Ocupações de estudantes chegam a 350 escolas no Paraná

Jornal GGN – Nesta sexta-feira, o número de escolas ocupadas por estudantes no Paraná chegou a 350 unidades da rede pública, de acordo com o movimento estudantil.

Nesta semana, o governo Beto Richa (PSDB) entrou com um pedido de reintegração de posse das escolas, sendo que o governador havia dito que não tomaria medidas legais antes de dialogar com os alunos.

Fabiana Campos,  superintendente da Secretaria da Educação, garante que a polícia não entrará nas escolas. “Já me comprometi pessoalmente que não haverá uso da força policial”.

Os jovens protestam contra a PEC 241, a medida provisória da reforma do Ensino Médio e os projetos da Escola Sem Partido.

Leia mais abaixo:

Do Blog do Esmael Morais

Paraná acorda nesta sexta com 350 escolas ocupadas pelos estudantes

Vinte e quatro horas após o governador Beto Richa (PSDB) declarar guerra aos estudantes, aumentou substancialmente o número de escolas ocupadas por eles no Paraná. Agora já somam 350 unidades da rede pública, segundo a última atualização do movimento que não vence a velocidade dos acontecimentos.

O tucano despertou a ira dos estudantes ao fingir que negociava, mas, ao mesmo tempo, solicitava na Justiça a reintegração de posse dos estabelecimentos de ensino. Antes do embuste do governador, eram 200 as escolas ocupadas.

“Paira sobre os alunos que ocuparam as escolas no Paraná ordem de reintegração de posse com uso de força policial. Aguardem tragédias”, advertiu nas redes sociais o deputado Requião Filho (PMDB), líder da oposição na Assembleia Legislativa.

A superintendente da Secretaria de Estado da Educação (SEED), Fabiana Campos, descartou a possibilidade de invasão das escolas pela polícia. “Isso não é verdade. Já me comprometi pessoalmente que não haverá uso da força policial”.

O próprio governador Beto Richa, ao abrir diálogo com a União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (UPES), havia jurado não pedir a reintegração das escolas ocupados. No entanto, o tucano não cumpriu a palavra e conseguiu 13 mandados de reintegração em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba.

O descumprimento do acordo pelo governador do PSDB levou a presidente da União Brasileira dos Estudantes, Camila Lanes, a dizer umas duras verdades a Richa: “você rouba da construção das escolas para pagar sua campanha eleitoral”, atacou em vídeo.

Ao contrário do tucano, a líder estudantil cumpriu como o que prometera ontem de “a cada escola reintegrada, duas [novas] serão ocupadas”.

A realidade é de terrorismo estatal no chão da escola principalmente nas regiões mais longínquas da capital. Por exemplo, no município de Santo Antônio do Sudoeste, o governo usa de estrutura e influência para pressionar a comunidade e os alunos a desocuparem o Colégio Estadual Humberto de Campos. Além desse, na cidade, os estudantes ocupam o Colégio Estadual Antônio Shidel. O movimento tem a advogada Andrea Bandeira representando-o voluntariamente.

A expectativa que até segunda-feira, dia 17, quando inicia a greve por tempo indeterminado dos educadores, todas as 2,1 mil escolas da rede pública do estado estejam ocupadas no Paraná.

Resumo da ópera: Beto Richa perdeu o controle da situação, que é de ingovernabilidade; só há duas alternativas possíveis ou renúncia ou impeachment.

Redação

1 Comentário

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  1. Invasão de escolas
    Porque chamar de ocupação a invasão das escolas? Ocupar uma escola é permitir que os alunos estudem, que professores dêem aulas. O que está havendo é vandalismo puro, pois estes invasores e seus pais nem sabem contra o que estão ” protestando”. Pretexto para não estudar e atrapalhar quem quer evoluir. Depois ficam pedindo cotas e financiamentos porque não conseguem competir com os alunos de escolas particulares, que neste momento estão estudando, e não farreando nas instalações escolares. Imaginem o que está ” rolando” por lá!

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