Wilson Ferreira
Wilson Roberto Vieira Ferreira - Mestre em Comunição Contemporânea (Análises em Imagem e Som) pela Universidade Anhembi Morumbi.Doutorando em Meios e Processos Audiovisuais na ECA/USP. Jornalista e professor na Universidade Anhembi Morumbi nas áreas de Estudos da Semiótica e Comunicação Visual. Pesquisador e escritor, autor de verbetes no "Dicionário de Comunicação" pela editora Paulus, e dos livros "O Caos Semiótico" e "Cinegnose" pela Editora Livrus.
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Para a TV Globo, Japão é a reserva moral brasileira, por Wilson Ferreira

por Wilson Ferreira

Toda vez que o Brasil entra em crise econômica, a TV Globo convoca seu correspondente da época em Tóquio para intensificar matérias com edificantes lições morais sobre virtudes que supostamente faltariam para um país como o nosso que nunca dá certo: o modelo de educação mundial, a disciplina, a disposição para o trabalho, abnegação e auto-sacrifício. É a mitologia do “milagre japonês”. Os ocidentais tentam transformar o Japão em um espelho de si mesmos com seus tradicionais clichês. Mas não conseguem entender o gênio da cultura japonesa: a capacidade de imitar o ocidente sem absorver sua essência – o Japão consegue entrar na órbita cultural, tecnológica e comercial ocidental levando ao extremo um velho princípio taoista de que a vitória não se consegue afirmando-se, mas, pelo contrário, desvalorizando-se, cedendo. Assim como no jiu-jitsu onde não se vence impondo sua própria força ou valor, mas absorvendo a força do oponente.

Nesses tempos bicudos, onde as únicas alternativas para o País repercutidas pela grande imprensa como soluções para a crise econômica autorrealizável seriam o aumento da jornada de trabalho para 80 horas semanais, a “flexilibilização” (delicioso eufemismo) das leis trabalhistas e projeto da escola sem partido político, o Japão parece surgir como a grande reserva moral: modelo cultural e comportamental onde teria tudo aquilo que supostamente faltaria em nós para sermos uma grande potencia econômica e tecnológica, tal como aquele país.

Principalmente para a TV Globo, que tem o seu correspondente Márcio Gomes sempre  a postos em Tóquio com uma pauta pronta para mostrar como os japoneses são tão disciplinados, trabalhadores, tecnologizados e exóticos.

O script da grande mídia

Cinegnose veio nesses últimos anos desenvolvendo a série de análises das “bombas semióticas” onde chegou a duas conclusões: primeiro, esses dispositivos semióticos fizeram parte de um contexto maior que os analistas políticos chamam de “guerra híbrida” – estratégia semiótica da geopolítica norte-americana combinando engenharia de opinião pública com indução a “revoluções coloridas” em países do BRICS – sobre isso clique aqui.

E segundo, de que a grande mídia possui um script pré-definido composto por três plots básicos: crise econômica + corrupção + ameaça bolivariana (podendo variar para ameaça terrorista) – sobre isso clique aqui.

Quando passamos para o noticiário internacional, a pauta fica mais “cor-de-rosa”: amenidades em torno da família real inglesa; a limpeza e disciplina do povo japonês; ou a “festa da democracia” norte-americana – a cobertura dos correspondentes da Globo News sobre a Convenção do Partido Republicano está impagável: alegres e hiperativos como fossem turistas visitando pela primeira vez o evento de um “país de primeiro mundo”.

É claro que deve haver o “mal”: crise econômica e terrorismo internacional são tratados como fossem fenômenos naturais, assim como o aquecimento global, terremotos e tsunamis – atiradores descritos como fossem “lobos solitários” e muçulmanos fanáticos que precisam ser eliminados por algum tipo de limpeza étnica, ética ou religiosa.

Quando o “mal” manifesta-se (atentados e vítimas) mostra-se como  povo desses países é heroico, resistente e organizado diante das adversidades: pessoas colocando flores nos locais de atentados, entoando hinos e assim por diante.

A mitologia do milagre japonês

Mas com o Japão vai além. Nos telejornais, principalmente da TV Globo, a exótica terra das animes, cosplayers, hashis e sushis se transforma em “Japão Inc.”, a terra do milagre de um país destruído por bombas nucleares na Segunda Guerra Mundial e que se transformou em potência mundial.

Por exemplo, após o terremoto seguido de tsunami ter devastado parte do seu território em 2011, e ainda seguido por vazamento de radiação na usina nuclear de Fukushima, imagens da Globo davam destaque para as filas disciplinadas de moradores da região para receber doações de roupas e alimentos. Sempre a angulação das reportagens era para destacar a abnegação a capacidade de auto-sacrifício e espírito coletivo. 

Bem diferente de outros acidentes nucleares como, por exemplo, Chernobyl em 1986 na União Soviética: mostrado pela mídia internacional como resultado da ineficiência de um Estado comunista, além de preparação de terreno para o fim próximo do próprio bloco comunista. 

Filme “Fábrica de Loucuras” (1986)

Filmes como Fábrica de Loucuras (Gung Ho, 1986) ajudaram a criar o mito econômico do milagre japonês: uma comédia que conta os percalços de uma fábrica de automóveis em crise e que convoca a ajuda de técnicos japoneses.

A mitologia do milagre japonês se iniciou nas faculdades de economia e administração: planejamento econômico, modelo mundial de educação, utilização racional da força de trabalho, sistema monetário adequado à economia etc. Chegando ainda a supostos fatores étnicos-culturais milenares como “espírito de poupança”, a disposição para o trabalho disciplinado, o respeito pelos mais velhos, espírito do sacrifício pelo interesse coletivo e assim por diante.

Os clichês globais sobre o Japão

No Brasil, sempre nos momentos quando o País passa por crises econômicas e políticas, a grande imprensa intensifica a produção de matérias sobre como devemos nos mirar no exemplo japonês. E agora vivemos outro pico de matérias de espírito construtivo sobre aquele país.

Na Globo as matérias recentes vão desde o tema sobre como o Japão é um modelo de educação mundial (“onde ganham confiança para irem mais longe…”) até de cunho metalinguístico: a vida dos correspondentes Márcio Gomes e Roberto Kovalick no país “que une o moderno e o tradicional, tudo certinho…”. E toma imagens de japoneses perfilados e se curvando a estrangeiros em sinal de boas vindas “mostrando alegria e respeito”, robôs, tecnologia. “Nada é feito para falhar”, fala o surpreendido Roberto Kovalick – veja abaixo as reportagens.

Essa mitologia do Japão Inc. acabou tornando-se uma ideia próxima do self made man (a convicção de que o sucesso pessoal se faz pelos próprios esforços pessoais), dessa vez aplicado para o progresso de uma nação.  

Essa postagem nem vai entrar nas evidências econômicas que desmentem a mitologia do milagre japonês – proteção comercial durante a Guerra Fria onde os EUA mantinham propositalmente o déficit comercial com aquele país; crescimento do desemprego para quebrar o poder de negociação dos sindicatos;  sofisticação tecnológica voltada para a descartabilidade dos postos de trabalho; crescimento dos trabalhos temporários, acabando com o mito do “emprego vitalício” e o “espírito familiar” das empresas japonesas etc.

O gênio da cultura japonesa

Vamos apenas ficar nos aspectos culturais. Os atentos correspondentes internacionais da TV Globo, com o seu olhar estrangeiro e ocidentalizado, parecem cair na armadilha do “gênio” da cultura japonesa: a noção dada à palavra “sentido”, bem diferente do conceito ocidental.

>>>>>Leia mais no Cinegnose>>>>>>>

Wilson Ferreira

Wilson Roberto Vieira Ferreira - Mestre em Comunição Contemporânea (Análises em Imagem e Som) pela Universidade Anhembi Morumbi.Doutorando em Meios e Processos Audiovisuais na ECA/USP. Jornalista e professor na Universidade Anhembi Morumbi nas áreas de Estudos da Semiótica e Comunicação Visual. Pesquisador e escritor, autor de verbetes no "Dicionário de Comunicação" pela editora Paulus, e dos livros "O Caos Semiótico" e "Cinegnose" pela Editora Livrus.

16 Comentários

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  1. Ao meu ver esse texto está

    Ao meu ver esse texto está tratando o assunto de uma forma superficial,não há nada de mais  em mostrar coisas boas que outras nações tenham,já fui ao Japão três vezes,e realmente a cultura deles é impressionante,disciplina,respeito às regras,coisas que parte dessa atual geração não conhece ,vou citar um exemplo,certa vez estava numa fila e chegou uma senhora,o homem que era o primeiro da fila cedeu o lugar para a senhora,ao invés dele deixar passar a sua frente,ele literalmente deu o seu lugar a senhora e foi para o último lugar da fila,questionei a um amigo sobre isso,se não bastaria ele deixar a senhora passar a sua frente,e ele me respondeu que isso seria imoral,pois se ele quis demonstrar respeito a senhor ,teria que mostra o mesmo pelos outros questão na fila. 

        Tive uma namorada que era neta de japoneses,e que vieram para o Brasil,e certa vez ele me disse qual eram as recomendações do governo japonês,que consistia viver no país estrangeiro respeita do as leis,sendo honesto e trabalhador,pois se não fosse dessa forma traria vergonha para o Japão e para a sua família.

    1. A questão não é bem essa…

      Fatos positivos culturais de outros países devem ser mostrados, sim, porém, não da forma como as reportagens globais colocam, depreciando o Brasil.

      A questão da fila, que você exemplifica, é interessante, porém, no Brasil não é bem a primeira pessoa da fila que cede o lugar para um idoso e sim, toda a fila. Assim, considero que não estamos errados, pois todas as pessoas da fila (Brasil) cederam o lugar para o idoso e não somente o primeiro da fila. Todos mostraram respeito pelo idoso.

      Você já percebeu que a grande mídia sempre vai buscar bons exemplos em outros países? Porque não encontra bons exemplos aqui no Brasil mesmo? Resposta simples: porque ela não quer. Sabemos que não dá muito ibope falar bem do Brasil.
       

  2. A crítica não é merecida

    Todas as sociedades tem suas características, falsas ou originais, mas não há nenhuma no mundo semelhante ao Japão, não há negar. Quem o conhece e já visitou o Japão sabe disso.

    O país é impressionante. Historicamente filhos dos chineses, hoje eles se distinguem tanto que se não fosse a etnia ninguém perceberia. 

    A cultura do respeito, da educação, da tranquilidade é algo que vc não vai encontrar em nenhum país do mundo. Tóquio, uma das maiores metrópoles do mundo, parece uma cidade de poucos mil habitantes pelo murmúrio, e vc também não perceberia estar em Tóquio caso não visse milhares de pessoas todos os dias.

    Para eles, diferente de nós, fazer o “bow” não é humilhação, e sim respeito. 

    Terem recebido ajuda americana, pelos interesses políticos, não os torna menor, mas apenas preocupados com seu próprio destino. 

    Essas matérias são educativas, e não contém nada mais ou menos do que mostrar para a população nossa em geral, carente de educação (em sentido formal principalmente), que é possível ser melhor, e nada mais apropriado do que exemplos de sucesso. Simples a mensagem, ou o autor queria que se estabelecesse uma discussão em rede nacional sobre os malefícios e benefícios do exemplo japonês?

     

  3. O Japão foi o Brasil que deu certo

    Na percepção geral, o Japão foi o país que teve sucesso onde nós fracassamos, pois passou do subdesenvolvimento ao desenvolvimento, igualando e até superando os países ricos, e isso cutuca a nossa consciência. É por este motivo que a Globo procura mostrar as virtudes japonesas, e os esquerdistas fazem todos os esforços para negá-las: de fato, a trajetória do Japão desmente de forma cabal todos os dogmas acalentados pelo marxismo e pelo desenvolvimentismo tupiniquim, começando pela lenda de que o colonialismo e o imperialismo são a causa da existência de países desenvolvidos e subdesenvolvidos.

    Pois bem, o Japão quando tentou ser uma potência imperialista fracassou espetacularmente, foi destruído pela guerra e levou até bomba atômica. Sentiu como nenhum outro o tacão das potências ocidentais. Empobreceu por causa disso? Não! Foi a partir daí que enriqueceu de vez.

    Outro mito cruelmente destruído foi o de que o livre comércio impede o desenvolvimento da indústria local. Pois bem, o Japão no passado era o país mais fechado do mundo, até que em 1854 a esquadra norte-americana irrompe pela baía de Tóquio e obriga o Japão a aceitar em seus portos as manufaturas ocidentais. Foi então que o Japão se arruinuou e tornou-se dependente? Não! Foi esse o marco inicial para o progresso e a independência tecnológica do Japão. Temos também a crença atávica, que vem desde os tempos coloniais, de que a riqueza de um país está no subsolo, daí nossa obsessão de “defender nossas riquezas”. O Japão não tem riquezas naturais, mas tem o dinheiro para compra-las. Os japoneses sempre souberam que a verdaeira riqueza não está no subsolo, mas no cérebro de seus estudantes.

    O Japão também é um tapa na cara dos detratores da meritocracia, pois sempre foi uma das culturas mais meritocráticas do mundo, tanto na educação quanto no trabalho, e ao que parece, isso deu muito certo. Não tem jeito, o Japão é um enorme triturador de dogmas esquerdistas.

    O autor do artigo falou, falou, mas não conseguiu nem por um instante negar o óbvio: porque o Japão, apesar de todos os clichês apontados, é hoje um dos países mais ricos e com menor desigualdade entre ricos e pobres do mundo. Uma coisa que o autor escreveu, entretanto, é absolutamente certa: o Japão consegue entrar na órbita cultural, tecnológica e comercial ocidental levando ao extremo um velho princípio taoista de que a vitória não se consegue afirmando-se, mas, pelo contrário, desvalorizando-se, cedendo. Mas nós preferimos odiar o estrangeiro, haja visto a profusão de teorias conspiratórias jurando que os gringos derrubaram nossa presidente e querem roubar nosso pré-sal… E olha que esse estrangeiro sequer representa uma dicotomia cultural ocidente-oriente, como foi o caso do Japão. Somos todos ocidentais.

    E olha o exemplo aí das novas economias industrializadas da Ásia, como a Coréia, Taiwan, Hong-Kong, Cingapura. Seguiram o exemplo do Japão. Eram mais pobres do que nós 40 anos atrás, hoje nos fazem comer poeira. Enquanto vocês ruminam fracassadas teses marxistas, lá fora o mundo avança sem nós.

    1. livre pensar é só pensar

      É que lá ele implementaram a educação sem ideologia, é esta a conclusão dos bêbados filósofos no boteco que frequento para a sagrada cervejinha de fim de semana.

      Sei não vi um bico e penas de tucano!!!!!

    2. Bom…  Vejo que todos

      Bom…  Vejo que todos deceram a lenha nos japas. Para ter o contraponto vou fazer o papel de advogado do diabo.  Diferente do ocidente individualista, o pensamento coletivista, é muito forte no Japão. No acidente de Fukushima, os mais idosos se ofereceram como voluntarios, pois sabiam que estavam no fim da vida e não seria justo expor os mais jovens a radiação, essa abnegação, provavelmente só ocorre lá. O Japão tem a cultura do “senpai” que é o respeito aos mais velhos e experientes, então a puxada de tapete no chefe para tomar o lugar, é muito dificil de acontecer por lá, não que não exista meritocracia e competição, existe sim, e muito, mas é a competição com respeito e dignidade. E por fim, esse negócio de pensamento taoísta de abrir as pernas é papo furado. Não é que o Japão não peite os EUA e baixa a cabeça, pelo contrário, em vez de tentar vencer na porrada, eles simplesmente param a pancadaria, estudam, e vencem a disputa no xadrez. O Japão nunca foi entreguista (vide a disputa pelas ilhas senkaku)

  4. O nascimento do complexo de viralata

    O complexo de viralata e o espírito Bandeirante nasceram ambos do casamento de João Ramalho com Bartira, sob as bênçãos do cacique Tibiriçá e do padre Manoel da Nóbrega…

    Ao invés de assar e comer o inimigo, como estávamos habituados, resolvemos dormir com ele!

  5. Catastrofistas Profissionais

    Creio que há um consenso na grande mídia quanto à necessidade de mostrar catástrofes, corrupção, as mais diversas mazelas do país, para se ganhar audiência. Inclui-se aí os programas mundo cão tipo Datena e outros, um verdadeiro horror. Isso pode estar ligado ao nosso eterno viralatismo, onde nos colocamos frente aos gringos como colonizados bem comportados e embevecidos pela superioridade e sucesso deles. É fato que a grande mídia, por intere$$e$ inconfessáveis, não tem qualquer compromisso com um projeto de nação brasileira, pois se o tivesse, procuraria mostrar também as questões em que progredimos bastante (combate ao tabagismo, por ex.). Não se fugiria da discussão sobre os graves problemas nacionais, mas com um objetivo claro de se buscar soluções adequadas, e não de jogar mais ainda nossa auto-estima na latrina. Mas aí o bicho pega, pois exigiria que se fizesse um jornalismo de qualidade, o mais isento possível. E isso o GAFE (Globo, Abril, Folha e Estadão) realmente não tem o mínimo interesse em fazer. Estas famílias que dominam a imprensa no país, burlando a Constituição (que jamais deixaram regulamentar através de um Lei de Médios), preferiram esquecer o bom jornalismo e se transformaram em um pardido político, defendendo as idéias mais atrasadas que existem na política/sociedade brasileiras. Ao se posicionarem desta forma, ganham diversos bônus: verbas publicitárias governanmentais, sem as quais não sobrevivem (estado mínimo é para os outros), leniência da Receita Federal na cobrança de impostos alegremente sonegados, generosos financiamentos do BNDES e renovação da concessão ad eternum. Não existe mundo melhor do que esse.

  6. JAPONÊS:
    Almoça miojo;
    tem o

    JAPONÊS:

    Almoça miojo;

    tem o maior indice de tabagismo do mundo;

    tem um dos maiores indices de suicídio do mundo;

    tem prisões-calabouço;

    se relaciona com namoradas virtuais ou de borracha;

    tem o maior índice de morte solitária do mundo; (daquelas que o corpo é descoberto semanas depois)

    Não tem bunda.

    Isso aparece nas reportagens do Globo?

  7. Muito lero lero. O Japão

    Muito lero lero. O Japão nunca foi isso tudo. Perdeu uma guerra absurda, criada pela elite militar japonesa, teoricamente à procura de espaço no Oriente. Não soube avaliar a correlação de forças e olha que o inimigo nem era assim tão eficiente. Depois, quando derrotados, viraram cãozinhos de estimação dos americanos (norte) e receberam ajuda esplêndida para se levantar mas com a condição de nunca mais levantar a cabeça, o que tem feito com abnegação. Disciplina? Aquilo que eu vejo é um povo conformado que nunca questiona nada. Inteligentes? Nada que horas de estudo não resolvam, o que aliás eles fazem muito bem. Mas em meus tempos de universidade (dois cursos) eles eram tão bons quanto os bons, não mais que isso. E entre aqueles que conheço falta-lhes imaginação e iniciativa, entre outras coisas. Resumindo, um povo normal, tão normal quanto qualquer outro.

  8. Qual o problema de se mostrar

    Qual o problema de se mostrar bons exemplos vindos de outros países (no caso, o Japão)? Por que não podemos aprender com outras nações? Faltou HUMILDADE ao articulista.

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