Veja enriquece sua biografia via Twitter

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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No tempo áureo da censura, o diretor da sucursal carioca da Veja, Nelson Silva, adquiriu o livro “Trotsky, o profeta armado”. Ao embarcar para o Rio, pelo aeroporto de Congonhas, foi barrado pela polícia – que investigava todos os livros dos passageiros. O sujeito olhou, olhou, abriu o livro, viu a contracapa e liberou: “O senhor é crente, né?”.
 
Aparentemente o funcionário público foi contatado e tornou-se editor da Veja.
 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

38 Comentários

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  1. A revistinha do esgoto

    Não posso fazer parte deste comentário. Se noto uma revistinha do esgoto na casa de alguem já acho meio suspeito, e que o cara é meio idiota. As vezes sou preconceituoso, devo confessar.

  2. LEITURA!!!
    Se você sabe ler,

    LEITURA!!!

    Se você sabe ler, e nao está lendo a VEJA, aos olhos desta, você está cometendo um crime!!! kkkkkkkkkkkkkkkk

  3. livro do Marighella

    Pela foto colocada na postagem , me pareceu que o livro sobre o Marighella foi inserido na imagem através de Photo Shop, pois está com um aspecto diferente, como que pousando no lugar, e com a capa limpa.

  4. Mas é um perigo mesmo. Já

    Mas é um perigo mesmo. Já imaginou jogar um livro de 792 páginas na cabeça de alguém. Pode até matar. Se bem que o Senhor dos Aneis, com suas 1327 páginas seria mais perigoso ainda…

    1. Também achei esquisita a

      Também achei esquisita a imagem, o livro tá muito grande comparado com as botas dos policiais, está desproporcional mesmo. Tenho esse livro e numa analogia grosseira, comparei com meu pé – calço 42 e fica menor. Será que o autor é o mesmo da ficha falsa da Dilma?

  5. Isso é mais sério do que

    Isso é mais sério do que parece. É o oficialização do pensamento ditatorial, do estado paranóico da nossa grande mídia. E levando junto seus 29% de raivosos e cegos seguidores.

  6. E eu tô numa boa

    Realmente chocante. Ninguém pode ler uma das melhores biografias já escritas no Brasil. Perigosa indicação de formação ideológica. O comunismo a caminho. O fim da civilização judaico-cristã conforme a conhecemos. Ou, como já disse o R.E.M.: It’s The End Of The World As We Know It (and I Feel Fine).

  7. Esperava O Pequeno Príncipe

    Esperava O Pequeno Príncipe ou qualquer livro do Paulo Coelho.

     

    Sobre Marighella pode-se saber tudo ao se conversar com Aloisio PQP Nunes que se notabilizou em ser o motorista do velho e bom baiano. 

    1. então por gentileza:

      … aponte para nós os índicios de manipulação, lembrando que esta postagem no twitter, foi retirado pela veja/sp.

       

      ou será que eles lembraram na hora quem foi o motorista do Marighella?

       

      hummm… sei não…

  8. E isso é só  começo. Vamos

    E isso é só  começo. Vamos presenciar os terroristas colocando dinheiro em mala de petista desavisado, colocar bomba em algum lugar próximo da PETROBRÁS, vão explodir bombas em ruas de sp, etc. È a única tática que eles conhecem para roubar o poder do voto. São bandidos arcáicos, desonrosos, indignos do BRASIL. O que esperar de vira-latas que posam ao lado do candidato de papelão deles. É de impressionar como são otários, são assim até o “último fio de cabelo”! Não são cidadãos, são puxa-sacos.

  9. PM apreende ‘Marighella’ em

    PM apreende ‘Marighella’ em protesto. Queimará livros, como os nazistas?

    Mário Magalhães

     

    02/07/2014 11:05

     Link permanente da imagem incorporada

    Reprodução de tuíte da revista “Veja São Paulo” – 1º.julho.2014

     

    Na versão do romance “A menina que roubava livros” para o cinema, as salas de exibição se iluminam com a luz das imagens das imensas fogueiras queimando livros na Alemanha nazista.

    Nos tempos de barbárie, nos anos 1930 e 40, os mesmos algozes que incineravam seres humanos vivos em fornos dos campos de concentração eram os censores que destruíam bibliotecas inteiras e proibiam a leitura de um sem-número de obras.

    Aqueles tempos se foram, mas parecem ter deixado saudade em alguns intolerantes.

    Entre as 18h e as 19h desta terça-feira (1º de julho), a conta da revista “Veja São Paulo” (@VejaSP) no Twitter informou: “Livro encontrado pela polícia em mochila de manifestante na Praça Roosevelt”.

    Abaixo da legenda, uma fotografia mostrava a biografia “Marighella – O guerrilheiro que incendiou o mundo”.

    No fim da noite, o tuíte foi apagado pela @VejaSP. Entre as dezenas de pessoas que generosamente me informaram do episódio, houve quem copiasse e me enviasse a foto, reproduzida  lá em cima.

    Escrito por mim e editado pela Companhia das Letras, o livro foi lançado em outubro de 2012. Já teve 38 mil exemplares impressos e recebeu seis prêmios literários e jornalísticos. Vai virar filme dirigido por Wagner Moura e produzido pelo diretor estreante e a produtora O2, de Fernando Meirelles.

    Trocando em miúdos: durante um protesto pacífico, a Polícia Militar do Estado de São Paulo apreendeu a biografia “Marighella” que um manifestante carregava na mochila.

    O ato na praça Roosevelt, na capital paulista, reuniu centenas de manifestantes que reivindicam a libertação de dois ativistas presos.

    Apesar do caráter pacífico do protesto, a PM deteve dois advogados e no mínimo outras quatro pessoas, disparou balas de borracha, lançou bombas de gás e empregou, também contra repórteres, spray de pimenta (leia reportagem da ‘Folha’ clicando aqui).

    Manifestantes tiveram as mochilas revistadas e o conteúdo exposto, inclusive o livro.

    Por que os policiais militares procederam assim?

    É crime ler a biografia de Carlos Marighella (1911-1969)?

    Abre-se uma caça às bruxas a quem pretende, gostando ou não do personagem, conhecer a trajetória do revolucionário brasileiro?

    Durante décadas, certa historiografia oficial se empenhou em eliminar Marighella da história do Brasil.

    Mas livros sobre ele só eram apreendidos durante a ditadura instaurada em 1964.

    A PM paulista poderia esclarecer se adotou a política _inconstitucional_ de recolher livros.

    Em caso positivo, o que faz com os volumes? Queima-os, como os nazistas?

    Ou o procedimento só se aplica à biografia de Marighella?

    Se fosse outro o livro não teria sido subtraído do cidadão?

    Quem determina, em flagrante ofensa à lei e à democracia, que livro é ou não autorizado?

    Por que exibiram a biografia como “troféu de guerra”?

    Não está em questão se o livro é bom, ruim ou mais ou menos _cada leitor tem sua opinião, legítima. Ou se o personagem vale ou não uma missa. Mas, sim, o direito à difusão de conhecimento histórico, bem como a liberdade de expressão e o acesso à informação.

    Estamos em 2014, mas às vezes não parece.

    ( O blog está no Facebook e no Twitter )

     

    1. Alckmin, membro da Opus Dei, a direita católica mais fanática.l

      Mario, li o livro assim que foi às bancas das livrarias. Ia ler 30 páginas e depois,cuidar da vida. Li o livro todo em 3 dias e sei lá o que deixei de fazer, o livro me empolgou. Essa PM do Alckmin é o retrato do governo estadual. Reacionário, inoperante, incompetente, malemolente, sequer pode entregar água tratada nas torneiras dos paulistanos, dada a forma como a SABESP é administrada e repartida entre amigos. Em vinte anos, nosso metrô não passou dos 70km, e o PSDB foi o único governo que fechou escolas (mais de trezentas, só na gestão Covas/Alckmin). Alckmin também foi responsável por uma das privatizações mais suspeitas de São Paulo: O BANESPA, vendido por preço inferior ao valor do prédio no centro da cidade, que era símbolo de São Paulo.

  10. O próximo flagrante será nas

    O próximo flagrante será nas Livrarias Cultura e Martins Fontes, onde vários destes artefatos subversivos podem ser encontrados.

    1. A “Polícia do Tarso” utilizou

      A “Polícia do Tarso” utilizou livros apreendidos em sede de organizações políticas como “provas” contra militantes de organizações políticas no RS.

      Quais livros? Noam Chomsky… e um dos livroshavia sido publicado pela própria repeftura de Porto Alegre quando o Tarso Genro era prefeito.

  11. A Veja deletou o tuite. Deve

    A Veja deletou o tuite. Deve ser para não dar cartaz ao livro, que revela que Aloysio Nunes, o vice de Aécio, foi motorista de Marighella, pegou em carabina, conduziu grana de assalto etc. Evidente que, no contexto histórico, isto não tem nada de desabonador. Pelo contrário. Mas tal revelação neutraliza a turba reaça que chama Dilma de “terrorista” – ainda que a então militante da VAR-Palmares (aliás, grupo mais light que a ALN de Nunes) nunca tenha pegado em armas. 

  12. Capim

    Qual o crime: Um manifestante que lê? Um estudante que estuda?

    Veja é capim cultivado por jumentos para jumentos. Satanizam comunistas, mas desconhecem a teoria econômica de Marx. O vice de Aécio foi motorista do Maringuella. Algum motivo teve. Qual foi?

    Pensar é que nem respirar. Quem não o faz morre. Jumentos com viseira, como se vê, dispensam esse luxo.
     

      1. Não defendi Maringhella.

        Não defendi Maringhella. Afirmei que, para os jumentos que editam a Veja, ler é crime.

        E, já que estamos no tema, gostaria de entender também (1) porque o vice de Aécio atuou na guerrilha e (2) porque depois mudou de lado.

  13. Marighella!!

    Ainda bem que aqui em Salvador Marighella substituiu o nome de um DITADOR (que eu não lembro o nome) em escola publica!!!

  14. Nosso alimento.

    Assisti a um filme com o ótimo Ryan Goslin no qual ele era um neonazista judeu e que pensava que o que alimentava os judeus era justamente o ódio que os outros sentem por eles. Numa passagem do filme em uma discussão com um professor falou: “Quer realmente acabar com os judeus? É só parar de odiá-los.” Penso que comentamos demais excrementos que a Veja produz. Sempre que a revista exala seu fétido esgoto estamos a postos para criticá-la. Gastamos energia e parte da nossa alegria vai embora com a raiva que a publicação nos proporciona. Eu costuma dar uma olhada “por cima” da Veja da minha sogra. Deixei de fazê-lo justamente para não passar raiva com as porcarias alí escritas. Que a Veja e congêneres não sejam no alimento da raiva.

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