O carnaval FORA CONFÚCIO da imprensa brasileira, Por Fábio de Oliveira

“Hostilidade jornalística foi transformada em manifestações antes e durante processo de Impedimento mediante fraude”

Por Fábio de Oliveira

Dilma Rousseff foi intensamente hostilizada na imprensa desde que tomou posse após derrotar Aécio Neves. A hostilidade jornalística foi transformada em manifestações de rua antes e durante o processo de Impedimento mediante fraude conduzido por Eduardo Cunha. As redes de TV deram grande visibilidade às manifestações contra o PT. A esquerda reagiu ironicamente chamando de Carnacoxinhas as passeatas que ocorreram Av. Paulista.

O apelido pegou  e rapidamente se transformou num fenômeno virtual importante http://www.huffpostbrasil.com/2015/08/16/carnacoxinha-twitter-dilma_n_7995334.html. Apesar de ridicularizados, os Carnacoxinhas ajudaram o Congresso Nacional a derrubar a presidenta eleita pelos brasileiros.

A brincadeira política se tornou séria quando Michel Temer foi empossado. A imprensa internacional denunciou o golpe de estado que ocorreu no Brasil. A imprensa brasileira continuou afirmando que o Impedimento era válido porque tinha ocorrido na forma da CF/88. O abismo entre o fato e sua representação dentro do Brasil https://jornalggn.com.br/blog/fabio-de-oliveira-ribeiro/hannah-arendt-e-o-golpe-de-estado-em-curso-no-brasil-por-fabio-de-oliveira-ribeiro segue devastando econômica e politicamente nosso país.

O governo Michel Temer é frágil e só se sustenta favorecendo políticos corruptos que são blindados pela imprensa. Nossa política externa se tornou errática, os parceiros internacionais se afastaram do Brasil, os investimentos externos minguaram e a crise econômica se aprofundou. A seriedade, porém, não retornou à política brasileira.

Temer rapidamente desmantelou programas sociais importantes. Nas última semanas,  com ajuda dos vetores jornalísticos do neoliberalismo, o usurpador passou a atacar ferozmente os direitos trabalhistas e previdenciários dos brasileiros. Os fatos evidenciam que Michel Temer adotou um programa econômico semelhante àquele que foi rejeitado nas urnas.  

A reação popular, registrada nas pesquisas de opinião que demonstram a imensa impopularidade de Michel Temer, já se faz ouvir nas ruas.  O Carnaval de 2017 será para sempre lembrado como aquele em que o povo gritou FORA TEMER. A imprensa televisiva, contudo, está se esforçando para minimizar este fenômeno político extremamente visível no Facebook e no Twitter.

Numa passagem memorável dos Tratados Morais e Políticos de Confúcio pode-se ler o seguinte:

7. Tsé-kung interrogó a Confucio sobre la administración de los asuntos públicos. El Maestro respondió: <<El que administra los asuntos públicos, debe tener cuidado de que los víveres no falten, que las fuerzas militares sean suficientes, que el pueblo le dé su confianza.>> Tsé-kung dijo: <<Si es absolutamente necesario desistir de una de estas tres cosas, ¿cuál conviene abandonar?>> <<Las fuerzas militares>> respondió Confucio. <<Y si es absolutamente necesario desistir aún de outra – dijo Tsé-kung -, ¿cuál será?>> <<Los víveres – repuso Confucio -. Sin duda, si faltan los víveres, el hombre hará víctimas; pero, en todo tiempo, los hombres han estado sujetos a la muerte. Si el pueblo no tiene confianza en los que gobiernam, todo está perdido.>> (Tratados Morales y Políticos, Confucio, Obras Maestras, Editorial Iberia, Bacelona – Espanã, 1959, p.121)  

O divórcio entre o Estado e o povo se tornou possível porque a imprensa brasileira se divorciou da imprensa internacional depois de ter se apartado da verdade factual. A politização exacerbada da imprensa antes e durante os Carnacoxinhas se repete de maneira diametralmente oposta no Carnaval FORA TEMER de 2017.

A grande imprensa colocou tudo a perder fazendo o povo desconfiar de Dilma Rousseff. Apesar do desastre econômico aprofundado por Michel Temer, ela segue colocando tudo a perder ao tentar esconder que o povo demonstra sua desconfiança no incompetente usurpador. Até quando o ódio dos jornalistas ao PT continuará alimentando esta guerra civil sem tiros?  

Fábio de Oliveira Ribeiro

6 Comentários

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  1. Temer, um grande
    Temer, um grande líder

    Harmonizou o Congresso e conseguiu aprovar o que quis, até agora.

    Pacificou a população, que não vai mais às ruas como ocorreu em 2013 e outras seguintes.

    Calou o poder judiciário, o PGR e a PF.

    Mantém o controle imprensa.

    Interlocução com os poderes.

    Não eram esses pontos que se criticava Dilma?

    1. ‘Pacificou a populaçao’ é

      ‘Pacificou a populaçao’ é muito duro hein meu caro? Como assim? Mais de 100 mortos nos presídios, manifestaçoes enormes sao combatidas duramente pelas forças repressoras, saques no Espírito Santo e o exército nas ruas nao so do ES como também do RJ. O judiciário e sua turma também nao estao calados, evidentemente trabalham menos do que no governo da Dilma. Estamos vivendo um caos enorme, o próprio governo golpista enfrenta crise atrás de crise. Nao sei se o comentário foi irônico, se o objetivo nao era esse acho que ele nao foi muito feliz.

  2. Não consigo entender…

    Não consigo entender como um senador do PT se presta ao papel de conceder uma entrevista a revista VEJA e ainda reclamar que suas palavras foram deturpadas… PQP!!!!!

    Passou atestado de burrice, imbecil ou de corrupto.

    Prefiro acreditar que esse senador seja um garnde imbecil.

  3. Os erros da Sra Presidente

    1 Escolheu mal seu vice

    2 Não tentou dialogar com a classe média que se manifestou contra ela , entrou na história tola dos coxinhas x petralhas

    3 Denunciou o processo como fraude mas seguiu todos os tramites dentro dele , deveria ter se recusado a nomear “adevogado” , deveria deixar a questão com a OAB teria de qualquer forma uma exelente defesa

    4 A nomeação de Lula ministro naquele momento foi talvez o maior erro político da história deste país , hora errada

    Isto claro é a modesta opinião deste escriba.

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