Explicações do Datafolha

Por Vanda

Nassif, o diretor do DATA dando explicações sobre a possível fraude…sentiram incomodados com repercussão nos blogs.

Do Terra Magazine

Segunda, 19 de abril de 2010, 15h03

Diretor do Datafolha nega “fraude” em amostragem de pesquisa

poiadores da candidatura de Dilma Rousseff (PT) à presidência da República vem questionando a pesquisa Datafolha divulgada no final de março, segundo a qual o pré-candidato tucano José Serra liderava a preferência do eleitorado com um vantagem de 9 pontos percentuais (36%) sobre sua adversária (27%).

Em contraposição, levantamento do Instituto Sensus feito no início de abril apontou empate técnico entre os presidenciáveis, com Serra obtendo 32,7% das intenções do voto, ante 32,4% de Dilma.

Neste fim de semana, a polêmica suscitada pela discrepância ganhou novo fôlego na internet. O blog governista Os Amigos do Presidente Lula publicou uma série de posts revelando que a amostragem do levantamento realizado pelo Datafolha em março havia sido alterada em relação à mesma pesquisa realizada no mês anterior.

Segundo o blog, que foi reproduzido à exaustão na rede desde então, a “fraude” teria sido concretizada com o aumento do número de entrevistas no estado de São Paulo – reduto eleitoral de Serra.

“Na pesquisa de fevereiro o instituto fez entrevistas em 18 bairros na cidade de São Paulo”, argumenta o blog. “Na pesquisa de março, o Datafolha elevou a pesquisa para 71 bairros na cidade de São Paulo. Porém, inexplicavelmente, não aumentou o número de bairros nem na cidade do Rio de Janeiro, nem em Belo Horizonte”.

A Terra Magazine, o diretor do Datafolha, Mauro Paulino, nega que tenha havido fraude. E explica a mudança de amostragem efetuada entre um levantamento e outro.

“Sempre que nós colhemos as amostras para ter um resultado também por Estado, há aumento no número de entrevistas”, diz. “Mas isso não significa que o resultado final não seja ponderado para que represente cada Estado”.

Em outras palavras, afirma Paulino, o número de cidades paulistas na pesquisa aumentou devido à pesquisa sobre preferência eleitoral para o governo de São Paulo, feita paralela e simultaneamente ao levantamento presidencial. Quando se pondera a intenção de voto sobre essa nova amostragem, o cálculo é feito de maneira a não alterar o peso populacional específico de um determinado Estado.

“Mesmo que tenha aumentado o número de entrevistas feitas em São Paulo, o peso atribuído a cada uma delas é proporcional ao número de eleitores no Estado de São Paulo”, esclarece. “Só haveria uma distorção se você não ponderasse os resultados de acordo com o peso eleitoral de cada Estado”, completa.

Luis Nassif

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