O conflito de horário entre o futebol e a Fórmula 1

Por Arthur Schieck

No próximo domingo a Formula 1 vai estrear um novo circuito em Austin, Texas. Mesmo faltando uma semana, há fortes indícios de que a rede Globo, detentora dos direito de transmissão no Brasil, não transmita a corrida ao vivo como está previsto em contrato com a FOM (Formula One Management Limited). O motivo é a coincidência com a 36ª rodada do campeonato brasileiro, também sempre presente em sua grade de programação. Essa não é uma novidade na Globo. Costuma acontecer com frequência sempre que a corrida ocorre na América do Norte, devido a diferença de fuso, em média de 3 horas.

A Formula 1 sempre foi para Globo uma jogada estratégica fantástica. Como a maioria das corridas acontecem na Europa, as transmissões ocorrem quase sempre nas manhãs de domingo, horário praticamente morto do ponto de vista da audiência televisiva. Ultimamente outro horário pouco frequentado, as madrugadas, tem tomado espaço no circulo da F1. Do ponto de vista dos negócios é perfeito. Você leva a audiência de um público fiel para um horário em que poucas pessoas estariam vendo TV, ou seja, a Globo fabricou um horário semi-nobre.

A pergunta que fica é: até onde vai a ganância? A temporada tem 20 corridas. Por que a Globo não pode abrir mão de duas horas numa das mais de 50 tardes de domingo no ano e honrar seu compromisso com seu público, que acorda cedo a cada domingo com mais fidelidade do que aqueles que o fazem para ir a missa?

Luis Nassif

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