Entrevista de Haddad no Jornal Nacional “não foi jornalismo”, diz ex-jornalista de O Globo

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Ricardo Stuckert
 
Por Arcírio Gouvêa Neto
 
Como jornalista, diretor da ABI (Associação Brasileira de Imprensa) e secretário de uma comissão de defesa da liberdade de expressão, me sinto envergonhado vendo o jornalismo brasileiro acabar de ser vilipendiado e ultrajado por Willian Bonner e Renata Vasconcellos nesta sessão de inquisição aos melhores moldes dos inquisidores da Idade Média. Isso não foi e jamais será jornalismo.
 
Trabalhei em duas oportunidades no jornal O Globo, desfrutei da companhia de mestres do jornalismo da empresa e tenho certeza absoluta que mesmo os jornalistas do passado que lá trabalharam se vissem o que vi hoje estariam tão revoltados quanto eu. Uma coisa é você ter sua ideologia política na vida pessoal, outra coisa é você transportar essa ideologia à vida profissional, para seguir servilmente à determinação do patrão. Já vi muita gente boa se recusar a fazer um papel asqueroso como o dessa dupla essa noite e eu sou uma delas.
 
Sinto pelo trabalho correto e ilibado de velhos companheiros que deram a vida pelo engrandecimento da imprensa em nosso país e não mereciam o que aconteceu hoje. Acho que o mínimo que poderia ocorrer em um estado democrático de direito é sua população se indignar com o que houve essa noite.
 
Quem perde não é o PT e nem Lula ou Haddad é a liberdade do pensamento e da expressão de uma nação inteira.
 
Uma noite pra ser esquecida, diria Carlos Heitor Cony.
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

10 Comentários

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  1. Os que lamentam as agressões

    Os que lamentam as agressões a petistas sempres são aqueles que nada não podem e, se podem, não fazem nada. Posso estar sendo radical, mas não acredito que se este jornalista estive lá na globo faria alguma coisa. Acho que é tudo hipocrisia. Não aguenta mais tanto farisaísmo nesta terra da hipocrisia.

  2. VÍTIMA TEM CULPA SIM

    Fernando Haddad foi a vítima da vez……..mas tem culpa sim pelo tratamento calhorda que recebeu de dois pseudo jornalistas globais.   Pois, conforme dica que dei, escrevendo aqui nesses comentários deste e de outros blogs, todos sab´[iamos que os globostas iriam fazer de tudo para atrapalhar quem lhes convinha atrapalhar.  Então, Haddad tinha que dirigir-se aos telespectadores e dizer bem alto e em bom tom que os dois imbecis não estavam respeitando nem a ele, entrevistado, nem aos telespectadores que tinha direito de ouvir as respostas e os mau-educados não deixavam que Haddad as desse.       Que tratasse os dois como eles mereciam, com casca grossa e tudo, chamando-os de golpistas e mau educados publicamente, pois se eles faziam perguntas, tinha que ouvir e deixar que ouvíssemos as respostas…….e se eles faziamseus comentários ao invés de perguntas, Haddad tinha que dizer claramente que o entrevistado era ele e era ele que tinha que comentar ….pois os dois paus-mandados da globosta só tinha que perguntar.     MAS NÃO NÃO VALE A PENA SER EDUCADO COM CERTOS ESTRUMES DO JORNALISMO………SÓ ESPERO QUE, QUANDO ASSUMIR O GOVERNO, HAQDDA CORTE TODAS AS VERBAS PARA AS TELEVISÕES GOLPISTAS PARA QUE ESSES IMBECIS SEJAM SIMPLESMENTE DEMITIDOS………POIS É O QUE MERECEM.

  3. se o jornalismo não melhora…

    só pode ser porque a Globo nunca foi mudada……………………………………..

    e olha que trata-se de uma concessão pública

    e se é do Estado, é do cidadão………………………………………………………..ou estou enganado?

     

    nada do que ocorre na Globo, ocorre em segredo

    assim como tudo que ocorre fora do alcance dos cidadãos não presta

    e nunca muda

    1. em tempo…

      como nunca foi mudada e sempre manipulou o telespectador,

      desconfio que nunca deixou de ser a bíblia dos poderes, entre os 3, que não prestam pra nada

  4. e as duas porcarias, em termos de jornalismo…

    ainda tiveram a ousadia de exigir que o Haddad concordasse com a opinião dele e dela

    e pedisse desculpa…………………………………………..mas

    justiça seja feita, são apresentadores, repetidores, como espantalhos que no lugar das palhas,

    têm opiniões…próprias?

  5. ideologia

    A imprensa hegemônica sempre agiu de forma idealista ou ideologica. O jornalista deveria lembrar disso, talvez não tenha percebido em seus longos anos de trabalho. Aloysio Castelo de Carvalho, O caso da ultima hora, demonstrou tão viés na década de 1950, o mesmo se observa na década de 1880 contra o Imperador. Então não é novidade. Talvez agora há espaço para que através, da internet, se apresentar o contraditório e essa desgraça. A Veja se foi, em breve será a hora do Estadão e da Folha. Espero ansioso o dia da Globo. Mas infelizmente outros grupos virão.

    Voto Lula-Hadadd-Manuela. 

    https://www.youtube.com/watch?v=zpiGalQy_Zc

  6. Perguntas?

    Bonner: A rede Globo e eu achamos que o PT é isto e aquilo e que devia pedir desculpas à população. O Sr poderia responder a esta pergunta?

    Haddad: O que diferencia um governo de outro em relação ao combate à corrupção é…..

    Bonner: Não foi isso o que perguntei

    Haddad: Estou tentando responder a sua afirmação e explicar que fomos os que mais combatemos a corrpção e que corruptos são eventualmente algumas pessoas e não as instituições….

    Renata: O Sr Bonner já está satisfeito com a sua resposta então pode parar…

    1. Não foi isso o que eu perguntei

      Se não é essa a resposta que você quer ouvir, então responda você mesmo.

       

      O Sr. Booner Simpson já está satisfeito com sua resposta, então PÓ parar.

      Entrevistados vão dar entrevistas ou satisfazer a vontade do William Simpson?

      Eu não assisti à entrevista do Haddad mas minha Filha, que assistiu, já tinha me dito que quando o Haddad começava a responder à perguntas os Entrevistadores diziam que não foi aquilo o que eles tinham perguntado. Em outras palavras, eles diziam que não era aquela a resposta que eles queriam ouvir.

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