Jornal GGN – Em setembro de 2015 começou o grande movimento dos estudantes de escolas estaduais secundaristas em São Paulo. Meninas e meninos brigaram pelo direito de estudar em suas escolas e se rebelaram diante da notícia de que São Paulo iria transferir i milhão de alunos para dividir escolas por séries. Foi um baque e do baque partiram para a luta.
Os estudantes reclamaram da falta de diálogo e transparência na decisão tomada e não se calaram diante das evidências de que escolas seriam fechadas. Foram à luta com apoio de seus pais e professores.
O movimento se transformou em um vírus do bem. E, rapidamente, o Brasil-político se viu diante do Brasil-direitos. Meninos e meninas de todo o país ocuparam suas escolas e, em pouco menos de um mês o movimento conseguiu que o governo estadual recuasse, adiando o plano, revogando a reorganização das escolas.
Em dezembro de 2015, artistas se uniram à luta. E gravaram música que se tornou a descrição da briga de meninos e meninas por seus direitos.
Veja a postagem de Paulo Teixeira, que acompanha o vídeo acima.
“Paulo Teixeira
23 de dezembro de 2015 ·
Ficou sensacional.
Chico Buarque, Paulo Miklos, Zélia Duncan, Arnaldo Antunes, Dado Villa-Lobos e tantos outros artistas que dispensam apresentação gravaram a música O Trono do Estudar, composta por Dani Black, em apoio aos jovens que ocuparam escolas em São Paulo. A iniciativa foi da Minha Sampa, idealizada por Manoela Miklos. A canção é também um manifesto pela educação. Em tempos de ódio e pensamentos estreitos, posicionamentos como esse são fundamentais. E a única resposta que vale a pena é por meio da música, da cultura, da educação. “Me negar conhecimento é me negar o que é meu”, diz a letra. “E nem me colocando numa jaula, porque sala de aula essa jaula vai virar”.
Bravo!”
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