Como Temer e Padilha conquistaram o apoio do Estadão

Quem teve chance de conhecer a família Mesquita, especialmente em tempos bicudos, saberia que jamais engoliriam um político como Michel Temer, menos ainda um Elizeu Padilha.

Temer sempre representou o perfil de político que os Mesquita abominavam, o sujeito do pequeno varejo, negociando favores, enriquecendo na política. Padilha, mais ainda, o glutão capaz de se enredar nas histórias mais suspeitas, em todos os momentos da sua vida pública.

Jamais passariam pelos portões da sede do Estadão.

No entanto, o que se vê agora é o jornal com editoriais retumbantes saudando até insignificâncias, como o tal pacote econômico de dezembro. Padilha tornou-se um varão de Plutarco, pontificando sobre previdência, legislação trabalhista. Em meio a uma enxurrada de denúncias contra Temer, minimizam as denúncias e abrem manchetes para o grande estadista que nasceu.

Objetivamente falando, Temer e Padilha compraram o Estadão. Em outras crises, o Estadão cedeu, no começo dos anos 80, com Delfim, no fim da década, com ACM. Cedeu por inevitável. Não cedesse, quebraria. Mas em poucos momentos perdeu a dignidade. O espírito dos Mesquita parece ter se esvaído com a morte dos dois irmãos, Júlio e Ruy.

Na edição de hoje, na parte da manhã havia 30 banners de publicidade de uma campanha de …  abono salarial. Apenas na home do Estadão havia 9 banners da campanha.

Agora à tarde, as campanhas foram substituídas por anúncios de espumantes. O que mostra que a Secom ofereceu as campanhas como calhau. Ou seja, não tomarão o lugar das campanhas reais, mas apenas quando houver espaço vago.

Ou seja, em um momento de profunda crise fiscal, com recursos sendo sonegados à saúde, educação, segurança, gasta-se uma nota preta em uma campanha sem nenhum planejamento, destinada apenas a permitir a dois políticos do nível de Temer e Padilha comprar o apoio de uma publicação centenária.

Algumas gerações de Mesquita devem estar revirando no túmulo.

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Luis Nassif

7 Comentários

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    1. É a mesma coisa não, Cara, a

      É a mesma coisa não, Cara, a merda, mesmo a humana, se sanitarizada serve como um excelente adubo. Poetas já cantaram a beleza do saco de esterco metamorfoseando em buquê de  rosas. E o Estadão, serve pra quê ? Para limpar não é recomendável.

  1. De instituição centenária degenerou para instituição mercenária.

    De instituição centenária degenerou para instituição mercenária.

    O Estadinho de São Paulinho. Pra embrulhar peixe ainda serve…

  2. Shopping Estadão

    Anos atrás falei que o Estadão faria muito mais negócio investindo num shopping lá na marginal. Naquela época já percebia-se que a Internet tinha chegado para ficar, e em ficando fechar os jornais impressos. Não fizeram o Shopping Estadão agora o jornal transforma-se apenas num mercado de varejo para publicação de mentiras e boatos contra os governos da esquerda. A família Mesquita sabe que sem a ajuda do governo já era ,e assim para manter o seu padrão de consumo topa qualquer negócio, porém, a decadência é evidente, a derrocada final é questão de tempo, muito pouco tempo.

  3. Sejamos francos, o Estadão

    Sejamos francos, o Estadão nunca prestou. Não sei se o elogio aos antigos proprietários é para causar mais contraste ou é apenas um equívovo.

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