Jornalismo de Caras e Bocas

 

Estagiário da GLOBONEWS tentando agradar o patrão
pra arranjar uma boquinha na telinha
Muito se tem falado nos últimos tempos sobre os cortes nas redações de Folha e Estado de São Paulo, uma mudança radical no jornalismo impresso brasileiro, na rota do que já fizeram grandes ícones do jornalismo mundo afora. A Newsweek, por exemplo, acabou com a versão impressa, como o doméstico JB.

Poucos, ou ninguém comenta, entretanto, uma mudança, também com enorme perda de qualidade, no meio televisivo, mais especialmente na Globonews.

Sou assinante (mais por necessidade que por gosto) dessa emissora, assim como da BANDnews, BBC e CNN; isso desde 1996, quando primeiro contratei TV por assinatura. O viés sempre foi anti esquerda, anti PT e anti Lula, mas a postura era mais sóbria, os apresentadores dos telejornais não precisavam do babador absorvente que usam Waack, Garcia e Bonner, eram mais comedidos e recatados, quase elegantes em suas críticas constantes ao governo do PT.

Isso até 2006.


Na campanha aberta contra a reeleição do Lula a emissora mudou radicalmente sua posição, e elementos mais comportados em suas críticas e comentários começaram a perder espaço nos noticiários: Sidney Resende e André Trigueiro, dois exemplos. O Sidney chegou a perder a ancoragem da CBN. 

Mas não ficou só nisso.

Do GNT trouxeram a polemizadora Monica Waldvogel, catapultada de um programa de variedades e futilidades para um programa político, de variedades e futilidades. Numa emissora séria, essa moça, cria de Armando Nogueira, ia ter que disputar lugar com a Xuxa. Seu programa é um desfile de ofensas, não só aos ouvidos que quem se informa independentemente, mas muitas vezes a convidados do programa. Especialmente os poucos que são convidados para dar a impressão de que a emissora´dá espaço ao contraditório. No programa com Sandro Vaia (buuu) e Breno Altman sobre a visita da Yoani Sanchez, a apresentadora e o Sérgio praticaram bullying explícito contra o gentil e civilizado Breno, coisa de corriola de esquina. Quase não o deixaram falar, e ao fim do programa, quando o Breno disse que tinha algo a oferecer ao Sandro foi grosseiramente cortado pela tedesca apresentadora.

Então veio o Jornal da Globo News edição das 18:00!

Ressuscitaram a Leilane Neugbarth, ejetada do Bom (?) Dia Brasil por exigência do Renato Machado, não ia com a cara dela. Foi substituída por outra daquelas bonitinhas sem conteúdo, uma outra Renata. Daí ela passou um sabático apresentando o RJ TV por um bom tempo. Deve ter se comportado bem, pois foi de novo alçada a uma posição de destaque, dando o recado do dono da emissora, entre caras, bocas e muxoxos de reprovação em qualquer notícia onde a esquerda fosse assunto, merecendo ou não as críticas.

Como se não bastasse!

Passaram a régua no único programa que tinha algum conteúdo aproveitável e sério! Uma verdadeira chacina no Conta Corrente. Não sei se por corte de custos, ou de vergonha na cara, tiraram Jorge Vidor. um sujeito sempre educado, cordial e coerente, uma simpatia de pessoa e provavelmente um jornalista de responsável. Mesmo quando discordava dele era impossível ficar com raiva (que sinto frequentemente em frente a TV) dele, ou do Guto Graça Melo, de novo um cara que se dava ao respeito.

O que sobrou então?

Um programa de variedades econômicas, um Fantástico sem conteúdo e sem análises que era o que se esperava de um programa de economia, vai ver resolveram economizar no conteúdo. 

E é isso exatamente que vem acontecendo na GLOBO NEWS!

Estão se tornando mais superficiais que as TVs abertas, parecem estar querendo nivelar o jornalismo por baixo.

Exemplo claro disso é o GLOBONEWS em Pauta, um convescote de jornalistas amestrados tentando parecer casuais em suas gaiolinhas virtuais, regidos por um total incompetente, com jeito dandy de lorde de São Paulo. Também pudera, vai colocar Eliane Cantanhede, Jorge Pontual e Elisabete Pacheco pra conversar, só sai besteira, meia verdade, fofoca e palhaçada, tudo em nome da informalidade, e dane-se o jornalismo.

Isso por que ainda não falei, e nem vou falar do Stúdio I, deveria  ser Studio Hi(ena), ninguém merece a ‘risada “gostosa”‘ da Maria Beltrão.

As novas apresentadoras dos telejornais a cada meia hora então… quase sem exceção, todas mulheres e jovens, bonitinhas…e vazias (Neslon Rodrigues diria outra coisa mas eu me contenho). A cada meia hora, nos brindam com suas (do dono?) opiniões não requisitadas, são a rasura em pessoa. Rasas, superficiais e totalmente desprovidas de qualquer capacidade de aprofundamento nas notícias que leem (as vezes mal) entre muxoxos, caretas e suspiros de reprovação, de novo prevalece a opinião do dono traduzida num linguajar não  verbal, que elas entendem, e que querem nos fazer entender.

Com os mais velhos e consagrados ‘repórteres’ a coisa não muda muito. Os hidrófobos e babentos Waack e Garcia não se corrigem, cospem a saburra de seus preconceitos e desinformação calculada soletrando um tratado de tautologia a cada crítica que fazem, de novo, preferencialmente contra o governo atual. O Silio Boccanera por exemplo, num recente programa sobre a Coréia do Norte, só conseguiu criticar o corte de cabelo esquisito do atual Kim, analise que é bom, necas.

É isso, parecem querer atingir o público que adora as novelas da GLOBO, e Zorra Total com suas baixarias. Estão deixando o jornalismo cada vez pior e mais nojento.

Não vou estranhar se convidarem a Glória Perez pra editora!
Redação

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