Querem destruir o PT a qualquer custo, afirma Conti

Para autor de ‘Notícias do Planalto’ atual crise é fruto da aliança “Fiesp-tucanos-movimentos de classe média”
 
 
Jornal GGN – Em entrevista ao El país, Mario Sergio Conti, jornalista e autor do ‘Notícias do Planalto’, que analisa o impeachment de Fernando Collor, aborda as diferenças entre aquele momento da história do país (1990-1992) e o atual. 
 
Conti valida da tese de que Dilma, ao contrário de Collor, não está sozinha. Por mais combalido que esteja o PT não é o mesmo que o PRN, antiga legenda do ex-presidente, que era fraca e sem aliados no Congresso. Dilma tem ainda também ao seu lado importantes intelectuais e parte da sociedade (como as últimas manifestações contrárias ao impeachment comprovam).
 
Conti avalia que a tema da corrupção, pano de fundo para as crise políticas vividas tanto na época Collor como na atual conjuntura, não será necessariamente a causa da queda de Dilma, caso o impeachment ocorra. Isso porque, para ele, a corrupção, do final dos anos 1990 até hoje, não aumentou de maneira significativa. O que existe atualmente, é uma “maior disposição para atacá-la”.
 
O jornalista pondera que o que ocorre verdadeiramente no ambiente político é o fortalecimento da aliança “Fiesp-tucanos-movimentos de classe média”, portanto da elite brasileira, para acabar com os governos do PT no Planalto “a qualquer custo”, e destaca diferenças nas apurações da mídia entre um momento e outro.
 
“No impeachment do Collor, a imprensa teve um papel preponderante de apurar a corrupção. Os repórteres suaram a camisa para mostrar os podres do Planalto. E as reportagens tiveram um peso enorme. Agora, a imprensa não apurou quase nada. São setores da Justiça que estão à frente das revelações”. 
 
 
El país
 
Conti: “A elite brasileira quer encerrar o ciclo do PT no poder a qualquer custo”
 
Autor de ‘Notícias do Planalto’, que analisa o impeachment de Collor, discute o cenário político atual
 
A literatura especializada em impeachment no Brasil não é vasta, mas certamente mais completa do que a de muitos países. Em Notícias do Planalto (Companhia das Letras; 1999), o jornalista Mario Sérgio Conti destrincha o processo de impeachment de Fernando Collor de Mello, afastado do poder no final de 1992. Relato pioneiro, o livro é considerado uma importante referência – não só de como Collor caiu, mas também das fronteiras entre os poderes e a grande imprensa no país. De 1991 a 1997, Conti foi diretor de redação da revista Veja, a quem Pedro Collor revelou os esquemas corruptos do irmão presidente. O hoje apresentador do programa Diálogos, na Globonews, e colunista às terças-feiras na Folha de S.Paulo, onde começou a carreira em 1977, conversou com o EL PAÍS, por telefone, sobre o cenário atual.
 
Pergunta. Quando compara o impeachment de Dilma Rousseff com o de Fernando Collor, a maioria dos analistas destaca que ela ainda tem apoio político, enquanto ele estava praticamente sozinho. É essa a grande diferença entre os dois processos?
 
Resposta. Fernando Collor, que estava numa legenda de aluguel, o PRN, não tinha um partido forte que o respaldasse. Teve o apoio de Leonel Brizola e de Antônio Carlos Magalhães, que foram contra o impeachment, e só. Dilma conta com a sustentação de um partido estruturado, com governadores e prefeitos, e  teve excelente votação em 2014, ainda que o PT seja contra a política econômica da presidenta e que o apoio a ela fora do partido esteja erodindo. Ao contrário de Collor, Dilma tem um amparo popular expressivo: há dez dias, 100.000 pessoas foram à Avenida Paulista defendê-la. Por fim, ela conta com a simpatia do melhor da intelectualidade. Antonio Cândido, um dos grandes pensadores da América Latina, está com ela, assim como Chico Buarque, Luis Fernando Veríssimo, Roberto Schwarz, Luiz Carlos Bresser-Pereira e Alfredo Bosi, além dos atores Wagner Moura e Paulo Betti. São personalidades que se posicionam contra a maneira atropelada como o impeachment vem sendo conduzido, com desrespeito a direitos fundamentais e à boa prática republicana.
 
P. Isso é suficiente para evitar a destituição da presidenta?
 
R. Impossível dizer. A situação é por demais volátil. Há ainda muito para acontecer até a votação da Câmara. Qualquer fato dramático pode alterar o resultado. Quem ocupará a Praça dos Três Poderes e a avenida Paulista no dia da votação? Os pró ou os contra o impeachment? E a polícia, o que fará? O que é possível dizer é que o Brasil será diferente depois da votação do impeachment, seja ele aprovado ou não. O país está dividido – e os derrotados irão reagir à decisão.
 
P. Em 1992, a corrupção foi um elemento central do impeachment, assim como hoje. Como compara as duas situações?
 
R. Não acho que a corrupção tenha aumentado de maneira significativa desde então. Há maior disposição em atacá-la, porque parte expressiva do povo está exasperada com as denúncias contínuas, com as cifras formidáveis surrupiadas por larápios. Os serviços públicos seguem sendo horríveis, enquanto empresários e políticos se refastelam em roubalheiras. Agora, o sistema político brasileiro é corrupto, não tem como. Foi criado para ser assim e continuará assim, enquanto não houver mudanças profundas. No caso do Collor, a corrupção foi caracterizada – ficou provado com documentos que havia dinheiro do Estado indo para o bolso dele. No caso de Dilma, pode-se dizer que, até agora, nada foi comprovado. Está evidente que ela contribuiu para levar o país à recessão, que mentiu na campanha, que é mal humorada etc. Mas nada disso é crime de responsabilidade e, portanto, justifica o impeachment.
 
P. A principal base para o impeachment de Dilma ainda são as pedaladas fiscais e, principalmente no pedido que está na Câmara, decretos de suplementação orçamentária de 2015 que, segundo os acusadores, feriram a lei orçamentária. Muitos dizem, no entanto, que isso não é o bastante para tirá-la do poder.
 
R. Pouquíssimos são os que entendem o que sejam pedaladas fiscais. E, os que entendem, informam que prefeitos, governadores e presidentes pedalam desde sempre. O que ocorreu é que o ambiente político mudou muito, e recentemente. A santa aliança da Fiesp-tucanos-movimentos de classe média se solidificou. A elite brasileira quer encerrar o ciclo do PT no poder a qualquer custo.
 
P. Quais as diferenças da situação econômica na época de Collor e agora?
 
R. Assim como com a corrupção, também na economia o que havia naquele tempo é equiparável ao que há hoje. A situação é péssima: desemprego, inflação subindo, recessão, desindustrialização. Mas como a economia melhorou desde 1992, o patamar é hoje mais alto. Então, os problemas econômicos são mais ou menos semelhantes.
 
P. Seu livro Notícias do Planalto destrincha o papel da imprensa na destituição do Collor. Como você vê a imprensa no caso de Dilma?
 
R. No impeachment do Collor, a imprensa teve um papel preponderante de apurar a corrupção. Os repórteres suaram a camisa para mostrar os podres do Planalto. E as reportagens tiveram um peso enorme. Agora, a imprensa não apurou quase nada. São setores da Justiça que estão à frente das revelações. Até porque a Justiça tem mais instrumentos que os jornalistas para ir fundo nas apurações. Juízes dispõem de prisões cautelares, interrogatórios, delações premiadas etc. Então, a imprensa virou um espaço para veicular opiniões, por meio de entrevistas, análises, editoriais, artigos, colunistas e cartas. Seu papel foi reduzido. Naquela época, a Folha e outros jornais fizeram editoriais contra a permanência de Collor no poder, e como havia bem menos colunistas, a palavra dos órgãos de imprensa teve peso. Hoje, há um opinionismo desvairado, potencializado pelas redes sociais, com seus posts e comentários, em que todo mundo sobe num caixote, grita e opina.
 
P. Entendo que esse seja um aspecto negativo. Vê algo de positivo na internet e nas redes sociais? Não há maior acesso à informação e menos homogeneidade, por exemplo?
 
R. A liberdade de expressão, sem dúvida, é um aspecto positivo. Mas existe uma cacofonia. Muitos blogs e sites veiculam comentários distorcidos, mentirosos, caluniosos e até criminosos – ainda que anônimos. Isso gera uma escalada da violência, que não ficará no plano retórico. A violência verbal está extravasando em agressividade real. Agora, juízes e ministros são intimidados e insultados em lugares públicos, em hospitais e restaurantes. Se você substituir a palavra “petista” por “judeu”, nesses sites e blogs, notará que eles existem para incentivar o linchamento, como os pogroms. As pessoas que mantêm esses sites não têm propriamente uma política: elas querem aniquilar uma força política, o PT. O caldeirão no qual hoje o impeachment fermenta é bem mais venenoso do que na queda de Collor.
 
P. O atual protagonismo do Judiciário é positivo?
 
R. É bom que a Justiça vá atrás de corruptos. Que apure os fatos, recolha provas categóricas, julgue os acusados com rigor e os bote na cadeia por um longo tempo. A Lava Jato fez isso muito bem. Depois, veio mudando. Vazar informações de processos sigilosos continuamente não é deslize. É um método. É buscar influir na cena política por meio de uma ilegalidade. Divulgar um telefonema da presidenta é uma monstruosidade jurídica, porque ela tem foro superior. Gravar conversas de um cliente e seu advogado é crime. Então, vejo setores do Judiciário extrapolando suas funções e juízes virando justiceiros, celebridades.
 
P. Isso que você vê como distorções atrapalha a democracia?
 
R. Claro. Se for caracterizada a obstrução da Justiça no caso da nomeação de Lula para o ministro, por Dilma, se abrirá espaço para a destituição da presidente. Mas divulgar a conversa telefônica entre eles, sem qualquer investigação, com base em suposições toscas, foi outra coisa. Foi um abuso inominável, que, no entanto, provocou efeitos ribombantes, em cascata. O ministro Teori Zavascki, do STF, encarregado de supervisionar o que a Lava Jato faz, disse, em termos severos, que a divulgação do telefonema prejudicou o processo legal e o direito dos grampeados. Acrescentou que o juiz Sergio Moro não poderia ter feito isso. Agora, porém, o mal já foi feito. E a declaração do ministro Zavascki teve 0,01% do destaque que teve o telefonema de Lula e Dilma.
 
P. O processo tem sido conduzido sob esse lema, “agora o mal já foi feito”?
 
R. Em momentos determinantes, sim. A democracia tem muito de conturbado, de sujo mesmo. Funciona assim. O que impressiona é que no Brasil a resistência à baixaria seja tão reduzida. É legítimo discordar da presidenta, achar que ela é péssima. Mas cadê o crime de responsabilidade?
 
P. Sobre a condução do processo na Câmara dos Deputados, de que maneira ter um presidente como Eduardo Cunha, implicado nas investigações da Lava Jato, influencia o processo?
 
R. Eduardo Cunha é réu numa penca de processos. Está sendo processado no Supremo Tribunal Federal, tem contas não declaradas na Suíça, gastou milhares de dólares com bens de luxo, sonegou impostos etc. E os nobres deputados não mexem uma palha para afastá-lo da presidência da Câmara, ao menos enquanto durarem as investigações. Renan Calheiros, presidente do Senado, está implicado também. Os pró-impeachment podem achar que isso é desimportante, mas essa avacalhação tira legitimidade do processo. Boa parte dos integrantes da Câmara foi eleita graças a doações de empreiteiras – que moral eles têm para julgar o afastamento da presidenta? Mais da metade da comissão da Câmara que examina o pedido de impeachment é formada por deputados acusados de ladroagem – e ainda assim estão lá, vestindo a camisa verde e amarela. Como crer na isenção da Câmara?
 
P. Os erros de agora serão cobrados no futuro?
 
R. Acho o contrário. Quem conspira e age contra a democracia no Brasil nunca é punido. Um Bolsonaro nunca existiria se os algozes do golpe de 1964 tivessem sido responsabilizados, processados, julgados e punidos. As ilegalidades institucionais jamais foram punidas. Por isso, os autoritários se sentem à vontade para vergar a lei, dar um verniz de legalidade a atrocidades contra o direito das pessoas, e seguirem em frente. Na regra, golpistas são acobertados. Inclusive pelo PT e Dilma. O seu governo montou uma Comissão da Verdade que trabalhou três anos e produziu um documento de 1.000 páginas — que ninguém leu nem levou a sério. Torturadores e assassinos continuaram a dormir tranquilos. Por que as pessoas que hoje atropelam a lei pensariam que serão punidas?
 
Leia mais…
Redação

8 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. CONTI TAMBÉM QUER DESTRUIR O PT A QUALQUER CUSTO

    Quinta-feira, 31 de março, o jornalista Mario Sergio Conti, apresenta Fernando Henrique Cardoso para sua audiência na Globonews:

    — O nosso entrevistado de hoje dispensa apresentação. É um dos intelectuais e políticos mais respeitados do país e no exterior. É uma referência para os brasileiros, sobretudo nestes momentos de crise. É um elder statesman (velho estadista). Vamos ver quem é.

    Rolam na tela imagens do ex-presidente e os dois voltam para tratar dos temas da noite: Lava Jato e impeachment.

    Nada de Mirian Dutra, nada da Brasif.

    Domingo, 20 de março. Mirian Dutra está em Cerdaña, perto da fronteira da Espanha com a França, e me dá entrevista. No caminho até o hotel, em meio a montanhas com neve, ela para num posto de combustível e abastece o carro. “Aqui não tem mordomia, não”, comenta.

    Mirian fala sobre Mario Sergio Conti e Fernando Henrique Cardoso:

    — O Fernando Henrique deve um grande favor ao Mario sergio Conti. A nota que o Mario Sergio publicou na coluna Veja em 1991 é simplesmente uma mentira.

    A nota diz que Mirian Dutra, “conhecida pelas reportagens que faz para o Jornal Nacional”, havia trocado o clima seco de Brasília por uma temporada de inverno em Santa Catarina. Em seguida, conta que Mirian espera um filho e que o pai é um biólogo.

    (RETIRADO DO CAF DE PHA)

  2. Conti quer destruir o PT

    Caro Sr. Luiz Claudio, boa noite.

    Também assisti a entrevista de FHC e vi e ouvi FHC “rebolando” para responder às indagações do jornalista quanto as declarações do Procurador do MPF que informou que no governo FHC as investigações eram abafadas.

    Dessa forma, temos que ser honestos, o Conti, pode não ser um defensor do atual governo, mas também, não poupa nenhuma autoridade, como pudemos constatar nesse entrevista.

    O fato dele não abordar o caso Miriam-FHC-Brasif, ainda é um caso polêmico, porque o próprio MPF ainda não se pronunciou quanto a investigação. Vamos ver na próxima semana, quando a Sra Miriam for ouvida pela PF.

     

  3. Novidade

    Eu não sou jornalista, mas há muito tempo venho escrevendo sobre isso, mas o Lulinha paz e amor (o republicano) sempre achou exagero. 

  4. Não está de todo mal o

    Não está de todo mal o arrazoado do sr. Conti, mas, com certeza, mistifica e sofisma bastante. Mistura alhos com bugalhos e, na hora do vamos ver, arrepia. Engraçado (ou trágico), lendo suas respostas, quase vi os ministros do stf (apequenado) falando sobre o assunto: nem nem nem nem nem. De outro lado, pode-se afirmar, com 100% de certeza de que a responsabilidade pelo arbítrio e o descalabro do congresso passa pelo judiciário: na hora “H”, arrepiaram: cláusula de barreira, ficha limpa e o escambau; sem contar, obviamente, a omissão criminosa das corregedorias, quer federal, quer estaduais. Pior, a inoperância do cnj (apequenado): afinal, o ministro Teori coloca o Moro em completa ilegalidade e fica por isso mesmo… Vai “serginho”, siga seu caminhãozinho de falsetas. Haja.

  5. Os mesmos de sempre

    Os que querem impeachment de Dilma e tentam impedir que Lula seja candidato em 2018 são os mesmos que fazem grampos ilegais, para usá-los como forma de chantagem, em descarada afronta aos direitos constitucionais; são os mesmos que adquirirem apartamentos em Higienópolis, de forma suspeita e pela metade do valor; são os mesmos que mandam dinheiro e também mandam representantes comprar o silêncio de amante portadora de informações capazes de alterar um resultado eleitoral; são os mesmos que usam suas mídias para fabricarem dossiês falsos, para distorcerem informações, para omitirem denúncias que contrariem seus interesses; são os mesmos que usam empresas de fachadas de paraísos fiscais para esconderem patrimônios em regiões paradisíacas no país; são os mesmos dirigentes de entidades de classe, que apoiou e serviu a ditadura e agora se alia ao contraditório daquilo que representa; são os mesmos que respondem a processos por corrupção, sonegação, enriquecimento ilícito, evasão de divisas e desvios financeiros e que atingem a quase 70% do contingente dos impetrantes do pedido de um impeachment absurdo, abusivo, imoral e ilegal; são os mesmos que usam da justiça para partidarizá-la e torná-la parcial e injusta; são os mesmos que tem seus nomes envolvidos em diversos outros escândalos financeiros, sendo alguns de valores mais estratosféricos que os escândalos atuais e que são propositalmente ignorados pela mídia, pela PF e pela justiça; são os mesmos que usam verbas de federações, sustentadas com dinheiro do trabalhador, para promoverem torrarem essas verbas em tramas e ações políticas sejam de seus interesses pessoais, em total detrimento da classe trabalhadora e, finalmente, são os mesmos que faz com que essa lista seja uma lista sem fim, tal é quantidade de desfaçatez e de desavergonhadas práticas de malfeitos e de delinqüências praticadas, sem medo e sem pudor.

  6. Conti? O mesmo do caso

    Conti? O mesmo do caso Miriam-FHC? E nadica de nada na reportagem sobre essa relação e o papel dele na Grande História? O que me chamou atenção em toda a entrevista foi a respota dele quando questionado se se o apoio de intelectuais, artistas e as ruas seriam suficentes para evitar o impeachment. Sua resposta: “Impossível dizer. A situação é por demais volátil. Há ainda muito para acontecer até a votação da Câmara. Qualquer fato dramático pode alterar o resultado.”. Então aí está o alerta…prudência e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém!

  7. Um discurso para cada platéia

    O discurso do M. S. Conti está atipico! Certas afirmações não estão no sru script diário! Vocês tem certeza que é entrevista com o Conti e não é pegadinha de 1o de abril?

     

    Admitindo que não seja pegadinha ou entrevista falsa:   Pô! Vocês esperavam o que?

     

    Ele esta falando para uma platéia européia que, ao contrário da parcela brasileira representativa seus leitores, em sendo européia não tem pouca resistência à baixaria. (Para usar a sua lógica)

     

    Ou seja: bobo de se deixar ‘fotografar’ para os europeus com sua verdadeira plumagem anti-republicana  ele não é, mesmo que pra isso tenha que sacrificar sua coerência ou uma parcela de seus leitores lobotomizados. Ele também não se deixaria na condição ser expremido pelo reporter europeu. Até eu que sou mais bobo!

     

    Daí o discurso totalmente republicano e legalista.

     

    Quero ver é ele ter a hombridade de abordar com o mesmo tom o tema numa das midias da famiglia da quais ele é, tal qual a Leilane, dedicado servo.

    Se o fizer passo a acreditar nesta postura legalista da entrevista. 

    Até lá prefiro continuar a acreditar em coelinho da Páscoa ou Papai Noel.

     

     

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador