Por que a regulação da mídia não é censura

Mercados desenvolvidos regulam atuação na mídia. No Brasil é diferente, apontam especialistas
 

Pela ordem: Aurélio Rios, Veridiana Alimonti, André Barbosa e Eugênio Bucci
 
Jornal GGN – O serviço de comunicação é compreendido nos Estados Unidos, França, Alemanha e Reino Unido como um setor comercial que tem como característica se monopolizar naturalmente. Por isso, nesses países existem leis para a regulamentação econômica desse mercado, induzindo a competitividade, consequentemente, impedindo a concentração dos meios de comunicação nas mãos de poucos grupos. 
 
No Brasil é diferente. Os 26 anos da promulgação da Constituição Federal não foram suficientes para que parlamentares criassem leis para regulamentar os artigos do Capítulo V, que versam sobre a comunicação social no país. A primeira consequência disso é a excessiva concentração de rádios, TVs, revistas e jornais impressos por alguns grupos. Organizações pelo direito à informação, dentro e fora do país, estimam que 70% das mídias estão nas mãos de menos de dez famílias, e muitas rádios e TVs locais são propriedades de políticos.   
 
O debate sobre o tema voltou à tona ainda no governo Dilma, durante o discurso de posse do ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, em janeiro de 2015. Na ocasião, ele declarou que levaria adiante a promessa da então presidente reeleita de debater a regulação econômica da mídia. O objetivo inicial de Berzoini era abrir o tema para a população colaborar com propostas, num processo que seria semelhante àquele que levou à criação do Marco Civil da Internet.
 
Na época, o programa Brasilianas.org, veiculado na TV Brasil, convidou especialistas para analisar o assunto. Eles já previam que o trabalho do então ministro das Comunicações não seria fácil, tendo em vista o momento político – que cerca de um ano e meio depois culminou no golpe do impeachment. Outro ponto levantado no debate foi o uso de velhas distorções, pelos próprios grupos de mídia, relacionando a proposta de regulamentação econômica à censura dos meios de comunicação.  
 
O Brasil já teve leis de imprensa, antes de 1988, mas que nunca foram efetivamente respeitadas. O ex-superintendente executivo de relacionamento da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e ex-representante da presidência no processo de instalação da TV digital no Brasil, André Barbosa, lembrou, por exemplo, que a legislação de 1962, feita antes do Golpe Militar, proibia que donos de TVs e rádios usassem esses instrumentos para fazer ativismo religioso e partidário. A normativa abordava também a regionalização, ou seja, a necessidade dos programas transmitidos não deixarem de lado as diferenças culturais do Brasil.
 
O professor da Escola de Comunicação da USP, e especialista em crítica e conceito de ética jornalística, Eugênio Bucci, também convidado do programa, explicou que a regulação dos meios de comunicação significa, apenas, disciplinar um setor do mercado.
 
“Não existe um mercado sem regulação, a não ser que estejamos falando de mercados paralelos, como de tráfico de droga, onde as coisas ocorrem por baixo do pano”, ponderou. Bucci completou que a ausência de regras “é um atraso no Brasil”, e não pode ser comparada à perda de liberdade. 
 
“Pelo contrário, a ausência de regras democráticas é que favorece a apropriação indevida do que é de todos por alguns poucos”, disse. O professor, que também é colunista da Revista Época, fez questão de lembrar que a FCC, agência reguladora dos meios de comunicação dos Estados Unidos, foi criada ainda na década de 1930, “impondo regras públicas que regulam o mercado privado”, e destacou que a bandeira de trazer para o setor de comunicações um disciplinamento democrático não pode ser visto como algo de esquerda ou de direita. “Ela é uma bandeira que expressa uma necessidade do estado democrático”. 
 
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Veridiana Alimonti, advogada do Intervozes, grupo que luta pela democratização dos meios de comunicação, ressaltou a importância de compreender que a regulação da mídia também está ligada à concretização de direitos  fundamentais como cultura, educação, informação e liberdade de expressão.  
 
“É interessante avaliar que a vedação ao monopólio e ao oligopólio que consta na Constituição Federal, que trata da comunicação social, está justamente no artigo que garante a liberdade de expressão nos meios de comunicação social, numa compreensão que é a seguinte: para garantir a liberdade de expressão na comunicação social não pode haver monopólio ou oligopólio nos meios de comunicação”, pontuou.  
 
Igrejas e TVs
 
O professor Bucci, entretanto, disse não estigmatizar o controle dos meios de comunicação no país por poucas famílias, acreditando que não existem dados confiáveis a respeito da questão e, ainda, que “oligopolização” é uma tendência mundial. O que ele criticou foi a falta de uma definição numérica, na Constituição Federal, do que seria o monopólio ou o oligopólio no setor de comunicações. “Seria o domínio de 70% ou 60% da audiência?”, exemplificou. 
 
Essa questão, portanto, só poderá ser corrigida mediante a criação de uma lei ordinária, regulando o Capítulo V da Constituição. O ponto mais preocupante, na visão do professor, é o uso de canais de televisão e rádio por igrejas, independente de qualquer que sejam as denominações. 
 
“Aí temos um problema grave porque, na democracia, a atividade religiosa não sofre as restrições e as exigências legais que a atividade comercial sofre”. Partindo desse princípio, Bucci vê o risco dos meios de comunicação religiosos conseguirem transpor esse direito ao uso que fazem dos meios de comunicação de massa. 
 
Censura 
 
O procurador federal dos Direitos do Cidadão, Aurélio Rios, ressaltou que a regulação econômica deve ser entendida como uma questão de democratização dos meios de comunicação. “Não é apenas retórica política, consta na Constituição”, continuou. Entretanto, o procurador disse não acreditar que o Congresso discuta com profundidade o tema, nos próximos anos, ou que seja capaz de regular com isenção. A esperança, para ele, é que, pelo menos, alguns pontos avancem. 
 
Aurélio Rios identificou que o grande problema é a distorção feita entre censura e regulação da mídia. “Esse é um ponto grave dentro da discussão, como se qualquer tipo de regulação de um setor importante, como é o da comunicação social, significasse o cerceamento da liberdade de expressão, ou a censura. Para nós, [isso é uma confusão que, obviamente tirando à má intensão de um ou de outro, é absolutamente primária”, avaliou. 
 
 
É importante destacar, sobre o tema, que a própria Constituição, no parágrafo 2, do Capítulo V, veda “toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística”. A advogada do Intervozes, Veridiana Alimonti, reforçou esse ponto, lembrando que nas propostas apresentadas de regulação econômica não existe nenhum ponto relacionado a censura de conteúdo. Entretanto, ela é a favor da criação de dispositivos legais que responsabilizem civilmente a veiculação e produção de notícias falsas. 
 
Um exemplo sobre isso foi o caso da Escola Base, em 1994, quando o casal Maria Aparecida e Icushiro Shimada, donos de uma escola particular na cidade de São Paulo, foram acusados injustamente pela imprensa de abuso sexual contra alguns alunos. A acusação equivocada levou ao fechamento da escola. Pouco tempo depois o caso foi arquivado por falta de provas. Em 1995, os Shimada moveram uma ação por danos morais contra o Estado e a imprensa, que apelaram para todas as manobras possíveis para postergar o pagamento de indenizações. Em 2007, Maria Aparecida faleceu de câncer. Em abril de 2014, aos 70 anos, Icushiro morreu de infarto. 
 
Eugênio Bucci ressaltou que a censura também pode ser exercida por grupos de mídia, quando negam, por exemplo, abordar algum tipo de informação importante à população. Por outro lado, esclareceu que esse mal é corrigido nos mercados competitivos, ou seja, quando os espaços para diversos meios de comunicação é equilibrado. 
 
“Ora, se uma rede de tv faz um noticiário enviesado, mas outra rede apresenta outro lado, o debate público compensa essas distorções”, completou. O professor lamentou que o assunto sobre a regulação da mídia seja pouco debatido pelos próprios meios de comunicação, sejam eles públicos ou privados. “Infelizmente é um assunto que se tornou uma espécie de tabu”, concluiu. 
 
Redação

36 Comentários

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  1. A mídia já não está agindo

    As empresas de comunicação já não estão mais agindo dentro dos limites constitucionais da liberdade de imprensa. Elas estão deliberadamente tentando derrubar uma presidenta eleita pelo povo ou obrigá-la a privatizar a Petrobrás e entregar o pré-sal aos gringos traindo seu programa de governo que foi endossado nas urnas. Neste momento, a CENSURA é sim uma necessidade. Somente depois que a regulação da mídia for aprovada e implementada é que as empresas devem recuperar o direito à liberdade de imprensa que tem usado de maneira perversa e abusiva para fomentar uma guerra civil.  

    1. Concordo integralmente com o

      Concordo integralmente com o missivista Fábio de Oliveira Santos quanto à urgência na aplicação de mecanismos reguladores do conteúdo de TVs, rádios, revistas, jornais e internet. O modelo ideal, a meu ver, estaria na composição de comitês populares instalados no interior das redações. Caberia a este comitê a análise prévia das noticias a serem divulgadas, utilizando como critério principal a Segurança e os Interesses Nacionais, principalmente quando as informações disserem respeito a temas sensíveis do Governo Federal. Para isso, haveria necessidade de mudança no Código Penl para elevação de penas para jornalistas, que iriam desde prisão até o impedimento definiivo da prática do jornalismo. Mas, aonde estão os homens e mulheres de coragem para implantar estas medidas? Acorda, Presidenta Dilma Rousseff!

    2. Advogado censor?

      Amigo, você defende a censura mesmo que temporariamente apenas para defender o governo mais corrupto da história?

      Mesmo que eu fosse o “escadinha”  dentro da câmara de gás esperando ir para o brejo, eu NUNCA chamaria um indivíduo que se diz advogado, e em tese um defensor da lei, mas que ama apaixonadamente os mega corruptos de Brasília.

      Esse é o Brasil da vergonha mesmo.

  2. A mídia já é regulada

    Não existe mercado sem regulação. O próprio autor do post reconhece que o país já teve Leis de Imprensa (e tem uma agora) que “não foram cumpridas”. Se não consegue cumprir a lei que existe, adianta fazer uma nova lei?

    Adianta se o objetivo real for escamoteado. É aquilo que nos tempos do regime militar chamávamos de legislação casuística. A regulação da mídia pretendida não abole formalmente a liberdade de imprensa (nem poderia) mas abre brechas para que a imprensa seja intimidada pelo Estado. O objetivo é esse.

    Eu entendo essa grita toda que está sendo feita contra a imprensa. Na situação atual do país, com uma oposição moderada e o povo tolerando a corrupção desde que tenha o que comer, a imprensa tem sido disparado a instituição que melhor funciona. Graças à imprensa que vieram à luz numerosos episódios obscuros hoje investigados. Se a imprensa é o Quarto Poder, então está exercendo esse papel melhor do que o executivo, o legislativo e o judiciário. Isso deixa os petistas histéricos. Mas é uma argumentação já extemporânea, pois na atual era da internet, os jornalões estão perdendo terreno como formadores de opinião para os blog´s e demais grupos de discussão na internet – afinal, não estamos nós, aqui, discutindo livremente, sem depender do capital de nenhum mega-empresário das comunicações? Isso é fazer de uma palha um cavalo de batalha. Por repetição, muitos esquerdistas ainda atribuem à Globo um imenso poder, quando na realidade essa empresa de comunicação está em declínio já há bastante tempo.

    De resto, esta conversa de que 90% da mídia está nas mãos de dois ou três mega-empresários joga com uma generalização simplista – o que se quer dizer é que uma mídia nas mãos de ricos só escreverá o que agrada aos ricos. Mas essa concentração é apenas uma consequência dos altos custos de toda grande empresa, que só podem ser bancados por quem tem capital suficiente. Há poucos donos de jornal no Brasil assim como há poucos donos de grandes fábricas. Mas os burgueses, em geral, não produzem para o consumo de outros burgueses, mas para o consumo das massas, e isso se aplica também ao mercado de notícias: quem compra jornal é o povo. O jornal pode até mentir, mas se o leitor vê que está sendo enganado, ele simplesmente compra outro jornal. O mesmo mecanismo de livre concorrência, que garante a excelência do livre mercado, também garante a lisura dos meios de comunicação. Mas como dizia H L Mencken,

    “A injustiça não é tão ruim de aguentar. Difícil mesmo é aguentar a justiça”

    Os petistas presos que o digam…

    1. Lisura da grande imprensa?

      O Sr. tem certeza do que escreve? Vou lembrar apenas um, U M fato dos últimos dias: a ordem que circulou na globo para a não citação do fhc nos telejornais da emissora. Depois vem com esse discursinho parece que copiado do instituto millenium. O único millenium que admiro é aquela nave da saga Guerra nas Estrelas.

      1. Ué, e só tem a Globo?

        Se a Globo quer mentir, omitindo a citação de FHC, é livre para fazê-lo. Mas há outros jornais que querem falar de FHC, e o leitor é livre para compra-los.

        Desta forma, assim como a livre concorrência em um livre mercado obriga os empresários de diversos ramos a oferecer os melhores produtos e os melhores preços, sob pena de serem suplantados pelo concorrente, os proprietários da grande imprensa também são obrigados à lisura. Enquanto houver livre imprensa, livre concorrência e live mercado.

        1. Pedro, em que mudim você

          Pedro, em que mudim você vive?

          Está  se falando aquí em regulação da mídia

          eletrônica. Vá ler tudo outra vez. Se não entender,

          leia outra vez, outra vez, outra vez, até entender.

          Aprenda primeiro, depois venha dar a sua opinião.

  3. Regulação da mídia

    Há necessidade urgente da quebra do monopólio da mídia e da regulamentação econômica. Esse projeto vai sendo sempre engavetado por questões meramente políticas, porque, além do monopólio, houve a distribuição de centenas de emissoras de rádio, em todo o Brasil, com políticos de todos os estirpes.

    As informações são naturalmente censuradas por segmentos da mídia, principalmente nos radios e emissoras de TV, em razão a força de grupos políticos que pauta o noticiário para atender interesses eleitorais e desacreditar adversários. Infelizmente quem direciona as informações, quem as deturpam, quem mente e quem manuseia a opinião pública são os políticos detentores de concessões.

    Para democratizar a mídia é preicso primeiro tirar as emissoras de rádio e televisão das mãos de políticos que conduzem a opinião pública em seus Estados e no País.

    O Governo Federal, através de todos os seus presidentes, foi quem praticou a orgia das concessões e hoje cobra a regulação da mídia sem passar pela cassação das tais concessões.

  4. Não é por falta de explicação

    Não é por falta de explicação que os donos da comunicação falam em censura. Eles sabem muito bem que o que fazem é a defesa de privilégios. E os teleguiados deles, pior ainda: esses não querem nem saber de nada. Os preconceitos são tão profundos que não conseguem nem ser explicitados. Alguns temem até alguma desforra…

    O que tem que ser feito não é uma “campanha de esclarecimento”. O que tem que ser feito urgentemente é uma campanha massiva para dissipar o ódio. Já passou da hora disso ser contrastado. Talvez seja até tarde demais. Mas mesmo assim deve ser iniciada já; mesmo que só apresente resultados daqui a décadas.

  5. Eu não  sei O PORQUE  da

    Eu não  sei O PORQUE  da insistência desse assunto.Igualzino a voto em lista( este então é escabroso)

         Se é censura ou não, pelo menos passa perto.

           O governo é masoquista. Irá perder na certa.

              E com o tal presidente da câmara atual, perde de goleada. MAIS UMA VEZ.

             No tão falado filme 50 tons de cinza, a protagonista deveria ser o PT.

                  Que tara pra apanhar!

  6. muita conversa sobre

    muita conversa sobre tecnologia e visões disso e daquilo e

    nada  sobre os golpístas que cotidianamente atentam contra 

    as instituições  e à própria constituição, ao não cumprir suas exigencias.

    a moça da intervozes deveria nos respresentar, mas parece mais preocupada em

    coisas que cada vez mais distanciam do assunto fundamental – o oligopólio inconstitucional….

    o bucci obviamente defende o setor privado….

    nada acrescenta…

    pois a questão das igrejas é mais um jeito de desviar do assunto principal….

    é ridículo ele falar em percenttuais para saber se há ou não oligopólio….

    isto é tão evidente que ele se expõe no mínimo como um ser oportunista senão estúpido….

     

  7. Pois é, enquanto políticos e

    Pois é, enquanto políticos e empresários ligados a eles tiverem o controle de emissoras de rádio e tv – além de jornais e revistas – nada irá mudar.

    Quem defende a justa elaboração e votação de uma lei ordinária para estabelecer os parâmetros da atividade no Brasil é minoria e voto vencido.

    Roberto Marinho, aliado eterno dos milicos, deve tudo que deixou de fortuna – uma parte em paraísos fiscais – a falta de regulamentação do setor. Jamais vai defender ou discutir o assunto. As vítimas da Globo, Folha, Veja, Estadão e suas ‘amplificadoras’ vão comprar o discurso das emissora, o que já acontece com boa parte das pessoas que se manifestam nas ruas e nas redes sociais para acabar com a corrupção (do PT). Só do PT!

    A igreja católica, e agora os evangélicos, sabem que podem influenciar muito fiel a defenderem seus dogmas e interesses. Mais duas pedras no caminho da regulação.

    Isso para não citar os Sarneys, os Magalhães, os Mello e tantos outros que fizeram fortuna ”desviando” dinheiro para anunciar nas suas rádios e emissoras de tv.

    A ‘governabilidade’, por exemplo, foi garantida graças a influência do Sarney no PMDB e outros nanicos. Como peitar o Sarney? Lula desistiu e preferiu esquecer o trabalho elogiado do Franklin. Isso pode ter evitado a cabeça do Lula em 2005 no episódio do ‘mentirão do PT’.

    FHC, mesmo que delirasse e decidisse regular a mídia, iria encontrar um ACM e seu exército seguidor e sugador pela frente. Sem falar nos Marinhos, Frias e gente dessa falta de quilate.

    É um assunto mais que necessário para o amadurecimento da nossa incipiente democracia (e precisa ser entendido e defendi por quem deseja um país melhor), mas apenas por esses exemplos mostra a dificuldade de caminhar no Congresso Nacional, a Casa do povo que foi invadida e até hoje é ocupada por quem financia as campanhas partidárias.

  8. Esse é um debate torto porque

    Esse é um debate torto porque mal definido.

    1.Existe antiga e ampla regulação da midia eletronica no Brasil, essa regulação começou em 1933 com a criação da COMISSÃO TÉCNICA DE RADIO, primeiramente sob o comando do Exercito, depois no Ministerio de Viação e Obras Publicas. O Brasil é um dos pioneiros mundiais da radidifusão, que foi inaugurada em 1929 no Rio de Janeiro por GUGLIELMO MARCONI em pessoa, o inventor do radio.

    O Governo Vargas nos seus primeiro 15 anos fez uso abundante do radio para sua comunicação e emitiu completa REGULAMENTAÇÃO sobre a midia eletronica, que foi muito aperfeiçoada e modernizada pelo regime militar, que criou o Dentel e o Codigo Brasileiro de Telecomunicações, depois remodelado em varias leis subsequentes.

    2.Portanto existe sólida e ampla regulamentação de midia eletronica no Brasil, o que se pode propor é uma revisão e modrnização dessa atual legislação MAS é absurdo dizer que no Brasil não há regulamentação.

    3.Em todos os paises grandes do mundo o modelo da midia eletronica não difere do Brasil, há 3 a 5 redes nacionais, esses redes tem tambem jornais e revistas, não há proibição de participalçoes cruzadas nos Estados Unidos, grupos como Cox, Hearst, Knight Ryder, Newhouse, Washington Post tem jornais, revistas, TVs e radios. A TV moderna mundialmente é operada por grandes redes, não existe o modelo de midia fracionada, é um oligopolio natural.

    4.Não vejo condições politicas neste momento para o PT aprovar projetos na linha “ley de medios” no Congresso, portanto é puro desgaste e perda de tempo caminhar com isso quando há problemas muito maiores que o Governo precisa resolver. Na Argentina a Presidente Kirchner, que tem muito maior poder sobre o Congresso e o Judiciario, sofreu imenso desgaste para passar essa lei e mesmo com isso continua sendo alvo de criticas diarias da midia, não adiantou nada.

  9. Com regular banditismo

    Não como nem o que regular na mídia. a regulação econômica já existe, mas se o bobo e pobre e regional estado de minas em fase terminal defende o poderio da globo, não há nada a fazer.

    Só podemos esperar que a justiça tome posição e vá contra queles que dominando a mídia fazem banditismo aberto. Ou o tse, parece brincadeira, perceber que o maior e mais poderoso partido do país é a mídia, e ela usa todo o seu poder de ser cartel e vender mentiras. E que ela destroi, até primeiro, os agregados como o psdb.

  10. Reg. da Mídia

    Dã pra acreditar nesse besteirol. Estou muito satisfeito com a mídia que temos, agora com rádio e Tv distribuídos em rêde. Tenho ouvido e visto muitos noticiários, agora envolver também com jornais e revistas impressos. Jornais e revistas não são concessões públicas, porquê regulamentar?Quem paga o papel e a tinta? O governo ou os proprietários. Sabe, a última decepção que tive com a mídia foi o fim do JB impresso e suas rádios noticiosas e musicais

    1. Quem paga o papel? Nós, ao

      Quem paga o papel? Nós, ao menos uma parte, pois papel para jornais e revistas são isentos de impostos, sabia? Ah, e também pagamos outra parte na forma de anúncios publicitários governamentais. Ih, esqueci dos empréstimos de pai pra filho com o dinheiro do BNDES. Tô achando que a gente paga tudo mesmo.

  11. O Brasil não pode continuar com esse cartel mafioso

    O Brasil não pode continuar com esse cartel mafioso dos barões da midia, eles impõe seu ponto de vista particular ao restante do pais ao mesmo tempo em que somos uma colcha de retalhos em termos de diversidade de dialetos, linguas,s culturas e visão politicas. Chega a ser uma insanidade o sistema atual, essa reserva de mercado e outros absurdos.

  12. Confusão deliberda

    Seria uma imensa ingenuidade não perceber que os donos da mídia oligopolizada deliberadamente transformam a discussão da Democratização dos Meios de Comunicação ou a Regulação Econômica da Mídia na volta da censura ou em ataque à Liberdade de Expressão. O assunto só é tabu porque não interessa para o conservadorismo e a mídia que ocorra qualquer tipo de regulação do setor. Quem impede essa discussão sabe muito bem o que está fazendo, não é um ignorante ou equivocado.

  13. “Impitimam é meuzovo”

    Nordestinos invadem link ao vivo da Globo com a mensagem “impitimam é meuzovo”

    Por redação em Fortaleza

    Nordestinos invadiram a gravação ao vivo em uma reportagem do programa do carnaval da Rede Globo “Globeleza” em Fortaleza no Ceára.
    TV verdes mares, a afiliada da TV é quem estava no comando da reportagem no momento. A transmissão era ao vivo no telejornal da manhã ao 12h que se intitula como “jornal do meio dia”
    A frase exibida é uma paródia alá nordeste com a frase “Impeachmant é meus ovos”
    Imagem fez o maior sucesso nas redes sociais e já viraliza pelo Facebook com a campanha “impitimam é meuzovo”

    Confira o artigo original no Portal Metrópole: http://www.portalmetropole.com/2015/02/nordestinos-invadem-link-ao-vivo-da.html#ixzz3RlMea2fd

    http://www.portalmetropole.com/2015/02/nordestinos-invadem-link-ao-vivo-da.html

  14. Infelizmente não dá pra

    Infelizmente não dá pra esperar que por vias “republicanas, democráticas e institucionais” alguma coisa vá avançar em relação a isto.

  15. 3 fontes de desinformação em relação a regulação da mídia

    Sabemos que não haverá democracia “de fato” no Brasil enquanto o oligopólio midiático não for dissolvido. Pois é só o interesse dessas empresas ser desafiado, que elas reagem para protegê-lo, ainda que o Brasil saia prejudicado. Portanto é preciso combater essas 3 fontes de desinformação:

    1 – Neo-liberais e anarco-capitalistas modinhas. Esses influenciam os mais jovens nas redes sociais. Qualquer coisa que dizem, é repetido pelos seus minions como mantras. Em relação a mídia, costumam dizer que não precisa de regulamentação, pois existe o controle remoto; que regulamentação é coisa de bolivarianos; que a mídia está boa do jeito que está; que o Estado não deve interferir no negócio “privado” e na preferência das pessoas, etc.

    2 – Colunistas do PIG (principalmente a Veja). Esses tem seus próprios interesses em combater a regulamentação. É só o assunto voltar ao debate político, que já produzem seus textos ácidos criticando duramente a proposta.

    3 – MAV da Globo. Muito antes de o PT criar sua militância em ambiente virtual, a Globo já tinha a dela, formada por funcionários da emissora, jornalistas pagos e fãs de novelas. Em relação a regulamentação da mídia, temem perder suas boquinhas e o fim das novelas. Geralmente costumam espalhar que a regulamentação trará desemprego ao setor, que a qualidade da TV irá cair, que só a Globo dá espaço à diversidade sexual, que o Brasil tem uma das melhores TVs do mundo, etc.

    Acredito que essas 3 fontes serão combatidas com conscientização da população nas escolas, nas associações de bairro, em espaços públicos etc. É preciso desfazer a confusão que foi criada na cabeça das pessoas.

    Aqui no interior de SP, por exemplo, a afiliada da Globo repete orgulhosamente nos intervalos comerciais que possui mais de 60% da audiência da TV (incluindo os canais fechados). E todos ficam maravilhados e encantados com a grandeza da emissora. A população precisa entender que não há país desenvolvido e democrático no mundo em que isso exista. Esse é o monopólio que precisa ser combatido para que o Brasil evolua.

  16. O Brasil vinha tentando

    O Brasil vinha tentando libertar-se dos ditadores, trilhando um rascunho de ditadura. Ocorre que os mesmos ditadores de 1964 deram um golpe de estado agora em 2016 tomando o poder central novamente. Daí a pergunta: como alguem poder falar em regulação de mídia, sabendo-se que a grande imprensa faz parte da gangue mafiosa golpista responsáveis pela manutenção da ditadura no Páis?

  17. Meu sonho é a regulação da

    Meu sonho é a regulação da cérebro dos brasileiros. Aí eles iriam descobrir que a globo é uma merda que nós fode 24 horas por dia e desligariam suas tvs. E a globo fecharia por falta de audiência. 

    1. Voltando ao tema

      A matéria é de 2015, e cada vez mais atual.

      Trouxemos de volta para renovar o debate. Deveríamos ter feito um abre avisando. 

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