PBM mostra confiança dos veículos tradicionais entre as faixas de renda

Enviado por Adir Tavares

Do Coleguinhas, Uni-vos!

Peneirando a PBM-2015 – confiança, por renda, veículos tradicionais

E vamos nós para mais uma parte do escovamento da PBM-2015. Nesta semana e na próxima, prossigo com os dados e gráficos de confiança por meio, agora com recorte por faixa de renda. Hoje, veremos os meios tradicionais e, semana que vem, os de internet. Então vamos lá.

12_tabelas e gráficos_TV_renda
Como acontece no recorte por faixa etária, a TV não apresenta muita variação quando é olhada pela ótica da faixa de rendimentos – a variação é de 4 pontos percentuais entre a mais baixa ( menos de 1 salário mínimo) e a mais alta (mais de 5 S.M.), variando +/- 2 pp da média Brasil, de 54, na confiança. Na desconfiança, a variação é ainda menor. O problema, porém, é aquele de sempre: o índice geral de confiança está perigosamente perto dos 50%, o que é muito baixo em se tratando de credibilidade.

 

13_tabelas e gráficos_jornal_renda

Diferente da TV, o meio jornal já apresenta uma clara diferença entre os extremos da amostra. O índice de confiança dos que têm renda menos de 2 S.M. é 8 pp mais baixo do que os que percebem mais de 5 S.M. A clivagem aí é bem clara e fica na faixa de 2 S.M. Esse fato mostra porque os escândalos que os jornais destacam tão repetidamente não têm uma repercussão tão grande quando só eles os divulgam, necessitando do alcance da TV para que reverberem, apesar de, no geral, o meio ser um pouco mais bem avaliado pela população em termos de confiança do que o outro meio.

 

14_tabelas e gráficos_revista_renda

A situação do meio revista é lamentável no que se refere à credibilidade na faixa abaixo de 1 S.M. Só não chega a ser um desastre porque, como foi visto em outros pontos da PBM, esse público praticamente não lê revistas. No entanto, mesmo nos estratos superiores de renda o meio não faz bonito, não atingindo 50% de credibilidade mesmo no seu público preferencial, aquele que percebe rendimentos acima de 5 S.M – crença nele nessa faixa chega a 49%, 21 pp acima da mais baixa.

 

15_tabelas e gráficos_rádio_renda

Em termos de credibilidade, o rádio parece-se com a TV. Não há grande variação entre as faixas de renda e ela se mantém acima de 50%, mas não muito.

Redação

4 Comentários

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  1. Cinquenta por cento???
    Ainda

    Cinquenta por cento???

    Ainda é alto, deveria ser perto de zero, leio jornal desde os 7 anos e ja estou ficando velho, a pobreza dos jornais atuais é explicita, a decadencia chegou e agora é ladeira abaixo, mesmo se conseguirem emplacar um governo cupincha a situação  piorará por que a comparação de atitudes será inevitavel, foi isso o que aconteceu com esses programetes policialescos de final de tarde; o povo não é bobo.

  2. Eu desconfio dessa PBM. Em

    Eu desconfio dessa PBM. Em minha infância e adolescência lia tudo que me caía nas mãos: revistas e jornais velhos, livros velhos, bulas de remédio… já ouvia rádio no útero da minha mãe. Não havia TV nem computador a meu alcance, assim como esses meios eram inacessíveis à maioria dos habitantes da minha cidade. Fui leitor assíduo e assinante de jornal e revista. Mas, há pelo menos 10 anos, esses meios impressos enveredaram pelo panfletarismo político, deixando de fazer jornalismo, mesmo que conservador – como era característica desses veículos. Não consigo perceber credibilidade de 50% em qualquer dos veículos tradicionais da mídia comercial; a razão para isso é simples: o percentual de leitores de jornais e revistas é ínfimo (nenhum dos diários de circulação nacional tem tiragem superior a 200 mil exemplares e nenhuma revista semanal tem tiragem que alcance 500 mil exexmplares – os números da Abril e da Veja são uma fraude, como bem sabem os leitores deste blog). Com o Rádio e com a TV não é diferente: embora esses meios tenham grande alcance, atingindo mais de 90 % da população, não me parece crível que metade dos ouvintes e telespectadores confie no noticiário e lhe dê credibilidade; se isso  fosse verdade, a audiência não estaria caindo contìnuamente, como temos observado.

    O resultado dessa PBM guarda muita semelhança com uma pesquisa encomendada pela FSP a uma empresa desconhecida (apesar do diário paulista ser o controlador de um instituto habilitado a realizá-la – o Datafolha), sobre qual o meio de comunicação mais usado pelos parlamentares federais. Parece que a FSP ficou envergonhada em ver associado seu instituto a um levantamento feito com os integrantes do mais corrupto, conservador, fisiológico, reacionário e retrógrado conjunto de parlamentares da história republicana brasileira. Mas o artifício da FSP nunca me convenceu.

  3. Há um problema quase

    Há um problema quase insolúvel nesses surveys cujo tema é confiança desde Inglehart. Sobretudo por causa da acepção da palavra “trust” nas várias culturas e grupos sociais (há um texto de João Feres Jr, o do Manchetômetro, sobre o tema na internet).

    Uma das, uma das recomendações, portanto, é “cercar” o tema de outros modos. Por exemplo, se perguntassem pro entrevistado se ele “acredita” no que é publicado talvez os percentuais fossem bastante diferentes.

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