Para enxergar os secundaristas além do romantismo, por Jean Tible

 
Do Teoria e Debate
 
 
POR JEAN TIBLE
 
Vindos das escolas públicas, são filhas e filhos da classe trabalhadora. As meninas tomam a frente, são negras, negros, LGBT e de baixo. Anticapitalistas, alguns socialistas ou comunistas, outros anarquistas; todos libertários querendo destruir hierarquias burras e brutas e buscando caminhos às vezes para além dos ismos – e recorrentemente com alegria e de modo performático
 
Duas imagens em movimento expressam novas subjetividades que tomam corpo no Brasil recente, isto é, na última década.
 
A primeira, de novembro de 2015 (1). Um jovem estudante negro interpela um policial do dobro do seu tamanho e que pegou o cadeado que representava o controle da Escola Estadual “Raul Fonseca” por parte dos alunos. Depois de uma breve discussão, ele pergunta ao PM se ele tem um mandado. Não, ele não o possui. O menino lhe diz, então, de forma firme e decidida, para se retirar. O que aconteceu no Brasil para podermos ver essa cena? O estudante do ensino fundamental de uma escola da periferia da maior cidade do país campeão da escravidão não tem mais medo e o fim desse episódio (com a saída do policial) seria inimaginável até há pouco tempo.

A segunda, mais recente, data de outubro de 2016 (2). A secundarista Ana Júlia fala na tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná e pergunta a quem pertence a escola para defender a legitimidade e legalidade do movimento de ocupação, essa presença intensa nos colégios e universidades (cujo pico alcançou o número de mil, país afora) que lhe teria mais ensinado sobre cidadania e política que muitos anos de aula. Ana Júlia vai em seguida criticar várias iniciativas do governo golpista nas últimas semanas (a dita reforma do ensino médio e a PEC 241/55) e também da extrema-direita emergente e sua “escola sem partido”. Tal projeto consistiria na promoção de uma escola homofóbica e racista, a criação de um exército não pensante de jovens. A isso ela opõe o movimento de ocupações que  transformou adolescentes em cidadãos ativos. Ela interpela as forças da ordem no sentido amplo: os deputados, primeiro, mas também o país como um todo.

Os “secundas” executaram “um dos gestos coletivos mais ousados na história recente (…), esse movimento destampou a imaginação política”. Desse modo, “já não se tolera o que antes se tolerava, e passa-se a desejar o que antes era impensável. Isso significa que a fronteira entre o intolerável e o desejável se desloca – e sem que se entenda como nem por quê, de pronto parece que tudo mudou: ninguém aceita mais o que antes parecia inevitável (a escola disciplinadora, a hierarquia arbitrária, a degradação das condições de ensino), e todos exigem o que antes parecia inimaginável (a inversão das prioridades entre o público e o privado, a primazia da voz dos estudantes, a possibilidade de imaginar uma outra escola, um outro ensino, uma outra juventude, inclusive uma outra sociedade!)” (3). Esse movimento é uma das chamas de uma espécie de revolução simbólica, na qual novas subjetividades ganham força numa expansão das possibilidades de vida, das perspectivas de luta, dos horizontes existenciais. Nesse sentido, o golpe pode ser lido como uma contrarrevolução. Não por acaso, o governo federal ilegítimo manda rapidamente para o Congresso um projeto de mudança no ensino médio e toma parte, junto com certos governos estaduais (e às vezes com auxílio do Movimento Brasil Livre – MBL), numa repressão infame (4). Os “secundas” assustam.

Desobediência

A escola é uma prisão. No que poderia ser uma piada foucaultiana (5), conta-se que nos anos 1980 o governo do estado de São Paulo pensou em transformar uma escola estadual — a “Dona Pilar Garcia Vidal”, na zona Leste da capital — num presídio. A mobilização da comunidade a salvou desse destino (6). Dizer que a escola é uma prisão é uma verdade (cadeados mil, hierarquias sem sentido, autoritarismos variados, diretores de escolas que agem como carcereiros), mas pode se ater a uma denúncia importante, porém impotente. Além disso, todos os setores políticos e sociais no Brasil seriam a favor da educação; a educação como grande consenso nacional, ainda que um consenso oco. A força pragmática e a ação dos estudantes desestabilizaram isso tudo e abriram brechas para pensarmos e mudarmos essas questões pra valer.

As escolas ocupadas mudam essa chave. Uma apropriação simbólica e concreta (7). Escola viva, com a descoberta dos espaços fechados, sujos, abandonados. O ato de plantar, organizar debates, ver e fazer cinema, teatro, música e dança, tapar buracos, consertar chuveiros, encontrar livros (!), bolas, jogos e materiais diversos escondidos ativa todo um potencial. Uma nova escola, um estado de exceção benjaminiano (8); a escola de luta como pré-figuração de uma escola reinventada ou que nem escola seja mais. Cuidando de si e dos outros (9). Essas experimentações democráticas dialogam com algo presente, em diferentes intensidades, nessas revoltas das praças mundo afora. Ao assumir sua auto-organização, as ocupações traçam linhas de libertação. Os espaços da cozinha, biblioteca, centro de mídia, comissão de segurança e atividades, assembleia para deliberação coletiva constituem protótipos da uma autogestão do comum – nessa nova vida compartilhada, os estudantes criam alternativas e pulam os muros da escola.

Assim como a obediência é contagiosa (a nossa garante a estabilidade e perenidade do sistema), a desobediência também o é. Revoltas e revoluções se espraiam, desde sempre (por exemplo, no medo da elite imperial do Rio de Janeiro da palavra Haiti, que seria um mau exemplo para os escravos no início do século 19). Escolas ocupadas primeiro no Chile, em 2012 no Mato Grosso do Sul e depois de São Paulo para o Brasil num processo que provoca uma mudança permanente. Os “secundas” conseguem, ademais, tratar de uma espinhosa questão para as esquerdas: como articular classe e diferença. Vindos das escolas públicas, são filhas e filhos da classe trabalhadora, mas indicam os novos protagonismos: as meninas tomam a frente, são negras, negros, LGBT e de baixo. Anticapitalistas, alguns socialistas ou comunistas, outros anarquistas; todos libertários querendo destruir hierarquias burras e brutas e buscando caminhos às vezes para além dos ismos – e recorrentemente com alegria e de modo performático (10). Podem-se compreender, nesse plano, as mudanças menos como projetos de crescimento progressivo institucional (com demandas “mais realistas”, isto é, menos imaginativas e mais comportadas) e mais numa ação de romper a camisa de força da política institucional via mobilização “por fora” (11). Uma nova sensibilidade estética-política está em curso (12) e coloca a “necessidade de um cuidado das conexões (…), dos laços que ligam movimentos de tipos diferentes, organizados a partir de interesses e problemas diversos” (13). Fazer das diferenças possibilidades de influências mútuas: manifesta esse outro corpo também um esboço de um novo corpo político coletivo?

Organização

Se estamos vivendo um que se vayan todos (em outras modulações, diferente do “clássico” argentino de 2001), uma erosão em curso, e acentuada, do sistema político, cabe perguntar o que essas novas subjetividades vão conseguir desdobrar e propor. O que traz essa nova geração? Qual será sua relação com as instituições? Como se conectar e se apoiar mutuamente (inclusive para preparar-se para a repressão em curso e por vir; com a combinação da herança maldita deixada por Dilma na forma da lei antiterrorismo e o ímpeto repressivo do governo golpista)? Como golpear em questões decisivas como o fim do etnocídio, o pagamento de impostos pelos ricos, fim do encarceramento em massa, do extermínio da juventude negra e das cercas nas universidades (sobretudo das estaduais paulistas)? Como se relacionar com a “velha geração”? Qual o papel de Lula (cuja força ainda é significativa, chegando a liderar as pesquisas para 2018, embora não se saiba se poderá concorrer) e do PT nisso tudo? E o de um movimento fundamental, como o MTST? Um caldo vem se formando, parte de uma possível constelação, e será decisivo para barrar ímpetos fascistizantes que parecem crescer.

Numa linha transversal estão junho de 2013 e suas continuidades descontínuas, que as direitas conseguiram ler (e atuar a partir de) melhor (e sem divisões maiores) do que as esquerdas (em que a geração anterior parece não conseguir ou querer se contaminar pela potência da nova). Nesse contexto, “a aposta é que depois de junho vivemos um novo ciclo político no Brasil” e “no subterrâneo da política, há um espírito vibrante, ainda sem um corpo social. Como um espectro que nos ronda” (14). Todo um ecossistema autônomo no sentido amplo (Movimento Passe Livre –MPL e muitos outros coletivos e iniciativas como a Marcha da Maconha, ocupações dos aparelhos culturais contra a extinção do Ministério da Cultura, cryptorave, mulheres e LGBT contra a cultura do estupro, torcidas organizadas contra a Globo, Marcha do Orgulho Crespo) e os “secundas” abriram um novo imaginário radical. Num sentido talvez diferente do qual essa palavra é em geral empregada, eles deram uma certa direção para as esquerdas. Ninguém luta mais (ou não deveria) sem levar em conta essas invenções, enfrentamentos e ousadias recentes – as ações diretas, atos, ocupações de praças, aberturas e corpos em luta.

Claro que o significado de “aprender” com os “secundas” não é óbvio e exige uma série de exercícios de criação política, assim como “honrar” os zapatistas, as curdas, junho de 2013 ou o petismo em seu tempo subversivo. Os “secundas” mesmo estão vivendo e sofrendo as agruras de continuar, para além da explosão e exuberância das mobilizações, e tendo que encarar uma pesada repressão (durante as ocupações e depois), as dificuldades de manter o comando das escolas ocupadas e suas articulações e o fato de não conseguirem constituir maiorias que os apoiem nas escolas. A clássica questão da organização nesses novos tempos se coloca para as esquerdas, tanto as partidárias quantos as autônomas, passando pelas híbridas. Como escapar da “lei de ferro das oligarquias partidárias” (15) e da “tirania das organizações sem estrutura” (16)? Como lutar e trabalhar produtivamente as tensões e laços entre “revolta” e “organização”, “espontaneidade” e “dia a dia”, “horizontalidade” e “estrutura”. Não podemos fazer desses pares um conjunto de alternativas infernais. Ao contrário, esse tensionamento permanente pode nos permitir pensar-fazer horizontalidades estruturadas, organizações descentralizadas, política distribuída, (con)federação de lutas, redes de apoio mútuo, plataformas de colaboração, criação coletiva e produção de novas relações. Não domesticar essas oposições, mas experimentar sua coabitação e usá-la para a invenção de outras ecologias políticas17. Não por acaso, Rosa Luxemburgo volta a incendiar e inspirar práticas e imaginários.

Notas

Jean Tible é militante e professor de Ciência Política na Universidade de São Paulo. É autor de Marx Selvagem (Annablume, 2013; 2. edição, 2016) e co-organizador de Junho: Potência das Ruas e das Redes (Fundação Friedrich Ebert, 2014) e Cartografias da Emergência: Novas Lutas no Brasil (FES, 2015). Textos e livros disponíveis em: https://usp-br.academia.edu/JeanTible

Redação

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  1. O ano de 2017 ( confronto: golpe x resistência popular )

    Artigo

    *Por: Lázaro Ferreira Rodrigues

    [email protected] – sítioweb: http://www.brasilreformasdebase.org

    O ano de 2017 ( confronto: golpe x resistência popular )

    Outubro de 2016 consumou um golpe de estado no Brasil. Foi um processo relativamente longo, teve antes,  a orientação do imperialismo yanke assim como foi no golpe de 1964. Internamente, o golpe foi levado adiante por um consócio financeiro-midiático e judicial.
    A luta e a resistência ao golpe, tem passado por sucessivas etapas, iniciou no começo de 2015 e em 2017 ganhará novos contornos em seu avanço e resistência contra o golpe e governo golpista. O pacote econômico-político-social de maldades dos golpistas e corruptos; tende a mostrar seus danosos efeitos em tempo breve.
    Do ponto de vista, da luta de resistência, do campo popular-democrático-desenvolvimentista; a principal prioridade de momento é a defesa da democracia e  Diretas Já. E a partir da conquista das Diretas Já, estabelecermos os objetivos políticos estratégicos para efetivar uma Frente Ampla capaz de derrotar o projeto neoliberal e efetivar um novo projeto nacional de desenvolvimento. É preciso fundamentalmente, não só eleger um (a) presidente (a), mas igualmente colocar como objetivo político estratégico fazer uma ampla maioria no congresso nas duas casas (camara e senado).

    Questões políticas estratégicas de curto prazo
    Nesse obscuro cenário de golpe, o campo popular-democrático, não pode nem deve fazer do debate amplo, bem como, da auto-crítica e análises reflexivas instrumentos de paralisia da luta de resistência. Auto-crítica e reflexão, deve caminhar junto com ação e atitude política concretas. É preciso refletir e agir ao mesmo tempo. Combinar reflexão e auto-crítica com ações políticas concretas e bem planejadas.

    A luta de massas educa o proletariado
    O consórcio financeiro-midiático-judicial golpista, ao configurar e consumar o golpe de estado; gerou de imediato a sua antítese, ou seja, gerou uma intensa luta de resistência  no campo popular e democrático contra o golpe. Gerou todo um movimento de negação e oposição ao poder golpista. A luta de massas educa o proletriado. A luta de resistência popular e democrática iniciada no começo de 2015, e que passou por sucessivas etapas, tende a avançar em intensidade, qualidade e quantidade. Ao longo de todo esse processo, obtivemos um acúmulo de força considerável, que abre boas perspectivas para a luta de massas e o o campo democrático e popular.

    Luta de resistência, acúmulo de forças e educação
    Dessa luta contra o golpe, obtivemos rica experiência e ganho político para as lutas de massas. Formas e experiências novas emergiram no calor das lutas; as Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo deram dimensão orgânica a luta de massas. UNE e UBES, realizam experiências novas e mobilizadoras. Um conjunto de coletivos populares de diversas áreas da sociedade se mobilizam e protagonizam lutas anti-golpe; a intelectualidade progressistas se mobiliza e ganha forma orgânica com o Fórum XXI. Esses são alguns exmplos da importância da educação de massas na luta concreta contra o golpe. Também a arte e cultura foram ricas experiêcias para a resistência popular.

    Os tres objetivos políticos estratégicos de curtíssimo prazo.
    Muito se debate sobre: unidade da esquerda, frente ampla e novo projeto de desenvolvimento. Antes porém, é preciso refletir sobre tres objetivos políticos estratégicos de curtíssimo prazo, são eles:
    a) Fora Temer / Diretas Já;
    b) Eleger presdente (a) popular;
    c) Fazer maioria parlamentar no congresso nacional

    A grande política e a frente ampla
    As centrais sindicais, as Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, o MST, MTST, FLM, Conam e Contag, UNE, ANPG e UBES são os eixos de massas para essa frente ampla. Para citar apenas algumas das mais destacadas lideranças políticas do campo popular cito: Lula, Dilma, Flávio Dino, Ciro Gomes, Roberto Requião, Luiza Erundina, Roberto Amaral e Fernando Haddad. Tomado em conjunto, aí está o eixo fundamental para a frente ampla.

  2. O último romântico (tomara): Jean Tible.

    Jean Tible não superou o romantismo, pois o romantismo como postura subjetiva e idealizadora da realidade esta presente neste artigo mediante duas categorias pós-modernas – imaginário e simbolicá -, pois tem se refereciam nas leitruras subejtivas, arbritárias e contigentes da realidade. Kante, na Crítica da Razão Pura, diferenciou imaginação produtiva e reprodutiva, estas aplica ao objeto o esquestamismo categorial para nomear o objeto, portanto, está ligada a realidade, aquela é arbritária, distancidada da realidade, mas necessária para as artes, por exemplo. Bordeiu, assim, com Foucault, atacou a lógica clássica (Aristóteles, Kant, Hegel), lançou as pessoas na contigência como o fraco e inoperante conceito de representação. 

    Junto com Foucault, que na Arquelogia do Saber atacou o sujeito universal, do qual Marx foi com sua obra O Capital, Jean Tible são os últimos românticos. Este estimulou uma inferência mediante a afirmação de que Alckim queria transformar uma escola estadual em São Paulo em presidio, que a premissa, a conclusão que chega os leitores é que os alunos seriam tratados como prisonérios. Ou então, por analogia – as escolas são prisões. Este é mais um ataque ingênuo as escolas.

    Ora, em Goiás grande parte das escolas jã são prisões – são escolas estaduas dirigidas por militares!

    Mas, porquê? Um dos motivos é que a adoção da Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire destruiu a autoridade dos professores, ou melhor, os professores se sentem mal ao exercer sua autoridade. Contudo, a autoridade dos professores é legitima – pois é fundada no conhecimento pedagógico e psicológico, além da espeficididade do seu conteúdo. A PM é estranha a escola, não possui fundamento de autoridade pedagógica, sua autoridade advém do exercicio constitucional da violência, além da obidiência quase absoluta. No vazio de autoridade freiriano entrou a PM, os pais gostam. 

    Gerard Guillort propoe O Regaste da Autoridade Em Educação. pela editora Artmed. 

    Fica a provocação !!!

  3. O último romântico (tomara): Jean Tible.

    Jean Tible não superou o romantismo, pois o romantismo como postura subjetiva e idealizadora da realidade esta presente neste artigo mediante duas categorias pós-modernas – imaginário e simbolicá -, pois tem se refereciam nas leitruras subejtivas, arbritárias e contigentes da realidade. Kante, na Crítica da Razão Pura, diferenciou imaginação produtiva e reprodutiva, estas aplica ao objeto o esquestamismo categorial para nomear o objeto, portanto, está ligada a realidade, aquela é arbritária, distancidada da realidade, mas necessária para as artes, por exemplo. Bordeiu, assim, com Foucault, atacou a lógica clássica (Aristóteles, Kant, Hegel), lançou as pessoas na contigência como o fraco e inoperante conceito de representação. 

    Junto com Foucault, que na Arquelogia do Saber atacou o sujeito universal, do qual Marx foi com sua obra O Capital, Jean Tible são os últimos românticos. Este estimulou uma inferência mediante a afirmação de que Alckim queria transformar uma escola estadual em São Paulo em presidio, que a premissa, a conclusão que chega os leitores é que os alunos seriam tratados como prisonérios. Ou então, por analogia – as escolas são prisões. Este é mais um ataque ingênuo as escolas.

    Ora, em Goiás grande parte das escolas jã são prisões – são escolas estaduas dirigidas por militares!

    Mas, porquê? Um dos motivos é que a adoção da Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire destruiu a autoridade dos professores, ou melhor, os professores se sentem mal ao exercer sua autoridade. Contudo, a autoridade dos professores é legitima – pois é fundada no conhecimento pedagógico e psicológico, além da espeficididade do seu conteúdo. A PM é estranha a escola, não possui fundamento de autoridade pedagógica, sua autoridade advém do exercicio constitucional da violência, além da obidiência quase absoluta. No vazio de autoridade freiriano entrou a PM, os pais gostam. 

    Gerard Guillort propoe O Regaste da Autoridade Em Educação. pela editora Artmed. 

    Fica a provocação !!!

  4. O secundarista deve ter seus princípios definidos na mente.

    O que acontece é que alguns movimentos secundaristas estão enfraquecendo seu ideal. Estao gritando contra a reforma do ensino medio mas não diz em que pontos eles nao concordam com a reforma do ensino medio. A lei de que trata isso tem varios artigos, e eles nao apontam onde precisam mudar, apenas saem gritando genericamente que sao contra a reforma do ensino medio.

    Revolucao sem saber do que se esta falando, nao é revolucao. Revolucao com conhecimento generico de algo, é massa de manobra das elites (as elites, detentores do poder, usam grupos de esquerda e manipulam seus ideais para seus atos nao chegar a lugar nenhum). É preciso tomar cuidado. Mas esse movimento de secundaristas que se iniciou, é lindo. É lindo o adolescente querer saber das politicas publicas da sociedade em que vive.

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