Ato em Porto Alegre desmonta manifestação pró Bolsonaro e contra isolamento

Manifestação ocorre no momento em que outro grupo se reunia para apoiar Bolsonaro, nas proximidades do Comando Militar, na capital gaúcha

A tarde fria deste domingo (25) não foi problema para dezenas de manifestantes que se encontraram nas proximidades do Comando Militar do Sul, no centro de Porto Alegre, protestaram contra os fascistas e a ameaça de intervenção militar e reforçaram a luta das centrais sindicais, movimentos sociais e partidos de oposição pelo “fora Bolsonaro”.

Eles gritaram palavras de ordem como “fascistas, fascistas, não passarão”, “recua, fascista, recua, é o poder popular que está na rua” e “fora Bolsonaro”. Com os protestos, conseguiram fazer recuar uma carreata de apoiadores de Bolsonaro que pretendia passar pela rua Bento Martins.

O ato ocorreu ao mesmo tempo em que um pequeno grupo se reunia no local para apoiar o presidente, que trata com enorme descaso a vida dos brasileiros e das brasileiras em meio à pandemia do coronavírus.

O País já registra 363.211 casos confirmados, de acordo com boletim divulgado no início da noite deste domingo pelo Ministério da Saúde. Somente nas últimas 24 horas foram contabilizados 15.813 novos pacientes. O número de mortes em razão da pandemia chegou a 22.666, sendo 653 confirmações nas últimas 24 horas.

Defesa da democracia

Já na sexta-feira (23), o presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, repudiou as ameaças do general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI). “Trata-se de uma intimidação inaceitável de quem ocupa o centro do poder para atacar a democracia”, frisou o dirigente sindical.

“Em vez de continuar participando dos desmandos do atual governo como cúmplice da ação genocida de Bolsonaro, o general deveria aceitar o conselho do presidente da OAB de abandonar o fatídico 1964 e ‘contribuir com 2020, se puder’. Fora Bolsonaro”, ressaltou Sérgio Nobre.

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Retomar o espaço das ruas, respeitando as orientações da OMS

“O ato mostrou a importância da união do povo e foi mais um evento de paz para quem prega o ódio”, afirmou o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre, Hugo Barbosa da Silva.

“É um momento importante para retomar o espaço das ruas, obviamente respeitando as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), pensando a questão da nossa proteção e a proteção do nosso povo, mas necessitamos apresentar para esses setores que eles não vão estar nas ruas sozinhos”, disse a representante da Frente Brasil Popular, Suélen Gonçalves.

“Acredito que uma meia dúzia de bolsonaristas continua sendo fiel, mas isso vem diminuindo, contra milhares de brasileiros que estão insatisfeitos e não querem mais o Bolsonaro na presidência do País”, destacou a representante da Frente Povo Sem Medo, Priscila Voigt.

Assista ao vídeo da manifestação: 

Redação

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