Jornal GGN – O jornal curitibano Gazeta do Povo resolveu retirar do ar sua ferramenta “Monitor da Doutrinação”. Segundo o jornal, a ferramenta não foi bem recebida por parte de seus leitores, o que levou a uma reflexão. Para a publicação, o que se propunha ali era “receber relatos de doutrinação ideológica nas salas de aula brasileiras”, e que seriam publicizados após ‘rigorasa apuração jornalística’. Não foi bem recebido.
Com a reação contrária, o jornal resolveu parar e refletir ‘se a ferramenta era condizente com o papel da comunicação, a finalidade editorial e a personalidade da Gazeta do Povo’. Segundo a matéria informativa do desfeito, o jornal entendia que isso iria contribuir para ‘um ambiente de debate cordial e construtivo’. Isto é o que entendiam.
Sempre apelando para sua postura cordial, amiga, respeitosa e inspiradora para ‘fortalecer a educação brasileira’, o jornal entendia que assim estaria cumprindo o propósito de ‘dar poder às pessoas para compreender e transformar para melhor o seu ambiente’. E achava que isso estaria indo de encontro à sua vontade de colocar a comunicação a serviço do desenvolvimento.
A Gazeta vai longe. Diz que sempre buscam uma visão mais propositiva. ‘São mais valiosos modelos inspiradores do que a simples denúncia – o que não reduz a relevância e importância da denúncia para a sociedade e o exercício do jornalismo’, insiste.
Assim, após se explicar como jornal que busca a compreensão dos povos, concordam com as críticas recebidas, em parte, e entendem que a ferramenta incitava, isso sim, o clima de denuncismo e perseguição na escola.
E com votos de estima e consideração tiram do ar a triste ferramenta que espalha mais ódio. Termina a nota do jornal? Não, eles ainda acreditam que professores podem, sim, ideologizar suas aulas, porém entendem que esta ferramenta iria criar mais situações de abuso. Porém, sai a ferramenta, entra a função do jornalismo praticado ali, ou seja: “Por outro lado, não concordamos com situações de abuso. Elas existem e têm se tornado muito frequentes, tanto com a manifestação recorrente de opiniões de caráter partidário quanto com a exposição de temas moralmente inadequados. Temos total certeza de que é possível identificar abusos e desvios. Cabe, portanto, ao jornalismo o trabalho de identificar e apurar essas situações.”
Então pedem desculpas se alguém se sentiu atingido. E seguem.
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É o fim da picada. A gestapo
É o fim da picada. A gestapo da imprensa.
Escola sem partido: o maior
Escola sem partido: o maior espantalho ideológico dos últimos anos. Mais até que a “comunização do Brasil” que era a tônica nos anos 60.
Coisas bem próprias – nenhuma escusas quanto a isso – de verdadeiros imbecis. Não resiste a nenhuma prova empírica que ampare a “tese” da generalização. Casos isolados, talvez.
Bem, educação é educação(no sentido formal). Não interessa se ofertada pelo Poder Público ou pela iniciativa privada. Por que, então, o foco só na primeira?
Ora, por que a doutrinação, ou mesmo só o viés (liberal e/ou conservador) que certamente impera nas escolas não públicas, é tolerada? E as ditas escolas confessionais, nas quais a doutrinação religiosa é obrigatória, não seria também uma violência contra os princípios básicos de uma educação que preserve e se dê sob os auspícios de um Estado laico? O ambiente propício para isso é o das igrejas.