Instituto Lula desmente que ex-presidente aconselhou perder ministérios ao PMDB

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – O Instituto Lula desmentiu a reportagem do Estado de S. Paulo, desta quinta-feira (24), publicando que o ex-presidente teria afirmado: “melhor perder ministérios do que a Presidência”. 
 
“Lamentamos que um jornal, que tem por objetivo informar, se ache no direito, baseado em supostas fontes anônimas, de atribuir e divulgar frases que simplesmente não existiram”, rebateu o Instituto, em nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 
 
A reportagem afirma que Lula reuniu-se com a presidente Dilma, durante cinco horas, aconselhando a atender “todos os pedidos do PMDB, mesmo que para isso tenha de desidratar o PT na reforma ministerial”. 
 
O jornal utiliza como fonte da informação “ministros do PT que participaram da conversa”, no Palácio da Alvorada, em reunião “a portas fechadas”.
 
“O uso desse tipo de subterfúgio pela imprensa brasileira é desrespeitoso, não contribui para o debate político nacional e presta um desserviço aos leitores e cidadãos brasileiros”, publicou o Instituto Lula.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

11 Comentários

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  1. Na verdade esse tipo de

    Na verdade esse tipo de colocação  da imprensa é só para forçar o presidente a colocar seu nome em algum desmentido para desta forma dar alguma audiência aos seus posts inúteis e mentirosos.

  2. Reputação

    Depois que uma empresa se estabelece, ou seja, ultrapassa o chamado “break even point” (dêem um Google), reputação é um dos fatores imateriais que sustenta sua base de consumidores.

    Esse desleixo com a reputação que caraceriza as empresas de mídia no Brasil, como o Estadão, é um assombro. A Revista Veja é o caso mais patológico.

    O principal valor de um jornal é a honestidade intelectual. É isso que constrói sua reputação. No entanto, os caras mentem, manipulam, distorcem, inventam, colocam palavras na boca de quem não falou, pagam propina para obter informações em segredo de justiça e a base de clientes continua intacta!

    Será que ambos, fornecedor e clientes, comungam os mesmos valores morais? Só pode ser.

    1. Não, mcn! A base de clientes

      Não, mcn! A base de clientes não está intacta. O Estadão encontra-se em estado de coma, há alguns anos. Emissoras de rádio do grupo Estado foram arrendadas para um grupo evangélico; como disse o PHA, o Estadão só não fecha porque os credores (bancos) têm interesse em manter a publicação centenária, fundada por escravocratas. Há três anos esse jornal passou por reformulação e perdeu cadernos; o mesmo aconteceu com a Folha e com O Globo. Nenhum desses jornais de circulação nacional tem hoje tiragem de 200 mil exemplares (uma insignificância num país de mais de 200 milhões de habitantes e 50 milhões de leitores potenciais). E quando publicam 200 mil é o total de exemplares que saem da gráfica; a maior parte do que vai para as bancas vira encalhe. E como é constituída a base de assinantes desses jornais e das revistas semanais? Em SP toda escola pública recebe exemplares do  ‘detrito sólido de maré baixa’; vários órgãos e instituições públicas paulistas assinam Folha e Estadão; consultórios médicos e odontológicos recebem revistas mesmo que há 10 anos não despendam nenhum dinheiro com o pagamento de assinaturas. Trabalho no centro do Rio e passo em frente a diversas bancas; não vejo ninguém comprando ou lendo jornal ou revista; nas esquinas do centro é possível ver alguns carrinhos com tablóides distribuídos gratuitamente; quase ninguém pára para pegar um exemplar; nos semáforos os jornais são oferecidos aos motoristas que passam, mas poucos se interessam; os mesmos tablóides são oferecidos aos motoristas de ônibus, para que distribuam aos passageiros, mas quase ninguém se interessa. Como eu já sentenciei há algum tempo: os jornais e revistas impressos estão mortos. O livro é o único impresso que sobreviverá. Houvesse no Brasil a regulamentação dos artigos da CF sobre os meios de comunicação, impedindo a concentração e a propriedade cruzada, os meios impressos já teriam ido à falência, caso fizessem o mesmo anti-jornalismo que há pelo menos 15 anos vêm praticando.

      Essas publicações pregam para convertidos. 

  3. Não é verdade

    Para mim, a mídia daqui só reflete a minoria influente e barulhenta daqui! Mesquinha e interessada em viagens para Miami!…  A mídia daqui não é vendida, mas é a minoria barulheia e influente que é comprada. Eu fico horrorizado… que o Japão destruido pela Guerra conseguiu se reerguer e hoje não precisa gastar bilhões para manter o dólar baixo, destruindo a indústria interna, para a parte do seu povo mesquinha comprar um Playstation em Miami! Pois, ao invés disso, investiram em seu povo, na sua indústria… tiraram o povo da miséria… eles mesmos criaram o Playstation que os jovens reclamam da Dilma! Ajudaram a parte do seu povo na miséria, construção de casas e tudo mais… Eles se amam! Mas aqui o povo não tem valor… merecem morrer de fome… pelo menos é isso que a minoria barulhenta acha… Na época do FHC morriam de fome no nordeste eram desnutridos… enquanto o FHC passava vergonha nos EUA pois na acatava a política externa americana… tem até vídeo no youtube dele se humilhando por lá… ENquanto não for resolvido o complexo de vira lata o Brasil não vai pra frente! Só faltam dizer que o Lula nasceu pobre e no nordeste só para ganhar voto! Eita povo manipulado sô! Precisam de um mineirinho bom de conversa para lhes passarem a perna! Pois não se dao o valor e nunca terão! Só tem valor Miami! Embora o DOnald Trump falou, que se eleito presidente, não vai permitir brasileiro metido americano por lá! Vai mandar tudo a chute de bota de couro devolta para o seu país! A não ser que vendam parte dele para suas empresas… é claro!

  4. O último prego do caixão.

    A imprensa brasileira perdeu completamente a noção e publica mentiras e invenções ao seu bel prazer sem o menor escrúpulo. Uma mentira publicada na imprensa é coisa séria, mas a imprensa brasileira publica mentiras com regularidade. Além da maioria ser facilmente desmentida com uma pequena pesquisa cruzando fontes diferentes uma quantidade significativa delas é claramente inverossímil.

    Com isso a imprensa põe o último prego em seu próprio caixão.

    Não há mais credibilidade, não há mais seriedade, é uma palhaçada escancarada e só paga para ler essas mentiras todas quem quer se iludir com elas.

    1. Republicanismo masoquista

       A velha imprensa, justamente por ser partidarizada para defender seus interesses não está na dela? Porque o PT abdicou da guerra ideológica, como se dizia outrora? A SECOM não está na mão do governo? Não há ninguém no governo que saiba o que é bomba semiótica,  o que é o think thank Atlas Network, o que significa “hegemonizar” uma narrativa, etc. etc.? Porque essa paúra? Estranho não? 

      1. Punir a vítima?

        Em vez de punir o agressor você propõe que se critique a vítima, porque não soube se defender.

        É como o Bolsonaro falando que o estuprador está certo, a vítima que é culpada porque não estava usando burca.

        Eu também acho que o PT falha ao não ir com tudo para cima do PIG, mas isso não justifica as mentiras da imprensa nem torna a crítica a essas mentiras irrelevantes.

        Uma coisa é uma coisa, a outra coisa é outra coisa…

        1. O PT não é uma agremiação

          O PT não é uma agremiação qualquer que precise ser defendida toda hora contra os homens maus. E é isso que estranho. Vamos conferir o embate entre a sua desconstrução e a sua defesa da ponte até o “com Lula não tem prá ninguém”. Abraço. 

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