Uma mocinha muito suspeita

A acusação do porteiro que ligou a família Bolsonaro ao assassinato de Marielle Franco foi desmentida pelo MP/RJ. A credibilidade daquele órgão é imensa, certo? Errado.

A mocinha na foto é Carmen Eliza Bastos de Carvalho, promotora carioca que trabalha no caso de Marielle Franco e que refutou a acusação feita pelo referido porteiro. Ela foi escolhida ao acaso ou o MP/RJ a designou para o processo em razão de suas “virtudes bolsonaristas”?

Se não estou enganado, a regra da suspeição por amizade ou inimizade também se aplica ao membro do Ministério Público? Alguém já está investigando o mistério que levou a mocinha a não se afastar do caso que pode destruir o mito dela?

É fato consumado e comprovado inclusive por esse episódio. Desde o golpe “com o Supremo com tudo” o crime está se organizando dentro do Estado. E nós sabemos quem serão as vítimas. Marielle Franco pode se tornar apenas a primeira numa imensa lista de assassinatos políticos sem solução.

Quando criticam a atuação do Judiciário no caso do Triplex, os juristas sérios dizem que o MP aplica o Direito Penal do Inimigo. No caso da família Bolsonaro está sendo aplicado o Direito do Amigo? Como sou apenas um advogado gozador, tenho dito que os “manos” do Sistema de Justiça estão aplicando os três princípios do Direito Achado na Boca de Fumo:

É nóis na fita, maluco.
Tá tudo dominado, mano.
Essa boca é nossa porra!

Qual destes três princípios a mocinha do MP/RJ aplicou ao descartar a acusação feita conta o mito? Ela atendeu um pedido de Sérgio Moro https://jornalggn.com.br/blog/fabio-de-oliveira-ribeiro/o-ministerio-e-da-justica-ou-do-coiteiro-presidencial/? Desde quando um Ministro da Justiça pode interferir numa investigação estadual?

Fábio de Oliveira Ribeiro

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