Assista agora: o futuro da esquerda por Jean Wyllys, as consequências da reforma educacional e um grupo de choro que você nunca viu antes
https://www.youtube.com/watch?v=6nUsTxlXJVg width:700
Jornal GGN – Nesta edição Luis Nassif entrevista o deputado federal Jean Wyllys (PSOL/RJ), o coordenador de Educação de Jovens e Adultos da ONG Ação Educativa, Roberto Catelli Jr e, no bloco de música, Gian Correa (violão 7 cordas), Fabio Peron (bandolim) e Fernando Amaro (bateria).
Crise das esquerda
Jean Wyllys fala do fenômeno do antipetismo que influencia na queda de credibilidade dos demais partidos e coletivos de esquerda no país, avalia os erros e acertos do PT no poder e sua relação com as demais estruturas de poder, o levante do fascismo na sociedade brasileira e o papel do PSOL no redesenho da esquerda no século 21.
O deputado também defende a eleição do seu colega de partido à prefeitura do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo, e os desafios do PSOL caso conquiste o cargo.
MP do ensino médio
Em seguida, Luis Nassif entrevista Roberto Catelli Jr, do Ação Educativa, organização não-governamental que aderiu à luta contra a reforma do ensino médio, proposta por Medida Provisória pelo governo Temer, e analisa com preocupação a aprovação da proposta de emenda constitucional (PEC) 241, que reduzirá gastos na educação.
Catelli Jr chama a atenção para o aumento da desigualdade educacional que a MP irá provocar no país ao destacar que ao priorizar o ensino técnico ao invés do conhecimento multidisciplinar o Estado prejudicará alunos mais carentes, lembrando que os vestibulares e o próprio Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) continuarão exigindo do candidato à uma vaga na universidade um bom desempenho nas quatro áreas de conhecimento educacional. Em outras palavras, o ensino especializado proposto pelo governo irá reduzir a qualificação dos mais jovens.
Por um lado, isso será bom para o mercado que terá ao seu dispor uma grande massa de mão de obra barata, além de reduzir os gastos públicos com a oferta de um sistema educacional mais completo, como é a exigência atual. Catelli Jr conclui, portanto, que por trás da reforma educacional, junto com a PEC 241, existe um processo de privatização dos serviços públicos em andamento no país.
Música
No último bloco do programa, Luis Nassif recebe Gian Correa, Fabio Peron e Fernando Amaro. O grupo, também formado pelo pianista André Mehmari que não pôde participar da gravação, mistura instrumentos tradicionais de choro (violão 7 cordas e bandolim), com instrumentos que fazem parte da formação básica do jazz (piano e bateria). Com essa configuração pouco convencional a banda produziu um show em homenagem ao compositor paulistano Esmeraldino Salles.
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O papel da esquerda no parlamento pós-Golpe.
Creio que a resistência parlamentar deve ser a voz institucional da resistência nas ruas contra esta Ditadura que está funcionando a todo vapor no Brasil.
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Mais um vez, parabéns.
Mais um vez, parabéns. Excelentes entrevistas.
A questão mais interessante colocada ao Jean, foi quanto a questão econômica.
E aí, só tenho a observar. Quem não conduz, é conduzido.
Diante de uma multidão, se houver dois líderes e um deles disser que não tem clareza do caminho a seguir e o outro apontar com convicção, clareza e segurança para uma determinada direção (mesmo que ela leve todos ao precipício, pois ninguém, além do líder é capaz de “ver” aonde esse caminho vai levar) a multidão seguirá o segundo.
Assim é com a esquerda. Ela critica o capitalismo, a “democracia burguesa” e a agressão ao meio ambiente, porém, não é capaz de apontar com convicção, clareza e segurança (consenso dentro desse campo de pensamento) o caminho a seguir para romper com esses dois sistemas (que acarretam mais desigualdades e insustentabilidade ambiental).
Como funcionaria uma democracia “não burguesa” (socialista)? Como funcionaria uma economia “não capitalista” (de bem-estar social)?
Como melhorar o bem-estar de 7,5 bi de seres humanos sem afetar seriamente o meio ambiente (vamos abir mão dos aviões, carros, aquecimento e refrigeração ambiental, da produção de metais, vamos produzir alimentos sem máquinas, etc, etc.)
Qual a saída?
Não sabemos?
Pois os líderes capitalistas e os lobies “democrático-burgueses” sabem. E aí, é só pisar no acelerador rumo ao precipício.
E caminhamos para esse rumo por incapacidade nossa, da dita “esquerda”, prefiro o termo progressistas, em apontar outro caminho, com clareza e confiança (amplo consenso).
Se o Psol que é minusculo é incapaz de construir um consenso, conforme deixou bem claro o JW, imagina as amplas camadas da sociedade que não aceitam a alternativa de desenvolvimento que vem sendo trilhada. Mas isso, se revoltar com a opção feita, embora seja necessário, não é suficiente.