Jornal GGN – Em artigo publicado na Folha de S. Paulo, o jornalista Breno Altman fala sobre os recentes ataques à liberdade de imprensa no país, citando o corte de verbas do governo interino para sites e blogs considerados favoravéis ao Partido dos Trabalhadores, as senteças judiciais movidos por agentes da Polícia Federal contra o jornalista Marcelo Auler e os processo sofridos por jornalistas da Gazeta do Povo, no Paraná, por terem revelado os salários acima do teto constitucional de promotores e juízes.
“A administração provisória se refastela com a possibilidade de esmagar qualquer dissidência jornalística que conteste sua legalidade”, afirma Altman, mostrando que, em 2015, o segmento de veículos progressistas recebeu menos de 1% do orçamento publicitário da União e das estatais. Esse percentual equivale a R$ 15 milhões em um total de R$ 1,87 bilhões, e também não chegou a 8% do valor de anúncios na internet, ao redor de R$ 235 milhões.
Fundador do site Opera Mundi, Breno diz que as principais democracias do mundo tem regras contra o monopólio no setor da comunicação, e que o oligopólio na setor midiático é “um dos maiores entulhos herdados da ditadura”. Leia o artigo abaixo:
Da Folha
A Secretaria de Comunicação Social do governo interino de Michel Temer resolveu, no final de maio, cancelar verbas publicitárias para sites e blogs considerados simpáticos ao Partido dos Trabalhadores.
Não foram os únicos procedimentos destinados à degola dos setores de imprensa confrontados com o novo bloco de poder. A demissão ilegal do presidente EBC (Empresa Brasileira de Comunicação), suspensa liminarmente pelo STF, também integra o portfólio de providências para minar veículos de informação críticos ao impeachment.
São igualmente sintomáticas, desta escalada antidemocrática, sentenças judiciais promulgadas por magistrados paranaenses, a pedido de agentes da Polícia Federal, censurando artigos do jornalista Marcelo Auler que denunciavam irregularidades na Operação Lava Jato.
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