A segunda onda III, por Gustavo Gollo

Gráficos de casos  e óbitos na Suécia,  França, Holanda e Reino Unido Gráficos de casos e óbitos na Suécia, França, Holanda e Reino Unido

No dia 15 de abril, a Suécia registrava seu pico de 99 óbitos por covid, na média semanal diária, no mesmo dia em que assinalava média diária de 494 novos casos. A taxa de letalidade correspondente era de 20,0%.

Ontem, 24 de setembro, a média semanal diária de novos casos no país foi 361, contra apenas um óbito diário por covid, em média, na semana, registrando a letalidade de 0,28%, setenta e duas vezes menor que a ocorrida  durante o pico de óbitos.

Na França, o pico de novos casos durante a primeira onda ocorreu em primeiro de abril, com 4537 casos diários, em média, em 7 dias. O pico de  óbitos correspondente ocorreu uma semana depois, com 975 mortes, na média, totalizando 21,5% de letalidade.

Ontem, foram registrados 11.680 casos e 60 mortes, nas médias diárias, perfazendo uma letalidade de 0,514%, correspondente a redução de quarenta e duas vezes.

Na Holanda, durante a primeira onda, o pico de mortes chegou a 154, na média semanal diária, em 8 de abril. Se consideramos o pico de 1120 novos casos, como seu correspondente, obtemos o valor de 13,75% de letalidade.

Ontem, a média semanal de mortes havia aumentado para 7, contra 2152 óbitos, configurando uma letalidade de 0,33%, quarenta e duas vezes menor que a da primeira onda.

No Reino Unido, coincidentemente, ambos os picos, de novos casos e óbitos na média semanal, ocorreram no mesmo dia, 14 de abril. Correspondem a 4.999 casos e 943 mortes. A letalidade correspondente é de 18,9%.

Ontem, contra  as 28 mortes registradas na média semanal  diária, foram anotados 4964 novos casos, na média semanal, no  país. A letalidade é de 0,564%, correspondente a redução de 34 vezes.

Na Bélgica, já vimos, a redução na letalidade foi superior a 100 vezes entre a primeira e a segunda onda.

O movimento se repete em países fora da Europa, como Canadá e Israel, mas não se estende a todos. O México, por exemplo, continua apresentando letalidade brutal, superior a 10%, enquanto a Islândia tem um total de 10 óbitos para 2561 casos perfazendo 0,39% de letalidade, sem que os últimos 734 casos tenham resultado em óbitos desde a última fatalidade no país, por covid, em 21 de abril.

O que explicaria tão triste variação? O que torna a periculosidade do covid quase 30 vezes superior no México que na Islândia? A América Latina, aliás, em contraste com a Europa dos últimos dias, ostenta as piores letalidades, bem acima da que ocorre na Índia, ou na África.

A solução do enigma da variação da letalidade do vírus nos levaria não só a compreender inúmeros pontos obscuros relativos a todo esse pandemônio, mas a evitar uma enormidade de mortes.

Fonte: worldometer.

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Redação

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