Movimentos sociais iniciam o Dia Nacional de Paralisação

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – As centrais sindicais CSP-Conlutas, CUT, CTB, Nova Central, UGT e Intersindical organizam nesta sexta-feira (29) uma paralisação nacional contra a medida provisória 664, que restringe o acesso à pensão por morte e ao auxílio-doença, e a MP 665, que restringe o acesso ao seguro-desemprego, ao abono salarial e ao seguro-defeso, e contra o ajuste fiscal e projeto de lei das terceirizações (PLC 30/2015).
 
O dia inclui atos, greves e ações nas principais capitais do país. Estão previstas paralisações massivas no setor de transporte, saúde, educação e de serviços públicos em geral. Também são esperadas paralisações em estradas e rodovias.
 
Os movimentos sociais reivindicam o arquivamento do PLC 30/2015, que amplia a terceirização no país e leva à redução de salários e direitos, e o fim do ajuste fiscal conduzido pela presidente Dilma Rousseff, que reduziu direitos trabalhistas e previdenciários e fez cortes drásticos no Orçamento.
 
De acordo com o dirigente da CSP-Conlutas, Atnágoras Lopes, o ato de hoje é o primeiro passo para uma greve geral. “Estão retirando todos os nossos direitos, através do Congresso Nacional com o aval de Dilma Rousseff. Essa paralisação do dia 29 vai preparar os trabalhadores para a construção da greve geral no país. Somos nós, os trabalhadores que temos mostrar para esse governo que não aceitamos que retirem nossos direitos e vamos mostrar isso parando o Brasil”, afirmou.
 

No estado de São Paulo, a greve atinge principalmente os bancários e o transporte, além de passeatas em avenidas. Professores da rede estadual de São Paulo se reunirão com professores municipais, na avenida Paulista, onde servidores públicos também se somarão. Fábricas de Pirituba, São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e Vale do Paraíba estão sendo paralisadas, como a da GM, em São José dos Campos.

Ceará, Paraíba, Pernambuco, Pará e Rio de Janeiro também anunciaram o ato massivo entre diversos setores de sindicatos, como construção civil e servidores públicos. Bahia, Minas Gerais e Rio Grande do Sul marcaram atos e ações conjuntas.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

12 Comentários

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  1. o que os  trabalhadores

    o que os  trabalhadores deveriam mais  exigir  era  a  respeito do tal fator  previdenciario  pois  a quede dele  e da forma  como foi  aprovado na camara  é  um  suicidio para os  trabalhadores. vamos chegar  a ponto  que  nem  10%  daqueles que   contribuiram por  10  20  30 anos   nao  poder se aposentar. 

    Imagine voce  que  eles  colocaram  uma armadilha  dizendo que  as pessoas se  aposentavam aos  35  anos  mais  desde que   a soma  da idade  da pessoa  com o tempo  trabalhado  no caso dos  homens  foissem iguais  a  95  o qu quer  dizer que  voce precisa  ter  60 anos  de  idade  mais  35 anos de  serviço. Ora  a maioria  das pessoas  nao alcançam  isso para se aposentar porque morrem muito  antes.  Agoira  vejamos:  Voce tem  20 anos  de  serviços.  entao vai precisar   ter  75  anos de idade  para conseguir  uma aposentadoria.  É  a forma  que eles encontraram para  aumentar  a idade  de aposentadoria. 95%  da populaçao nao chega  a  65  anos  cde idade  imagine  chegar a  75  anos.  A maioria dos  paíse pelo mundo mantem os  55 anos de aposentadoria,  Aqui  ja foi  mudado na constituiçao de  55 para  65  e agora  querem aplicar novo  golpe  nos trabalhadores. 

  2. Partido dos Trabalhadores?

    Prenuncio de uma grande greve mais à frente para salvaguardar algum direito trabalhista. Isto no governo dos trabalhadores. Acho que a presidente Dilma se precipitou em escolher um liberal de grande marca, como Levy. Brizola, Getulio e Jango se revirando no tumulo. 

  3. Lula nos Fez Reféns de Uma Conciliação Impossível

    Lula nos Fez Reféns de Uma Conciliação Impossível
     

      
     Os dias de turbulência política no Brasil tem sido férteis para o exercício do pensamento. Nada como um bom caos para que da lama possam brotar reflexões que possam nos organizar o juízo. Como me interesso muito mais pela autocrítica, citaria ao menos três textos que me inspiraram na análise que farei logo mais sobre o lado que tenho defendido nas últimas eleições, o primeiro deles, uma interessante entrevista do sociólogo André Singer que afirma: que o lulismo vive seu momento mais difícil porque sua capacidade de direção está em xeque; Uma outra boa crítica foi articulada por Frei Betto, afirmando que😮 erro de Lula foi ter facilitado o acesso do povo aos bens pessoais, e não a bem sociais; e por último, Rosa Pinheiro-Machado, que discute a “Falência do PT a Ascensão da Direita e a Esquerda Órfã”. E com a sua permissão, esboçarei a seguir também uma contribuição. 
    Lula: Negociação Insustentável e seus Paradoxos De uma forma geral, o discurso do lulismo se baseava na premissa de que seria possível – em um Brasil “ideal” – erradicar a pobreza, fazer ascender uma classe trabalhadora e  dar lucro aos produtores industriais, a partir do programa de transferência do governo, o Bolsa Família. Da boca do próprio Presidente era possível ouvir textos como: …ganha a dona de casa que vai ter o feijão para colocar na mesa; ganha o dono da mercearia que vai vender mais; ganha produtor que vai produzir mais, ou seja, todos ganham.
      Mas a verdade, é que nem todos ganham. Esse discurso de ganho universal está repleto de paradoxos que foram exatamente a grande armadilha em que estamos metidos:O primeiro paradoxo é o de que todo mundo ganha, sem ninguém ter que perder. Aprendi com minha avó desde cedo – acompanhando-a às compras na feira – que diferente do que dizem os manuais, negociar não é o ato de todos ganharem, mas sim, o de todos perderem. Se a banana está cara mas eu preciso levar, negocio um preço que não seja tão alto que me sinta lesado, e que também não desprestigie o meu vendedor, é o famoso: nem eu nem você.Aplicando o teorema “Nem eu, Nem Você” da minha avó, vemos que o lulismo esbarra feio nessa matéria. O que a elite perdeu? Quais dos seus direitos foram ajustados ou regulados? 

    Ao contrário, foram feitas inúmeras desonerações fiscais no sentido de reduzir a carga tributária da produção, e entretanto, nenhuma medida foi tomada para sobretaxar a renda dos grandes produtores que pagam proporcionalmente menos impostos que um trabalhador assalariado.O segundo paradoxo remete à falta de compreensão da própria lógica da sustentabilidade. É impossível num ambiente de recursos finitos – sejam eles econômicos ou ambientais – “todo mundo ganhar” indefinidamente.Em um ambiente em que todos os recursos foram exauridos, ou estão escassos, quem sempre teve mais continua com uma vantagem esmagadora, porque poderá consumir o que lhe sobra por muito tempo; entretanto, quem tem pouco não terá mais como ter nada, justamente porque a possibilidade de obter recursos – cada vez mais onerosos – está em colapso.
      General-Presidente Artur da Costa e Silva Conciliação Impossível E por falar em conciliação, não posso deixar de fazer uma comparação entre o lulismo e o “milagre econômico” do regime militar brasileiro. O general-presidente Artur da Costa e Silva preconizava em sua política econômica para o Brasil, que os ricos ficassem cada vez mais ricos, para que graças a eles os pobres ficassem menos pobres.

      Colocando em perspectiva os últimos 12 anos de governo do PT, somos levados a considerar que a premissa do lulismo tentou subverter o protocolo da ditadura ao se pautar na hipótese de fazer com que os pobres ficassem cada vez MENOS pobres, para que os ricos continuassem cada vez MAIS ricos.

      A conciliação econômica entre os interesses das elites brasileira e os que não pertencem a ela, assemelha-se ao dispositivo constitucional da Anistia para os nossos militares erevolucionários, como solução para preservar os direitos de todos: dos que tinham todos os direitos, e continuaram com eles; e dos que pouco tinham, e assim permaneceram – Mas pelo menos agora, vocês podem votar e ter uma imprensa livre! – Amém… Obsolescência Perceptível  A desatualização tem sido pra mim, uma das marcas mais visíveis da política brasileira nos dias em que vivemos. Há uma grande sensação de obsolescência com todas as alternativas políticas e inclusive, com todo o espectro alternativo, mas em contrapartida, há pouco esforço para desinventar as velhas fórmulas. Nos tornamos reféns de uma conciliação que se tornou obsoleta, porque a finitude de recursos impede que nós avancemos no processo de distribuição mais equitativa de renda, sem que os direitos econômicos de alguns sejam limitados: “Nem eu, Nem Você” – relembrando minha sábia avó. Sabendo que não será mais possível seguir indefinidamente com todo mundo ganhando, a pergunta que se interpõe com grande força é: dessa vez, quem mais perderá, a elite ou os de sempre? Ou seria o momento de subverter mais uma vez as teses econômicas tradicionais, fazendo com que os ricos fiquem cada vez MENOS Ricos, para que os pobres possam ficar cada dia MENOS Pobres? Ou como diria Dona Nilde: Nem Eu, Nem Você 😉 http://salvadorpraja.blogspot.com.br/2015/05/lula-nos-fez-refem-conciliacao-impossivel.html

     

    1. “Nunca antes na história desse país”,

      alguém teve tantas condições favoráveis, e não fez uma ampla e profunda reforma política…

      1. E o mensalão ?

        O Lula jamais teve sossego e condições p/ fazer uma reforma profunda em nada. Ou vocês não lembram o quanto ele foi caçado o tempo todo. Se não fossem as alianças, tão condenadas por todos, o Lula já seria pó. Parecem que não conhecem o Brasil e seu povo e os estrangeiros que sempre estão de bedelho aqui para fazer os seus negócios sujos. E a justiça ? que deixa os atuais inflamadores do povo,lindos leves e soltos, apesar de tudo o que fizeram no passado e continuam fazendo c/ o beneplácito da imprensa e da justiça.

        E agora a Dilma acuada pelo sinistro congresso nacional e p/ lava-jato, cuja investigação se inicia com o governo Lula. E os anteriores continuam livres, lindos e soltos.

        Arrumem outra desculpa, tá ? Culpar o PT de tudo já encheu a paciência de todos.

        1. O LULA TEM CULPA SIM!

          Ele nunca tocou no assunto do povo ter direito, como europeus, americanos, bolivianos, peruanos, equatorianos, venezuelanos, argentinos, uruguaios, etc; de fazer um ABAIXO ASSINADO e convocar REFERENDOS, PLEBISCITOS, e RECALLS! E, aliás, continua não falando, e boicotando completamente esse debate. Se não quer nem debater…

          O Lula teve 80% de aprovação, e grande prestígio no congresso, com a economia de vento em popa. Deveria ter exigido a aprovação da reforma política PARA MAIOR PARTICIPAÇÃO POPULAR NA POLÍTICA, e se não fosse atendido, teria que ter mandado todos os vagabundos e traidores pro olho da rua, com seus cargos e ministérios. Pq se consetiu a traição dos partidos aliados, ele foi conivente, e também traiu o povo.

          A Dilma fez muito bem em colocar isso como compromisso principal de campanha. Porque agora eles não tem como correr, terão que aprovar a PEC 21/2015 e a 286/2013. E se não aprovarem, ela terá que mandá-los pro olho da rua. 

          Sabe o que isso se chama?

          PODER

          Ter PODER e não usá-lo em defesa do interesse público é traição…

          1. DEMOCRACIA DIRETA,

            aquela onde os ABAIXO ASSINADOS do povo tem valor para convocar PLEBISCITOS, REFERENDOS, e RECALLS. Ou seja, o povo pode participar e deliberar sempre que julgar necessário. 

            https://www.facebook.com/democracia.direta.brasileira/photos/a.300951956707140.1073741826.300330306769305/503040246498309/?type=3&theater 

            https://www.facebook.com/democracia.direta.brasileira/photos/a.300951956707140.1073741826.300330306769305/502648843204116/?type=3&theater 

            Veja onde deve estar o dedo do Lula:

            https://www.facebook.com/democracia.direta.brasileira/photos/a.353408031461532.1073741837.300330306769305/355170984618570/?type=3&theater 

            Se não está, então responda: Por que ele nunca tocou nesse assunto abertamente, e nem o está defendendo, apesar dos escândalos de corrupção, e pressões popular por mais participação na política?

  4. Por falar nos movimentos

    Por falar nos movimentos sociais, olha eles aí!

    NÃO SÃO SÓ CRÍTICAS, É PRECISO APLAUDIR QUEM FAZ ACONTECER:

    Mas também lembrar de que é preciso cobrar a luta pelo reconhecimento do

    VALOR DE NOSSOS ABAIXO ASSINADOS!

    Devemos ter direito de usá-los, para convocar PLEBISCITOS, REFERENDOS, E RECALLS.

    Com o PLEBISCITO a gente pode propor leis para fechar as brechas deixadas à corrupção. Com o REFERENDO a gente pode derrubar leis como as da terceirização, e a do financiamento empresarial de campanhas. Com o RECALL podemos cassar os políticos corruptos, sem prejudicar os partidos, já que o suplente entra em seu lugar. É preciso criar um debate nacional sobre o tema, se quisermos ter um Brasil mais justo. Não adianta apenas apoiar da boca pra fora, temos obrigação de instruir o povo sobre isso, diante do péssimo sistema de ensino, e das manipulações da mídia. Se nós também nos omitirmos…

    Pena que não fizeram vigília na frente do congresso, durante a votação do financiamento empresarial de campanhas…

    Saiba mais:

    https://www.facebook.com/democracia.direta.brasileira/photos/a.300951956707140.1073741826.300330306769305/314356765366659/?type=3&theater

     

  5. Vêm por ai Greve Geral: A GÊ ENE PÊ dos comunistas carrillistas

    A primeira Greve Nacional Pacífica do governo Dilma será, com toda certeza, tão marcante e própria do alumbramento da adolescência no Poder assim como foi inesquecível e marcante o primeiro sutiã da propaganda W/Brasil:

    – o primeiro Valisere a gente nunca esquece…

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