Na América Latina, imprensa destaca tensão em torno da votação

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Secretária-executiva da Cepal espera “que não haja impeachment”

Jornal GGN – Os jornais da América Latina destacam a tensão em torno do processo de abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. Na visão do jornal argentino La Nación, o processo é o “dia D” da presidência, enquanto a publicação mexicana El Universal aponta a movimentação nas ruas de milhares de cidadãos contra e a favor do impedimento.

Segundo o jornal argentino Clarín, o clima entre os deputados vai exigir cuidados. Em entrevista ao jornal, a deputada Luciana Santos (PC do B-PE) disse que podem ocorrer “manobras” durante a votação, com o presidente da casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tentando “quebrar as regras internas da Câmara para instalar processos completamente atípicos”.

Na visão do jornal colombiano El Tiempo, a suspensão do mandato de Dilma “não solucionaria os graves problemas estruturais do Brasil nem aliviaria sua crise econômica, mas amainaria a indignação popular frente à corrupção e o desgoverno”, e ressaltou que a instabilidade brasileira pode afetar a região da América Latina como um todo, “já fragilizada pelo tombo (dos preços) das matérias primas e a fuga de capitais. (…)”.

Ao mesmo tempo, o jornal britânico BBC conversou com alguns analistas a respeito da crise institucional do país. Em entrevista à BBC Brasil, a secretária-executiva da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), ligada à ONU, Alicia Bárcena, defendeu o mandato de Dilma. Ao ser entrevistada pela BBC Brasil, ela disse que chegou a enviar uma carta à presidente brasileira manifestando preocupações com o que chamou de “ameaças” à estabilidade democrática do Brasil.

“Em primeiro lugar, espero que não haja impeachment”, disse Bárcena. “Não acho que a presidente Dilma Rousseff tenha cometido algum delito grave que o justifique. Obviamente é preciso investigar e nós não vamos opinar, não temos elementos para isso e não vamos nos meter nisso. Mas acho que o Brasil e todos os países necessitam de estabilidade democrática. E é isso o que pode ajudar a estabilidade econômica e os avanços sociais”.

 

(com Broadcast Político e BBC Brasil)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. A perspectiva de guerra civil no Brasil e a Igreja Católica
    A Igreja Católica será responsável pela guerra civil no Brasil? Por que a Igreja Católica se omite em condenar, abertamente, os atos de guerra civil pregados por João Pedro Stédile, líder do MST? Por que a Igreja Católica se omite em condenar, abertamente, os atos de guerra civil pregados pelo líder do MTST Guilherme Boulos?

    1. Disse a Ministra Carmen Lucia do STF que o “papel das lideranças é apelar ao entendimento e fazer a travessia que leve ao encontro”, conforme matéria transcrita no item 7 abaixo.

    1.1 Conforme item 10 abaixo, “O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Brasil tem origem vinculada às ações das Igrejas, principalmente da Igreja Católica, em sua vertente denominada Teologia da Libertação”.

    2. Quando João Pedro Stédile, classifica Michel Temer como o “Macri brasileiro” e garante que Temer não assumirá a presidência, pois “haveria o caos, pois os trabalhadores vão reagir”, avisa, conforme matéria citada no item 9 seguir, está pregando a guerra civil, abertamente.

    3. Perguntaria à Igreja Católica brasileira, se a Igreja Católica Brasileira está apoiando os planos de guerra civil, pregados por João Pedro Stédile, do MST, que ajudou a criar e que ainda apóia?

    4. Quero crer que a Igreja Católica brasileira não apóia os planos de guerra civil, pregados por João Pedro Stédile, líder, IRRESPONSÁVEL, do MST, pois isto seria contra a missão da Igreja, não?

    5. Mas se a Igreja Católica brasileira não apóia os planos de guerra civil pregados, abertamente,  por João Pedro Stédile, líder, IRRESPONSÁVEL, do MST, o que já não é de hoje que essas ameaças são feitas, abertamente, à sociedade brasileira, por que razão ainda não veio a público a Igreja Católica, dizer, com todas as letras,  especificamente, que a guerra civil pregada por João Pedro Stédile, líder IRRESPONSÁVEL, do MST, não foi autorizada pela Igreja Católica, e que João Pedro Stédile não fala pela Igreja Católica, pelos seus fiéis e pelas famílias de sem terra, verdadeiros trabalhadores, honestos, que lutam por uma vida melhor para si e para seus filhos, de acordo com a lei e a ordem de Deus?

    6. “Segundo o líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos) o vice não terá legitimidade para presidir o País e, “junto com o golpe vem um pacote de terra arrasada”, conforme matéria intitulada “Brasil será incendiado por mobilizações sociais se Temer assumir a presidência, diz Boulos”, divulgada em 15/04/2016, disponível no link http://m.infomoney.com.br/mercados/politica/noticia/4876636/brasil-sera-incendiado-por-mobilizacoes-sociais-temer-assumir-presidencia-diz

    7. A Ministra do Supremo Tribunal Federal, Carmen Lucia, que a partir de setembro, presidirá o STF e o Conselho Nacional de Justiça, disse o que a seguir transcrevemos, conforme matéria intitulada “Cármen Lúcia: “O povo está cansando de brigar” – A ministra do Supremo diz que não vê risco de golpe, mas de raiva e intolerância. E que, neste cenário, cabe aos verdadeiros líderes promover o entendimento”, divulgada em 15/04/2016, disponível no link http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2016/04/carmen-lucia-o-povo-esta-cansando-de-brigar.html

    A) “O brasileiro está muito raivoso, muito intolerante, sem conseguir ver ou ouvir o outro”, diz Cármen”.

    B) “O papel das lideranças é apelar ao entendimento e fazer a travessia que leve ao encontro”.

    C) “Um povo não pode ficar muito tempo flutuando, sem saber para que lado vai”.

    8. Essa omissão, séria, da Igreja Católica, em dizer para os seus comandados, a exemplo de  João Pedro Stédile, líder IRRESPONSÁVEL, do MST, e Guilherme Boulos, líder IRRESPONSÁVEL, do MTST, que deveriam deixar seus interesses pessoais e políticos partidários de lado, em um momento delicado como esse, buscando derramar o sangue de pessoas, inocentes, para defender Lula e Dilma, por seu apego ao Poder e ao dinheiro, mas, principalmente, dialogar com os inocentes que estão sendo manipulados a derramarem o seu próprio sangue e o sangue de seus próprios filhos, por uma luta política de poder e de dinheiro que não é deles, dá margem a pensarmos que a Igreja Católica fomenta a guerra civil, no Brasil, e que será a responsável por essa guerra civil, quando ela ocorrer, em pouco tempo.

    9. Vide matéria intitulada “STÉDILE: TEMER FARIA GOVERNO PRÓ-EUA E NÃO SE SUSTENTARIA”, divulgada em 17/04/2016, disponível no link http://www.brasil247.com/pt/247/mundo/226529/St%C3%A9dile-Temer-faria-governo-pr%C3%B3-EUA-e-n%C3%A3o-se-sustentaria.htm, parcialmente transcrita abaixo:

    “Em entrevista ao jornal argentino Página 12, o líder do MST, João Pedro Stédile, classifica Michel Temer como o “Macri brasileiro”, que faria um governo subordinado aos interesses dos Estados Unidos, de restauração neoliberal; no entanto, ele garante que Temer não assumirá a presidência; “haveria o caos, pois os trabalhadores vão reagir”, avisa; Stédile também denuncia o apoio dos Estados Unidos ao golpe, por meio do senador José Serra, que prometeu abrir o pré-sal à Chevron”.

    9.1 Se a abertura do pré-sal trouxer mais conforto a todos os brasileiros, isso é do interesse do Brasil, dos Trabalhadores, em geral, inclusive dos Trabalhadores sem terra e sem teto.

    9.2 Por que razão, então, devemos derramar o sangue de todos os brasileiros, nessa guerra civil abertamente pregada pelos líderes, IRRESPONSÁVEIS, do MST e do MTST? Qual interesse estão defendendo?

    9.3 Os líderes, IRRESPONSÁVEIS, do MST e do MTST, estão defendendo construção de escolas, de hospitais e de casas, para os integrantes dos movimentos dos sem terra e dos sem teto, com parte de recursos do pré-sal?

    9.4 Não, defendem o não pelo não com discursos políticos, vazios.

    9.5 Esses discursos em que pregam a intolerância e a guerra civil, por causa do pré-sal, por exemplo, não encontram respaldo na sociedade brasileira, pois se você perguntar aos brasileiros se eles concordariam em separar R$ 70 BILHÕES do pré-sal, de um faturamento de R$ 700 BILHÕES do pré-sal, para construir escolas, hospitais e casas para trabalhadores sem terra e sem teto, certamente, a grande maioria concordaria.

    9.6 Mas não é esse tipo de “luta”, por melhores condições de vida, para seus liderados, sem terra e sem teto, que vemos ser pregada  pelos líderes, IRRESPONSÁVEIS, do MST e do MTST, que estão defendendo posições políticas que não são do interesse de trabalhadores sem terra e sem teto, manobrando para derramar o sangue desses inocentes, enganando-os e mentindo para eles, em nome de uma causa, que ocultam, que não é deles e que serão jogados em uma guerra civil sem sentido e de consequências bastante previsíveis.

    10. Início da Transcrição:

    A Igreja Católica e os Movimentos Sociais do Campo: a Teologia da Libertação e o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra

    O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Brasil tem origem vinculada às ações das Igrejas, principalmente da Igreja Católica, em sua vertente denominada Teologia da Libertação. Esse movimento teológico sempre esteve muito próximo das análises sociais socialistas, utilizando, muitas vezes, um referencial marxista. As relações da Igreja Católica com os movimentos sociais do campo foram muito presentes no Brasil, e este trabalho apresenta as relações sociais, políticas e teológicas presentes no MST, já que, desde as primeiras ocupações de terra realizadas por componentes do Movimento, a presença da Igreja Católica é constante. Assim, com foco na relação entre Igreja e MST, este artigo analisa como as mudanças políticas, com a crise do socialismo e o avanço do conservadorismo, impactam as ações do Movimento dos Sem Terra.

    Fonte – Link http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-49792007000200010

    Fim

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador