Erundina debate “Estado Policial de Alckmin” e a “mídia partido”

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – A deputada federal pelo PSOL e ex-prefeita de São Paulo, Luiza Erundina, participou nesta segunda-feira (16), de um debate sobre a criminalização da política e o golpe no Brasil. Ao lado do professor do Departamento de Relações Internacionais da PUC Reginaldo Nasser, Erundina falou sobre o Estado Policial de Alckmin, sobre a intolerância política e a atuação da mídia como partido político.
 
“Eu vim, sobretudo, estabelecer uma aliança com vocês dessa luta. Uma aliança que inclui as propostas de se encontrar mecanismos de enfrentamento, diante de um estado policial, que é o que está ocorrendo hoje, temos um Estado policial e o Estado Alckmin, que operam através da força bruta, da polícia, do medo, da repressão, das restrições à liberdade de organização e de manifestação. Associado a isso, uma mídia partido”, disse a deputada.
 
O evento foi realizado pelo movimento Conexões em Luta, que mediou o debate. “Na atual conjuntura brasileira, estamos presenciando um processo de golpe institucional que tem trazido à tona diversas consequências terríveis: o levante de movimentos organizados de caráter fascista, agressões gratuitas em praça pública contra seguidores de ideologias de esquerda, ódio social contra aqueles historicamente oprimidos e forte repressão policial”, disse a organização, sobre a necessidade de discutir o tema e encontrar saídas.
 
Para o grupo, além de que o avanço das pautas conservadoras seja algo novo, desde a redemocratização do Brasil, “a verdade é que não estamos isolados no mundo – o que pode ser constatado pelo preocupante crescimento das forças de extrema-direita tanto na Europa quanto nos Estados Unidos”. 
 
Erundina alertou para o poder de influência dos grandes jornais, que estão concentrados nas mãos de famílias brasileiras. “A mídia brasileira é um partido com muito poder, mais poder do que qualquer outro partido e do que os próprios Poderes da República”, apontou.
 
“Porque eles têm o poder da informação, das ideias, dos conceitos, do que interessa à determinados segmentos e grupos da sociedade. O próprio sistema da mídia no Brasil é um sistema concentrado, um monopólio, e os cidadãos brasileiros não sabem que são donos desses meios de comunicação de massa”, disse. 
 
Para a deputada pelo PSOL, os grandes jornais “se apropriam” de concessões “que o Estado faz a eles em nome do povo”, e que a população “fica a depender da interpretação dos fatos que eles transmitem, que eles fazem, de acordo com os interesses a quem eles representam”. Como exemplo, citou a atual “crise multifacetada brasileira”, em que os jornais “antecipavam os fatos, celebravam o que lhes interessavam e passavam a versão desses fatos da forma como lhes interessavam”.
 
Acompanhe a íntegra do debate, transmitido pela TV PUC:
 
https://www.youtube.com/watch?v=gFD9af97ZsE&feature=share width:700 height:394
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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  1. Retirar o apoio do governo na

    Retirar o apoio do governo na população e privatizar seus bens e serviços para que as multinacionais tomem o poder; é mesmo que escravizar toda uma pessoa, retirar sua comida e dar constantes chicotadas para que trabalhe, cortando todos os investimentos básicos e investindo em repressão policial. O estado toma o lugar de ser apenas o repressor para que as multinacionais se enriqueçam. A privatização da água, energia, saúde, educação… vai escravizando o restante da população para que multinacionais enriqueçam e o povo trabalhe para elas por migalhas, como pombos na praça.

  2. – to animada.
    o desanimo é

    – to animada.

    o desanimo é reacionário

    – disse erundina, uma das heróinas deses tempos bicudos…

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