Ex-Globonews, Sidney Rezende volta para o rádio

Do SRZD

Sidney Rezende: ‘Estou de volta!’
 
Depois de oito anos longe do rádio, o apresentador Sidney Rezende reestreia no veículo que o consagrou. Vem aí mais uma novidade fruto da inesgotável criatividade deste jornalista que é considerado um dos mais inovadores do Brasil.

No próximo dia 4 de maio, os ouvintes têm encontro marcado nas manhãs de segunda a sexta com o âncora no programa “Nacional Brasil”, que será transmitido pela Rádio Nacional, emissora da Empresa Brasil de Comunicação, e grande rede associada.  

O nome foi escolhido pelo próprio apresentador. “‘Nacional’, para valorizar a emissora que completa 80 anos neste ano. E ‘Brasil’, para homenagear nosso país”, explica. O slogan também foi ideia de Rezende: “Respeito à sua forma de pensar”. Nada mais democrático nestes tempos de acirramento ideológico.

“O programa será gerado do Rio de Janeiro [AM 1.130KHz] para São Paulo, Brasília [FM 96,1MHz e AM 980KHz] e região amazônica [AM 11.780KHz, AM 6.180 KHz, AM 670KHz e FM 96,1MHz]. Várias rádios do Brasil inteiro poderão se incorporar”, explica o apresentador, que estará no ar de 7h às 10h.

Sobre seu recomeço na rádio, Rezende explica: “Primeiro estou cumprindo a minha palavra quando disse que retornaria para concluir meu ciclo radiofônico”. Depois de fazer o primeiro programa jornalístico do rádio brasileiro, “Panorama Brasil”, montar a primeira rádio All News do país (CBN) e participar de tantas renovações no veículo mais tradicional do mundo, chegou a vez de Sidney empreender novamente.  Segundo ele, “o desafio de sempre é unir os ouvintes em torno de um cardápio de informação isenta, plural, bem apurada e construtiva adequada ao momento que vive a jovem democracia brasileira”. 

Depois de sua saída da “Globonews”, Sidney Rezende recebeu algumas propostas de trabalho. E o que fez o apresentador escolher a Rádio Nacional? “A possibilidade de construir uma programação de qualidade numa emissora pública. Os ingleses conseguiram ser referência com a sua BBC e passou da hora dos brasileiros mostrarem que são capazes também”.  

O ex-presidente da EBC Américo Martins e a gerente Eliane Fernandes procuraram o jornalista e apresentaram um esboço do que precisavam e formularam o convite para o âncora. A proposta foi recebida com entusiasmo.

O novo diretor-geral da empresa, Pedro Henrique Varoni, abraçou a ideia desde o primeiro minuto que assumiu seu cargo: “A chegada de Sidney Rezende nos 80 anos da Rádio Nacional vem reforçar o compromisso da EBC com o jornalismo plural, capaz de contribuir para o debate da sociedade nesse momento da história do país. Sidney, com sua trajetória e credibilidade, se soma à equipe de radiojornalismo das emissoras da EBC para ser o mediador de novas vozes no debate, dentro dos compromissos de isenção e autonomia da comunicação pública”.

Estrear em uma rádio pública com o clima de instabilidade política no país não é para qualquer um. Para Rezende, “o desafio é realizarmos rápido um modelo que pela competência possa transcender o tempo e continuar sendo gerado independentemente da ideologia dos partidos políticos que estejam no poder. Por isso público e de estado, e não de governo. Mas para que isso de fato se realize, precisaremos contar com a equipe experimentada e competente da Rádio Nacional, segmentos talentosos da EBC e profissionais que incorporaremos ao projeto”. 

Em “Nacional Brasil”, política, economia, cultura, carnaval, esportes e atualidades serão os assuntos abordados. “Teremos comentaristas consagrados e um grupo de repórteres espalhados pelo país. Vamos ter ainda correspondentes no exterior e um boletim da Rádio França Internacional”, explica Sidney. Haverá ainda um personagem principal nos programas: o ouvinte. “No ‘Nacional Brasil’, o ouvinte irá falar, debater, dar opinião, questionar o âncora e entrevistar as personalidades convidadas”.

 

Redação

5 Comentários

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  1. Diversidade de pensamento e de conteúdo

    Vem preencher um enorme vazio. Diferentemente de outras baboseiras que se repetem diariamente nessas rádios excessivamente politizadas e tendenciosas, Sidney Rezende sempre se preocupou com o conteúdo, primando pelo debate democrático e profícuo de vários assuntos do interesse da coletividade. Ganhamos todos.

  2. Projeto antimorto

    Depois das modificações na EBC e na Rádio Nacional, com a demissão do Marco Antônio Monteiro, único jornalista que fazia debates e entrevistas com jornalistas independentes e blogueiros, que desde o início denunciou o golpismo e o nazifascismo que hoje tomou conta do  País, insuflado pelo PIG, fica difícil acreditar que Sidney Rezende, que por tantos anos serviu à rádio que troca notícias, do grupo midiático que é o maior representante do PIG, conseguirá produzir/ancorar um programa jornalístico e de debates numa emissora pública.

    Aliás, a própria EBC e o sistema de radio-teledifusão pública correm risco morrerem de inanição e serem sucateados, se um governo golpista e ilegítimo se instalar e ficar no poder pelos próximos dois anos e meio.

    Essa iniciativa de contratar o Sidey rezende a essa altura dos acontecimentos tem o mesmo efeito da nomeação de Lula para Casa Civil, depois que o golpe já havia sido dado, ou seja: NENHUM.

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