O embargo de Cuba e as dificuldades de uma mídia cucaracha

Não há nada de mais “bolivariano”, “cucaracho” no Brasil do que os grupos de mídia. Espelham-se nas técnicas, no aspecto gráfico dos países desenvolvidos, mas reproduzem, em todo seu subdesenvolvimento, seus congêneres sul-americanos, especialmente os venezuelanos.

Nasceram para ser Hearst, não Pullitzer.

Quando um país alcança determinada posição internacional, a diplomacia e a geopolítica tornam-se peças intrínsecas no seu planejamento estratégico. E o chamado jornalismo de opinião participa com discussões aprofundadas da elaboração e refinamento das estratégias.

De certa forma, houve os primeiros ensaios nos anos 70, quando os “barbudinhos” do Itamarati sonharam em criar uma zona de influência brasileira na África e na América Latina. Nos últimos anos, tentativas de investida na África, Oriente Médio e ampliação da influência na América Latina.

A lógica da diplomacia comercial é fria e objetiva. Críticas e apoio  devem levar em conta essa dimensão  e não essa bobagem  de considerar que apoio adeterminados países signifique endosso a todas suas práticas.

Um país estabelece afinidades diplomáticas com outross. O passo seguinte é transformar a afinidade em relações comercias e estratégias geopolíticas. É quando a mera afinidade começa a render frutos. O peso de um país, na diplomacia internacional, é diretamente proporcional ao número de países que consegue  influenciar.

Nos últimos anos, o governo Dilma abandonou a ofensiva diplomática. Mas o Brasil já havia conseguido estender sua influência sobre a América Latina, África e Oriente Médio e com  bons frutos comerciais. A Venezuela tornou-se a maior compradora de produtos brasileiros, aumentaram as exportações para o Oriente Médio e empreiteiras e agronegócio brasileiros ccomeçaram a entrar na África.

Em países com imprensa madura, os jornais ajudariam a discutir os aspectos da estratégia diplomática, as perdas e ganhos de  cada opção no campo internacional e comercial.

Por aqui, virou Fla x Flu primário, tatibitate, como se, estreitando relações comerciais com a Venezuela, ou a Bolívia, o Brasil importaria, também, as ideias “cucarachas” – para usar o termo do lord José Serra.

Criou-se um falso dilema: ou a Venezuela ou os Estados Unidos.

Ora, mesmo que o país decida se alinhar diplomaticamente com os Estados Unidos, nosso maior trunfo será o aumento da influência na América Latina. Esse sempre foi o sonho do Departamento de Estado: um país aliado incumbindo-se da geopolítica continental, desobrigando-o dessas responsabilidades.

Essa estratégia de expansão diplomática  ficou congelada. Da parte do governo Dilma, pela indiferença em relação ao tema; do lado da mídia, para poder explorar até o último limite o padrão Murdoch de produto jornalístico..

A lógica dos grupos de mídia é eminentemente comercial. Vale para a chamada imprensa sensacionalista e vale para o jornalismo de opinião. Ao contrário de países desenvolvidos, eles não se sentem co-partícipes na construção de políticas públicas.

Cada tema é analisado como “produto” comercial para entrega imediata. Embrulham o tema em retórica de fácil aceitação para seu público. Se o público engoliu a história da “bolivarização” que lhes seja entregue o produto, da mesma maneira que jornais sensacionalistas entregam mulheres peladas na capa.

Foi assim com a estratégia brasileira para Cuba. Desde o início, o objetivo foi explicitado: conquistar espaço na reconstrução da economia cubana, assim que o embargo econômico fosse levantado.

Agora, saúda-se o tirocínio brasileiro. O efeito-manada ordena que seja louvado por alguns dias. Depois, toca a retomar o tema da bolivarização novamente.

Luis Nassif

68 Comentários

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  1. lembro do Geraldo Vandré

    Quem sabe, Lula e Dilma, faz a hora não espera, Aécio psdb, acontecer.

    O psdb pela fidelidade canina ao tio sam esperava ser avisado com antecedência sobre as mudanças geopolíticas. Mais uma vez é demonstrado que a altivez é respeitada.

  2. Discordo. Estou começando a

    Discordo. Estou começando a acreditar que nós temos a melhor mídia no melhor dos mundos. Explico: se a mídia brasileira não fosse tão anacrônica os jornalistas e telejornalistas das grandes empresas de comunicação teriam muito mais credibilidade do que tem. E neste caso eles estariam em condições de causar mais problemas ao governo do que já causam. Ao contrário dos líderes da oposição, o povão não crê no blá-blá-blá infantil, neurótico, ideológico e retrogrado que eles balbuciam todos os dias como se fossem arautos de uma verdade esquecida. Logo, o anacronismo da mídia tem feito um bem danado ao Brasil, quer porque os jornalistas não são ouvidos quer porque a oposição acredita nas bobagens que eles dizem. 

  3. Não vejo como estratégia

    Não vejo como estratégia exclusivamente comercial. Se fosse assim os jornais não venderiam poucas centenas de milhares de exemplares (mesmo antes da internet).

    As estratégias batem em uma parede de vidro: a ideologia. É aí que entra o americanismo infantil que só enxerga duas possibilidades: estar com os EEUU ou estar contra.

    Pois esse alinhamento automático mais uma vez os deixou pendurados na  broxa; assim como no episódio da espionagem. Acharam que era uma insolência, e na sequencia outros chefes de estado fizeram o mesmo…

    O caso da venezuela é outra piada. O Brasil, salvo engano, é o terceiro parceiro comercial da pátria do Hugo Chaves, logo atrás de… EEUU e China.

    O que esses tolos nunca entenderam é que o Brasil não tem inimigos. O Brasil tem relações diplomáticas com todos os países, sobretudo porque os respeita. Mas eles querem que o Brasil corte relações com os outros só porque os EEUU não gostam…

    Crianças grandes.

    Morro de rir quando vejo os meninos do william waack repetindo essas coisas. Estou até curioso para ver o próximo programa. Está arriscado dizerem que sempre defenderam isso, aquilo…

  4. Acôrdo bom para todas as partes.

    O Brasil acreditava tanto nesta reaproximação entre os E.U.A, e Cuba em breve, que jamais deixou de ser um parceiro da ilha caribenha, como provou o acêrto do financiamento para o Porto de Muriel, Ganha então, e agora vamos ter o nosso retôrno;

    Ganha a administração Obama, que espremida por um Congresso adversário, precisava de um fato relevante, para sair da sombra, e nada melhor que uma “guinada à esquerda” do Depto de Estado, para recuperar o prestígio interno e externo, este último a nível diplomático;

    Ganha Cuba e seu povo, a maior vítima dos embargos norte-americanos, que agora são integrados à sociedade globalizada, e passa a ter acesso, aos negócios com os visinhos, e sair do marasmo economico, a que foi condenado, há 53 anos.

    Quando todos ganham ganha a humanidade e a comunidade política e financeira internacional.

    1. É, Raí, não tenho como

      É, Raí, não tenho como demonstrar mas não ficaria surpreso se ficasse provada a hipótese de que no cálculo também pesou a vontade de parecer simpático ao resto do mundo – que sempre reprovou o tal bloqueio – no momento em que as hostilidades com o oriente aumentam.

      Não é só um lapso de bom senso. O que tem implicações até sinistras. Estou estranhando o baixo grau de resistência da direita de lá que sempre é muito estridente. Isso pode ser sinal de que foi uma decisão negociada. O que terá a administração Obama oferecido aos republicanos?

  5. Falta Democracia, Diversidade, Pluralidade

    Midia, CONCESSOES PUBLICAS DE MIDIA ELETRONICA, sem DIVERSIDADE, PLURALIDADE, DEMOCRACIA, apodrece.

     

    A pluralidade é para a midia o que o sangue é para os tecidos orgânicos. 

     

    Sem ela APODRECE.

  6. A cegueira ideológica contra a Venezuela

    A Venezuela importou do Brasil, em 2013, espetaculares US$ 4,849 bilhões. Em 2003, o comércio bilateral era de R$ 880 milhões, em 2012, mais de US$ 7 bilhões. (fonte: MRE). Quantos empregos são gerados/mantidos com esse movimento comercial? Qual o peso da Venezuela na pauta das indústrias brasileiras? O que pensa o industrial brasileiro que vende para aquele país? Nada disso importa para a nossa mídia velha de guerra, o que vale é esculhambar o país e desrespeitar o seu governante. 

    1. A Venezuela não tem dinheiro

      A Venezuela não tem dinheiro e nem credito, ela compra do Brasil porque o Banco do Brasil financia as exportações do Brasil e fica com adivida , está claro? O exportador RECEBE porque o BB paga e fica credor da

      Venezuela, que está em periclitante situação financeira, o risco de perda do Banco do Brasil é altissimo.

      1. Senhor Motta

        Você escreve com uma segurança que parece para alguem desavisado que o governo Brasileiro é totalmente tolo. Se realmente a Venezuela der um papagaio de cerca de 2 bilhões, considerando que parece que a Venezuela também vende ao Brasil ( 7 bi – 4,849 bi apenas em 2013) será um dos maiores calotes da história, superior ao papagaio que o Iraque deu ao Brasil na década de 80. Sugiro então provar tal afirmativa senão vai parecer que não passa de um arrogante coxinha despeitado!

  7. é a mesma mídia que defende

    é a mesma mídia que defende os estados unidos

    em qualquer hipótese, como se isso fosse preciso.

    já somos colonizadoss culturalmente há décdas pelos ianques.

     

  8. Leio esse excelente artigo

    Leio esse excelente artigo como uma espécie de mea culpa do Nassif, ele que, tantas vezes, cede o espaço de seu blog para a reprodução desse discurso tacanho e atrasado por figuras nefastas como Motta Araújo, exemplo acabado de tudo que Nassif crítica nesse artigo.

      1. “estratégias diplomáticas”?Do

        “estratégias diplomáticas”?Do Motta Araújo, um analfabeto em história que só fala em “bolivarianismo” e se refere ao presidente da Bolívia com termos racistas(“cabelo lambido” é o grande conceito diplomático do Motta).

        Tenha dó, Nassif!

  9. Para lembrar o Barão do Rio Branco

    Esperamos mesmo um Itamaraty mais atuante nos proximos quatro anos. Vai mudar o Chanceler ? Verdade que desde a saida de Patriota, ouvimos falar pouco no atual Ministro de Exterior. 

    Quando a imprensa brasileira… ela é de envergonhar qualquer cucaracho esclarecido. Mais subserviente e vira-lata, ainda não vi igual. Podem ler jornais de varios paises, todos têm sua estima e defende seu Pais e nem sempre labem os pires ofereidos. Vão dizer que Obama é esquerdista etc etc.

  10. A propriedade em Cuba

    LN, 

     

    penso que o ponto essencial que pode dificultar esse processo de reaproximação seja a da propriedade dos bens que foram nacionalizados pela revolução cubana. Numa perspectiva de abertura econômica haverá um processo de privatizações e ou concessões. A pergunta simples é: o Estado cubano é o real proprietário desses bens ou seus antigos donos e herdeiros do período pré-socialismo? Trata-se de uma questão jurídica que deverá ser decidida por ações políticas. Isso condiciona muitas outras etapas para a normalização que muitos de nós queremos. 

     

    A esse respeito escrevi algo no meu blog. Se dispuser a ler agradeço. 

    http://opalpiteiro.blogspot.com.br/2014/12/o-que-pode-mudar-entre-eua-e-cuba.htmlGrande abraço. 

     

    Sergio de Moraes a Paulo, o palpiteiro. 

     

     

  11. O único equivoco do Nassif, a

    O único equivoco do Nassif, a meu ver, é imaginar que as posições da mídia brasileira são irracionais. Não são. A mídia brasileira defende abertamente os interesses dos EUA, nunca vi uma única matéria da Rede Globo que fosse crítica aquele país, nem nos tempos do governo W. Bush, que conseguiu o repúdio quase unânime da comunidade internacional.

    A montagem dos grupos de mídia na América Latina seguiram o projeto de modernização conservadora oriundo dos EUA.

    Quem montou a Rede Globo?

    Quem são os maiores anunciantes privados?

    Quem financiava o discurso golpista contra não apenas Vargas, mas qualquer defensor de um projeto desenvolvimentista, por menor que fosse sua oposição aos interesses norte-americanos?

    Quem financiou o IPES, o “professor” Cardoso e sua Teoria da Dependência?

    Não se pode fechar os olhos para tudo isso, a imprensa brasileira é o intelectual orgânico dos interesses norte-americanos no país.

    1. Um início

      Acredito que você poderia abrir uma boa reflexão sobre o assunto. Por que não o faz?

      Há algumas questões que modulam essa reflexão, porém.

      Há a questão da ratificação da suspensão do embargo à Cuba pelo Congresso Americano (se é que tal ratificação é necessária, como li).

      Pode ser, sim, que a Guerra Fria esteja terminando, mas há também a possibilidade de uma Guerra Fria II estar começando: o choque de preços do petróleo faz parte de ataque (ou sanção) econômico à Rússia (explicado pela Ucrânia)? Ou, muito diferentemente, é ataque dos produtores de petróleo, especialmente os grandes produtores do Oriente Médio, às empresas americanas produtoras de gás de xisto (pois o xisto compete com o petróleo)?

      O Brasil está comprometido com os BRICS por não ter encontrado o espaço na ordem econômica ocidental de que precisa para seu desenvolvimento, e o bloco ocidental é liderado pelos EUA. Ademais disto, a agressiva política de segurança americana que levou à espionagem da presidente do Brasil, não parece ter sido amainada (Assange continua preso na embaixada equatoriana em Londres, Snowden refugiado na Rússia e Chelsea Manning, a que eu saiba, continua presa). Provavelmente, estes resquícios da Guerra Fria I condicionarão o diálogo Foggy Bottom – Itamarati.

      Por outro lado, o distensionamento das relações dos EUA com Cuba, afora a libertação de alguns prisioneiros de Guantánamo são, de fato, ótimos sinais, embora o Congresso Americano não pareça concordar com esses movimentos do Executivo Americano e que, aliás, são muito mais do que movimentos do Foggy Bottom de per si.

      As relações entre o Departamento de Estado Americano e o Itamaraty, apesar das indeterminações mencionadas, deverão tender a uma fase mais construtiva, pois parecem estar congeladas, e o porto de Mariel pode ser um bom ponto de partida. Há ainda as questões da Palestina, Irã, Iraque etc., é muita coisa.

      Brasil e EUA, pelas diversidades de suas economias e  pela pujança das duas economias têm certamente muitas áreas em que podem cooperar economicamente, afora na construção de soluções diplomáticas de controvérsias entre países.

      E quais são suas reflexões sobre as relações Brasil – EUA pós Guerra Fria? Gostaria de conhecê-las.

      Abço.

      PS: vamos ver se Nassif se anima a fazer um artigo sobre o assunto.

       

  12. É comica a alegria da

    É comica a alegria da esquerdolandia. Quando os EUA restabeleceram relações com a China aconteceu o que?

    ACABOU O COMUNISMO NA CHINA.  Com Cuba será MUITO MAIS RAPIDO, Cuba é uma extensão dos Estados Unidos, com o restabelecimento de relações o comunismo em Cuba acaba em dois anos e Cuba será uma nova Porto Rico.

    1. Cara, tu abusou

      Tá confundindo o Povo Cubano, com sua tradição e patriotismo que derrotou diversas tentativas de golpe dos EUA desde a queda de Batista com Porto Rico?

    2. Aconteceu que a China superou o pib americano em ppp

        E o estado lá MANDA, não “o mercado” apesar de todas as concessões ao contrario do que acontece com o decadente EUA em uma situação de calamidade econômica nas suas contas, esse é o verdadeiro sistema que não se mantém, matando o estado.

       

  13. Olha Nassif, vc é jornalista,

    Olha Nassif, vc é jornalista, tem uma relação emocional com seus colegas e evidentemente isso é normal. Mas onde vc vê estratégias das empresas de mídia eu só consigo ver é jornalismo de baixa qualidade por razões predominantemente profissionais. Se vc olha em quem escreve nas redações é difícil ver quem enxerga mais do que a “conversa inteligente”, e desdenhosa, do pós-expediente, entre colegas que participam do mesmo desdém.

    E dos empresários, tem esse baronete de limeira que tudo que faz é para dizer que é ele quem manda. Do outro lado do rio, o outro que se faz fotografar numa passeata de extrema-direita divulgando uma mensagem abjeta. Dois herdeiros que receberam o pacote pronto e parece que brincam com ele como se fosse o presente de Natal de quando tinham 8 anos de idade. 

    Em suma, cavaram um buraco e fazem questão de se afundar cada vez mais nele. É claro que, num mundo ideal, deveria ser diferente, já que a imprensa tem mesmo muita responsabilidade diante do resto da sociedade. Mas essa nossa parece sem salvação. Pelo menos no desenho institucional de hoje. 

    1. Estrategia à altura da

      Estrategia à altura da capacidade instalada. É como a estratégia de beque de roça: não conseguirá fazer nada além dos chutões para o alto.

  14. Duvido desse amor súbito depois de 52 anos

    Duvido desse amor súbito que  aparece depois de 52 anos.Tem estratégia  atrás das boas intenções.Ou para subir a popularidade de Obama,  que não é o caso com Cuba, as relações   dos Brics e os Países a que pertencem,  a formação de blocos econômicos para sobrevivência econômica, que no caso  os Usa não estão no meio.Ai tem  armadilhas!!!!!Os  Castros vão permitir embaixadas  americanas em Cuba?  a ilha  vai permitir bases americanas em nome do amor?  algo  podre no reino da Dinamarca!!!

  15. Um ataque dos yankees, na

    Um ataque dos yankees, na surdina, com a colaboração de Raul, o traidor, que põe em cheque de uma tacada só, a Venezuela ( e toda sua influência adquirida na região desde 2000) , o renascimento da Russia como potência mundial e de quebra, a estabilidade do BRICS, com seu banco e tudo.

    E colaboramos com isso dando-lhes um porto como presente de casamento.

    EVidente que o dote pago pelos americanos a Raul deve ter sido vultuoso, já o que mesmo resolveu jogar no lixo os 32 Bi que Putin levou em julho, além do perdão da dívida.  

    Mais um vez o Brasil se mostra o grande traidor da América Latina, o grande serviçal dos yankees na região.

    http://www.globalresearch.ca/did-raul-castro-just-reverse-the-entire-cuban-revolution/5420584

     

     

     

     

      1. Gardenal

        Ver um direitista do quilate desse bosta de Campo Magro (PR), chamar Raul Castro de traidor, por uma suposta adesão ao EUA, não tem preço. O Raul traiu o bosta do Sotto? É hilário!

    1. Agora endoidou de vez

         Nem que teus delírios se tornassem realidade e Cuba vire uma estrelinha apagada na bandeira americana nenhum  dos BRICS ou a Venezuela vai sentir a menor coceira, o único elefante que tem medo de formiga é os EUA.

  16. A política

    A política externa dos Estados Unidos para o Brasil foi terceirizada, cambendo à grande mídia um papel que seria dos Estados Unidos. A postura da grande mídia e manter o Brasil numa espécie de guerra de baixa intensidade dessa forma obriga o governa a apagar um “incêndio” por dia o que dificulta uma ação mais ousada por parte do Brasil

  17. O SOCIALISMO FRACASSOU EM

    O SOCIALISMO FRACASSOU EM TODA PARTE PORQUE NÃO FUNCIONA, depois de certo tempo os socialistas não tem outra opção a não ser voltar ao capitalismo, União Sovietica, China, Polonia, Techecoslovaquia, Hundria, Romenia, Bulgaria, Iugoslavia, Vietnam, Cambodja, quantas experienciasfracassadas, é um caminho com volta ao ponto de partida.

    1. Como assim, André?
      volta ao

      Como assim, André?

      volta ao mesmo ponto de partida? a China hoje é a mesma China de onde a Revolução Comunista surgiu? Cuba de hoje é a mesma Cuba da Revolução de Fidel?

      Seus comentários são bem melhores do que isso, não?

      Podemos até discutir se e como haverá uma volta ao capitalismo, e as consequências disso, mas jamais uma volta ao mesmo ponto de partida. Não reconhecer avanços no campo educacional e da saúde, por exemplo é má-fé ou ignorância. a questão é discutir daqui pra frente CONSIDERANDO O CAMINHO que foi feito até aqui. Volte, André, aos seus comentários inteligentes (com os quais nem sempre concordo, mas que tem uma determinada lógica).

       

      1. É claro que o tempo passa

        É claro que o tempo passa PARA TODOS OS PAISES, me referi à volta IDEOLOGICA, a China antes de Mao era um pais capitalista, Cuba antes de Fidel idem, depois da experiencia socialista voltam ao ponto de partida porque voltam a ser paises capitalistas, caso do Vietnam, hoje o pais “”darling” dos EUA.

    2. Curriculum

        Motta,

         Por curiosidade acessei o site do DofState, em havana.usint.gov ( Escritório de Assuntos dos Estados Unidos em Cuba  – um “tremendo de um prédio” ), e li o c.v. do “encarregado de negócios” – Embaixador Jeffrey DeLaurentis, é de primeiro nivel na estrutura do DofS – como escrevi ontem: para embaixada não precisa nem de prédio, já está lá, nem de Embaixador.

  18. Ideologia

    Os condenadores da ideologia reclamam de o Brasil ter financiado Mariel por razões ideológicas! Deixar de negociar com Cuba, isto sim teria fundamentação ideológica: se Cuba quer um empréstimo, se as condições brasileiras para a concessão do empréstimo são aceitas pelos cubanos, se o negócio Brasil-Cuba favorecerá 400 empresas brasileiras e mais de 100 mil empregados, deixar de negociar com Cuba seria, isto sim, estupidez ideológica.

    Como se diz da crase, a ideologia não foi feita para humilhar ninguém, especialmente os que a condenam.

  19. Viva Cuba!

    Amigos

    O Povo CUBANO tem atrás de si a RESISTÊNCIA e TODO O APRENDIZADO para 
    saber e decidir o que é bom para o futuro e a SOBERANIA CUBANA – 
    GANHARAM!!! os PERDEDORES foi o GRANDE e DECADENTE IMPÉRIO.
    “REDOBRAR VIGILÂNCIA?!”não será necessário – é um POVO LIVRE E 
    INDEPENDENTE e nunca precisarão da frase utilizada pelos fascistas – 
    “A Liberdade é o Preço da Eterna Vigilância” e em cima disso nos 
    tascarem um ESTADO POLICIAL.
    Abraços VIVA CUBA,VIVA A AMÉRICA LATINA!!!
    Pedro Luiz

  20. Cuba ofereceu Mariel aos EUA

     

    Cuba se acerca a los EE.UU. para romper su aislamiento

    Por primera vez en 15 años visitó la isla el titular de la Cámara de Comercio norteamericano. Tuvo una reunión reservada con Raúl Castro para analizar inversiones. Un objetivo es el puerto del Mariel.

    Clarin.com | Mundo | 31/05/2014

    Raúl Castro conversa animadamente con el empresario Thomas Donohue. Un paso clave para intentar que se levante el embargo. / EFE

    Cuando la política está paralizada, los negocios pueden mover montañas: sin estridencias, lentamente, comienzan a verse ciertos movimientos en la relación entre Estados Unidos y Cuba, sobre todo las comerciales.

    Por primera vez en 15 años, el titular de la Cámara de Comercio estadounidense visitó la isla, donde analizó las reformas, las oportunidades de inversión y tuvo una recepción de alto perfil que incluyó un encuentro con el presidente Raúl Castro.

    La delegación de empresarios, encabezada por Thomas Donohue, tuvo como principal objetivo ver la marcha de las recientes reformas económicas implementadas por Cuba, por las que se abre la puerta al capital extranjero. “Hemos venido a Cuba a ver la seriedad del esfuerzo de las reformas y para alentar y apoyar en todo lo que podamos”, dijo Donohue en una presentación en la Universidad de La Habana a la que asistieron profesores, alumnos y diplomáticos. “Es hora de comenzar un nuevo capítulo en la relación Cuba-EE.UU.”, señaló.

    La Cámara de Comercio es un foro no gubernamental que representa a millones de empresas en Estados Unidos. El propio Donohue dijo que había hecho serios esfuerzos en estos años por lograr que Washington levante el embargo comercial contra la isla impuesto hace ya cinco décadas. “La Cámara de comercio piensa que ya es hora de eliminar las barreras políticas”, expresó.

    Son fuertes las presiones sobre el gobierno de Barack Obama para que alivie el embargo. De hecho, hace pocos días un grupo de cerca de 50 destacados ex funcionarios estadounidenses republicanos y demócratas y distintas personalidades enviaron al presidente una carta en la que le decían que en este momento la opinión publica es favorable a un acercamiento y que “EE.UU. se está quedando cada vez más solo internacionalmente en su política hacia Cuba”. El Gobierno “puede ayudar a los cubanos a determinar su propio futuro construyendo políticas de reforma”, señalaron.

    Donohue llegó el martes a la isla, acompañado por una docena de empresarios, entre ellos el gigante agroalimentario Cargill, con el cual la isla tiene comercio desde el 2000, cuando los alimentos y medicinas fueron excluidos del embargo.

    El punto culminante de la visita fue sin dudas su encuentro el jueves con el jefe de Estado, Raúl Castro, una reunion de la cual no se supieron detalles pero fue difundida en los noticieros y los diarios oficiales de La Habana. Donohue también visitó cooperativas privadas fundadas recientemente y habló con “pequeños empresarios” surgidos al calor de los cambios aplicados por el gobierno de Castro desde 2008.

    Pero el empresario no quiso perderse la nueva joya del Caribe. Visitó la Zona del Desarrollo del Puerto de Mariel, una nueva área cubana para atraer inversiones extranjeras y que es uno de los proyectos más ambiciosos de América Latina.

    Este puerto, que hace 30 años fue la vía de salida hacia Estados Unidos de un éxodo de 125.000 cubanos, busca ser uno de los principales motores de la economía nacional. Es una zona franca de importación, exportación y fabricación, y que tiene la particularidad de poder recibir buques pos-panamax, que son los de mayor calado, que pueden cargar hasta 9.000 contenedores, y que por su tampaña no pueden pasar por canal de Panamá. También yates y grandes cruceros.

    Es una zona donde las inversiones pelean por entrar: más de 70 empresas de 15 países han pedido informes sobre este nuevo emprendimiento. Las obras las llevan adelante el gigante brasileño de la ingeniería Odebretch. El proyecto final contempla que tenga unos 465 kilómetros cuadrados de superficie, donde albergarán firmas petroquímicas, de tecnología, de alimentación, agrícolas y logística.

    En el aula magna de la Universidad de La Habana, Donohue contó que hacía 15 años había ido a Cuba a decir que era tiempo de abrir un nuevo capítulo en las relaciones. Aunque aquella vez no tuvo suerte, hoy es más optimista: “Es hora de un nuevo enfoque”, señaló y dijo que iba a hablar con funcionarios de alto nivel: “Cuando regresemos a casa daremos cuenta a nuestros líderes políticos de lo que hemos visto”.

    http://www.clarin.com/mundo/Cuba-acerca-EEUU-romper-aislamiento_0_1148285309.html

    “Quem vai faturar bonito são Estados Unidos e Rússia. Depois de os EUA fazerem oferta pela operação da área, como publicamos, agora foi o presidente russo, Vladmir Putin, quem avisou a Raúl Castro que pretende a área. Para isso, Putin perdoou dívida de US$ 35 bilhões dos cubanos.” – Marcelo Rech

    A minha avó já dizia: “Cuidado com o andor, que o santo é de barro!”

  21. Sem contatos, falei com todo o mundo em Havana 25 dias.

    Seria um pouco longo relatar (tempo desses relatei um tiquinho, um pouqunho). Só pra resumir a tentativa de comprar passagem: as agências de viagem diziam que tinha que coprar pacote, tempo de estadia, hotel certinho, porque era (janeiro/fevereiro de 1989). Tudo engabelação, ordens superiores, talvez as pessoas sorridentes no atendimento pessoal realmente acreditassem nas mentiras. Lá, entrei em zona militar pra conhecer ao escritório do jornal Gramna, praticamente o único jornal. Noutro momento, percorri a avenida das embaixadas e o prédio que Niemeyer fea pra ebaixada soviética. Um casal brasileiro em estágio em medicina, conhecia um deles, antes de ir, me alertaram que seria preso, se me detivesse ou se tentasse fotografar a embaixada. Fui, conversei eu e meu amigo de viagem, conversei com o simpático guarda cubano, briquei pra ele fingir que olhava pra outro aldo pra tirar foto bem de pertinho do protão. Ele riu. Atrás de um arbusto, que facilmente seria visto, tirei a foto (compacta, lente fixa 38 mm, não era telefonto). Continuamos passeando e não fomos nem advertidos. Conversei com diversas opiniões, não raivosos anti-regime 9que têm direito de expressão, ou deveriam ter, mas num clima de constante guerra não é fácil. Inúmeros atentados norteamericanos ou de mercenários de conhecimento do governo americano jogaram veneno em plantações de cana, etc, derrubaram avião com jovens atletas, fuzilado um general envolvido em tráfico (usn dizem que era um dissidente). Um barbeiro achou que estávamos gozando da cara dele quando dissemos que no Brasil havia pobreza e menigos (as novelas plim-plim). Há livros pouquíssimos sobre tudo isso, e há abundâncias que relatam o “inferno” da família Castro,… Pronto, passei das minhas antes planejadas 8 linhas. Teria mais a falar, acreditem ou não. Serviu, sim, pra desmistificar o regime (fui chegando simpático), mas saí mais realista, ainda favorável e compreendendo as imensas dificuldades e o extremo esquema de segurança que deve continuar. Guantánamo ainda está lá. A invasão da Baía dos Porcos é apenas uma das tentativas de invasão mais conhecida. Fui fazer cirurgia dos meus 10 graus de mipia, lá era mais avançado do que em Porto Alegre e Brasil e muitíssimo mais econômico do que ir pros irmãos queridos exemplares do norte, democratas, vigilantes do mundo livre.

  22. Já que todos sabemos que a
    Já que todos sabemos que a mídia nativa é tao cretina, quando a esquerda assumirá a responsabilidade de mudar as regras?

    Bate-se diuturnamente na tecla sem mencionarem o papel omisso do governo em relação ao assunto há DOZE anos no poder.

    É um bando de ineptos e covardes…

    Ops… Foi mal!

    1. Desculpe Chico Pedro, se não

      Desculpe Chico Pedro, se não for sarcasmo esse teu comentário destoa completamente do teu sempre aguçado senso crítico construtivo.

      A crítica ao conteúdo da mídia, dos seus “produtos” que são a informação e as análises de conjunturas, está totalmente fora do escopó de uma eventual “mudança de regras”(para usar os teus termos). 

      O post erm questão se circunscreve à crítica na esfera da OPINIÃO, da LIBERDADE DE EXPRESSÂO. Em suma: do conteúdo já aludido anteriormente. 

      O que está, ou estava, no programa dos governos do PT é, era, algo diferente, no caso, a regulamentação PATRIMONIAL-FÍSICA pelo aspecto da desconcentração. 

       

  23. Certas descontinuidades

    de Dilma não poderiam ter ocorrido depois dos oito anos de dura introdução por Lula.

    Repare, Nassif, o quanto foram maiores as intervenções críticas quanto à política externa por Rubens Barbosa, Celso Lafer, Amaral, Lampreia, etc. no período de Lula em relação a Dilma. Com esta, Samuel Pinheiro Guimarães teve vida tranquila, sem tanta polêmica.

     

  24. Nassif, a mídia nativa é

    Nassif, a mídia nativa é fraca e sempre foi contra as políticas e programas pró-povo brasileiro. A grande mídia nacional nunca esteve do lado do povão. Ela é porta-voz de interesses da elite e do capital financeiro. Nada de espanto.

  25. Na Fortune “bolivariana”

      Sei que a maioria dos que acessam este sitio, consideram lobbie uma “pratica capitalista feita por demonios “, MAS em um artigo de hj. da Revista Fortune ( uma publicação certamente “bolivariana” e esquerdizante), tem um artigo bastante interessante em : //fortune.com/2014/12/18/ companies – cuba – embargo, explicando algumas ações de lobbie nos Estados Unidos referentes a aproximação, claro que todas as empresas listadas são “bolivarianas”, como: Colgate, Catterpillar, Chubb Insurance, Dow Chemical, Credit Suisse, Cargill.

       Americanos são práticos, atuam rapidamente, alguns exemplos, de hj. :

       Industria de beneficiamento agricola: http://www.cargill.com/news/releases/2014/NA31716068.jsp

       Industria do frango e engenharia consultiva: http://www.gainesvilletimes.com/M/section/6/article/106673/

       Industria de maquinas e implementos agricolas: http://www.pekintimes.com/article/20141217/NEWS/141219148 ( esta noticia publicada na China, sobre a Catterpilar Corp., é interessante na procedencia, é que a CAT já estava com os “dois pés ” em Cuba, mas através de sua subsidiária chinesa, e agora poderá exportar diretamente dos Estados Unidos).

        Empresas americanas estão em Cuba faz tempo, mascarados como europeus, mexicanos e canadenses, ou como universidades, portanto, ao contrario do que muitos pensam, mas nosso pessoal da APEX/BB sabe, as bases deles só vão tirar a “mascara” e começar a agir mais fortemente. Exemplo:

        O CIGB ( Centro de pesquisas em Engenharia Genética ), com seu Heberprot – P e o composto CIGB-230 ( vacina ) ou o Teravac – HIV, estão em desenvolvimento associados a Universidade Duke, só o -230 e o Teravac, são patentes estimadas em mais de US$ 500 M, já o Heberport , já patenteado deve dar um lucro do mesmo valor, a brasileira EMS tem convenio com a empresa cubana (mista) Heber Bio, de R$ 100 M, mas em relação a concorrer com russos, indianos, chineses e europeus – sem chance – e agora com os americanos, suas empresas de biotech, e suas universidades, o quadro tornou-se uma “briga de cachorro muito grande”.

         

  26. Até quando acerta, erra.

      Ontem, em artigo na FSP, a Patricia “alguma coisa”, fez um comparativo completamente idiota, entre o Complexo de Mariel, e os portos da Jamaica e Bahamas, algo completamente sem noção.

       Para começar, a ZDM Mariel não é um porto caribenho, Jamaica e Bahamas são prioritariamente portos de transbordo atlanticos, para cargas em rota da AtlSul – USA, Europa  – América Central, e as vezes, raramente desbordo/transbordo destas cargas, de navios excessivos Panamax, para outros Panamax, em fluxo ATL – PAC – ATL , ela poderia ter colocado tb. Trinidad, um caribenho lucrativo, mas gazeiro/petroleiro, o que Mariel não é, nem pretende.

        Mariel, a noroeste da ilha de Cuba, é um porto de origem destinado a navios Panamax e futuramente Super-Panamax, assim que o Canal da Nicaragua estiver operando, o que interessa é o trafego ATL- PAC – ATL de grandes cargas, para transbordo em Mariel, visando o acesso aos portos excessivamente movimentados do Golfo do México ( Texas, Louisianna ), ou da Flórida e Costa leste americana.

         Não é apenas um “porto”, é uma unidade economica sinergica, não apenas um terminal de TEUs, pois na região subjacente ao porto, empresas de transformação serão instaladas, sistema de draw-back já aprovado pelo governo cubano – uma plataforma de exportação que irá gerar, aliás já está gerando, empregos bem remunerados ( pela perspectiva cubana), para o povo cubano – pessoas altamente capacitadas, para vcs. terem uma idéia, a lingua em Mariel é a universal maritima – inglês – e todos falam.

         Os saudosos esquerdistas, romanticos, de um passado de lutas e privações, da época que era legal ir para Cuba, auxiliar no “corte da cana”, aprender salsa, bebendo mojitos, ao apanagio da esfinge de Fidel e Che, se forem a ZDM ( a permissão é dada pelo MinComércio, e terá um guia ), vão ficar chocados.

  27. Mariel e a Miriam

    Vale a pena ver o comentário da Miriam Leitão sobre o assunto Cuba-EUA-porto de Mariel,  no jornal Bom dia Brasil da Globo, de hoje. Principalmente como ela termina o assunto.

    É inacreditável. Por isso vale a pena.

  28. PORTO MARIEL

             Há, certamente, grande perplexidade  da mídia brasileira com o acordo entre Cuba e os EUA, mas há, também, grande perplexidade da esquerda dita radical; afinal ambas consideravam inimaginável tal acordo, no passado remoto foi considerado inimaginável o acordo entre França e Reino Unido,que estiveram à beira do guerra no final do século XIX e cuja rivalidade durava cerca de oitocentos anos.

             O grande equívoco da mídia e partir de preconceitos e circunlóquios, nos quais ou se serve ao socialismo ou ao capitalismo, não entende que a cooperação supera nacionalidades e ideologias econômicas e sociais. Então impressioná que seja o papa, que por formação é pessoa dogmática, o arauto da conciliação, Sim a velha e esclerosada Igreja foi mais visionária e flexível que os pseudo-intelectuais da mídia, que servem a interesses rasteiros e medíocres dos donos dos conglomerados, afeitos a visão Murdoch, sendo até premiados pelo clã Mudoch, do que ao progresso e conciliação nacionais. 

             Quando assistimos aos debates dos presidenciáveis, o que chamou atenção foi o tom o partido que amava Cuba, contra o partido que amava os EUA, jamais qualquer investimento em Cuba poderia ser bom negócio, porque contrariava interesse americano, contra os bolivarianos. A pergunta que não quer calar é o que fazer com as análises mistificadoras e embusteiras da mídia à Murdoch.

  29. A teia que se meteram

    Diz Nassif:

    Cada tema é analisado como “produto” comercial para entrega imediata. Embrulham o tema em retórica de fácil aceitação para seu público. Se o público engoliu a história da “bolivarização” que lhes seja entregue o produto, da mesma maneira que jornais sensacionalistas entregam mulheres peladas na capa.

    Na Folha, na matéria de Patrícia Campos Mello “Brasil marcou um golaço ao financiar Mariel” inúmeros comentaristas atacaram ferozmente a autora. Leiam:

    http://comentarios1.folha.com.br/comentarios/5970016?skin=folhaonline

    É imperdível ler cada um desses comentários para se ter uma ideia da relação imprensa/produto/consumo e o recrudescimento da direita virulenta

  30. REFORMA DE “MEDIOS” JÁ!

    A reforma mais urgente para o Brasil é a reforma dos meios de comunicação. A versão tupiniquim da Ley de Medios dos hermanos argentinos. Como deve ser essa reforma? Em nossa opinião, deve ser radical. Desconcentrar a posse da mídia, realizar concorrências públicas para concessão, exigir conteúdo local ou regional em 60% da grade, garantir o imediato direito de resposta, punir rigorosamente as falsas reportagens e acusações, etc. E você? O que acha? Nossa reflexão sobre o tema está no texto do link abaixo:

    http://reino-de-clio.com.br/Pensando%20BR7.html

  31. Poro de Mariel é operado por empresa de Cingapura

    Bem, nós brasileiros fizemos este favor ao grande ditador Fidel Castro, amado pela esquerda nativa caviar, todos supostamente “festejaram” essa aproximação – na verdade estão se roendo por dentro, além de terem sido pegos de calças curtas, caiu o discurso mambembé do yanke opressor – ocorre que mesmo pagando, quem está operando este porto é uma empresa de Cingapura.

     

    E mais, o que o Brasil exporta para os EUA que passa por Cuba? nada.

    A 150 Km dos EUA e o Brasil a uns 8.000 Km, quem vai se dar bem??? coitados.

     

  32. Mariel + medicina a preço de rapadura

    Pergunte a quem sabe:

    Uma mão lava a outra e ambas a cara. Negocio redondo, funcionou com Chavez.

    Os Castro, oferecem médicos e o PT devolve portos e aeroportos.. Mão de obra especializada, ainda a preço de escravos, aproveitando o caos dos serviços mais elssenciais, tipo saúde onde mais precisam… porque é ali onde esta o voto. 

     

    Assim de simples

  33. Abertura em Cuba

    Quando um país comunista “se abre” é para dominar e não pra ser dominado. Vide os exemplos da Rússia e da China. Imagina quando a Coreia do Norte resolver “abrir-se”. Não tem pra ninguém,

  34. Caribe high tech?

    CARIBE HIGH TECH

     

    A partir do pronunciamento simultâneo de Raul Castro e Barack Obama, na última semana, dando início a uma reaproximação entre dois países – Cuba e USA – apartados há mais de meio século, abre-se um mar de possibilidades que, tomados pela surpresa, poucos analistas se atrevem prever.

    Quem acompanha os acontecimentos deste período nesta parte do mundo, certamente tem interesse no desdobrar desse jogo que terá influência na vida dos povos americanos, porque o lance foge ao diapasão que nos acostumamos a acompanhar na política externa norte americana para os países localizados abaixo do rio grande e em especial à ilha de Fidel. As tentativas de invasão patrocinadas pela CIA e heroicamente repelidas pelo povo cubano não nos deixa acreditar tão facilmente que os tempos mudaram.

    Aí é que está. Os tempos mudaram – pero no mucho.

    Já há alguns anos, com aparecimento dos BRICs, criou-se uma expectativa de enriquecimento de alguns países tidos como subdesenvolvidos, expectativa essa em muito frustrada com a crise que se arrasta desde 2008. Nações tidas como referência de desenvolvimento sentiram o impacto da crise a ponto de não apresentarem, no curto prazo, soluções fora do convencional. A relação de mercado do eixo dos países mais ricos com os mais pobres também passa por turbulências. O neocolonialismo sente que precisa se remodelar.

    Após Hiroxima e Nagasaki – uma brutalidade imperdoável – o Japão, rendido, juntou suas garrafas e, após três décadas resurgiu das cinzas e empreendeu um caminho rumo ao desenvolvimento, com investimentos em educação e tecnologia. Engana-se, porém, quem pensar que o milagre aconteceu unicamente por obra e graça da maestria dos samurais. O governo americano, por razões de geopolítica – barrar a provável influência da China comunista – injetou cerca de 16 bilhões de dólares na economia japonesa, assim como fez com a Alemanha, arrasada após a segunda guerra. Para os alemães a bolsa foi de aproximadamente 30 bilhões, entre 1949 e 1952. Os ianques tinham interesse na reconstrução da Europa (Plano Marshall) e, como na Ásia, temiam a influência dos comunistas da vitoriosa URSS.

    Alemanha e Japão, mesmo com a economia em frangalhos sempre tiveram uma cultura de valorização da educação e isso, sem dúvida, foi um dos fatores que possibilitaram a recuperação desses países, uma vez que a tecnologia impulsionou a mudança de patamar das indústrias locais.

    Uma das fontes de orgulho do povo cubano é o sistema educacional, tido como prioridade desde os primeiros dias da revolução que derrubou o ditador Fulgêncio Batista, em 1959. Em pouco tempo os barbudos de Sierra Maestra fuzilaram o analfabetismo e, em seguida, estruturaram um sistema de saúde que é referência no mundo todo. Hoje, Cuba exporta conhecimento em medicina.

    Com o reatamento das relações diplomáticas entre cubanos e norte americanos, cria-se a expectativa de que o fim do bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos em 1962 – um crime imposto contra gerações de cubanos que pagaram um alto preço pela independência – seja uma questão de pouco tempo.

    Com o provável fim do embargo, abrem-se inúmeras possibilidades comerciais lado a lado. Milhares de turistas voltarão a circular nas praias caribenhas despejando dólares e arrogância; milhares de cubanos poderão visitar parentes em Miami.

    Mas, com certeza, centenas de empresas (não só as americanas) atracarão ao porto de Mariel a fim de instalarem suas plantas em uma terra em que os trabalhadores têm diploma e não tem sarampo. E nem tosse comprida.

    Arriba!

  35. Caribe high tech?

    CARIBE HIGH TECH

     

    A partir do pronunciamento simultâneo de Raul Castro e Barack Obama, na última semana, dando início a uma reaproximação entre dois países – Cuba e USA – apartados há mais de meio século, abre-se um mar de possibilidades que, tomados pela surpresa, poucos analistas se atrevem prever.

    Quem acompanha os acontecimentos deste período nesta parte do mundo, certamente tem interesse no desdobrar desse jogo que terá influência na vida dos povos americanos, porque o lance foge ao diapasão que nos acostumamos a acompanhar na política externa norte americana para os países localizados abaixo do rio grande e em especial à ilha de Fidel. As tentativas de invasão patrocinadas pela CIA e heroicamente repelidas pelo povo cubano não nos deixa acreditar tão facilmente que os tempos mudaram.

    Aí é que está. Os tempos mudaram – pero no mucho.

    Já há alguns anos, com aparecimento dos BRICs, criou-se uma expectativa de enriquecimento de alguns países tidos como subdesenvolvidos, expectativa essa em muito frustrada com a crise que se arrasta desde 2008. Nações tidas como referência de desenvolvimento sentiram o impacto da crise a ponto de não apresentarem, no curto prazo, soluções fora do convencional. A relação de mercado do eixo dos países mais ricos com os mais pobres também passa por turbulências. O neocolonialismo sente que precisa se remodelar.

    Após Hiroxima e Nagasaki – uma brutalidade imperdoável – o Japão, rendido, juntou suas garrafas e, após três décadas resurgiu das cinzas e empreendeu um caminho rumo ao desenvolvimento, com investimentos em educação e tecnologia. Engana-se, porém, quem pensar que o milagre aconteceu unicamente por obra e graça da maestria dos samurais. O governo americano, por razões de geopolítica – barrar a provável influência da China comunista – injetou cerca de 16 bilhões de dólares na economia japonesa, assim como fez com a Alemanha, arrasada após a segunda guerra. Para os alemães a bolsa foi de aproximadamente 30 bilhões, entre 1949 e 1952. Os ianques tinham interesse na reconstrução da Europa (Plano Marshall) e, como na Ásia, temiam a influência dos comunistas da vitoriosa URSS.

    Alemanha e Japão, mesmo com a economia em frangalhos sempre tiveram uma cultura de valorização da educação e isso, sem dúvida, foi um dos fatores que possibilitaram a recuperação desses países, uma vez que a tecnologia impulsionou a mudança de patamar das indústrias locais.

    Uma das fontes de orgulho do povo cubano é o sistema educacional, tido como prioridade desde os primeiros dias da revolução que derrubou o ditador Fulgêncio Batista, em 1959. Em pouco tempo os barbudos de Sierra Maestra fuzilaram o analfabetismo e, em seguida, estruturaram um sistema de saúde que é referência no mundo todo. Hoje, Cuba exporta conhecimento em medicina.

    Com o reatamento das relações diplomáticas entre cubanos e norte americanos, cria-se a expectativa de que o fim do bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos em 1962 – um crime imposto contra gerações de cubanos que pagaram um alto preço pela independência – seja uma questão de pouco tempo.

    Com o provável fim do embargo, abrem-se inúmeras possibilidades comerciais lado a lado. Milhares de turistas voltarão a circular nas praias caribenhas despejando dólares e arrogância; milhares de cubanos poderão visitar parentes em Miami.

    Mas, com certeza, centenas de empresas (não só as americanas) atracarão ao porto de Mariel a fim de instalarem suas plantas em uma terra em que os trabalhadores têm diploma e não tem sarampo. E nem tosse comprida.

    Arriba!

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