Por foo
Do Brasil 247
Receita da Abril Educação cai. Barbosa descontente
Lucro cai 33% e receitas diminuem 10% no primeiro trimestre; administração Giancarlo Civita enfrenta rumores de descontentamento de banqueiro que não assumiu comando; analistas de mercado consideram resultado “aquém do desejado”; nos últimos anos, principal receita da empresa que publica as revistas Veja e Exame, entre outras, não vem mais da área editorial; carro-chefe Abril Educação ainda prevê receitas de R$ 1 bilhão para 2013
247 – Em declínio, as receitas do braço editorial do Grupo Abril, que edita as revistas Veja e Exame, entre outras, já não são as principais do conglomerado há alguns anos. Os maiores resultados na arrecadação da organização têm sido obtidos pela Abril Educação, setor do grupo da família Civita que administra as redes de ensino Anglo e pH e vende material didático para suas próprias franquias e clientes diversos, entre os quais o governo federal e administrações estaduais e municipais. A má notícia para a Abril é que também as receitas desse setor estão em queda.
No primeiro trimestre, a receita líquida da Abril Educação foi 10% inferior do que a apurada no mesmo período do ano passado. A marca alcançada agora foi de R$ 224,9 milhões. Em consequência, o lucro sofre um impacto negativo de 33% sobre o verificado no primeiro trimestre de 2012, atingindo agora R$ 36,3 milhões.
Os números foram considerados “aquém do desejado” e “ligeiramente abaixo das expectativas” pelos analistas do BB Investimentos e do JP Morgan. Eles chegam ao mercado no mesmo momento em que crescem os rumores sobre o desconforto que estaria sendo enfrentado, na cúpula da Abril, pelo banqueiro Fabio Barbosa, ex-Santander.
Cotado para suceder Roberto Civita, afastado do dia a dia da empresa em razão de um tratamento de saúde, Barbosa foi ultrapassado por Giancarlo Civita, filho de Roberto, que assumiu a presidência executiva do grupo menos de dois meses atrás. A reafirmação da característica de empresa familiar teria descontentado Barbosa, que tem sido visto circulando com mais assiduidade por Brasília, em contatos políticos.
O presidente da Abril Educação, Manoel Amorim, procurou, em teleconferência com analistas, justificar os resultados que o mercado considerou abaixo das expectativas.
“Este trimestre não guarda similaridade com o primeiro trimestre de 2012 por uma série de mudanças operacionais e algumas características temporais deste ano escolar em relação ao ano passado”, explicou Amorim. Receitas totais de R$ 1 bilhão continuam sendo a meta da Abril Educação para 2013.
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