
O especial “Moendo Gente”, por exemplo, que mostra como produtos de frigoríficos flagrados com violações aos direitos trabalhistas chegaram a supermercados de todo o mundo, foi um dos alvos de ataque, tanto em sua versão em português quanto em inglês. De acordo com o Ministério Público do Trabalho, essa reportagem contribuiu para a mudança em normas, aumentando a proteção ao trabalhador. Além de conteúdos apagados, redirecionamentos foram instalados para que, ao invés das investigações contra setores econômicos, o leitor entrasse em outras páginas.
O ataque digital é mais uma etapa de uma campanha contra o trabalho da Repórter Brasil e de seus jornalistas. A campanha já incluiu processos judiciais por veicular ações de resgates de trabalhadores submetidos à condição análoga à de escravos, cumprindo sua missão de informar.
A campanha também envolve difamações sobre o trabalho da instituição, que há 14 anos tem sido responsável por pautar problemas trabalhistas e socioambientais entre a imprensa e a sociedade como um todo, e a denunciar o poder público dentro e fora do país. São calúnias produzidas no intuito de diminuir o impacto das denúncias trazidas pelas investigações e documentários da Repórter Brasil.
Isso sem contar as ameaças a um dos coordenadores da organização, Leonardo Sakamoto. Elas já foram comunicadas ao relator especial das Nações Unidas para defensores dos direitos humanos, ao governo brasileiro e ao Ministério Público Federal.
Infelizmente, o último ataque ao site não é algo que ocorra apenas contra a Repórter Brasil, mas ilustra bem a situação sofrida pelo jornalismo que investiga e torna público as graves violações aos direitos humanos.
Ataques assim estão se tornando cada mais frequentes, tanto nos veículos grandes e tradicionais, quanto nos pequenos e independentes. Tão importante quanto descobrir seus autores e puni-los de acordo com a lei é atuar na formação de leitores que sejam capazes de separar informação falsa e verdadeira, e defender uma imprensa livre como pilar fundamental da democracia.
Resta a nós, jornalistas, tornar essa discussão pública, continuar atuando na produção e circulação de informação de qualidade e denunciar quem tenta calar o jornalismo às autoridades.
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Talvez as pessoas que
Talvez as pessoas que trabalham em instituições como polícia e MP interpretem tais ataques como coisinha boba, mais insignificante que aquela “bombinha’, que fez apenas um “buraquinho” na porta do Instituto Lula, como sentenciou o acadêmico ‘analista político’ Merv(d)al Pereira.
Bem lembrado.
Nem a polícia
Bem lembrado.
Nem a polícia de São Paulo nem a Polícia Federal vão dar uma satisfação sobre a autoria do atentado ao Instituto Lula?
Não se preocupe amigo,
O Ministro da Justiça, seu zé, falou que vai investigar. Devagar se vai ao longe, vai que vai.
Censura política no Facebook?
Rede retira do ar texto de Patrick Cockburn, que aponta responsabilidade dos EUA na origem da onda de refugiados que chega à Europa. Acionado, Facebook silencia
por Antonio Martins — publicado 18/09/2015 12p2, última modificação 18/09/2015 13p8
http://www.cartacapital.com.br/blogs/outras-palavras/censura-politica-no-facebook-554.html
Acontece de tudo e ninguém é
Acontece de tudo e ninguém é punido. Passo a passo o fascismo vai criando coragem e ocupando espaço.
O GGN tb, ou foi só no meu computador?
Anteontem nao abria o dia inteiro, e ontem meio a meio. Toda hora dava “Estamos em manutençao”.
Está incomodando, então está
Está incomodando, então está no caminho certo. Parabéns ao Leonardo Sakamoto. E que os criminosos sejam punidos.