Foto: Divulgação
Jornal GGN – O Grupo Abril anunciou nesta quarta-feira (15) que entrou com um pedido de recuperação judicial, justificando-se pelo impacto dos meios digitais no mercado de comunicação e pela profunda crise econômica no Brasil. No anúncio, a editora que está perto de completar 70 anos desde que foi fundada afirmou precisar submeter à recuperação R$ 1,6 bilhão a ser negociado com seus credores.
“A medida, prevista em lei, serve para que a empresa possa buscar um novo equilíbrio de suas contas, afetadas nos últimos anos por uma combinação de duas forças negativas”, informou, em nota, a Exame, uma das revistas do grupo.
“Uma delas é a ruptura tecnológica que atinge mundialmente as atividades de comunicação – incluindo o jornalismo e a publicidade. A outra diz respeito aos impactos da profunda crise no Brasil, cuja marca mais evidente foi uma queda acumulada de 10% no produto interno bruto per capita, causando a perda de milhões de empregos e dificuldades para inúmeras empresas”, explicou.
Entretanto, a reestruturação da empresa vem sendo feita há mais de um ano. Em outubro de 2017, por exemplo, a Legasi (antiga 44 Capital) iniciou diversos cortes para reduzir o endividamento do grupo, que atingia no ano passado R$ 330 milhçoes, de acordo com relatório da PriceWaterhouseCoopers.
Com troca do comando da Abril, nas mãos de Marcos Haaland, executivo da A&M, o grupo já havia demitido cerca de 800 funcionários e fechado a produção de parte das revistas e sites.
“Do total de investimentos em publicidade das grandes empresas em 2010, uma fatia de 8,4% era dirigida para revistas. Essa participação caiu para 3% em 2017. A circulação de revistas, no mesmo período, baixou de 444 milhões de exemplares por ano para 217 milhões”, anunciou.
O pedido de recuperação judicial foi ingressado hoje na Justiça e ainda precisa ser analisado por um juiz para definir um plano de recuperação, que será apresentado pelos credores da editora em até 60 dias.
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A escolha de Sofia
Devo desejar a recuperação da empresa e a manutenção dos empregos ou torcer pela falência da Abril por razões ideológicas? Ela tem 9 mil funcionarios. Temos desemprego de 13,5 milhões. Aumenta um nadica de nada.
o mal que causaram foi maior, não tem perdão.
não precisa ter dó, eles não tiveram nenhuma.
Imagino que você esteja
Imagino que você esteja brincando ou perdendo a lucidez (espero sinceramente que seja a primeira hipótese). Por esse raciocínio, dá para defender insânias como “vitórias rápidas” dos EUA em invasões e sucesso financeiro para a Globo.
NEGOCIATA DOS LIVROS DIDÁTICOS E ASSINATURAS
Essa Editora não estava envolvida na venda de livros didáticos e assinaturas de revistas para vários Governos?
NEGOCIATA FEITA ENTRE ‘HONESTOS’
Este crime produzido entre Livro Didáticos e Assinaturas foi rpoduzido em Governos Redemocratas. Lembram? Os tais “Honetos”. Que fariam Política de outra forma. Que não eram e ainda combateriam as tais Elites. Os AntiCapitalistas. Para quem Política nunca poderia ser Profissão. E deveria haver um revezamento entre os mandatário do Poder. E vocês cairam feito patinhos. Patinho ou Mortadela? Pato Amarelo? 40 anos perdidos entre Medíocres. Mas vou contar uma Novidade. Os medíocres Esquerdopatas estão Bilionários. E compartilhando Lisboa, NY ou Paris.
É um começo…
… O gato subiu no telhado.
Bummmmmmmm
Esses fomentadores do golpe acreditavam que lascando o Brasil eles não seriam atingidos? Acreditavam eles que os golpistas iriam socorre-los com a grana do trabalhador brasileiro eternamente? Esqueceram eles que, falindo o Brasil, milhares de empresas fechariam as portas gerando desempregos e a consequente perda de arrecadação, cuja parte das verbas eram desviadas de suas finalidades para sustenta-los? Queriam “ferrar” o LULA e estão sendo ferrados. Quero mais é que se explodam.
a culpa é da crise que eles ajudaram criar
que se danem
A mídia, antinacional,
A mídia, antinacional, financiada e fundada por estrangeiros, sempre exalou ódio ao povo….
O inferno é pouco para eles………
Vão embora pro inferno, lá são amigos do rei
Vão embora pro inferno, lá são amigos do rei
Não passa um dia sem que eu
Não passa um dia sem que eu ouça a história de alguém que delirou com saida da Dilma e agora amarga, ou a renegociação trabalhistas, ou a demissão sumária. Agora essa turma larga (literalmente) lágrimas amargas, mas merecem um sonoro BEM FEITO. A eles todo o meu desprezo e deboche.
Vale o mesmo para a Abril.
Assim como Al Capone foi em
Assim como Al Capone foi em cana não pelos assassinatos que fez e mandou fazer, mas pela questão fiscal, a Abril, pelo que entendi do post que o Nassif fez sobre a agonia da empresa, se ferrou não pelo jornalismo de esgoto que fomentou mas por decisões empresariais absolutamente desastradas. E nem podem ter a cara de pau de dizer que foi o governo que ferrou com ela, por ter cortados as verbas estatais. Tanto no governo Temer quanto nos goernos petistas não faltou dinheiro do estado. pro grupo. Enfim, a manchete que todos os que prezam a democracia gostariam de ver um dia chegou = “Abril Fechou” rss. A próxima poderia ser a Jovem Pan.
Veja agonizando.
Amigão quem sustentava a editora Abril e consequentemente a revista veja era o PSDB através do governo do estado de São Paulo desde Covas até Alckmin passando por Goldman e Serra. E também a prefeitura de SP com todos os seus prefeitos conservadores que ali passaram.
https://www.viomundo.com.br/denuncias/namarianews-governo-paulista-desova-mais-de-r-155-mi-na-abril-folha-estadao-istoe-epoca-e-panini.html
Sim, toda a tucanada era
Sim, toda a tucanada era assinante de veja. Até aí é compreensível , afinal a Abril era porta-voz dos tucanos. Agora o que é incompreensível é o governo Lula e Dilma não terem, não digo cortado as verbas de publicidade estatal da Abril, mas reduzí-las pela metade. O governo Lula deu apoio a outros veículos de imprensa, mas não cortou os que descaradamente jogavam sujo contra ele. Bem, o governo petista mostra que ser republicano além da conta é caminho certo pro governo que pratica isso se ferrar.
E serão demitidos porteiros,
E serão demitidos porteiros, ascendoristas, copeiros, motoristas, funcionários das gráficas, pessoal administrativo e todos das revistas extintas que ficavam de fora do núcleo político estruturado em torno da Veja.
A corte de puxa sacos dos Civita que fica concentrada nessa área será preservada até o fim.
Como sempre quem vai pagar a conta será o andar de baixo.
Bella Notícia
Muito boa Notícia!Só sera melhor quando esse lico falir de vez!!!!!! Os funcionários deveriam cobrar o Pato Amarelo da FIESP. Muito bom. Hoje é um dia feliz!!!
A Abril Z
As causas atribuidas em nota ao deblaque do Grupo Abril centram nas mudanças tecnológicas do setor e seu impacto sobre o negócio de revistas impressas. Eu chamo as causas de déficit de inovação, rigidez corporativa e de miopia empresarial. Mas, devem ir além. Podem, também, repousar na perda de qualidade jornalistica e na má governança.
Há indicações de que a radicalização política da linha editorial do principal produto, Veja, adotando um modelo de “leitura de consultório médico”, sensacionalista, superficial, não raro, jornalisticamente irresponsável, afastou o público mais qualificado, formador de opinião e de referência. A consequências mais prováveis foram a perda de leitores – disfarçada canhestramente com distribuição gratruita para “assinantes involuntários” – e a queda da receita publicitária.
A má governança é patente. Passa por erros de posicionamento estratégico e de gerenciamento ordinário.
As mudanças no mercado de mídia e comunicação, em curso e se aprofundando, estão postas à mesa há mais de década. A absoluta maioria dos grandes períodicos mundiais se ajustaram e institucionalizaram mecanismos de adaptação permanente. Mantêm-se atentos ao perfil de público, aos meios de interface com o leitor e aos canais de venda e distribuição. Senão acompanhando vis-a-vis, nunca distanciados das tendências de mercado. A Abril parou no tempo.
Já a situação econômico-financeira pode ser descrita como castastrófica. Tecnicamente, o seu estado atual é de insolvência e de incapacidade de gerar valor. Mas, isso, também, não se formou agora. Os prejuízos se sucedem a diversos exercícios e os que se viu é um “empurra com a barriga” com base em postura meramente reativa, medidas parciais, tardias e insuficientes.
A empresa enfrenta, em destaque, três grandes desafios internos, um de ordem editorial, outro ligado ao modelo do negócio e um terceiro conexo à relação da geração de caixa com o montante da dívida. Todos são graves, exigem enfrentamentos difíceis, complexos e com resultados em longo prazo. Demandam por tempo e por investimento, dois fatores escassos no caso da Abril. Há, ainda, outros fatores a ponderar, dentre eles: poder contar com um time preparado e motivado para lidar com situações críticas e de alto grau de stress; poder dispor de um sistema de gestão adequado para planejar, controlar e orientar a decisão e; poder manter mercado. Esse tripé sustenta a massa crítica mínima necessária para startar a recomposição das bases do negócio sendo o corriqueiro em situações similares ver essa massa crítica já estar ou ser comprometida, em todo ou em parte.
Por pior que seja o quadro, a hipótese de salvamento da Abril não deve ser descartada. Pesa contra o pedido de RJ o elevado comprometimento dos ativos frente ao montante da dívida, a inadequação das estruturas de capital, prejuízos operacionais continuados e a insuficiência de bens para garantir credores. Em tese, há o risco do juízo não acolher o pedido e decidir pela decretação da falência. Por outro lado, essa decisão não é usual. Via de regra o Judiciário acolhe o pedido ponderando sobre a função social da empresa. Na sequência, uma administração adequada, com habilidade negocial e gerencial pode, de alguma forma, evitar a falência.
Pesam contra o sucesso da recuperação, variáveis exógenas, como o cenário econômico adverso e quanto ao objetivo da contratação da atual administração. Não é possível afirmar, mas, simplesmente indagar se a consultoria foi contratada por iniciativa independente dos acionistas e do conselho de administração da companhia ou foi, digamos assim, uma “indicação” dos bancos. Sendo a segunda hipótese seria factível aventar que a missão encerra o resgate ou a mitigação do risco desses bancos. Contribui para essa impressão a marcação de data para permanência dos atuais gestores informada para quando concluida a aprovação do plano de recuperação pela assembleia de credores.
Alheia a qualquer outra consideração o que, sem sombra de dúvida, merece ressalva é a possibilidade concreta de recomposição do negócio. Mesmo que não vá à total bancarrota não é crível que o Grupo Abril volte ao que foi. O mais provável é que venha a se tornar uma walking dead company, uma Abril Z.
É aguardar para ver.