Chips veiculares precisam ser instalados até 30 de junho

Jornal GGN – Os Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans) já pediram o adiamento, mas por enquanto está mantida em 30 de junho a data limite para que todos os veículos automotores brasileiros – carros, motos, caminhões, reboques e até máquinas agrícolas – possuam chips de identificação eletrônica.

O sistema funciona como uma espécie de placa eletrônica que envia todas as informações de registro dos veículos para as companhias de trânsito, por meio de antenas instaladas nas ruas e avenidas.

A expectativa do governo federal é que isso permita maior controle da frota e melhor fiscalização e gestão do trânsito.

A viabilidade do sistema é discutida desde 2006. Em 2012 se decidiu que os veículos deveriam estar equipados até 1º de janeiro de 2013. No entanto, o prazo foi adiado para 30 de junho. Se for mantido, a partir de 1º julho já serão aplicadas multas para quem descumprir.

Ainda assim, até agora o único estado que adquiriu os equipamentos foi Roraima.

Atualmente, mesmo que o proprietário queira, não vai conseguir fazer a instalação do chip. Na última quinta-feira (29), representantes de dez ministérios se reuniram na sede Conselho Nacional de Trânsito (Contran) para discutir a medida. Só que nenhuma nova alteração foi divulgada até o momento.

O que está causando dificuldades é a indefinição de quem vai pagar a conta. A resolução 412 do Contran não determina o centro de custos da instalação dos chips e dos demais equipamentos do sistema.

Até hoje, uma única empresa foi homologada para fabricar e distribuir os equipamentos, a Seagull Tecnologia, sediada no Rio de Janeiro. A estimativa deles é que cada placa eletrônica custe algo em torno de R$ 40, sem contar os gastos com infraestrutura de instalação, verificação e fiscalização. O custo total seria de R$ 100 por veículo no primeiro ano e cairia para R$ 70 por veículo nos anos seguintes.

Em Roraima, o valor cobrado dos proprietários era de R$ 95,67. Mas o processo de instalação foi suspenso por decreto legislativo, pois o Ministério Público estadual considerou abusiva a cobrança e decidiu investigar problemas no contrato com a empresa fornecedora.

A contratação da empresa deveria ser por licitação, mas como a Seagull é a única fornecedora, essa opção é inviável no momento. O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) diz que uma segunda empresa está em processo de homologação. E uma terceira em fase de certificação.

Além do custo do aparelho que vai ser instalado em cada veículo, há todo um aparato que precisa ser colocado nas vias para que seja feito o monitoramento. A dúvida dos Detrans é como transferir os custos para o cidadão.

O chip é o equipamento na ponta do chamado Sistema Nacional de Identificação de Veículos (Siniav). Ele fica instalado no para-brisa, em uma caixinha semelhante à do sistema de cobrança automática em pedágios.

Redação

9 Comentários

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  1. Precisa?
    Meu carro precisa

    Precisa?

    Meu carro precisa disso?

    Eu preciso disso?

    Defina precisa por favor porque fiquei meio confuso.

     

    O que precisa mesmo é todos os carros nacionais saírem de fábrica com TODOS os itens de segurança….COMO MANDA A LEI que dizia ter prazo até 2010.

    Mas como o PT adora uma montadora…sabe como é…se quiser 40 horas semanais de jornada…se vire!

    1. O PSDB também

      Já que você politicanizou o assunto, o psdb também gosta de montadora: http://tucano.org.br/noticias-do-psdb/sao-paulo-tera-mais-uma-montadora-de-automoveis

      E, sim, você precisa instalar o chip. A menos que você garanta que ninguém vai roubar o seu carro para utilizar em assaltos. Pode garantir?

      Hoje em dia ninguém consegue sair de um supermercado com uma pilha sem pagar, mas consegue rodar a cidade inteira com um carro roubado sem ser incomodado, inclusive utilizando o carro roubado para roubar estabelecimentos e residências.

      Dificultando o roubo de carro dificulta-se todos os outros crimes. Ninguém vai roubar uma loja e pegar um ônibus, assim como dificilmente utilizará o seu próprio carro num assalto, pois corre o risco de perdê-lo. 

      Ah, mas tem a questão da privacidade. Bem, concordo, mas hoje em dia ninguém tem privacidade mais nenhuma. A operadora de celular sabe por onde andamos, assim como as empresas de lombadas eletrônicas. A diferença agora é que, com o chip, o assaltante que utiliza veículos em seus assaltos, terá mais uma coisa pra se preocupar.

      1. Idiotice

        Que idiotice, como se o ladrão não pudesse arrancar o chip do parabrisa e/ou trocá-lo por outro inoperante. Mas a maior finalidade é o controle da manada e o aumento da arrecadação/espoliação fiscal.

    2. Caraca, ams como vc é

      Caraca, ams como vc é reclamão rapá! O fato de um veículo vir com chip é motivo para montar em cavalo de batalha? Nooossa, cê tá nervoso.

  2. Sonegômetro x Frota de Veículos

    Bom, a pergunta é quem pagará a conta…..

    Fazendo uma conta rápida, o Sonegômetro de hoje está em R$ 175bi. Bom, mas para ter uma conta mais precisa, em 2013 a estimativa sonegada foi de R$ 415 bilhões, e a frota de veículos para o mesmo ano 39,7 milhoões de veículos, que resulta algo como R$ 10.453,40/veículo.

    Tendo este número em mãos, isto significa se o governo abrisse mão dos Impostos ICMS, Pis, Cofins, IPI seria o suficiente para presentear a cada proprietário com um Veículo Popular Zero Quilômetro, considerando que a carga tributária é de 50%.

    Ou seja, todo este povo da Zelotes, Trensalão Paulista, Mineiro, as “Globo”, os “Jeitinho do Brasileiro”, o “cafezinho”, os Peculatos, Corrupções ativa e passiva, os superfaturamentos……. tudo isto junto impedem os Brasileiros de terem uma condição de vida mais digna, com mais saúde, educação e menor carga tributária.

  3. Chip veiculares

    Hum, parece algo mais para controlar sem nada dar. Se o chip fica visível, logo não tem função de rastreador e pode ser retirado por assaltantes. Se existir algum alerta de veículo sem chip nas vias, o que deve acontecer é mais e mais sequestro dos donos ou motoristas ou mesmo famílias para carregarem a pessoa e o veículo sem problemas até resolverem apagar o indivíduo ou abandonar em qualquer mato por ai.

    Fala a verdade, mais uma coisa prá gerar mais riscos, multas e etc, mas definitivamente, solução de baixíssimo resultado prático ao cidadão!!

  4. Tecnologia da placa eletrônica

    Nassif,

    O equipamento a ser usado como placa eletrônica funciona exatamente da mesma forma que os equipamentos usados nas pistas automáticas das praças de pedágio. Isto é, funcionam por meio de radio frequência; os equipamentos (também chamados tags ou transponders) se comunicam com antenas instaladas geralmente no alto (apontadas para baixo). Até a tecnologia utilizada é praticamente a mesma.

    Atualmente, há um processo de substituição da tecnologia que trabalha na frequência de 5.8 GHz pela que trabalha na frequência de 915 MHz. Todas as praças de pedágio do estado de São Paulo já trabalham com esta nova tecnologia e mais da metade dos tags foram substituídos (a expectativa é que este processo de substituição esteja concluído até final deste ano).

    Paralelamente as praças de pedágio de todo o Brasil estão acompanhando este processo e estão instalando antenas da nova tecnologia. Além da tecnologia de RF ser a mesma, o protocolo de comunicação entre tags e antenas também é praticamente o mesmo. Até o modelo de arquitetura de segurança do sistema é muito semelhante. Isto tudo torna o sistema de pedagiamento eletrônico muito semelhante ao que deve ser implantado pelo Siniav.

    A Artesp (agência reguladora das concessões de rodovias em São Paulo) anunciou há poucos dias um tag na nova tecnologia no formato de adesivo. Este tag, chamado de ‘sticker tag’ tem um custo de produção muito menor do que os outros tags (incluindo o fabricado pela Seagull). Provavelmente este custo menor será repassado ao usuário se novos concorrentes produzirem este tag.

    Assim, fica claro que o caminho para diminuição dos custos do Siniav passa pela compatibilização com o atual sistema de pedagiamento eletrônico. De cara o usuário poderá usar um único tag ao invés de dois. Mas, a viabilidade disso acontecer depende mais do lado político e comercial do que do lado técnico. Será preciso acordos do governo federal com as operadoras (como o SemParar), convênios com os governos estaduais para compartilhamento de dados e da segurança do sistema, e definição das atribuições dos Detrans de cada estado.

  5. Alguem sabe qual é a

    Alguem sabe qual é a porcentagem de  veiculos que circulam pelas ruas de SP sem pagar IPVA ,lincenciamento, DPVAT e multas. Se vc for atropelado ou sofrer um acidente com um veiculo destes com certeza não vai gostar, imagino que  a instalação destes chips é para facilitar a cobrança destes impostos , multas e travessia de pedágios. O que é mais vantajoso para o transito ter uma frota de 100mil que pagam impostos para circular ou ter  uns 1 mil  carros destes 100 mil que tem um carro mais não tem dinheiro para mantê-los. A frota de SP cresce, mais o que não paga os impostos tem mais vantagem pois sabe que não acontece nada com ele, no maximo perde o carro, que na maioria das vezes o valor do carro é mais barato que o valor das multas e impostos atrasados.

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