Glenn Greenwald: Para qualquer definição de golpe, foi feito no Brasil

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – “Qualquer que seja a definição de ‘golpe’, ela se enquadra no que foi feito no Brasil com relação à presidenta Dilma Rousseff”, disse o jornalista norte-americano Glenn Greenwald, em entrevista exclusiva à CartaCapital.
 
O escritor e também advogado, que ficou conhecido mundialmente após revelar a imensa base de dados de Edward Snowden na Agência Nacional de Segurança (NSA), do governo dos Estados Unidos, e ganhador do prêmio Pulitzer, não teve receio de descrever o processo vivido na política brasileira.
 
“Entendi que o impeachment foi desfechado para impedir a Lava Jato. Mas, em última instância, ele visa a  aniquilar o PT e mudar totalmente os rumos do País, impondo políticas que nunca seriam aceitas pela população, pelo voto”, analisou.
 
O jornalista contou que a decisão de começar a cobrir a política brasileira ocorreu quando viu “o Jornal Nacional fazendo uma leitura do diálogo entre o ex-presidente e Dilma Rousseff como se fosse de novela”. “Tive uma imensa vergonha e pensei que era o limite do suportável”, disse.
 
Para ele, “foi patético” a GloboNews e os grandes veículos nacionais tentarem desqualificar a imprensa internacional que já analisou o processo de impeachment aqui como um golpe. “Mas não conseguiram”, respondeu, elogiando a estratégia da presidente Dilma Rousseff, do ex-presidente Lula e do PT de investir em coletivas de imprensa e contato com os veículos internacionais.
 
Sobre o uso do termo “golpe”, Greenwald admitiu que não usava antes porque provocava o mesmo efeito do uso da palavra “terrorismo”. “Todo mundo usa essa palavra politicamente, não tem um significado específico”, disse. Mas disse que a sua postura mudou com o vazamento dos diálogos entre o ex-presidente da Transpetro, Sergio Machado, com o senador Romero Jucá (PMDB-RR).
 
“Para mim, a gravação de Jucá mudou tudo, porque tive todos os ingredientes necessários para definir um golpe”, disse o jornalista, completando: “Houve o envolvimento de políticos, da Justiça e dos militares, entre outros”. 
 
Segundo Glenn Greenwald, com as gravações, as justificativas para um processo de impeachment ficaram escancaradas: “o motivo não foram as alegadas ‘pedaladas fiscais’. No dia da votação na Câmara, ninguém falou desse motivo”, disse.
 
Leia a entrevista completa do jornalista norte-americano, concedida à CartaCapital:
 
Por Leneide Duarte-Plon e Clarisse Meireles
 

CartaCapital: Através de você, Edward Snowden revelou o escândalo das escutas telefônicas da NSA que mostravam que Dilma Rousseff  e Angela Merkel, entre outras personalidades, foram grampeadas pelos americanos. Como você explica que a presidenta Dilma e o ex-presidente Lula tenham continua­do a usar o telefone para tratar de assuntos tão importantes quanto o da nomeação dele para ministro da Casa Civil?

Glenn Greenwald: Tive uma grande surpresa e Snowden disse algo no Twitter sobre isso, quando as conversas foram divulgadas. Ele ficou decepcionado, quase ofendido, pois sacrificou muito de sua vida para mostrar ao País como a presidente Dilma estava sendo espionada e monitorada.

E sei que, depois das revelações, o governo brasileiro investiu muito para construir métodos de contraespionagem com fotografia, e fizeram muitas reuniões em Brasília para evitar isso. 

O fato de um ex-presidente e uma presidenta estarem tratando de coisas muito sensíveisdentro desse clima num telefone aberto e não encriptado é, para mim, incompreensível. Fiquei chocado. 

CC: Depois de 11 anos vivendo no Brasil e escrevendo sobre geopolítica e política americana, recentemente, com o agravamento da crise no País, você passou a se interessar mais pela política local?

GG: Eu queria viver num país com tranquilidade, sem problemas, sem precisar lutar ou brigar. Quando decidi morar aqui, há 11 anos, não pensava no Brasil como meu país. Agora que moro há tanto tempo, sou casado com um brasileiro, estamos adotando uma criança que vai ser brasileira, amo este país que me deu muitas coisas, e penso que tenho não somente o direito, mas a obrigação de fazer reportagens sobre o que não está sendo feito mas acho necessário fazer.

Este período que estamos vivendo não é normal. É uma crise que está ameaçando a democracia. Existe um risco de que ela seja extinta de novo e não posso ficar sem fazer nada, quando acho que tenho algum poder de ajudar e defender a democracia.

Não ficaria em paz com minha consciência o resto da vida, se não fizesse coisa alguma. Em relação à mídia dominante, talvez eu não percebesse antes o quão extremista ela é. Ela faz propaganda. Isso me choca como jornalista. Quis usar a minha revista e meus meios para lutar contra isso.

CC: O que desencadeou sua decisão de passar a escrever sobre o Brasil?

GG:  Eu vi que a Globo estava incitando os protestos. Mas, por outro lado, eu estava olhando a Lava Jato como algo impressionante, positivo, pois colocava na prisão por corrupção bilionários e políticos poderosos, independentemente do partido ou da ideologia. Isso não acontece nos Estados Unidos, e no Brasil menos ainda.

As pessoas achavam uma coisa fantástica. Comecei a mudar quando o juiz Moro mandou fazer a condução coercitiva de Lula, sem razão, uma vez que o ex-presidente fazia depoimentos voluntários. Ficou claro para mim que o juiz criou uma cena dramática.

Pior ainda, em minha opinião, foi quando Moro divulgou a conversa do ex-presidente com a presidenta. Ele não divulgou apenas grampos de interesse público, mas também conversas para enxovalhar a reputação do ex-presidente.

Mas minha decisão de começar a cobrir a política brasileira foi quando vi o Jornal Nacionalfazendo uma leitura do diálogo entre o ex-presidente e Dilma Rousseff como se fosse de novela. Tive uma imensa vergonha e pensei que era o limite do suportável.

CC: O que é fazer jornalismo honesto?

GG: Numa democracia, o jornalismo tem um propósito: o principal é ser uma força contra facções poderosas, que podem ser os ricos, o governo, a polícia, as grandes empresas. Ser realmente o Quarto Poder. Ele deve ser um poder que vai esclarecer, trazer à luz o que certos grupos estão fazendo às escuras.

Quando o jornalismo está servindo a esta ou aquela facção, para mim é corrupto. Jornalismo que luta contra os poderosos é o jornalismo honesto, fiel a seu propósito de investigar e mostrar a verdade.

CC:  O mito da objetividade é que está em xeque? 

GG: Sim, Dilma fala de golpe, a oposição defende que foi impeachment legal. Quando saem esses artigos muito fortes, criamos espaço para os jornalistas estrangeiros irem mais longe.

CC: A GloboNews tentou desqualificar toda a imprensa internacional, dizendo que os jornalistas estrangeiros não entendiam o processo.

GG: Isso foi patético, mas não conseguiram. E também a Dilma e o PT resolveram adotar uma estratégia forte, organizando coletivas da presidenta e de Lula para a imprensa internacional, e quando Lula fez uma entrevista comigo e não com jornalistas brasileiros. Dilma fez três entrevistas, uma com a CNN, uma com a Telesur e outra comigo. Depois ela fez uma entrevista exclusiva com CartaCapital.  

CC: Na matéria de 23 de maio, sobre a gravação de Romero Jucá, o Intercept diz que vai introduzir definitivamente a palavra golpe. Como foi a repercussão dessa matéria?

GG: Eu, pessoalmente, nunca usava a palavra golpe porque, para mim, era como a palavra “terrorismo”. Todo mundo usa essa palavra politicamente. Não tem um significado específico. Para mim, a gravação de Jucá mudou tudo, porque tive todos os ingredientes necessários para definir um golpe.

Qualquer que seja a definição de “golpe”, ela se enquadra no que foi feito no Brasil com relação à presidenta Dilma Rousseff. Houve envolvimento de políticos, da Justiça e dos militares, entre outros. O motivo não foram as alegadas “pedaladas fiscais”. No dia da votação na Câmara, ninguém falou desse motivo. 

CC: Seria possível a Suprema Corte americana agir tão partidariamente como a brasileira?

GG: Nos Estados Unidos, um juiz da Suprema Corte não pode falar publicamente sobre assuntos que estão em julgamento. A autoridade do Judiciário precisa ser e parecer independente da política.

É impensável ver um juiz encontrando-se com políticos, almoçando com políticos. Para mim, como advogado que sou, esse processo é totalmente corrupto. Que confiança você pode ter num juiz que discute com políticos casos que está julgando?

CC: Ele toma partido…

GG: Sim. Para mim, isso é mais importante do que o envolvimento dos militares. Quando comecei a prestar atenção no debate sobre o impeachment, eu pensava: “Não pode ser golpe, porque está sendo conduzido sob a autoridade de um  tribunal  legítimo”. Para mim era um bom argumento. Perguntei a Dilma e a Lula nas entrevistas que fiz: como pode ser um golpe se é um tribunal legítimo? Mas agora a legitimidade desse tribunal fica totalmente duvidosa.

CC: Como avalia a queda do Brasil no ranking de liberdade de imprensa da respeitada ONG Repórteres Sem Fronteiras? O Brasil ocupava o 58º lugar em 2010 e hoje ocupa o 104º posto? A Reporters Sans Frontières disse literalmente: “O problema dos ‘coronéis midiáticos’, que descrevemos em 2013 no relatório ‘O País dos 30 Berlusconis’, continua intocável”.

GG: O Brasil ficou atrás de El Salvador, Peru e Libéria. Essa organização é muito respeitada no mundo inteiro, porque não se envolve em nenhum debate político nos países, atua apenas como um observador.

A Reporters Sans Frontières disse isso de uma forma clara e absoluta, condenando a mídia brasileira e dizendo que os jornalistas não estão se comportando como profissionais, mas tentando influir na queda da presidenta Dilma.

Outra forma de avaliar a liberdade e o pluralismo da imprensa brasileira foi em relação ao assassinato de jornalistas em cidades pequenas, a concentração de empresas jornalísticas nas mãos de poucas famílias e a conexão com a classe política, tentando forçar a saída de Dilma, o que contradiz a liberdade de imprensa.

A avaliação da RSF foi tão severa com a mídia brasileira que fiquei chocado e surpreso, pois eles em geral não são tão explícitos nos seus julgamentos. Imagino que isso deve ter causado muita vergonha no EstadãoFolhaGloboVeja e IstoÉ.

CC: Mas eles não deram essa notícia. “O que é ruim, a gente esconde”, foi uma frase dita por um ministro que falava sem saber que o microfone estava aberto. Faz algum tempo, mas nada mudou.

GG: Em todos os lugares onde vou falo disso justamente, porque não vejo ninguém falar.Na gravação de Jucá, ele disse que a imprensa estava insistindo na saí­da de Dilma, nitidamente tomando partido. Ele deixou tudo muito claro.

CC: No Brasil, o povo vê o que a mídia quer que ele veja…

GG: Você viu o que o Jornal Nacional fez para noticiar essas gravações? Eles deram 20 segundos no começo, depois 15 outras reportagens sobre zika, o tempo, a Venezuela. Os últimos dez minutos foram para comentar as gravações, mas sem falar do envolvimento dos militares nem a tentativa de impedir a Lava Jato. Disseram que Temer afirmou que “agora tudo está certo”.   

CC: O que falta ao Brasil para ter maior pluralidade na mídia?

GG: Vi críticas ao PT por não ter feito quase nada nesse sentido. Nos EUA, há leis mais leves, aliás, do que na Inglaterra e na França. Se existem instituições fortes e maduras, não há problemas. Havia a TV Brasil, onde o Temer já mudou as regras. Para mim, muito mais promissora é a internet.

Vai mudar tudo. Jovens de menos de 25 anos não veem tevê, não leem jornal. Estão no Facebook, Twitter e leem os jornais estrangeiros na internet. Acho essa opção melhor que leis para regular e controlar.

CC: Na França, por exemplo, o governo subvenciona os jornais para garantir o pluralismo. O governo não quer nem que o jornal comunista L’Humanité desapareça. O pluralismo na imprensa é importante para a democracia francesa. O leque ideológico da imprensa é enorme.

GG: Mas é preciso que haja maturidade política e democracia. Na Argentina, a primeira coisa que Mauricio Macri fez foi mudar a lei de mídia.

CC: De onde você vem? Qual a sua história familiar a explicar seu interesse por política, seu engajamento?

GG: Meu avô me influenciou muito quando eu era criança. Ele foi vereador na nossa cidade, um político que sempre lutou contra as injustiças. Quando me tornei advogado, me especializei em Direito Constitucional e me distanciei da política. Depois do 11 de Setembro, eu morava em Nova York e via as mudanças nos direitos constitucionais irem no mau sentido.

Comecei a voltar os olhos para a política. Mas era advogado. Comecei a ler blogs porque a mídia não cobria de forma inteligente e contestadora o modo como os Estados Unidos se conduziam. Em 2005, decidi criar um  blog para me comunicar com os blogueiros que estava lendo e rapidamente me transformei em jornalista.

CC: Dá para fazer um paralelo entre a falta de crítica da mídia americana no pós 11 de Setembro e a situação dos grandes jornais brasileiros hoje, tão partidarizados?

GG: Sim. Aderiram à invasão do Iraque de forma bastante acrítica. Depois, o New York Times pediu desculpas, mas na época o apoio foi integral, com um discurso muito nacionalista. A imprensa americana sabe que uma grande parte da população presta pouca atenção à política e, por isso, é facilmente manipulável.

Mas mesmo naquela época, quando o jornalismo se tornou horrível e perigoso, havia espaço no New York Times Washington Post, às vezes na tevê, para argumentações contra a invasão do Iraque, desafiando crenças da maioria dos que apoiavam a guerra. Aqui no Brasil, no Globo, por exemplo, não há quase nada que conteste o impeachment. Esse pensamento único me dá medo, pois é algo muito perigoso.           

CC: Você se considera uma pessoa de esquerda?  

GG: Existe esse debate: ele é de esquerda, libertário, independente, muitas pessoas tentam me colocar numa caixa. Não gosto, porque acho que é uma forma de as pessoas começarem a ignorar seus argumentos. Tenho opiniões, claro, e há assuntos em que acho que estou à esquerda, mas em outros não. Tento evitar pensar me posicionando dessa forma.

CC: Como analisa a entrega do pré-sal brasileiro às multinacionais nesse contexto? 

GG: O representante do governo interino já estava em Nova York na semana passada para encontrar grupos de Wall Street. Já se deixou claro que a intenção é privatizar muitas coisas, inclusive parte da Petrobras. Sempre que vimos acelerar esse tipo de privatização em diversos países, os processos foram recheados pela corrupção.

José Serra, atual ministro das Relações Exteriores, afirmou que a política externa agora pretende dar menos importância aos tratados internacionais e multilaterais e privilegiar relações baratas, além de estreitar relações com os EUA.

Numa entrevista recente, um repórter fez uma pergunta sobre a espionagem dos EUA ao Brasil, citando a NSA, e ele perguntou: “O que é NSA?” Revelou que o objetivo de sua política é reforçar o relacionamento com os EUA.

CC: O golpe de 1964 deu-se com a cumplicidade e a ajuda de Washington. No dia seguinte à votação do impeachment na Câmara, o candidato a vice na chapa de Aécio Neves, senador Aloysio Nunes Ferreira, foi aos EUA, onde se encontrou com autoridades do Departamento de Estado. Qual o papel dos EUA no atual golpe?

GG: Não há evidências de que os EUA estejam envolvidos no processo do impeach­ment. Não que eu saiba. Mas isso não diz muito. Qualquer envolvimento americano seria discreto. Creio que a direita brasileira não conduziria esse processo sem a aprovação dos EUA.

E também está claro que os EUA têm preferência por governos à direita na América Latina, porque são mais abertos ao capital internacional, enquanto a esquerda reforçou iniciativas como o Mercosul e os BRICS. Não sei que tipo de apoio estão dando, se estão planejando e encorajando, mas certamente demonstram aprovação.

CC: O que aconteceria a um juiz americano se tomasse posições claramente partidárias, participasse de eventos de organizações ligadas a partidos ou de órgaos da imprensa, como faz, por exemplo, o juiz Sergio Moro?

GG: Nos EUA, isso seria impensável. O Poder Judiciário aqui é muito forte. Um juiz pode grampear conversas, mandar alguém para a prisão, manter alguém numa cela por 20 anos. É um poder extremo. Para aceitarmos esse poder, é preciso manter muito claros os limites não só das leis, mas das instituições.

O Judiciá­rio precisa estar acima de personalidades, exercer suas funções com objetividade e isenção. Moro virou um herói coberto de elogios. Acho que isso o está afetando muito. Nos EUA, esse protagonismo de um juiz jamais seria permitido. 

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

13 Comentários

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      1. Estados Unidos do Brasil

        Para quem acha que o nome do nosso país é República dos Estados Unidos do Brasil, creio que ele foi sincero. O problema talvez é que ele trabalhe tão obstinadamente para entregar o Pré-Sal na bandeja para as petroleiras norte-americanas, que não tem tempo de decorar síglas. Tem um porém: mesmo com todo o seu belo histórico, respeitarei o Serra no dia em que ele explicar toda a parafernália de documentos apresentados pelo Amauri no livro “A Privataria Tucana”. Desde que seja uma explicação convincente. Estou sentado, aguardando.

  1. Leio as reportagens dele no

    Leio as reportagens dele no THE INTERCEPT.
    Essa discussão se é golpe ou não, jamais teria chegado a esse nível internacional se não fosse por ele. Com certeza Glenn Greenwald escreveu o seu nome nos livros de HISTÒRIA.

    Parabéns e OBRIGADA por nos ajudar!!!

  2. “A avaliação da RSF foi tão

    “A avaliação da RSF foi tão severa com a mídia brasileira que fiquei chocado e surpreso, pois eles em geral não são tão explícitos nos seus julgamentos. Imagino que isso deve ter causado muita vergonha no Estadão, Folha, Globo, Veja e IstoÉ.”

    Glennwald, pode ter a certeza de que não causou nenhuma vergonha. Sem vergonhas não sentem vergonha.

  3. Um dia chegaremos lá
    Quando se poderia imaginar que fosse preciso um JORNALISTA estrangeiro para desmoralizar – com fatos e verdades – toda a farsa praticada por soldadinhos bem pagos da velha e carcomida imprensa brasileira?
    Justiça seja feita aos bravos e resistentes JORNALISTAS como Luís Nassif que têm contribuído enormemente para difundir a verdade dos fatos do mesmo modo como Greenwald.
    Quem acompanha o GGN, por exemplo, não se surpreende com as conclusões de Greenwald.

  4. “José Serra, atual ministro

    José Serra, atual ministro das Relações Exteriores, afirmou que a política externa agora pretende dar menos importância aos tratados internacionais e multilaterais e privilegiar relações baratas, além de estreitar relações com os EUA.”

    Até as pedrs sabem que o José Serra é um preposto dos EUA infiltrado na América do Sul.

    Quem poderia explicar como é que um sujeito tido como de esquerda foi preso no Estádio nacional por ocasião do golpe no Chile, perpetrado pelo Pinochet sob orientação dos EUA, junto com milhares de outros presos, muitos dos quais nunca mais foram vistos. Este sujeito, José Serra é retirado do estádio e levado para os EUA, um estado que caçava comunistas.

    Não passava de um dedo duro infiltrado para entregar os esquerdistas chilenos. Provavelmente fez o mesmo papel aqui no golpe de 1964. Agora, 52 anos depois, é colocado pelos golpistas, sob mando dos EUA, como ministro das relações exteriores para destruir toda a geopolítica contruída em 13 anos de governos petistas e acabar com o pouco protagonismo internacional conseguido pelo Brasil neste período.

    Não passa de um GRANDE MERDA.

     

  5. Juizes e juízes

    O Dr. Moro do Brasil é mega star que recebe diversas honrarias da direita: tem uma quando ele recebe um prêmio das mãos do RMarinho da Globo e, em outro evento, em que ele foi honrosamente convidado para falar (e aclamado) pela plateia dos 1% mais ricos do Brasil, em São Paulo, na campanha de prefeito do Jorge Doria do PSDB jundo de Alckmin. Tem outra ministra do TST em igual situação. Fotos não mentem. O que fazer com esse comprtamento de membros do judciário. A lei brasileira também não permite nada disso. Existe o instituto da suspeição do juiz – mas parece ser letra morta – somente em casos determinados.  E o tal Gilmar mendes nem fala nada, qualquer frase dele o compromete e empobrece o judiciário. Como o brasil vai ficar a mercê de um judiciário desse nível?

  6. Esse yankezinho é muito bom

    Ele deveria usar todo seu know-how para tentar explicar aos funcionários da Caixa, ativos e aposentados, porque eles estarão a apartir deste mes tendo descontos em seus salários para repor o rombo da FUNCEF.

    Ou então, aos funcionários dos Correios porque seu salário está em risco.

    Ou ainda, para os petroleiros porque eles terão que aderir a um PDV, por bem ou por mal.

    Depois ele poderia voltar a falar em “golpe”.

    Jornalista yankee sem credibilidade por lá dando lição de moral por aqui. Nunca fomos tão medíocres.

    1. Ele deveria também tentar

      Ele deveria também tentar explicar o maior estelionato eleitoral praticado no Brasil, pela Dilma, após a era FHC, maquiando as contas públicas e ludibriando 54 milhões de eleitores.

  7. Realismo

    Passado todo esse movimento de avanço opinativo importante que vem arregimentando e pessoas, e instituições nacionais  e internacionais a tese do golpe pode prosperar de duas formas.Numa, admitindo-se que haja  o efetivo e definitivo afastamento de Dilma Roussef do governo em nada mudará as relações internacionais com os países do hemisfério norte,mesmo  incluindo a poderosa Rússia(onde supostamente  não existe tal vocábulo no idioma deles). Só valerá a verdade e os fatos que justifique tal  definição(golpe) deste momento tumultuado , para os futuros livros didáticos e nada mais. Quantos aos países latinos americanos , eles supostamente nos qualificarão como mais um país bananeiro.Na outra forma continuando Dilma no governo , nem os livros escolares irão registrar o golpe que não aconteceu.

     

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