O subdunguismo da Internet

Eles não perdem a oportunidade, tudo é culpa do PT e dos eleitores de Dilma!

(…) Fernando de Barros Silva na coluna Opinião de hoje na FSP, sob o título “Subdunguismo na rede” o jornalista critica a Globo e Dunga pelo episódio da coletiva, depois de malhar bastante o técnico termina seu texto assim:

“Na blogosfera, militantes do PT e da candidatura Dilma Rousseff transformaram o técnico em herói da resistência antiglobal. Espalhou-se na rede um subdunguismo eleitoral. Soa como um sintoma -como dizer?- de fascismo democrático”.

Generalizou legal, esse é jornalismo intelectualóide, nesse texto fica evidente o preconceito contra o PT que impera nos grandes meios de comunicação, tudo que destoa do aceitável por esses senhores é culpa do PT, me lembrou do Serra com o Heródoto… “Isso è trololó do PT”, diz Serra ao ser indagado sobre valores exorbitantes de pedágio em São Paulo, segue abaixo a coluna:

Da Folha

FERNANDO DE BARROS E SILVA

Subdunguismo na rede

SÃO PAULO – Entre a velha promiscuidade da CBF com a Globo e a truculência de Dunga no trato com os jornalistas, a escolha é muito simples: criticar as duas.
O monopólio do acesso à seleção, derivado da audiência e obtido durante várias Copas pela Globo, fez fermentar uma cultura bocó e nociva, na qual as fronteiras entre jornalismo verde-amarelo e negócios nem sempre foram claras. Isso, é bom destacar, a despeito da seriedade e da qualidade de muitos profissionais que atuam na emissora.
Até mesmo num assunto tão sério como o futebol, a sociedade ganha quando há pluralismo, opções de escolha, debate, divergências -enfim, imprensa independente.
Quando se volta contra profissionais da Globo, Dunga não está preocupado com o direito à informação desimpedida. Isso não existe no seu horizonte. Ele não aceita, não tolera e não perdoa a crítica. E exibe isso com um grau de franqueza que deve incomodar o espírito de compadrio & cia. que rege a CBF.
Dunga é uma figura tosca e autoritária. Naquela instrutiva entrevista que concedeu ao convocar a seleção, disse que não poderia avaliar se a ditadura brasileira foi boa ou ruim: “Só quem viveu é que pode nos dar a resposta”. Não satisfeito, foi mais longe: “É a mesma coisa sobre a época da escravidão. Eu não vivi, como é que vou dizer -ah, era ruim, era bom, não sei”.
Depois da história, a moral e cívica; depois da teoria, a aula prática: na sua recente coletiva, o “professor” primeiro interpelou de forma intimidatória o repórter da SporTV que havia balançado negativamente a cabeça -“algum problema?”. A seguir, o insultou com palavrões em voz baixa, repetidas vezes.
Foi o que bastou para que o assunto invadisse a seara política. Na blogosfera, militantes do PT e da candidatura Dilma Rousseff transformaram o técnico em herói da resistência antiglobal. Espalhou-se na rede um subdunguismo eleitoral. Soa como um sintoma -como dizer?- de fascismo democrático.

PS: outros colunstas da FSP mencionam seu e-mail para uma observação, contestação, etc. Ele não menciona o dele. 

Luis Nassif

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