Jornal Nacional manipulou dados de moradias da gestão Haddad em SP, por João Whitaker

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Por João Whitaker

Depois da vergonhosa prestação de Bonner e Renata Vasconcellos na entrevista com Haddad, cheia de insinuações e mentiras disfarçadas de perguntas, vamos a um pequeno comentário que, de certa forma, me diz respeito.

Bonner disse a Haddad: “O Sr. prometeu construir 55 mil casas e o Sr. entregou 15.000”.

Vamos aos fatos reais (que o bom jornalismo deveria usar, em vez de manipular informações): a meta 35 do Plano de Metas da gestão de Fernando Haddad diz: “obter terrenos, projetar, licitar, licenciar, garantir fonte de financiamento e produzir 55 mil unidades habitacionais”.

Por que essa meta tão detalhada? Porque o processo de construção de casas é tão complexo que é quase impossível realizá-lo por completo em 4 anos de uma gestão. Precisa-se achar terrenos, desapropriar, fazer projetos, licenciá-los ambientalmente e na própria Prefeitura, licitar as obras e, é claro, conseguir dinheiro para fazer tudo isso. Muitas vezes uma gestão consegue desapropriar um terreno, obtém dinheiro (do MCMC por exemplo), faz o projeto, licita e inicia as obras, mas dificilmente conseguirá construir e entregar antes de 4 anos. Muitas vezes, uma gestão termina o que a anterior conseguiu viabilizar, e deixa coisas para a seguinte concluir. Isso é normal, é assim que funciona a gestão pública da produção habitacional.

Pois bem, a gestão de Fernando Haddad conseguiu viabilizar, em uma ou mais etapas da construção, dentre todas as acima descritas, 54.563 unidades, muito mais do que qualquer gestão anterior) das quais: 12.585 foram entregues (até nisso o Bonner errou), 23.624 foram deixadas em obra (em processo iniciado de construção), e 18.354 com terreno obtido, e obra com início próximo. E, nada mais nada menos de que outras 85.755 em processo de aprovação, mas que nem foram computadas à meta, por considerarmos essa etapa muito pouco para tal. E vale mencionar os R$ 617 milhões gastos em desapropriações de terras para produção de habitação social, e os R$ 58,4 milhões de recursos aportados como ajuda do município ao programa Minha Casa Minha Vida, para viabilizar mais unidades na cidade.

Acho que fica clara a desonestidade do “jornalista” William Bonner. Quantos mais dados será que ele manipulou?

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

1 Comentário

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  1. Não acho que ele manipulou os

    Não acho que ele manipulou os dados propositalmente. Acredito que a dupla seja só burra. O pensamento deles é aquele bem raso que você aprende na adolescência: “politicos são ruins e mentem para se eleger”. Isso não chega a ser mentira, é só muito raso. Aí eles discutem como se o político estivesse tentando enrolar eles o tempo todo, e se vem moralmente obrigados a expor a “farsa” para criar um país melhor.

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