Carta dos correspondentes estrangeiros em defesa do colega Glenn Greenwald

"A investigação formal de Greenwald por parte de uma entidade subordinada ao ministro Sérgio Moro, principal citado nas reportagens, é grave e fere a liberdade de imprensa, situação que não corresponde à de um governo eleito democraticamente."

Foto: Daryan Dorneles.

da Mídia Independente Coletiva

Carta dos correspondentes estrangeiros em defesa do colega Glenn Greenwald

 

A Associação de Correspondentes Estrangeiros (ACE), que reúne jornalistas da imprensa internacional, em São Paulo, manifesta a sua extrema preocupação com as informações veiculadas na imprensa brasileira, sobre as investigações que a Polícia Federal está realizando sobre a situação financeira do colega Glenn Greenwald, que configuram pressão por conta da série de reportagens desenvolvidas pelo The Intercept, em colaboração com destacados veículos nacionais, entre eles, o maior jornal do país. A investigação formal de Greenwald por parte de uma entidade subordinada ao ministro Sérgio Moro, principal citado nas reportagens, é grave e fere a liberdade de imprensa, situação que não corresponde à de um governo eleito democraticamente. Este tipo de intento de desestabilizar e intimidar um jornalista estrangeiro por fazer o seu trabalho, configura uma violação grave no seu direito de investigar jornalisticamente, além de ser um abuso de poder sem cabimento, especialmente, partindo de uma autoridade que representa a justiça. Pedimos ao ministro Sérgio Moro, que reconsidere e suspenda imediatamente esses procedimentos por ferirem os princípios da democracia. Associação dos Correspondentes Estrangeiros (ACE) São Paulo, 3 de Julho de 2019

Redação

1 Comentário

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  1. O ministerio da Fazenda busca arrumar tempo para ocultar provas.
    https://www.jb.com.br/pais/2019/07/1008741-ministerio-da-economia-diz-que-ainda-nao-foi-notificado-pelo-tcu.html
    Por sua vez o COAF comete crime grave se envolvido, como mostra este trecho destacado do artigo:
    “…a investigação do Coaf poderia caracterizar “grave desvio de finalidade” no dispêndio de recursos públicos. “Por óbvio, isso nada tem a ver com a prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo”.
    Mas como sempre os infratores nao serão punidos, pois não há indícios de ações “da esquerda comunista, marronzista e badernenta” como gostariam os caricatos (que me perdoe o verdadeiro) Odoricos Paraguaçus renascidos neste governo risivel, mas infame e de alta periculosidade para o Brasil e seu povo.

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