Narremos a história!, por Gustavo Gollo

Estamos vivendo um momento histórico; prenuncia-se a queda do Ocidente, um dos episódios mais turbulentos de toda história da humanidade. Muitas narrativas serão criadas, descrevendo os fatos sob os variados ângulos através dos quais os acontecimentos serão vistos e sentidos pelos diversos povos. Nós, brasileiros, estamos agindo como crianças, aceitando as narrativas que nos vão sendo impostas enquanto nos coagem a posicionamentos obtusos e impensados planejados alhures com finalidades escusas.

Ingenuamente, estamos sendo tangidos, como um rebanho dócil, a vestir nossas próprias cangas, aceitando cega e resignadamente o confinamento que nos está sendo impingido. Anote: o confinamento foi planejado para durar longamente, por ano e meio ou 2, embora esteja sendo apresentado falsa e docemente como um transtorno de uns 2 meses. Após o COVID-19 inventarão outras ameaças. Estamos sendo enganados. É óbvio que existe um planejamento que só nos tem sido omitido porque o consideraríamos inadmissível. Esperam que nos sintamos comprometidos com a defesa do confinamento – coisa que a maioria de nós vem fazendo –, para nos revelar o sistemático adiamento das medidas disparatadas. A imunidade do rebanho (como é chamada a “vacinação natural” adquirida por quem já pegou a doença antes) só será atingida em poucos meses se as medidas de isolamento falharem redondamente. Estamos sendo tratados como gado de corte.

A narrativa da pandemia

A narrativa oficial – patrocinada e escrita pelos ressentidos poderosos que estão a prestes a perder as rédeas do mundo –, ao mesmo tempo que nos coage ao confinamento e a outras medidas que vamos engolindo e aceitando impensadamente, impinge-nos uma versão da história que, se engolida por nós, acabará sendo utilizado como base fundadora de nosso futuro pós queda do Ocidente.

A gravíssima constatação nos compele a ponderar muito pensadamente todas as informações e prescrições que nos têm sido jogadas, de modo a filtrá-las e reformulá-las para utilizá-las como auxiliares na confecção da narrativa sobre a qual erigiremos nosso futuro.

O discurso oficial descreverá uma pandemia que assolou o planeta gerando uma crise econômica brutal, sem precedentes, que arruinou as economias ocidentais, em especial a dos EUA, enquanto a ameaça dos vírus – do COVID-19 e demais – vai naturalizando a imposição do estado de sítio na forma de confinamento das pessoas e fechamentos de fronteiras.

Outras narrativas considerarão o pandemônio relativo à epidemia como uma estratégia oportunista para ajustes econômicos gerais e pretexto para a suspensão de direitos individuais tidos previamente como inalienáveis.

Estado de sítio

Espera-se que as populações se resignem ao toque de recolher, assim como passaram a aceitar com naturalidade as indiscretas devassas realizadas em aeroportos, após a demolição das 3 torres, em 2001.

O despropósito com que o estado de sítio tem sido proposto e aceito em quase todo o ocidente – em compasso com a detração da alternativa sensata de isolamento seletivo dos vulneráveis somado à implantação de hospitais provisórios –, sugere terem sido planejados uns futuros sombrios para nós, dignos de distopias cinematográficas.

O confinamento das pessoas impõe o consenso sobre a obrigatoriedade de uma renda que lhes garanta a sobrevivência durante o isolamento, rompendo fortes barreiras contrárias a esse tipo de ação existentes especialmente nos EUA. A instituição de uma renda mínima suficiente para assegurar a sobrevivência da multidão docilmente confinada permitirá a completa generalização da automação, implicando o alijamento de quase toda a força de trabalho. Em paga pela libertação da escravidão imposta pelo trabalho, constrangem-se as massas ao confinamento, alijando-as do produto das máquinas, reservado apenas a um pequeno grupo livre de restrições.

Vão se delineando as condições com que serão tratados os diversos rebanhos humanos, as massas de cada país. Estadunidenses receberão 1.200 dólares mensais, valor 10 vezes superior aos 120 dólares estabelecido para os brasileiros e já dilapidado pela desvalorização do real.

Denuncio, assim, a versão fatalista oficial – proposta como explicação para o cataclismo socioeconômico desenhado com o propósito escuso de nos resignar à miséria –, enquanto proponho ponto de vista alternativo no qual os detentores do poder aproveitam a oportunidade proporcionada pela epidemia para gerar o pandemônio aterrorizante que os permite redesenhar as sociedades ocidentais acirrando todas as injustiças sociais previamente existentes.

Ressalto também a necessidade imperiosa de libertação da obrigatoriedade de endossar narrativas alienígenas que nos compelirão a um futuro miserável e sombrio.

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Redação

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