É somente uma melhora na imagem para a venda, por Rogerio Maestri

É somente uma melhora na imagem para a venda

por Rogerio Maestri

Comentário ao post ‘O fim do ciclo do jornalismo de esgoto, por Luis Nassif

Já escrevi um pequeno artigo que talvez explique melhor a atual depuração do jornalismo brasileiro, uma melhor imagem para uma FUTURA VENDA (vide).

Quando da demissão da Joice Hasselmann ficou claro que as emissoras de rádio, os canais de TV como os jornalões estão se preparando para o pós golpe neo-liberal-entreguista-militar, o golpe que aos poucos se avizinha.

Neste golpe haverá um momento dedicado à abertura do mercado nacional de comunicação para o mercado internacional, por exemplo, o famigerado Rupert Murdoch, com a venda da 21st Century Fox para a Disney, ficou com um caixa de US$ 52,4 bilhões. Como a impossibilidade do mesmo de penetrar mais na Europa e nos USA, pois o mesmo está praticamente bloqueado, tanto pela má fama que o mesmo pegou na Inglaterra como pela legislação norte-americana que não permite a sua expansão.

O que sobrou para os ávidos bilionários da Oligarquia do Norte para colocarem o seu rico dinheirinho. Murdoch está com os dois pés implantados na TV a cabo brasileira, possuindo os canais FX, Fox Sports, Fox Life, National Geographic, Nat Geo Wild, Nat Geo Kids e Baby TV, já com uma forte equipe de comentaristas esportivos, resta logo os canais abertos e os jornalões. Há outras que entrando pela TV fechada chegam a ousar a contratação de elementos da esquerda caviar para aparentemente apresentarem pluralidade e depois entrarem a fundo no mercado brasileiro. Há o impedimento legal, mas impedimento legal quem leva a sério nos dias de hoje!

O que está parecendo é que o próprio Silvio Santos, que já mora nos Estados Unidos e está mais próximo dos compradores, já deixou claro a sua apresentadora representante da chamada direita chucra (ou tosca), Raquel Sheherazade, choca os prováveis compradores, e numa demonstração clara de que a voz do dono (por enquanto) é o que manda, mandou a outra CALAR A BOCA.

Ou seja, Luis Nassif parece meio sonhador, o interesse é a grana, e como velhas prostitutas que aplicam quilos de maquiagem para tapar as rugas, os prostitutos da imprensa nacional estão simplesmente se preparando para conquistar os clientes.

 

 

Redação

3 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. E o grupo de canais que mais mostra assassinatos

    é justamente aquele composto pela NatGeo: todo dia uma leoa mata um búfalo inocente, uma aranha prende uma mosca, aviões em queda a toda hora e alguns burocratas felizes por terem matado a charada de pilotos incompententes (no tal meidei), guerras antigas, e atrocidades mil.

    Pelo visto, quando essa turma se instalar em nossas bandas, o programa do Datena certamente vai ser considerado como se roteirizado por uma irmã de caridade.

    Não duvido nada que poderemos ter programas com mistura do Chacrinha onde uns pseudo-jurados decidem pela vida ou morte de uns patetas (“vai para a forca ou não vai?”), com exibições ao vivo de matanças perpretadas pelos psicopatas da segurança pública e alguns drogados apologizando suas fraquezas.

    Ainda bem que é possível mudar de canal, ou até mesmo passar a tevê adiante.

     

  2. O esgoto não é detrito é combustível do jornalismo!

    Cada tempo da História tem seus “mitos” e totens ideológicos…

    São argumentos e frases de efeito que são ressoadas e ampliadas como forma de obscurecer um debate honesto sobre o estado de coisas que vivemos, impedindo assim que as pessoas possam obter informações necessárias a formação de uma opinião mais clara sobre os temas, o que em nenhum momento deve ser confundido com imparcialidade ou neutralidade…Você tem todo o direito de defender ideias econômicas de direita ou o ideário capitalista sobre mercados e méritos, mas deve fazê-lo com base em dados, estudos e não mistificações ou simplificações dos slogans que rastejam pela mídia de esgoto…

    Você tem o direito de defender um sistema onde os mais pobres se fodam…Mas não tem o direito de tentar convencer a plateia de que o faz para defender os interesses desses pobres, dando apelido “carinhoso” a carnificina social que você defende… 

    Está na moda agora o chamado combate ao fake news…Besteira…é só a censura sob outro apelido, e censura, sabemos todos, censura é a base dos regimes que se estruturam em bases anti-constitucionais (golpes) e que caminham para o autoritarismo…

    Esqueça a noção clássica que você tem de Democracia…

    Esqueça também o mito chamado “liberdade de imprensa”…

    O sistema capitalista NUNCA pretendeu ampliar liberdades ou os valores democráticos, ao contrário, o sistema capitalista tem por missão primeira capturar a agenda de debates públicos, submetendo essa pauta aos seus interesses, sem qualquer chance para dissenso…

    Não se trata de buscar a “verdade”, mas simplesmente ter o controle de quem pode mentir sem ser admoestado…

    E isso não vem de hoje…Só para citar um exemplo mais recente, é só pesquisar as manchetes e conteúdos dos jornais brasileiros durante o golpe de 64…

    As notícias sobre “suicídios” dos militantes da oposição assassinados pelos militares, o tratamento dado às histórias de tortura, enfim, todo o conteúdo dedicado a convencer a população que se golpeava a Democracia para protegê-la eram uma usina de fake news, muito antes da era digital…

    Quer mais?

    O papel desempenhado pela mídia dos EUA na era bush e nas guerras do petróleo (armas químicas do Iraque, lembram?)…

    Ou o resultado do esquecido Inquérito Levenson, investigação parlamentar britânica que acertou em cheio o conglomerado midiático de Rupert Murdoch, o dono da Fox, que revelou ao mundo os intestinos do esgoto midiático inglês, inclusive com manipulação de fatos ligados a vítimas de tragédias…

    Levaríamos semanas citando outros casos, como na morte de Kennedy, a caçada do FBI contra os Panteras Negras, o caso Angela Davis, etc, etc, etc…

    Vivemos imersos em uma distopia fake news que nem o mais criativo diretor do Black Mirror (série famosa da Netflix que trata desses temas) conseguiria bolar…

    Vejamos:

    No plano nacional, nada se parece mais com o fake news que a chamada intervenção militar na segurança pública do RJ…

    O roteiro é clássico:

    Mentir não só sobre os dados da criminalidade, mas sobre a incidência dos eventos como se a violência fosse igual para todos, tudo para apavorar a audiência e apresentar soluções que não são soluções, mas exatamente, parte do problema…

    Tudo com objetivo bem distante do que se diz pretender…ou seja, a real intenção é aprofundar as bases e argumentos que justifiquem o golpe e o golpe dentro dele…

    Há no ar uma estranha combinação que pode levar a “tempestade perfeita”:

     

    – Apresentam a polícia do Rio como a mais corrupta do mundo, para dar uma dimensão de fundo “moral e ético” no problema, uma abordagem do tipo “Cruzada”, tão cara a outras instâncias desse tipo, como a farsa-jato;

    – Alertam para o risco da epidemia carioca virar uma pandemia nacional, com o transbordamento de quadrilhas por outros estados, “acuadas” pela pressão dos militares;

    – Alegam que se tudo der certo, vale a pena continuar o regime de “exceção” para evitar a “volta do estado anterior”, mas se tudo der errado, terão que aumentar a “exceção” para obter os resultados pretendidos, e não fazer isso é desperdiçar tudo que foi feito;

    – Com isso, jogam na vala as eleições de 2018…

    Engenhosa propaganda que já vem sendo requentada há tempos, e até ffhhcc já fez seu papel nesse sentido, dizendo que eleições não são indispensáveis e coisa e tal…

    Prorrogar para 2020 (prorrogando os atuais mandatos) é uma ideia que não receberá de boa parte da população grande repulsa, haja vista o trabalho diuturno de desmoralização da ação política patrocinada pelas usinas empresariais de fake news…

    – Eleições a cada dois anos “atrapalham” as gestões administrativas, aumentam os “gastos”, etc…

    Objetivo verdadeiro?

    Rebaixar a eleição presidencial a lógica paroquial das eleições de vereadores e prefeitos, justamente onde a direita controla melhor as máquinas…

     

    Não importa a verdade ou a mentira…

     

    Mentira tornada crime deve ser apontada, processada e julgada como tal, e a luta nem é por isso, mas pela compreensão de que a repercussão das criminosas mentiras tem tratamento desigual e repercussão desigual, pois o ataque de um grande conglomerado de mídia sobre alguém é muito mais devastador que um ataque de um blogueiro ou de um cidadão comum…

     

    A questão central não é essa…

     

    É fazer você acreditar que a escolha sobre o que deve ou não deve ser publicado é, ou uma escolha “neutra” (impossível), ou é feita em nome de ampliar a sua (do receptor) liberdade de esolha de informação e de como interagir no mundo ao seu redor, baseado na crença de que a mídia não tem o menor interesse no resultado das esolhas (sobre o que publicar ou não) que faz…

     

    Esse é o nó…o ovo da serpente…

     

    Chocado na ingenuidade ou cinismo de imaginar que existe uma “liberdade de imprensa” que sirva a coletividade…

     

    O que Nassif chama de esgoto é só jornalismo sem filtro, sem boas maneiras…

    Algo como um canibal que te devora com talheres de prata…

     

    Mas está ali com todas as cores e trejeitos…

     

    Jornalismo bom é joralismo morto…

     

     

     

     

    Você tem todo o direito de defender ideias econômicas de direita ou o ideário capitalista sobre mercados e méritos, mas deve fazê-lo com base em dados, estudos e não mistificações ou simplificações dos slogans que rastejam pela mídia de esgoto…

     

    Você tem o direito de defender um sistema onde os mais pobres se fodam…Mas não tem o direito de tentar convencer a plateia de que o faz para defender os interesses desses pobres, dando apelido “carinhoso” a carnificina social que você defende… 

     

    Está na moda agora o chamado combate ao fake news…

     

    Besteira…é só a censura sob outro apelido, e censura, sabemos todos, censura é a base dos regimes que se estruturam em bases anti-constitucionais (golpes) e que caminham para o autoritarismo…

     

    Esqueça a noção clássica que você tem de Democracia…

     

    Esqueça também o mito chamado “liberdade de imprensa”…

     

    O sistema capitalista NUNCA pretendeu ampliar liberdades ou os valores democráticos, ao contrário, o sistema capitalista tem por missão primeira capturar a agenda de debates públicos, submetendo essa pauta aos seus interesses, sem qualquer chance para dissenso…

     

    Não se trata de buscar a “verdade”, mas simplesmente ter o controle de quem pode mentir sem ser admoestado…

     

    E isso não vem de hoje…Só para citar um exemplo mais recente, é só pesquisar as manchetes e conteúdos dos jornais brasileiros durante o golpe de 64…

     

    As notícias sobre “suicídios” dos militantes da oposição assassinados pelos militares, o tratamento dado às histórias de tortura, enfim, todo o conteúdo dedicado a convencer a população que se golpeava a Democracia para protegê-la eram uma usina de fake news, muito antes da era digital…

     

    Quer mais?

     

    O papel desempenhado pela mídia dos EUA na era bush e nas guerras do petróleo (armas químicas do Iraque, lembram?)…

     

    Ou o resultado do esquecido Inquérito Levenson, investigação parlamentar britânica que acertou em cheio o conglomerado midiático de Rupert Murdoch, o dono da Fox, que revelou ao mundo os intestinos do esgoto midiático inglês, inclusive com manipulação de fatos ligados a vítimas de tragédias…

     

    Levaríamos semanas citando outros casos, como na morte de Kennedy, a caçada do FBI contra os Panteras Negras, o caso Angela Davis, etc, etc, etc…

     

     

    Vivemos imersos em uma distopia fake news que nem o mais criativo diretor do Black Mirror (série famosa da Netflix que trata desses temas) conseguiria bolar…

     

    Vejamos:

     

    No plano nacional, nada se parece mais com o fake news que a chamada intervenção militar na segurança pública do RJ…

     

    O roteiro é clássico:

     

    Mentir não só sobre os dados da criminalidade, mas sobre a incidência dos eventos como se a violência fosse igual para todos, tudo para apavorar a audiência e apresentar soluções que não são soluções, mas exatamente, parte do problema…

     

    Tudo com objetivo bem distante do que se diz pretender…ou seja, a real intenção é aprofundar as bases e argumentos que justifiquem o golpe e o golpe dentro dele…

     

    Há no ar uma estranha combinação que pode levar a “tempestade perfeita”:

     

    – Apresentam a polícia do Rio como a mais corrupta do mundo, para dar uma dimensão de fundo “moral e ético” no problema, uma abordagem do tipo “Cruzada”, tão cara a outras instâncias desse tipo, como a farsa-jato;

     

    – Alertam para o risco da epidemia carioca virar uma pandemia nacional, com o transbordamento de quadrilhas por outros estados, “acuadas” pela pressão dos militares;

     

    – Alegam que se tudo der certo, vale a pena continuar o regime de “exceção” para evitar a “volta do estado anterior”, mas se tudo der errado, terão que aumentar a “exceção” para obter os resultados pretendidos, e não fazer isso é desperdiçar tudo que foi feito;

     

    – Com isso, jogam na vala as eleições de 2018…

    Engenhosa propaganda que já vem sendo requentada há tempos, e até ffhhcc já fez seu papel nesse sentido, dizendo que eleições não são indispensáveis e coisa e tal…

    Prorrogar para 2020 (prorrogando os atuais mandatos) é uma ideia que não receberá de boa parte da população grande repulsa, haja vista o trabalho diuturno de desmoralização da ação política patrocinada pelas usinas empresariais de fake news…

     

    – Eleições a cada dois anos “atrapalham” as gestões administrativas, aumentam os “gastos”, etc…

    Objetivo verdadeiro? 

    Rebaixar a eleição presidencial a lógica paroquial das eleições de vereadores e prefeitos, justamente onde a direita controla melhor as máquinas…

      

  3. Gorgealismo

    “… As aves que aqui gorjeiam, não gorjeiam como lá.”

    Aos homens, sejam comuns ou príncipes, nunca lhes foi suficiente ouvir o gorjeio: era preciso capturar o pássaro.

    Assim o é com a imprensa. Não há interesse que cantem livres, precisam ser colocados em gaiolas e que entoem quando e quanto querem. Por prêmio, o capturado pode viver em gaiolas douradas ou fétidas, posto que um canto triste do qual nada se entende, também é canto.

    Desde que me conheço por gente, ou seja, quando passei a pensar por mim, gosto da provocação do velho anarquista: não leia jornais, minta você mesmo.

    Seja de esquerda, de direita ou centro, o jornalismo daqui ou alhures gorjeia como suas convicções, causas e donos querem.

    Cá, muitas vezes se preocupam tanto em simultaneamente atenderem convicções, causas e donos, que abandonam completamente os fatos. O que temos são “colunistas” monolíticos, feitos de barro e moles segundo as conveniências e necessidades, exceto raras e honrosas exceções.

    Não investigam, não apuram, não comparam, não depuram e, pasmem, demandam respeito. Geralmente misturam suas ideias com os fatos, criando versões ao sabor do vento, conscientes que é o tempo e não o clima que interessa.

    Se vender para os americanos, mudará de mãos, mas não de pensamento. Os jornalistas querem ser leiferts, querem hedonismo, likes, acólitos. Verdade é algo filosófico demais, árido demais para permitir tais louros.

    A recompensa do verdadeiro jornalista são as pedras. Todos apedrejamos quem traz a verdade, especialmente as inconvenientes. Se o jornalista não recebe pedradas dos dois lados, falhou.

    Agora reclamam de quem os alimentará? Perdão. É patético.

    Quero saber quando as pessoas que atuam no jornalismo, em sua maioria, se tornarão éticos. Quando irão para as trincheiras e porão a nu as entranhas dos palácios ou pocilgas nas quais têm suas gaiolas.

    Quero saber quando crescerão e escolherão a verdade e não a platéia, o dinheiro, as láureas. 

    Claro que todos precisamos viver. Claro que erramos. Claro que nos acovardamos.

    Mas de recuo em recuo, chegou-se a isto. Que pena!

    Agora pedem o crédito que não tem. Pouco se dá se venderem TVs, rádios, jornais, revistas, terras, o país.

    Quem nasceu para escravo, quer senhor e senzala. Ser livre, ser senhor das suas vontades e necessidades, dá um trabalho do cão.

    Fadário para vocês!

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador