas reivindicações são:

    – 50% das cadeiras em todos os parlamentos municipais, estaduais e federal para negros e negras, pardos e pardas;

    – 50% dos assentos nas Universidades Públicas;

    – 50% das vagas em concursos públicos para novos postos no serviço público, municipal, estadual e federal, no Executivo, Legislativo e Judiciário.

    Isto só para começar. Se começarmos já, temos condições de colocar um Presidente da República negro ou negra ou pardo ou parda em 2018 e empoderar, definitivamente, os negros e negras, pardos e pardas..

    Nós temos que pensar grande e alto e agir com a energia necessária para impor a vontade do povo negro e pardo.

    Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

    Antes que o pior aconteça e a História se imponha.

     

    1. Uma “Evolução” Negra

      Caro Jorge. Como não sou negro, tenho dificuldades para entender em plenitude o sentimento que aqui nos expressa. Respeito ele e torço muito para que todos os brasileiros possam caminhar a um encontro fraterno de vida em comunidade. Mas, o tema aqui exposto nos toca a todos.

      Gostaria que se perguntasse sobre o que podemos fazer pela nossa conta, que não seja apenas esperar que o Governo resolvesse os nossos problemas?

      Por exemplo, agir, objetiva e efetivamente, para evitar que as crianças e os jovens pobres fujam da escola e se resistam a adquirir os valores cívicos nacionais e familiares? Quando iremos tomar conta das nossas crianças e fizer delas brasileiros de bem e melhor inseridos dentro da sociedade?

      Avançamos nos últimos 13 anos, mas este avanço não foi aproveitado integralmente por nós, e ainda é claramente insuficiente. Nossos filhos já possuem um pouco mais de educação e chances de entrar na Universidade, falta agora convencer outras famílias pobres para também aproveitar estas iniciativas do Governo. Devemos apoiar então essas iniciativas e fazer a nossa parte para que essas iniciativas funcionem. Esperar tudo do Governo nos faz, inadvertidamente, passar a imagem que não temos capacidade própria.

      O empoderamento do negro e do pardo não vai se realizar através do atual sistema político-eleitoral que privilegia os ricos, os brancos e os homens.

      Mas, vai se realizar quando comecemos, pelo menos, a aprender a votar corretamente. Em parte, por nossa culpa, recentemente quase colocamos um Playboy na Presidência deste país.

      O que fazer, então?

      Não parece lógico que 54% do eleitorado queixe-se aqui pela omissão de um Governo (e de todos os outros poderes de cargo eletivo), pois estes dependem em grande medida do nosso próprio voto.

      É preciso fazer um maior esforço pela Evolução Negra no Brasil. As nossas metas poderiam ser:

      – Votar melhor, em representantes e partidos que melhor atendam as nossas expectativas. Existe 54% de esse poder nas próprias mãos de gente como Jorge. Nós temos capacidade de escolher o Governo que queremos;

      – 50% dos assentos nas Universidades Públicas – se acharmos gente que queira mesmo sentar nelas e com preparo suficiente para passar pelo ENEM;

      – 50% das vagas em concursos públicos para novos postos no serviço público, municipal, estadual e federal, no Executivo, Legislativo e Judiciário, se estudarmos muito e passarmos pelas provas pertinentes;

      Isto só para começar. Se começarmos já, temos condições de colocar um Presidente da República negro ou negra ou pardo ou parda em 2018 e mostrar para os nossos filhos, as nossas famílias e à sociedade que somos melhores e que podemos fazer muito pelo Brasil, sem necessidade de esperar que seja o restante da sociedade que o faça por nós. Já colocamos um operário e uma mulher na Presidência, com sucesso em nosso beneficio. Falta ainda mais, principalmente da nossa parte.

      Nós temos que pensar grande e alto e agir com a energia necessária para, no mínimo, impor valores familiares, nacionais e educação completa aos nossos próprios filhos, tirando eles da rua. Isso já seria um bom começo. Acompanhar a vida estudantil dos nossos filhos, participando de reuniões de pais, dando exemplo e, ainda, cuidar para que façam corretamente os deveres de casa.

      Quem sabe faz a hora, não espera acontecer. Antes que o pior aconteça e a História se imponha, e viremos um Haiti.

      1. O que você propõe é muito

        O que você propõe é muito interessante mas só vai apresentar resultados a longuíssimo prazo.

        Diferentemente do que você entendeu, não espero nada dos governos que secularmente representam o poder econômico.

        O atual governo, sem sombra de dúvida, trabalha por mais conquistas para a população negra e parda. Apoiá-lo continua sendo uma prioridade. Porém, este governo não detém o poder político capaz de realizar mudanças significativas. Todos percebem isto.

        Entretanto, não é possivel continuar tolerando o assassinato em massa dos jovens negros e pardos (e brancos pobres) das periferias de nossas cidades, a humilhação provocada pelos insultos racistas nas ruas e nas redes sociais, a discriminação no trabalho e em eventos sociais.

        Somos 54% da população e somos invisíveis. A desproporção entre negros e brancos em todas as profissões liberais é gritante.

        À exceção de 2 ou 3, não há negros e pardos entre advogados, juízes, procuradores, promotores, delegados de polícia, militares das Forças Armadas, médicos, engenheiros, economistas, professores, etc.

        Os artistas negros e pardos jamais atuam como protagonistas principais.

        A mulher negra é colocada no último degrau da escala social.

        Esta situação é absolutamente intolerável e precisa mudar ainda na nossa geração.

        Mudou na África do Sul e tem que mudar no nosso país.

        O que eu proponho é o empoderamento do povo negro e pardo através da luta política de massas nas ruas.

        Que o povo negro e pardo, unido, assuma e dirija o seu destino.

        Milhões de negros e pardos manifestando-se, pacificamente, nas ruas até serem ouvidos.

        Aceitaremos, com prazer, brancos nas nossas manifestações.

        Veja o exemplo da Martin Luther King: la deu certo. Veja o exemplo de Mandela: lá deu mais do que certo.

        Isto parece assustador (e é mesmo) mas é a única maneira de enfrentarmos o racismo.

        Se derrotarmos o racismo como forma de exploração do trabalho do povo negro e pardo, estaremos contribuindo para a luta de todos os trabalhadores por condições de trabalho mais justas e dignas.

        Chega de humilhação e exploração !.

         

         

         

         

        1. Obrigado

          Obrigado pela sua resposta.

          Gostaria apenas de registrar que, nos EUA, mesmo com Presidente negro, não é um lugar onde a integração e o respeito pela raça negra tenha acontecido. Sou mais Brasil, nesse sentido.

          Bom, tomara que as coisas andem, mas fala com o teu 54% de eleitores que não votem em Playboy, por favor.

  26. Pena que só agora estou com

    Pena que só agora estou com condições de comentar esse post. Já o tinha lido, mas me senti tão mal, enjoado que o comentário sairia recheado de palavrões e ofensas pessoais a esse sujeito.

    Desnecessário, porque repetitivo, abrir o perfil desse energúmeno que na TV Globo se notabiliza por emitir coices em forma de análises,  como é o caso dessa que motivou a indignação.

    Ele é tão cínico que até apela para falácia tipo “falsa analogia”. Cota não pode jamais ser equiparada a “pistolão”. Ele fez isso para desmerecer a primeira. Para os mais jovens informo: “pistolão” era exatamente o instrumento que as elites e os diferenciados em tempos nem tão idos assim usavam para facilitar suas vidas junto ao Poder Público. Seja para entrar pela janela no dito cujo, seja para angariar  vagas em universidades; enfim, para qualquer benefício por conta da situação política e;ou financeira privilegiada. 

    Em seu currículo destaca-se a demissão nada honrosa de porta-voz da presidência da República no governo Figueiredo face ter dado uma entrevista na Playboy encimada por uma foto dele numa cama, semi-nu(coberto por um lençol)sugerindo um pós  “aquilo”. Entretanto, dado os seus laços afetivos com os ditadores, ligeirinho se empregou na Manchete e depois na Globo. 

    Hoje é um dos personal puxa-sacos dos Marinhos. 

  27. O problema não e cota, e sim

    O problema não e cota, e sim o recorte racial da mesma.

    O aluno cotista pode e muitas vezes supera o não cotista mas os falsarios da suposta luta contra o racismo costuma levantar esse fato  para distorcer a pregação contra cotas raciais.

    Obvio que o ideal seria não haver cotas, e mesmo a cota social se torna um mal quando o governo faz aquilo que todo mundo ja sabia que faria ou seja, não iria se mexer para acabar com a razão de ser da adoção de cotas.

    Pois bem alem dele não alterar o quadro que gerou essa necessidade ele de forma absolutamente demagoga patrocinou esse infame  criterio racial

    Esse ou essa é a discussão, nada mais…  

    1. A pregação contra as cotas, se originam de racistas e elitistas

      Neonazistas pregam contra as cotas, elitistas de toda a sorte também, os coxinhas na Paulista gritavam “chega de Paulo Freire” um grande educador, na Globo o vagabundo elitista Alexandre Garcia, há outros de igual calibre de canalhice, pregando contra as cotas. As cotas não são para sempre, elas são transitórias, e para os ofendidos coxinhas elitistas cabe esperar um pouco. Quanto maior a educação e a posição social de uma pessoa negra, menos racismo ela vai experimentar, pois então, as cotas vão diminuir o racismo e não aumentar, como falam os hipócritas.

  28. E alguns reacionários e

    E alguns reacionários e conservadores querem pegar carona no comentário desse imbecil que é o Alexandre Garcia para criticar o sistema de cotas nas universidades públicas; os argumentos dessa turma são pueris e não resistem a cinco minutos de contestação e debate. AG é tão idiota que numa crônica radiofônica (levada ao ar pela Rádio Itatiaia de BH – também conhecida como Tucatiaia, pelo apoio irrestrito ao tucanato mineiro e nacional, sobretudo ao playboy que eleito governador de MG morava no Leblon) ele se pôs a ler um texto tosco – falsamente atribuído a uma professora universitária -, divulgado na internet e replicado por emissoras de rádio e TV, além de jornais e revistas do PIG, que ridiculariza e ofendia a presidente Dilma Rousseff pelo fato dela preferir ser tratada pela forma presidenta, que é legítima e dicionarizada. Como, além de idiota, é covarde, jamais se retratou da presepada.

    E o que podemos dizer sobre quem lê, ouve, assiste e leva a sério as baboseiras escritas ou ditas por esse dublê de jornalista?

  29. Estudante sem rascunho.

    O triste exemplo da USP. Para ingressar na USP, o estudante precisa ser aprovado nos vestibulares da FUVEST. Durante os anos tucanos, esse vestibular chegou a uma degradação inacreditável. Você pensa que entram os alunos que mais conhecem as disciplinas, que sabem deduzir fórmulas de Física e Matemática e resolvem problemas complicados por análise? Não. Na primeira fase, passam os alunos que conseguem fazer cálculos nos menores espaços e com letras e números reduzidíssimos. Por quê? Inacreditavelmente, a folha de vestibular não oferece espaços para rascunhos. São menos de 20cm quadrados no total para resolver 12 questões de Matemática, 12 de Física, 12 de Química e mais 12 de Biologia. Imagine um problema simples como lançar um projétil de 3kg à distâcia de 1km. Qual a força necessária para isso, num ângulo, digamos, de 30 graus? Para “facilitar”, não há resistência do ar, nem ventos que mudem a trajetória do projétil. O infeliz candidato. calcula o seno do ângulo, apaga, pega o resultado e faz o cálculo seguinte, apaga e assim vai. Cada uma das 12 questões dessas disciplinas ditas exatas, mais a Biologia, pode exigir pelo menos 5 ou seis contas diferentes. Sem espaço para rascunho, onde escrever? Só se for na b….da do governador e dos responsáveis pelo ensino superior do estado.

  30. A família deve fazer a sua parte

    Acho justo e necessário as quotas, até compensar atrasos históricos. É a parte que o Governo pode fazer, mas falta a contrapartida da sociedade. Os melhores alunos, profissionais e pessoas de bem e de sucesso, em geral, são aqueles que tiveram uma família bem constituída, com afeto, com um pai atento, dando bom exemplo, participando em reuniões de pais, ajudando com os deveres de casa e, principalmente, com uma mãe presente no lar. Estranhamente, tanto pobres de periferia como muitos modernosos comportamentais, concordam em exigir do “poder público” para tomar conta da educação plena dos seus filhos.  Falar em educação apenas sendo como um banho de faculdade leva a interpretações equivocadas em relação à formação plena de um individuo.

  31. A elite brasileira continua a

    A elite brasileira continua a mesma, não mudou nada desde Cabral, pensa de forma absolutamente equivocada e arrogante que as cotas universitárias são um favor, vejam, a lei das cotas não é um favor praticado pelo estado brasileiro, ela é apenas um exercício de justiça fiscal, não tem nada de ação solidária, de ação afirmativa, basta fazer um raciocínio analítico, simples e elementar, sobre a destinação final das fontes de financiamentos dos recursos alocados no orçamento da União e dos estados para a educação superior pública quanto ao perfil dos seus beneficiários no modelo de educação anterior às cotas e veremos a perpetuação de um forte subsídio às classes mais ricas, por meio da elitização e concentração das profissões liberais formadoras de opinião e detentoras das maiores rendas.

    Os recursos alocados no OGU para a educação superior são carreados dos impostos pagos por cada um dos brasileiros de todas as classes sociais, sendo que os mais pobres pagam proporcionalmente mais impostos, pois destinam a maior parte da sua renda para o consumo de itens básicos, não tendo nenhuma sobra para investimentos especulativos. Assim, as elites brasileiras usando o dinheiro dos impostos pagos por toda a população ao longo vários séculos formaram seus filhos em medicina, em engenharia em direito e nas demais profissões liberais em universidades públicas, com raríssimas exceções, para os casos de jovens das classes baixas que ingressavam nestas áreas de formação por serem muito privilegiados intelectualmente.

    Agora, imaginemos quanto custa um médico ao longo seis anos de formação? Vamos tomar como referência o custo de uma universidade particular em torno de R$ 6.000,00 mensais, ao final da conclusão da formação desse profissional teremos um custo total de mais de R$ 500.000 que, no caso da universidade pública, é pago pelo contribuinte. O mesmo raciocínio vale para os engenheiros, os advogados e outros profissionais liberais de elite.

    Então, resta evidente, as classes dominantes sempre tiveram esse subsídio do estado garantido no orçamento para perpetuar a elitização das profissões liberais de estirpe, ao mandarem seus filhos para as escolas mais caras do país dando-lhes todas as ferramentas para ingressar nos cursos de ponta, essa gente sempre garantiu o controle do establishment econômico, político e intelectual do país utilizando vultosos recursos públicos do povo por meio das universidades públicas, sem que o povo mais pobre JAMAIS tivesse acesso aos cursos de elite para seus filhos.

    Está aí a explicação para o ódio virulento às cotas, a lei das cotas significou repartir o orçamento da educação superior com os estudantes de baixa renda das escolas públicas, negros e índios, antes concentrado para dar formação aos filhos dos mais ricos ou da classe média “por mérito”, mérito produzido por verdadeiras máquinas de fazer passar no vestibular, as melhores escolas particulares do país, então não se pode esperar reação diferente da direita nessa matéria, é uma reação de classe e de disputa por recursos do estado, antes integralmente à disposição dos filhinhos de papai.

  32. Educação? Para brasileiros? Globo, BAND e os neonazistas vetam.

    Na quadrilha de neonazistas do Paraná desbaratada pela polícia, o chefe deles Ricardo Barollo que trabalhava na Camargo Corrêa era filiado ao PSDB e um paulista coxinha rico foi preso em 2009 mas como tem dinheiro para bons advogados, está respondendo em liberdade a acusação de mandante do assassinato de um casal bem jovem do grupo, os executores confessaram. Pois bem, nessa organização neonazista entre suásticas e cruzes de ferro, os policiais encontraram um manual de ação do “bom nazista”, SABEM QUAL ERA O MANDAMENTO NÚMERO UM? —Lutar contra a implantação das cotas sociais/raciais—, depois vinham os assassinatos de índios, negros, judeus, nordestinos, ciganos, travestis, homossexuais, etc, e também pregar o separatismo, ricos no sul pobres no norte. Roberto Marinho tentou demover o Brizola de construir os CIEPS de tempo integral etc, Marinho declarou; “Governador, faça umas escolinhas´…” eles não querem educação para os brasileiros, longe de nós concordar com as premissas nazistas. Alexandre Garcia é um elitista burro, pois para ser um bom ‘treineiro’ para não ser enrolado nas pegadinhas das provas de vestibular, é necessário fazer um bom cursinho geralmente caro, e isso só é acessível aos ricos, dai, às mas que justas cotas, inclusive não são para sempre, na formação do profissional superior é que aparecem e brilham na meritocracia os cotistas. Coxinhas fascistas gritavam na Paulista “chega de Paulo Freire” maior EDUCADOR brasileiro.

     http://www.istoe.com.br/reportagens/13380_OS+NAZISTAS+BRASILEIROS

     

    http://www.conversaafiada.com.br/brasil/roberto-marinho-nao-queria-os-brizoloes

     

     

     

     

  33. Ainda não terminei

    Já comentei este post, mas volto a comentar esta colocação abjeta de Alexandre Garcia. Em primeiro lugar um aluno cotista não entra por indicação de um padrinho ou parente. Ele entra porque fez um vestibular para tal.  Em segundo lugar,  entrar na universidade não é garantia de nada. Entrar na universidade não é garantia de emprego, não é garantia de riqueza nem é garantia sequer  de um diploma. Entendo que para uma determinada classe  de bem aquinhoados, de bem relacionados , de endinheirados e bem apadrinhados  entrar na universidade é mais um passo  para um futuro já garantido.

    Porém para a grande maioria  entrar na universidade  é apenas o começo de uma luta. Uma luta para se formar, uma luta para vencer em cada fase as matérias as disciplinas para as quais muitas vêzes  não foram preparados. Vão ter que se superar. Vão ter que até mesmo superar professores que os vão tratar com desconfiança. Vão ter que superar a rejeição que agora tem sido incitada por artigos como este de Alexandre Garcia.

     Estes alunos , cotistas ou mesmo os alunos não cotistas desta nova classe média, não podem simplesmente se enganar, ou se iludir, pois se não tiverem competência não terão padrinhos não terão boa vontade  não terão indicação. Vão depender daquilo que aprenderam , e das dificuldades que superaram . Portanto ao contrário do que Garcia afirma, entrar na universidade não tem nenhuma proximidade ou relação com  indicação de parentes ou padrinhos  para um cargo. Indicação de parentes para cargos é coisa que a velha elite acha natural, desde que seja apenas para ela.   Ela , como Garcia,  fala muito em mérito , mas de fato nunca acreditaram em mérito , conhecimento ou trabalho. Acreditam em heranças, e direitos que ainda hoje pensam que são apenas deles.  Garcia  como um borra botas  desta elite imita a política que é de associar todos os crimes cometidos pelas elites aos outros.  Assim , num passe de mágica o apadrinhamento, a indicação, a legislação que dá direitos exclusivos, foram segundo ele criados  pelas classes mais despossuídas. Leis de reparação social e histórica se contrapõe às leis de privilégios.  Quem tem boa memória lembra que  negros e pardos neste país conviveram e sofreram as consequências  de uma sociedade que estampava nos jornais. Aceita-se candidatos para o emprego apenas com “BOA APARẼNCIA”. Isto era uma forma eufemistica e bem brasileira de dizer: “Coloreds not allowed”.  

    Se fosse de fato um jornalista veria que as classes mais despossuídas   querem é oportunidade para lutar . E sabem que a unica forma de conseguirem isto é exatamente acabar com esta política de compadrio das velhas oligarquias. As classes despossuídas sabem que nesta grande maioria da população temos , inteligência, temos  cabeças e um potencial que tem sido propositadamente  abafado. Se opor as cotas é de fato acreditar que herança de sangue e de dinheiro  traz inteligência. Se opor as cotas é desperdiçar   o que temos de mais precioso, que é o ser humano. 

    E também se fosse de fato um jornalista  iria buscar dados sobre o desempenho dos cotistas e mais do que isto a formação atual do funcionalismo público, cuja maioria imensa é formada de concursados em concursos duríssimos. Nâo sou tolo o suficiente para negar ainda os resquicios da velha política, ela ainda está aí representada com muita força nas instituições publicas e tambem nas PRIVADAS.  ( qual o mérito de Azevedos Mainardis, Constantinos e Garcias?)  AInda sofremos com indicações e cargos comissionados, mas por favor respeitem a grande maioria do funcionalismo público.

  34. na minha universidade

    na minha universidade pública, antes de cota, como o vestibular era feito mais para excluir rede pública , cheio de truques, decorebas e pegadinhas  para colocar até por cima do murro quem pagou pré-vestibular, os quais  ¨misteriosamente¨ faziam revisão de véspera tal qual a prova no dia seguinte, as disciplinas eram geralmente de 6 horasaulassemana e coisa bem pouca de conteúdo, pois sabia-se ser os piores possíveis, além de alto investimento em biblioteca , uma vez, que mesmo com boas aulas poucos entendiam alguma coisa. Com cota , portanto, ingressando o que há de mais preparado, a maioria das disciplinas  passa a ter apenas 4 horasaulassemana  e muitas das vezes não apenas com o mesmo conteúdo, mas ainda ampliado. Para quem sabe do que se trata, antes engenharia civil fazia quatro cálculos de 6hasemana cada um e agora todos esses cálculos e mais um pouco viraram apenas duas disciplinas de 4hasemana apenas

  35. As cotas não precarizaram o ensino

    As cotas não precarizaram o ensino superior porque no fundo são inócuas. Mesmo com cotas, o funil que conduz ao ensino superior, no Brasil, é tão estreito (só 14% da população tem diploma superior) e os cotistas são tão poucos, que no final é possível que o nível acadêmico, e mesmo o nível social deles não seja muito diferente daquele dos não-cotistas. Ninguém jamais conseguiu provar até agora que o desempenho dos alunos cotistas é melhor ou pior do que os outros.

    Enfim, é isso: as cotas são apenas uma enganação a mais do governo para dizer que “resolveu” o problema da educação, tal como pagou a dívida externa e deixou o país auto-suficiente em petróleo. Uma peça de propaganda para ser reverberada pelos movimentos sociais beneficiados, e só. De resto, o governo sabe tão bem quanto todo o mundo: se as cotas forem mesmo extendidas e houver ingresso massivo de estudantes não habilitados nas universidades, a seleção natural do mercado se encarregará de eliminá-los. Como bem colocou um comentarista, o ingresso na universidade, por cota ou sem cota, nãoé nenhuma garantia de futura ascenção social, colocação no mercado ou sequer de obtenção de diploma.

  36. este senhor , e contra  tudo

    este senhor , e contra  tudo que e feito para os pobres , agora filho de rico estudar em universidade publica por conta do contribuinte analfabeto ele nao e , aqui na uel voce gente de fora do estado por os pais podem pagar apartamento na cidade de londrina para seus filhos .

  37. Mérito mesmo é um monte de

    Mérito mesmo é um monte de filhos herdar o comando (?) de certos oligopólios de imprensa.

    Mérito maior só mesmo “os meninos” afundarem tais impérios.

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