O Petróleo é nosso, uma campanha que mudou o Brasil

Quando ganhei o Prêmio Esso de 1987, fui à premiação no Rio de Janeiro. Fiquei na mesa principal ao lado do presidente da Esso do Brasil. Na mesa, estava um representante, se não me engano, da Casa da Moeda. Reconheci o Almirante Henrique Miranda. Foi um dos grandes nomes pouco conhecidos da campanha do Petróleo é Nosso. Brinquei com o presidente da Esso: “Aquele ali é um dos culpados de termos criado uma concorrente para a Esso”.

Conheci Henrique MIranda no Rio de Janeiro em 1977, em uma reportagem que propus à revista Veja sobre os 25 anos da Petrobras. A campanha era um eco distante na memória dos mais velhos e praticamente desconhecida para minha geração. O regime militar escondia qualquer forma de manifestação popular, da Abolição à campanha do Petróleo é Nosso.

Soube da campanha graças ao meu amigo Negão Almeida, na época vendedor de livros.

Almeida conhecia um delegado do DOPS, pai de um colega de seu filho. E o delegado providenciava os livros “subversivos” apreendidos para que o negão pudesse revender. Foi assim que conheci os escritos de Gondim da Fonseca, o maior texto jornalístico que até então tinha lido. E soube de Mattos Pimenta, do Jornal de Debates.

Passei cinco dias inesquecíveis no Rio, entrevistando os sobreviventes do movimento. Não consegui encontrar Gondim. Depois, soube que morrera naquele ano, provavelmente em Petrópolis.

Mas conheci Henrique Miranda e sua esposa Alice Tibiriçá Miranda, neta de um ex-governador de São Paulo e filha de uma ativista social, dona Maria Tibiriçá, que comandava as marchas contra a carestia alguns anos antes.

Não fiquei nisso. Em sua casa em Laranjeiras, encontrei Mário Bittencourt Sampaio, o criador do DASP (Departamento de Administração do Serviço Público), o técnico que levou o grande Fernando Luiz Lobo Carneiro para uma conversar com o engenheiro e deputado Maurício Joppert, engenheiro emérito ligado à UDN. Dessa conversa nasceu a convicção de que a Petrobras necessitava nascer integrada, controlando a prospecção, o refino e a distribuição, caso contrário será sufocada pelas Sete Irmãs.

Foi a partir daí que o udenista Bilac Pinto, amigo da família, foi convencido a ampliar o projeto de criação da Petrobras, incluindo nele o monopólio estatal. Outro amigo da família, o marechal Juarez Távora, ferrenho adversário do monopólio, foi derrotado.

Na conversa, Bittencourt Sampaio me presenteou com um livrinho sobre o governo Dutra, para desmentir a história de que havia acabado com as reservas cambiais brasileiras acumuladas na Segunda Guerra. Pelo menos parte das reservas foi utilizada para importar as primeiras refinarias brasileiras, me disse ele. Depois, tornou-se sócio do legendário Daniel Ludwig em uma empresa naval de transporte de produtos químicos.

O último suspiro de Mattos Pimenta

No último andar de um dos espigões de Copacabana, um hotel, encontrei Mattos Pimenta, do Jornal de Debates, vivendo seus últimos momentos. Mudara-se para lá com um motorista incumbido de acompanhá-lo em seus últimos momentos. Apesar de esquerdista, mantinha uma coluna no Globo, graças às afinidades imobiliárias com Roberto Marinho. Mattos tinha uma empresa de avaliação de imóveis, a Bolsa de Imóveis; Roberto Marinho sempre foi um investidor imobiliário compulsivo.

Velho, velhíssimo, como se tivesse a idade dos tempos, estava estirado na cama de casal do apartamento. Levara para lá apenas roupas e a coleção do Jornal de Debates. Cada episódio que eu perguntava, ele sabia de cor o volume e a página.

De repente, desandou a falar sobre a morte de Ferdinando da Áustria, a imprudência da Primeira Guerra. O motorista correu para pegá-lo e levá-lo a uma banheira. Com um pouco de descanso, voltou a 1977.

Conheci também Joel Silveira, o grande repórter co-autor do clássico “Tudo o que você queria saber sobre petróleo”. Presenteou-me com o livrinho, que jamais devolvi. Na época, foi o carro-chefe da grande campanha pelo petróleo.

O mergulho na campanha do Petróleo jamais saiu de minha memória afetiva. E dali em diante os personagens daquela história me acompanharam para sempre.

A primeira Página Amarela que emplaquei na Veja foi com Rômulo de Almeida. Mais tarde, no Jornal da Tarde, consegui uma reportagem com o correspondente dos Estados Unidos com Walter Link, o indigitado Mr. Link, execrado pelos nacionalistas, mas que salvou a Petrobras da aventura amazônica, além de ter criado as bases do departamento geológico.

Meus escritos posteriores me valeram um bilhete carinhoso de Fernando Luiz Lobo Carneiro, um dos heróis anônimos da campanha e que, na época de minha ida ao Rio, estava fora do país.

Não era apenas a esquerda de Rômulo, a direita de Bilac. Mais tarde, convivendo com Walther Moreira Salles, soube do papel dos empresários da época.

A conversa surgiu no dia em que o economista Paulo Guedes sugeriu que a grande desgraça do Brasil foi a Petrobras não ter nascido de capitais privados. Perguntei ao embaixador o que ele achava. Ele sorriu: “Que bobagem! Não havia capital privado suficiente na época”.

E contou como foi pensada a capitalização da Petrobras. Em uma noite, na sala de Wolff Klabin em Teresópolis, reuniram-se alguns empresários e o geólogo Glycon de Paiva – alvo preferencial das verrinas de Gondin da Fonseca, depois que descobriu que o nome Glycon não podia se pronunciar Gláicon, porque era uma apócope de Glycerides alguma coisa, a mãe, com o CON do pai. Glycon era parente dos Paiva de Poços e foi um de meus entrevistas de 1977.

Coube a Glycon montar a engenharia financeira, que consistia em vender lotes de ações às prefeituras.

Construindo o futuro

Mais tarde, a importância da Petrobras transcendeu o petróleo. Na grande crise cambial do início dos 80, a empresa montou um trabalho de certificação dos fabricantes nacionais, uma política de substituição de importações que foi uma das grandes revoluções industriais da história, embora pouquíssimo analisada.

Seus investimentos em tecnologia, o trabalho do CENPES, as redes de pesquisa montadas com as universidades, os projetos de capacitação de pequenos fornecedores, tudo isso consolidou a convicção de que as chamadas externalidades positivas da empresa eram ainda mais relevantes que seu objetivo central: extrair petróleo.

Em sua existência, a empresa conseguiu consolidar uma competência internacional em águas profundas, o único setor em que o país brilha, além do aeronáutico. Consolidou uma política industrial que permitiu avanços enormes à indústria de máquinas e equipamentos. Nos últimos anos, permitiu o renascimento da indústria naval.

Hoje à noite, no evento da ABI (Associação Brasileira de Imprensa) estarão presentes a memória de Artur Bernardes, símbolo político maior da campanha, dos tarefeiros que organizaram o movimento, dos jornalistas, dos militares que emprestaram seu nome, dos sindicalistas, geólogos, fornecedores que, ao longo da história, ajudaram a transformar a empresa em um foco de futuro em um país que mal e mal dá conta do presente.

Luis Nassif

36 Comentários

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  1. O petróleo é nosso?
      E os

    O petróleo é nosso?

      E os corruptos da Petro que nos roubam?

              É de quem?

              Deles?

              Para com isso, meu.

               Se conta em dedos de UMA mão, aonde em estatais não tenha corruptos a granel.

                   A Petro é só o início .As outras estatais estão na fila.

                    ps: Observe o atendiimento de um banco.Qual a diferença de um funcionário estatal ( com emprego garantido pro resto da vida, vomitando nos clientes ) pra um banco particular com funcionário tendo que cumprir metas, atender bem o cliente ou será despedido.

                        Preciso continuar?

  2.  
    … Se a covardia do

     

    … Se a covardia do ‘[tíbio] PT da Governança’ é uma estratégia… E não entrando no mérito da discussão… A verdade é que a covardia do ‘[tíbio] PT da Governança’ contribuiu para a instalação do fascismo em nosso meio, nesta atual quadra histórica! A covardia do ‘[tíbio] PT da Governança’ permitiu a instalação do ódio seletivo no Brasil! O Brasil forjado no ódio e na intolerância odeia o Brasil real! O Brasil fascista X o Brasil que teima(va) em avançar! Na falta do legítimo contraditório, o Pizzolato de ‘ontem’ é o *Mantega de ‘hoje’! Transformaram o Brasil numa bagunça! Ah se a covardia do ‘[tíbio] PT da Governança’ lamentássemos junto a nós! Leia-se a [lídima] reação tão esperada! Enquanto isto… A *barbárie é aqui! *https://www.youtube.com/watch?v=fukG9vx9gHE

  3.  
    BOMBA!

     

    BOMBA! EXTRA!… ######################## ÁUDIO CONFIRMA PROPINA DE AGRIPINO. XEQUE-MATE? Ministério Público divulgou nesta tarde o primeiro áudio sobre a propina de R$ 1,1 milhão que teria sido paga ao senador Agripino Maia (DEM/RN); na conversa o ex-deputado João Faustino, morto em 2014, fala com o lobista George Olímpio sobre o pagamento ao parlamentar para facilitar a implantação de serviço obrigatório de inspeção veicular no Rio Grande do Norte; Agripino, que foi um dos coordenadores da campanha presidencial de Aécio Neves, no ano passado, tem sido um dos mais moralistas dos parlamentares do Congresso, a exemplo do ex-colega de partido Demóstenes Torres; confira a conversa comprometedora;  reportagem de Daniel Dantas Lemos 24 DE FEVEREIRO DE 2015 ÀS 19:07 (…) FONTE: http://www.blogdodanieldantas.com.br/2015/02/operacao-sinal-fechado-em-dialogo.html ou aqui: http://www.brasil247.com/pt/247/poder/171099/%C3%81udio-confirma-propina-de-Agripino-Xeque-mate.htm

  4. Um nome pouco lembrado,

    Nassif, é o do deputado federal constituinte (1946) Euzébio Rocha. Foi autor do substitutivo que criou a Lei do Monopólio Estatal do Petróleo e um feroz combatente por todas as causas nacionais. Foi amigo de meu pai e sempre guardei com carinho um livro dele, com dedicatória a meu pai, que tento desesperadamente encontrar em minhas estantes, mas em vão.

    Talvez, tenha o perdido para as traças. Os mesmos animais que, hoje, procuram destruir a Petrobras.

  5. Ué, mas se o petróleo é nosso…

    Ué, mas se o petróleo é nosso, então por que a gasolina aqui custa o dobro do que custa nos EUA, onde o petróleo não é deles, mas de vis companhias privadas?

    Se o petróleo ser nosso significa pagar caro pelo combustível, então eu prefiro que o petróleo não seja nosso!

    Essa campanha fazia sentido 60 anos atrás, quando o modelo nacional-estatista era necessário para dar o pontapé inicial em nossa indústria, já que o empresariado nacional era incipiente. Disse o embaixador, não havia capital privado suficiente na época. Ele estava certo. Só que vocês se esquecem de uma coisa: o Estado não produz riqueza, o Estado coleta impostos. A entrada do Estado como ator econômico, portanto, não passa de um paliativo: a longo prazo não é possível substituir o capital privado nacional, insuficiente, pelo capital do Estado, afinal, igualmente insuficiente. Mas a malha de interesses vai se adensando com o tempo: muita gente quer mamar nas tetas da Petrobras. Daí insistirem em repetir esses chavões nacionalistas para dar a impressão de que seus interesses particulares são os interesses do país. Balela!

    O perigo agora é o governo quebrar o país para salvar a Petrobras. Espero encarecidamente que a Petrobras seja vendida, deixe de servir de pasto a ladrões e torne-se uma empresa de que possamos nos orgulhar, como a EMBRAER e a Vale. E que o combustível seja vendido nas bombas a preço de mercado, e deixe de encarecer os produtos que têm que ser tranaportados por caminhão nesse imenso país.

    1. Tá não, miguxão, tá US$ 2.758

      Tá não, miguxão, tá US$ 2.758 (US gal) mais o fuel tax da California de US$ 0.70 dá R$ 2,60 (lt) na Vila Mariana tá R$ 2,89 Dobro não é…dados da eia.gov fresquinhos!

    2. Quem rouba o petróleo alheio bota o preço que quiser

      ainda mais quando os puxa sacos dão de mão beijada, deviam era deixar de graça na bomba mas seria muito bolivariano

        1. Meu amigo, o dia que você

          Meu amigo, o dia que você imprimir o papel com que você paga o pretróleo, aí sim você será igual a eles. Não sabia disso? Bom, agora você sabe!! 🙂

  6. Precisa sim

    “Anarquista serio”, vamos nos informar mais um pouco. Sou bancario da. Caixa, ja trabalhei no banco do brasil e tb dei uma passada no santander(2009- periodo em que o banco tinha comprado o banco real), entao, sobre bancos, tenho um pouquinho de vivencia para opinar esse assunto. Atualmente, todos os bancos sao obrigados a responder tempestivamente todas as reclamacoes, via ouvidoria e BACEN. Politicas de  qualidade no atendimento ja estao internalizadas no”sangue”, nos funcionarios(caixa) , somos avaliados e cobrados inclusive nesse ponto. Lembrando a vc que o banco do brasil e caixa economica estao entre os tres maiores bancos do brasil(ativos), soh quem trabalha nessas instutuicoes sabe a pressao, o assedio para a entrega das metas. Pare de falar o que nao sabe. Sobre demissoes: realmente ainda nao estamos passiveis de demissaao sem justa causa, mas nossas comissoes(gerentes, assistentes,supervisores) sao questionadas e ameacadas tanto quanto no ambiente privado, ou seja, nao somos demitidos, mas perder uma comissao de gerente e receber um salario de escriturario é algo muito complicado. Entao qdo for falar em estatal, escolhe outro exemplo, se aprofunda mais, pq bb e caixa, sao empresas que dao lucro e sao respeitadas no mercado financeiro.as duas instituicoes possuem +-40% do mercado financeiro.

  7. O Petroleo é nosso…

    Para quem viu e analisou os fatos não tem como negar, foi tudo um plano arquitetado para roubar o maximo da Petrobrás.

    O modelo vitorioso de 1997 a 2007 que nos levou a autosuficciencia por um ano não servia aos interesses dos politicos, em 2007 com a descoberta do pré sal, alegando que era o bilhete premiado, suspenderam todos os leilões e voltaram o monopólio da Petrobrás, aprovado em 2010. O modelo até 2007 era a livre concorrencia sem monopolio, a Petrobrás tinha que competir com as multinacionais e isto a levou a enormes ganhos de produtividade. Com o présal e o novo modelo de partilha de 2010, foi  o caminho para escancarar o cofre da Petrobrás. Além do desvio arrasaram com o mercado de Petroleo no Brasil, a produção foi para trás, faltam investimentos. A Petrobras não tem caixa para investir e para qualquer furo ela entra com no minimo 30% e manda em toda a operação, inclusive contratando e obvio com os cofres sendo assaltados, qual multinacional competente vai aceitar por dinheiro nesta lama? Nenhuma. O estrago foi tão grande que em 2007 o présal era convidativo hoje com o barril a US$40 e várias novas areas de exploração inclusive na Africa a atratividade caiu muito.

    Não tem mais saida. O PT não deixa outra saida, a Petrobrás tem que ser privatizada, perder o monopólio, e o mercado aberto a livre concorrência de todos. A Petrobrás volta a ser uma das maiores do mundo. Em alguns anos chegamos a autosuciencia. É o único meio. Ou continuarão assaltando os cofres da empresa.

     

  8. Nassif:

    Acabei de assistir o Ato em Defesa da Petrobrás.

    No discurso do Presidente Lula ele te  citou como um dos mais combativos jornalistas que luta por  uma lei de mídia democrática.

    Senti-me representado com a tua presença no Ato.

    Infelizmente não consegui te ouvir.

    Seria interessante escrever um post sobre o Ato. 

  9. Nassif

    Ao entrar no teu blog está aparecendo uma mensagem numa página com a seguinte manchete de abertura:

    “JornalGGN. com.br  SORTEIO”

    Em seguida aparece uma série de perguntas.

    Acredito que isto deva ser um site malicioso.

    Alguém daquela turma da pirâmide está querendo aprontar com o jornalggn.

  10. a canalhada assumiu “o petróleo é deles”

    kkkk , é tudo o que agente pode querer, privateiros saindo do amário, enquanto posam de defensores do patrimônio público podem enganar os trouxas, quando botam a faixa de vendilhões da pátria se dão mal, vendem até a vozinha  e emprestam o dinheiro pra comprarem, método patenteado pelo PSDB.

  11. Deve ter sido emocionante,

    Deve ter sido emocionante, Petrobrás comemorou o movimento sendo rebaixada para junk pela Moody’s!

    O pré-sal, que se formou há milhões de anos, foi obra do Lula e do PT ( ao menos a ideologia é mais velha que a Idade do Gelo), já tranformar  o crédito da “nossa” (deles) Petro em lixo foi culpa, é claro, do FHC…

    O dia de hoje é emblemático:

    Lula fazendo discurso para um auditório de pelegos, longe de qualquer contato com nós, “o povo”, defendendo “nossa” Petrobrás, como se não tivesse nada a ver com nada!

    Lula estava defendendo o que de quem? A Petro do FHC? Sério?

    Nunca o ‘peidei mas não fui eu” do Lobão foi tão atual!

    PT, cada vez mais Arena, e Lula, cada vez mais metamorfose ambulante, tentam criar uma realidade paralela, o problema é que o capital político e a credibilidade já foram há muito tempo

    Nem a Marisa Galega deve guentar mais…

     

     

     

     

     

    1. É  preciso ser muito imbecil

      É  preciso ser muito imbecil para não saber quie estatal nunca foi mesmo para ser coisa lucrativa e quando mais prejuízo tiver mais será do povo, o único que tem dinheiro sobrando  para se gastar com tudo que não presta

  12. O petróleo é nosso

    Nassif,

    Morri de inveja de você ter conhecido e entrevistado esses grandes personagens. 

    Apenas uma pequena  boba ressalva, Joel Silveira não escreveu Tudo o que você queria saber sobre petróleo, aliás, salvo erro, esse livro nem existe.

    Existe, sim, Que sabe você sobre petróleo? (A bíblia do nacionalismo) – escrito por Gondin da Fonseca.

    Aproveitando  momento histórico, transcrevo pequeno excerto de artigo de Gondin da Fonseca (1960) com nomes supra-citados:

    Título: O patife Mr. Link e a espionagem ianque no Brasil.  

    […] entregou ao general um relatório bomba, que publicamos no Jornal de Dbates, heroicamente dirigido por Mattos Pimenta e Gentil de Castro.

    […]  Entre nós os trustes não necessitam de grandes esforços para saber tudo. Confiamos a um vice-presidente da Standard Oil a superintendência da Petrobras e pusemos um lacaio de Rockefeller (Amaral Peixoto) na Pasta da Viação. Sem falar no Juscelino, que por dinheiro é capaz de tudo, menos de uma boa ação, como, por exemplo,a de atear fogo às vestes do Idálio Sardenberg.    

  13. Nassif com uma mídia livre,

    Nassif com uma mídia livre, liberta dessa concentração de famílias que a dominam (seis ou sete no máximo), o seu jornal e até “canal de televisão” seria um orgulho para o país. Seria um baluarte na defesa nacional.

    E não, uma vergonha e uma tristeza, que é a atual mídia nacional (entreguista e alinlhada aos interesses de grupos estrangeiros).

    Em recente reportagem, um diretor da Globo de forma petulante, pediu o impeachment da presidenta. Aproxima-se a hora em que iremos decretar o impeachment deles.  

  14. mas então re/volta com volta-farsa…

    podemos ficar tranquilos que o blog estará muy bem representado na manifestação démodé vintage… simplesmente a chefia máxima! do politburo ggn-nassif.

    mas então volta como farsa.

    “… por aquela ideia de Marx segundo o qual, na História, a tragédia às vezes volta, mas volta como farsa. A farsa é uma forma ambígua, já que nela se pode ler a figura daquilo que ela redobra irrisoriamente; como a Contabilidade:  valor forte do tempo em que a burguesia era progressista, traço mesquinho quando essa burguesia se tornou triunfante, comportada, exploradora; como também o “concreto” (álibi de tantos cientistas medíocres e de tantos políticos chatos), que é apenas a farsa de um dos valores mais altos: a isenção de sentido.

    Essa volta-farsa é ela mesma a irrisão do emblema materialista: a espiral (introduzida por Vico em nosso discurso ocidental). No trajeto da espiral, tudo volta, mas em outro lugar, superior: é então a volta da diferença, a marcha da metáfora; é a Ficção. A Farsa, por sua vez, volta mais baixo; é uma metáfora que se inclina, murcha e cai (que broxa)”.

    Roland Barthes por roland barthes, tradução leyla perrone-moisés

    p.s. passei um olho enviesado pela ilustre lista de manifestantes legalistas e senti falta de certa reserva moral e política da nação brasileira acima do bem e do mal… tipo um antonio cândido, um sobral pinto, um dom paulo, um betinho irmão do henfil, um barbosa, digo, o lima sobrinho, um florestan fernandes, um ulysses, um hélio bicudo, um millôr fernandes, um darci ribeiro… sei lá! cadê meu povo?

    como diria o jovem chico: o tempo passou na janela e só carolina não viu…

  15. Nassif vai um alerta.Ontem

    Nassif vai um alerta.Ontem assistir por acidente o jornal da globo o com willian waack,aquele carater de velorio da petrobras,falando do rebaixamento,notei que eles não falam que o pre-sal já está produzindo.eles citaram que a empresa não consegue credito para investir na retirada de oleo do pre-sal,eles estão escondendo que o pre-sal já produz.

  16. Elogio

    Parabéns Nassif, recebeu menção especial de Lula em seu discurso. Que bom que o PT ainda pode contar com alguns bons jornalistas para dar uma visão mais positiva do que realmente ocorre por aqui. Corações e mentes estão sendo perdidos por falta ou excesso de informação tendenciosa.

  17. O petróleo é nosso…

    Belo texto o seu. Também acho que precisamos preservar a Petrobrás. Trabalhei no Centro de Pesquisa da Telebrás mas infelizmente no caso de telecomunicações não conseguimos criar uma grande empresa no setor.

    A questão é como diminuir a interferência política numa empresa que representa 5% do nosso PIB. Eu como brasileiro acreditei na empresa e investi parte da minha aposentadoria através de ações pensando no longo prazo. Virou pó!!! Talvez meus netos ganhem algo.

    A culpa é da imprensa? Se a empresa estivesse bem gerida esta imprensa não teria assunto para atacar a empresa. Quando um corpo adoece fica sujeito a todo tipo de infecção. Logo temos que mantê-lo sadio.

     

     

  18. Parabéns Nassif pelo seu

    Parabéns Nassif pelo seu relato.

    Uma pena que o Brasil não tenha desenvolvido seus potenciais também na área espacial, automobilística e da de trem bala.

  19. Petrobrás – manifestação em 13 de março de 2015

     

     

    ESSA É A MÚSICA PARA

     

    CANTARMOS EM 13 DE

     

    MARÇO DE 2015.

     

     

    Gonzaguinha

    É!

    A gente quer valer o nosso amor

    A gente quer valer nosso suor
    A gente quer valer o nosso humor
    A gente quer do bom e do melhor…

    A gente quer carinho e atenção
    A gente quer calor no coração
    A gente quer suar, mas de prazer
    A gente quer é ter muita saúde
    A gente quer viver a liberdade
    A gente quer viver felicidade…

    É!
    A gente não tem cara de panaca
    A gente não tem jeito de babaca
    A gente não está
    Com a bunda exposta na janela
    Prá passar a mão nela…

    É!
    A gente quer viver pleno direito
    A gente quer viver todo respeito
    A gente quer viver uma nação
    A gente quer é ser um cidadão
    A gente quer viver uma nação…

    É! É! É! É! É! É! É!…

    É!
    A gente quer valer o nosso amor
    A gente quer valer nosso suor
    A gente quer valer o nosso humor
    A gente quer do bom e do melhor…

    A gente quer carinho e atenção
    A gente quer calor no coração
    A gente quer suar, mas de prazer
    A gente quer é ter muita saúde
    A gente quer viver a liberdade
    A gente quer viver felicidade…

    É!
    A gente não tem cara de panaca
    A gente não tem jeito de babaca
    A gente não está
    Com a bunda exposta na janela
    Prá passar a mão nela…

    É!
    A gente quer viver pleno direito
    A gente quer viver todo respeito
    A gente quer viver uma nação
    A gente quer é ser um cidadão
    A gente quer viver uma nação
    A gente quer é ser um cidadão
    A gente quer viver uma nação
    A gente quer é ser um cidadão
    A gente quer viver uma nação…

     

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