Wilson Ferreira
Wilson Roberto Vieira Ferreira - Mestre em Comunição Contemporânea (Análises em Imagem e Som) pela Universidade Anhembi Morumbi.Doutorando em Meios e Processos Audiovisuais na ECA/USP. Jornalista e professor na Universidade Anhembi Morumbi nas áreas de Estudos da Semiótica e Comunicação Visual. Pesquisador e escritor, autor de verbetes no "Dicionário de Comunicação" pela editora Paulus, e dos livros "O Caos Semiótico" e "Cinegnose" pela Editora Livrus.
[email protected]

Globo tenta abafar barulho de seu silêncio na greve geral, por Wilson Ferreira

A Globo, acompanhada do restante da mídia corporativa, ressente-se de um cada vez mais grave processo de negação da realidade. Os sintomas são cada vez mais agudos, como demonstrou o silêncio dos últimos dias sobre a articulação da greve geral pelas centrais sindicais e movimentos sociais. Um silêncio bem barulhento, pois revelou a sua autoconsciência do poder de duas armas semióticas que sempre dispara em contextos de desestabilização política: a “profecia autorrealizável” e o “efeito copycat”. O constrangimento e “saia justa” dos apresentadores nas primeiras horas da manhã de sexta-feira também revelou uma aposta: “as nossas armas semióticas são tão poderosas que, se ficarmos em silêncio, nada vai acontecer! Mas a negação tautista da mídia corporativa descobriu da pior forma possível que existe vida lá fora, no deserto do real.

Como de hábito esse humilde blogueiro enfrenta a perigosa missão de entrar em contato com o material altamente tóxico e volátil emitido diariamente pela mídia corporativa, em particular com as bombas semióticas disparadas pela vetusta TV Globo. 

Como acompanhamos nos últimos tempos, uma emissora cada vez mais fechada em si mesma e alheia a transformações ao redor, inebriada com o seu poder de impor agendas, transformar interinos em presidentes e turbinar o narcisismo de policiais federais, juízes do STF e forças tarefas de moralização – chamamos isso de “tautismo” (tautologia + autismo), a doença dos sistemas que se fecharam em si mesmos – sobre esse conceito clique aqui.

Mas ontem, dia 28, foi no mínimo divertido acompanhar a verdadeira saia justa a que se submeteram os apresentadores de telejornais da grande mídia nas primeiras horas da manhã. Todos pareciam ser pegos de surpresa: terminais de ônibus vazios? Pneus queimando nas estradas? Trens e metrôs parados? O que está acontecendo?

Enquanto a Band mantinha o tom monocórdico que sustenta até agora (o “desafio” dos trabalhadores em chegar ao trabalho numa greve que só atrapalha), na Globo os momentos mais impagáveis ficaram com a dupla Rodrigo Bocardi e Gloria Vanique. Enquanto a apresentadora se agarrava na pièce de resistance do aeroporto de Congonhas que mantinha a normalidade dos pousos e decolagens, Bocardi tentava minimizar as imagens de incêndios e barricadas em ruas e estradas: “Não é uma greve geral! São apenas ALGUNS sindicatos… quer dizer, muitos…”, titubiava.

Bocardi: “sexta-feira amanheceu um dia diferente”

O termo “greve geral” era evitado. Falava-se em “manifestações”, “sindicatos” e “greve nos transportes”. A Globo ainda apostava no esvaziamento da greve geral. Só mais tarde, quando perceberam a intensidade das mobilizações e o alcance nacional, não teve jeito e começaram a anunciar a temida expressão “greve geral”.

O fato é que durante toda a semana simplesmente ignoraram o tema. Nenhuma notícia sobre a convocação da greve pelas centrais sindicais em protesto contra as reformas trabalhistas e previdenciárias impostas pelo governo do desinterino Temer.

Apesar do movimento ter alcance nacional, nem sob o ângulo da prestação de serviços para os telespectadores a grande mídia tratou o tema: haverá transportes na sexta-feira? Como ficarão os serviços públicos? Como sairei de casa? 

Profecia Autorrealizável e a linguagem performática 

Um silêncio “barulhento” porque repleto de significados: em primeiro lugar revela a parcialidade e partidarismo da mídia corporativa que insiste em fingir ser a vestal da ética e da imparcialidade jornalística.

E segundo, porque revela a autoconsciência do poder de duas armas semióticas que a própria Globo utilizou nos últimos anos para a desestabilização política e econômica que culminou no golpe: a profecia autorrealizável e o efeito copycat.  

A mídia corporativa (e principalmente a TV Globo pelo monopólio da audiência) sabe que numa sociedade midiatizada a informação é muito mais do que um simples meio de transmissão de conteúdos – . A linguagem não apenas representa, mas também transforma-se em ação, performatiza, faz coisas serem realizadas.

Por exemplo, o leitor deve lembrar da famosa sequência do filme Matrix quando Neo (Keanu Reeves) vai visitar o Oráculo e recebe uma advertência: “cuidado com o vaso”. “Que vaso?”, pergunta surpreso Neo, virando-se e esbarrando no vaso que cai para se quebrar no chão. O Oráculo não sabia que Neo quebraria o vaso. Mas foi sua advertência que fez a queda do vaso acontecer. Em outras palavras, o Oráculo não representou o futuro – fez o futuro acontecer através da função performativa da linguagem.

Como autores como Wittgenstein e Austin apontavam, a pragmática antecede a semântica. Antes do signo representar ele pede uma ação – leia WITTGENSTEIN, Ludwig. Investigações Filosóficas, Vozes e AUSTIN, J. Quando Dizer é Fazer, Artes Médicas, 1990.

A grande mídia nos últimos quatro anos bateu diariamente, manhã tarde e noite, o bumbo de uma suposta crise econômica descontrolada: desemprego, inflação, dívida pública, apagões etc. Se até 2012 o País tinha um “crescimento econômico invejável” e “decolava” com a entrada nos BRICS, como observava a revista The Economist, repentinamente tudo mudou como se tivesse virado um disco de vinil para o lado B. Da euforia para a catástrofe de uma hora para outra.

De tanto repercutir essa agenda, um dos quesitos essenciais para a consumação do golpe político, os agentes econômicos parecem que acreditaram e a crise autorrealizou-se – contando ainda com o auxílio luxuoso da Lava Jato que destruiu a cadeia produtiva do óleo, gás, setor naval e construções gerando de uma hora para outra 600 mil desempregados. 

Portanto, a grande mídia sabe que noticiar a articulação da greve geral pelos sindicatos e movimentos sociais poderia criar o efeito recursivo ou autorrealizável. Foi nesse silêncio que a TV Globo apostou. De forma alucinadamente tautista, as salas de guerra dos aquários de redação da Globo imaginaram: se ficarmos em silêncio, nada vai acontecer!

Mas a negação tautista da mídia corporativa descobriu da pior forma possível que existe vida lá fora, no deserto do real.

O efeito de imitação

Também Globo e a grande mídia que a acompanha sabem que, além do efeito autorrealizável das notícias, há também o chamado “efeito copycat”. Um efeito residual de imitação que acompanha a personificação das notícias – ou um tipo de jornalismo que procura “personagens” ao invés dos fatos.

>>>>>Continue lendo no Cinegnose>>>>>>>

Wilson Ferreira

Wilson Roberto Vieira Ferreira - Mestre em Comunição Contemporânea (Análises em Imagem e Som) pela Universidade Anhembi Morumbi.Doutorando em Meios e Processos Audiovisuais na ECA/USP. Jornalista e professor na Universidade Anhembi Morumbi nas áreas de Estudos da Semiótica e Comunicação Visual. Pesquisador e escritor, autor de verbetes no "Dicionário de Comunicação" pela editora Paulus, e dos livros "O Caos Semiótico" e "Cinegnose" pela Editora Livrus.

26 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Ao noticiar a greve geral da

    Ao noticiar a greve geral da última sexta-feira, que mobilizou pelo menos 35 milhões de brasileiros, a imprensa internacional mostrou aquilo que a mídia oligárquica brasileira tentou a todo custo esconder: a insatisfação enorme contra as reformas de Michel Temer e o momento histórico representado pela greve geral. 
    Um dos mais conceituados jornais do mundo, o New York Times, dos Estados Unidos, disse que a greve foi contra o “governo escandaloso de Michel Temer”.
    Na França, o Le Monde classificou a paralisação como “histórica” e publicou um dossiê e filme batizado de “Au Brésil, le grand bond en arrière, que significa: “Brasil: O grande Salto para Trás”.
    A BBC, rede britânica de informação, destacou que esta foi a “primeira greve geral duas décadas”.
    Enquanto isso, comprometida com o governo que ajudou a colocar no poder, a grande mídia brasileira tentou resumir os movimentos a uma baderna sindical, escondendo a real dimensão da insatisfação com as reformas e com o atual inquilino do Planalto, aprovado por apenas 4% dos brasileiros. 
    O contraste é visível:
    O Globo: “Temer lamenta bloqueios e reafirma que fará as reformas”
    Estadão: “Manifestação contra reformas afeta as grandes cidades e termina em violência”
    Folha de São Paulo: “Greve atinge transportes e escolas em dia de confronto”

    (DO 247)

    1. sound of white noise …

      … Para uma cobertura que não houve por parte da imprensa, a imprensa internacional buscou certamente informações da imprensa alternativa, a imprensa tradicional devem estar sendo nocauteada pela imprensa internacional, provavelmente ela não será mais referências a imprensa internacional, o que leva a perda de sua imagem no exterior e fortalecimento da imprensa alternativa.

  2. A solução é boicotar!

    Bater na Globo dizendo que ela é isso ou aquilo não resolve. Que tal uma campanha nas redes sociais para em determinado horário todos combinem sintonizar um determinado canal ou que todos desliguem as TV’s, derrubando a audiência da poderosa e dando um grande não a sua ação manipuladora?

  3. Grupo bandeirantes

    Não tem como nos surpreendermos com a Globo. Pelo seu histórico conservador e elitista já sabemos a quem serve. Decepcionante mesmo é o grupo Bandeirantes que há um bom tempo segue a mesma linha da plim plim, se não estiver pior.

    Vi hoje na Bandnews uma matéria sobre as manifestações e estava simplesmente vergonhoso. Nem na Globonews a coisa está tão escancaradamente parcial e alinhada com o governo. A matéria  só mostrou imagens de vandalismo,  entrevistas com moradores criticando os manifestantes, entrevistas com um deputado governista e também com o Min. da Justiça Osmar Seraglio (Com este, duas vezes). Em nenhum momento o contraditório foi exposto, a relação dos apoiadores da greve e por qual motivo ou uma entrevista com algum defensor do movimento. Nada! Um lixo de reportagem. A Globo disfarça melhor.

    Os indignados comentários do Boechat no Jornal da Band e rádio Bandnews FM também não existem quando o assunto é Temer.

    A Bandeirantes ainda mantinha um sopro de Jornalismo há alguns anos. Não existe mais. Juntou-se de vez com os demais grupos de comunicação, comprometidos com o lucro, a manutenção e defesa ferenha do Deus mercado.

     

    1. Descaramento

      Também notei o descaramento da Bandeirantes. De dar nojo. É certo que conseguem enganar uma parcela da população com essa parcialidade e partidarismo grotescos, mas a que custo? 

  4. Wilson faz um grande trabalho

    Wilson faz um grande trabalho ao revelar, didaticamente, os métodos utilizados pela mídia nazi-fascista no sentido de controlar as informações e a própria realidade. O Grande Irmão estende suas garras além da ficção. 

  5. Minha diarista, também

    Minha diarista, também empregada em outra residência, que precisa chegar em Natal de uma cidade distante e muito cedinho, ficou sabendo da greve por mim. Como ela, não-usuária da Internet, milhares d brasileiros se depararam com a falta de condução, daí a imprensa, que jamais informaria nada a respeito das greves, tomou-se de mimimi com peninha dos “pobres trabalhadores”. 

    Aos poucos, conversando com taxistas, e uberistas, e empregadas domésticas, faço minha parte, mostrando a todos o mal que faz a todos nós essa imprensa desinformativa. Minha diarista já começa a ter raiva da Globo também, e diz com todo vigor que se Lula se candidatar vota nele.

  6. Na BandFM as gargalhadas
    Na BandFM as gargalhadas forçadas do Boechat já não animam tanto quanto suas opiniões “especializadas”. O sujeito se arisca a comentar sobre tudo, desde o penico à bomba atômica.
    Ontem se superou. Resolveu entrar nas mentes das pessoas e opinar sobre o que elas estavam achando da Greve Geral – ele também foi orientado a não pronunciar “Greve Geral”.
    Uma coisa ridícula. Opinar sobre os fatos do dia a partir do que ele imaginava que as pessoas estavam achando. Tudo com ar professoral.
    Jornalismo que é bom…

    1. Na BandFM as gargalhadas

      Embora pose de jornalista independente e aparenta um discurso crítico elevado (seletivo diga-se de passagem) o âncora da band é apenas o genérico careca do ancora da matriz golpista. Um é o seis o outro o meia-dúzia.

  7. Maktub então…

    um dos pontos altos da greve foi ter mostrado ou confirmado que mesmo quando funciona rotineiramente toda cobertura da Globo sai de uma cornucópia de distorções…………………………………………………….

    Globo nunca deixará de ser vítima dela mesma justamente por isso, Maktub,

    ou por ter sido gerada ou criada de uma realidade distorcida

  8. QUANDO A INJUSTIÇA SE TORNA LEI… A REBELIÃO TORNA-SE UM DEVER”.

    QUANDO A INJUSTIÇA SE TORNA LEI… A REBELIÃO TORNA-SE UM DEVER”.

    QUANDO A INJUSTIÇA SE TORNA LEI… A REBELIÃO TORNA-SE UM DEVER”.

     

    A HORA É : POVO NAS RUAS.

     

    O ESTADO MODERNO É SIMPLESMENTE UMA INSTITUIÇÃO CRIMINOSA

    “QUE DEU “CERTO”.

              A prova inequivoca da veracidade desse pensamento é o desfecho do golpe institucional, sofrido por um governo legítimo e democrático, referendado pela justiça cega, parlamento corrupto e pela mídia aristocrática. A quadrilha do Jaburu, tomou o pais de assalto, em um golpe sorrateiro com o apoio das instituições criminalizadas e da imprensa aristocrática tradicionalmente golpista. Desrespeitou-se a opção referendada nas urnas por  54 milhões cidadãos brasileiros, que votaram  em um projeto de governo e foram subestimados pela iniciativa de 360 deputados 61 senadores, majoritorialmente investigados e denunciados em atos generalizados de corrupção.

             Equivocaram-se, acreditaram na ingênua possibilidade da renúncia da Presidente eleita Dilma. Historicamente mal acostumados, quebraram a cara. Esqueceram que a dona é que nem vara verde, enverga mas não quebra. Grande exemplo de liderança feminina a ser  seguida, incondicionalmente, por todos nós.

              Cabe aqui salientar que, aqui no nosso Brasil, golpe institucional é meramente uma trágica tradição. Com 500 anos de existência, 120 anos de independencia enquanto pais, nossa República da Bananada, nossa adolescente democracia, tem apenas 50 anos, sendo porem, constantemente interrompida por sucessivos golpes institucional de estado. Tais fatos, possivelmente nòs ajude a compreender o motivo, pelo qual, sejamos de fato uma economia pujante, (9º maior PIB), ao passo de determos o vergonhoso Índice de desenvolvimento Humano (62o IDH), do nosso planeta. Em se tratando da América Latina ficamos em situação conforavel somente quando comparado à Venezuela.

              Mas por que devemos nòs permitir ser governado pela Quadrilha do Jaburu, por um governo ilegítimo, cujo vice- presidente, sem aprovação popular, rotineiramente se esconde do povo, se borra com poucas vaias ?. Por que acreditar na capacidade técnica e política de um governo usurpador, formado por um ministério com 13 nótaveis ministros denunciados em inquéritos da Lava Jato ?. Por que permitir que a conta da robalheira patrocinado por esses “notáveis” corruptos recaiam sobre o bolso do humilde trabalhador??.

              Dificil entender  como o cidadão brasileiro é capaz de matar  par subtrair um simples aparelho  celular do seu próximo, é capaz de se armar-se  até os dentes para traficar drogras, mas é incapaz de armar-se politicamente par defender-se de um ESTADO CRIMINOSO DE DIREITO. Tomaram o Brasil de assalto e agora já não sabem exatemente o que fazer. A a economia se disolve, a sociedade se marginaliza. O jogo de improviso é a regra. A ordem por hora é o caus notavelmente estabelecido.

              Mas o barulho dos indignados e mais forte que o silêncio dos omissos. Em respeito e reconhecimento a todos aqueles que deram suas vidas pela DEMOCRACIA, à dor dos familiares, que não tiveram a oportunidade de enterrar os corpos  dos seus filhos, vitimados pelo GOLPE MILITAR, mas sobretudo por um compromisso maior, por um futuro mais digno para os nossos filhos, devemos sim fechar esse trágico livro e escrever uma nova história. Os novos versos a serem escritos propõem ao povo ocuparem as ruas, em forma de manifestações, sem pedir licença e autorização a nenhuma instituição criminosa que representa o aparelho de segurança desse estado criminoso. Afinal de contas é um direito absolutamente constitucional e como tal, está a disposição para ser exercido por todo e quaisquer cidadão plenamente consciente.

              Caso a aventura evolua para a segunda fase do golpe jurídico-parlamentar e este venha a se concretizar, tornando o Presedente Lula um preso político, esse seguramente será tratado como heroi. A partir desse momento o AI-5, sob uma nova configuração do golpe institucional jurídico-parlamentar estará instaurado. Sendo assim esgota-se toda possibilidade a discursão pela vias políticas, dando assim margens para que todo tipo de revolta e indginação oculpem os espaços públicos e privados. Novas formas de instrumentação e intervenção política, aconvencionais seguramente surgirão e serão aplicadas, seguindo a receita das medidas amplamente adotadas e aplicadas pela resistência ao golpe militar instaurado no nosso pais, em passado recente.

              Quanto a repressão, não devemos nos preocupar, a história da humanidade resume-se aos conflitos de classes sociais. Fazer oposição política a um governo ilegítimo, usurpador, como todos sabem, é uma tarefa bem mais fácil do que governar. As eventuais sequelas provocadas pela máquina estatal de repressão, a despeito das que já veem sendo utilizadas, ficarão mais uma vez registradas nos autos da história da Republica da Bananada e dessa forma deverão ser objeto de preocupação daqueles que as praticam. Que o Estado Criminoso recorra a todas elas. O tempo e a história lhes darão a avaliação e as credencias necessárias.

    “Quando a injustiça se torna lei… a rebelião torna-se um dever”.

     

    NÃO DEVER, NÃO TEMER!!!.

    Abraços, a todos que se permitem indignar-se

  9. A Globo optou por tirar o sofá da sala

    Em vez de noticiar o fato que todo mundo não sõ viu mas que foi agente, a globo optou por tirar o sofá da salá e a televisão também.

    É como se a Globo fosse uma Marciana recém chegada na Terra. Vai ver que ela achava que tudo o que se passava era normal. Vai ver que ela deve ter noticiado que hoje foi um dia anormal no Planeta Terra

  10. Depois do silêncio, virá o riso, depois deste, a violência

    “Primeiro eles te ignoram, depois riem de você, depois brigam, e então você vence.” Gandhi

    Depois do silêncio vem o riso, depois do riso vem a violência, depois da violência vem o triunfo daqueles que não têm nada a perder, a não ser seus grilhões, que, ao contrário, têm um mundo novo a ganhar.

    Proletários de todos os países, uní-vos.

  11. No estado em que moro, a imprensa só mostrou pneus queimando

    Eu me perguntei: houve greve porque queimaram pneus ou queimaram pneus porque houve greve?

  12. State of denial

    State of denial has several uses including: a phrase used to describe someone who refuses to accept the truth.

    Globo está em estado de negação

  13. É como estratégia de guerra

    Muito semelhante à invasão do Afeganistão pelos EUA após 11 de Setembro. O porta voz do Talebã dizia que estava tudo bem, tudo sob controle, até que teve que sair correndo quando não tinha mais jeito. Como muitos disseram aqui, é tudo combinado e orquestrado. Mas nem sempre dá certo….

     

    O interessante é ver a referida empresa mostrando que ou não tem competência para exercer sua atividade fim, que é a de manter a população informada, uma vez que é detentora de uma concessão pública, ou faz uso de uma concessão pública deliberadamente para fins particulares. De uma forma ou de outra, deveria perder a concessão.

  14. Globo tenta abafar barulho de seu silêncio na greve geral

    a linguagem no âmago da questão política. qual a linguagem desta luta contra o golpe? quais os signos que brotam desta ação? qual o futuro que estamos fazendo acontecer?

    um coletivo pré-bárbaro e pós-civilizado se levanta em todo o Brasil, libertando-o das amarras de um obsoleta semântica política. este é o thriller semiótico-linguístico que vivemos no deserto do real.

    o texto somos nós.

    ->o Oráculo não representou o futuro – fez o futuro acontecer através da função performativa da linguagem.

    ->a pragmática antecede a semântica. Antes do signo representar ele pede uma ação

    ->a Globo tenta exorcizar as “hordas bárbaras” que avançam do deserto do real. Porém, dessa vez todo aparato metalinguístico não será suficiente para abafar o barulho do seu silêncio.   

    Em “A Chegada” o homem está incomunicável no Universo

    ->A Chegada é um thriller semiótico-linguístico.

    ->ao tentarmos imergir na linguagem de uma nova civilização vindo do outro lado da galáxia, teríamos que nos libertar das amarras da nossa própria linguagem. Descobriríamos que a maneira como percebemos passado, presente e futuro é condicionado pela nossa própria gramática, sintaxe e semântica.

    ->A linguagem não é apenas uma ferramenta que dá nome às coisas. Ela altera a maneira como percebemos a realidade. Ou aquilo que chamamos por “realidade”.

    ->se um dia alguma forma de vida “inteligente” de outro planeta vier nos visitar, sua forma de “comunicação” será inteiramente outra. Descobriríamos arduamente que as noções de “inteligência” (como “intencionalidade”) e “comunicação” (como “representação”) são tão relativas que certamente implodiriam o nosso antropocentrismo.

    quando trocamos mensagens na web, seja numa área de comentários ou via Facebook, para quem escrevemos? qual nosso interlocutor? há de fato algum diálogo? ou estamos inexoravelmente sozinhos dentro de uma bolha virtual?

    será que nós todos ao invés de retrucarmos uns aos outros, estamos apenas num monólogo do qual o Big Data é o único ouvinte? mas sempre mudo, sem deixar de coletar e arquivar tudo.

    sendo assim, como toda esta troca de mensagens (como esta que aqui e agora temos) fica armazenada em terabytes de terabytes, podendo a qualquer momento ser recuperada, e portanto ressignificada, isto implica numa linha do tempo bidirecional?

    ou seja: será que estamos dialogando com algo que ainda não existe? ah! a “singularidade científica”? não, não exatamente. ou seria algo como a “inteligência coletiva”? talvez…

    pode ser que estejamos construindo uma chave para uma porta que ainda não existe. algo que só depois iremos compreender.

    déjà-vu.

    .

  15. Globo – batalha estratégica

    Os democratas estão se organizando em torno de um programa básico a fim de reconstruir o Estado Democrático de Direito.

    Penso  que há uma batalha estratégica fundamental para os democratas: destruir o poder político da Globo.

    Lula já afirmou que deseja derrotar o candidato da Globo. É pouco ! Tem que derrotar o poder da Globo.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador